Stand In The Rain escrita por Light Angel


Capítulo 4
Chapter 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Boa noite! Tudo bem? Então, aqui vai mais um capítulo e espero que vocês gostem. Boa leitura!



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Finalmente, depois de um longo tempo, o Dr. Warbrock e sua mãe entraram.

Sua mãe com os olhos vermelhos, mas controlada. O Dr. Warbrock não estava mais com a expressão sombria.

Leah achou tudo aquilo muito estranho, mas ainda assim, decidiu não falar nada. Pressentia outra dose de notícias ruins e não estava com cabeça para aceitar mais uma delas.

– Filha, o médico quer dar uma palavrinha com você. – A mãe olhou para ela solidária. – A sós.

Ela congelou. A sós? Estava tremendo contra a vontade, mas ficou quieta. O médico era um profissional, ele nunca faria nada além de seu trabalho com ela.

Ela precisava confiar mais.

– Tudo bem. – Ela conseguiu dizer em voz baixa, tremendo.

– Estou aqui fora se precisar de mim, meu amor. – Ela beijou a testa da filha. – Eu te amo.

– Também te amo, mãe. – Leah sorriu contra a vontade. – Vou ficar bem.

Por um momento, a expressão no rosto da mãe vacilou. Parecia estar prestes a desmoronar novamente. Mas em vez disso, ela virou-se rapidamente e saiu do quarto.

Leah não teve tempo de perguntar o que havia acontecido. O médico estava se aproximando, mas ele manteve uma distância segura. Observava-a com olhos calorosos e inteligentes, mas parecia desconfortável.

Finalmente, ele pigarreou.

– Bem, Srta. Henderson... – Ele ponderou. – Você prefere que eu a chame assim ou pelo próprio nome?

Ela sorriu.

– Pode me chamar de Leah mesmo, Dr. Warbrock.

Ele sorriu igualmente de volta, mas o sorriso não chegava a seus olhos.

– Muito bem então, Leah. Precisamos conversar. Primeiro, eu queria que você pudesse confiar em mim. Eu preciso saber tudo o que aconteceu para ajudar você. Mas entendo se você não quiser falar.

Leah se retesou. Lembrar o que havia acontecido definitivamente não estava na sua lista de coisas a fazer.

Ela não queria falar disso, principalmente com um estranho. Não queria falar disso com ninguém, nem com a sua própria mãe. Mas, olhando nos olhos do médico, ela viu que poderia confiar nele.

– Eu... Eu preciso entrar em detalhes? – Ela ponderou. – É que é realmente desconfortante para mim, sobre isso.

O médico sorriu.

– Não querida, não exigirei demais de você. Só confirme então o que eu falar, para podermos continuar, ok?

Leah assentiu. Estava visivelmente nervosa. Mas decidiu se acalmar. Não precisava fazer uma cena.

– Muito bem, Leah. Você tem grandes sinais de violência encontrados em seu corpo. Poderia me dizer por quanto tempo exatamente durou o ato?

Lágrimas vieram aos olhos da menina. Ela baixou seus olhos para a cama, e murmurou baixinho.

– Pelo que eu me lembre, foram quase uma hora.

– Entendo. Antes de tudo, você irá dar queixa?

– Sim. Pretendo fazer isso assim que sair daqui. – Ela tremeu. Não queria ter que conversar com policiais, mas também não queria que o desgraçado saísse impune.

– Faz bem. – Ele suspirou. – Mas Leah... Precisamos realmente conversar, querida.

Ela o olhou com os olhos bem abertos. Estava preocupada, mas ela merecia isso. Por não saber se defender. Por ser um belo de um lixo.

– Bem, a sua parte genital foi bem lesionada. O que significa que qualquer infecção ou exposição é comum. Observe querida, com o estupro, você pode tanto se expor a gravidez quanto a Doenças Sexualmente Transmissíveis. Uma delas, por exemplo, é o vírus HIV.

Os olhos da menina se encheram de lágrimas. Estava condenada a ter a vida completamente destruída. Como se já não houvesse sido destruída o bastante.

– A situação de gravidez poderá ser descoberta em um exame que faremos, pois um pouco de sêmen foi encontrado em seu corpo. Agora, o HIV se manifestará em alguns meses ou dias, dependendo do caso. Por enquanto, não há nada.

Leah não aguentou. Começou a soluçar, descrente de sua própria sorte. Estaria com sérios problemas. Ou poderia estar grávida ou infectada. Não havia escapatória para ela.

O médico segurou em sua mão, e pela primeira vez no dia, parecia não estar sendo profissional.

– Querida. – Ele disse docemente. – Não sabe como me dói dizer isso a uma menina de quinze anos. Mas eu sei que você vai conseguir sair dessa. Você é uma garota forte, Leah. É uma guerreira.

Não sou! Leah queria gritar. Eu não valho merda nenhuma.

Mas ela não conseguia falar. Soluçando, ela enterrou o rosto nas mãos. Estava condenada a viver uma vida contada. Ou com uma criança ou com uma doença.

E o desgraçado que fez isso poderia estar livre por aí, estuprando outras meninas indefesas.

Ela mais do que nunca desejou a morte desse cara. Nunca havia desejado a morte a ninguém, sempre fora uma pessoa que tentava se dar bem com todos.

Mas com ele era diferente. Ela queria que ele morresse. Destruíra a sua vida e com certeza, estaria destruindo a vida de muitas meninas também.

Ela sabia que um lixo como ela não poderia ter desejos. Mas ela desejou que apenas esse fosse atendido. Às vezes até um lixo poderia ter direitos a um desejo.

Por favor. Ela pensou com todas as suas forças. Sei que não mereço, sei que não lutei. Mas não quero que somente a minha vida seja estragada. Não quero que mais nenhuma menina sofra. Por favor, detenha essa cara.

Lágrimas escorreram de seus olhos e sua alma estava corrompida.

Fora estuprada. Sua vida estava resumida a sofrimento. Ou ela engravidaria ou estaria doente e condenada a morrer.

Nunca havia feito nada, mas havia pagado o pior dos preços.

O da injustiça.



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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Pois bem, postarei o próximo em breve, espero que estejam curtindo. Estou me esforçando muito, e obrigado por reconhecerem! Até mais ♥



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