Stand In The Rain escrita por Light Angel


Capítulo 3
Chapter 3


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada, pessoal! Tudo bem? E então, aqui vai mais um capítulo dessa incógnita história. Espero que gostem! Ah, e queria agradecer a Mariana Ferreira por ser a primeira a comentar KKK, beijos linda ♥ Boa leitura!



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Hunter abriu a porta do carro rapidamente. Entrou correndo no hospital e em cerca de cinco minutos, voltou com dois enfermeiros.

Parecia que estava prestes a desmoronar, mas ele segurou a mão de Leah enquanto ela era levada para dentro. A recepcionista não poderia ajudar, pois ela estava sem identidade.

Leah começou a ficar nervosa. Não queria passar por uma situação como aquela. Nunca estivera em um hospital para um caso tão sério e ainda mais sem seus pais presentes.

Hunter encarou a secretária.

– Senhora, por favor, ela precisa de ajuda. Não tem como contatar os pais dela?

– Eu vou tentar, querido. Queira se acalmar, por favor. Querida? – Ela olhou para Leah docemente. – Poderia me dizer seu nome, para fazermos uma ficha?

– Leah. – Ela suspirou. – Leah Henderson.

– Ok, confere. Quantos anos?

– Quinze.

– Ok. Não irei fazer mais perguntas a você agora, pois você precisa ser atendida. Por favor, você poderia me informar o telefone de seus pais?

Leah deu a ela o celular de sua mãe. Não estava com cabeça para pensar em algum e deu o primeiro que passou pela sua cabeça.

Ela sentiu que fora colocada em uma maca. Sentiu a sua mão ser separada da de Hunter. Com um último olhar para o garoto, ela fechou os olhos. Mas deixou gravada a imagem de sua esperança em sua mente.

***

– Leah? Leah? Está acordada? – Uma voz de mulher a despertou de seus sonhos.

Ela abriu os olhos grogue, como se alguma coisa ou alguém tivesse batido com um bastão de baseball em sua cabeça.

Assim que ela focalizou, o rosto aflito de sua mãe apareceu na sua frente.

– Meu amor! – Ela exclamou, abraçando a filha desesperadamente. – Você está bem?

Leah tremeu nos braços da mãe. Sua mãe. Ela estava ali, com ela, e tudo o que ela mais queria era ela.

– Mamãe. – Ela abraçou a sua mãe com as suas mãos fracas.

Ela chorou nos braços da filha. Tanta dor, tanto remorso foram tirados de seu peito.

– Leah! – Ela exclamou. – Minha filha, me desculpe. Isso tudo é minha culpa.

– Mãe! Como isso pode ter sido culpa sua?

A mãe fungou. Ela não disse mais nada, com medo de explodir em lágrimas na frente da filha.

– Não deveria ter deixado você ir para casa sozinha. Ah, Leah, fiquei com tanto medo de te perder. – Ela chorou.

Leah não disse nada. Não merecia aquelas lágrimas. Ela merecia a morte e ela se recusava a aceitar seu convite. Talvez fosse tão ruim que nem a morte ela merecesse mais.

Secando uma lágrima, ela percebeu onde estava. O quarto estava com paredes com um leve tom de bege, e ela estava em uma cama com agulhas intravenosas e uma em especial, que a conectava com uma máquina.

Sua boca estava com gaze por dentro, resultado de uma recém-cirurgia recuperativa.

E a sua... Intimidade... Estava anestesiada. Ela percebeu ao mover as pernas. O que havia acontecido ali, ela não soubera realmente.

Mais tarde, enquanto ainda estava perdida em pensamentos, um médico alto e sério entrou em seu quarto.

Ele a olhou com um ar sério e profissional, mas em nenhum momento com pena. Leah ficou agradecida por isso.

– Bom dia, Srta. Henderson. – Ele deu um leve sorriso. – Como está se sentindo?

Leah iria dizer que estava bem, mas era mentira. Fisicamente, ela não sentia nenhuma dor, a menos que se movesse. Mas moralmente... Era outra história. Decidiu falar a verdade ao médico, não havia mais nada o que esconder. Fora exposta demais.

– Vou ficar bem. – Ela suspirou.

O médico olhou em seus olhos firmemente. Depois, aproximou-se de sua cama com cautela, sentando-se na beira.

– Você é uma garota forte, Leah. – Ele sorriu para ela. – É claro que vai.

Depois a expressão do médico ficou sombria, e aparentemente, ela percebeu que havia algo errado.

– Sra. Henderson, posso falar um minuto com a senhora?

– Sim, é claro, Dr. Warbrock.

O médico e mãe de Leah saíram da sala, o doutor com um leve brilho perturbado nos olhos.

Ela começou a ficar preocupada. Não sabia se poderia aguentar mais uma patada que poderia levar, e começou a se perguntar o que poderia ter piorado a sua situação.

O tempo foi passando e nada do médico ou de sua mãe aparecerem. Ela estava começando a ficar com medo.

Faziam apenas algumas horas do incidente, mas ainda assim, Leah achava que anos haviam se passado. Como a sua vida poderia ter mudado em apenas míseras vinte e quatro horas?

No dia anterior, ela era Leah Henderson. Uma garota de quinze anos normal, com sonhos, sem namorado. Estudava para conseguir uma bolsa em uma boa universidade e cursar o curso de seus sonhos: Medicina.

Todos os dias ela via alguma coisa nova, e se preparava para estudar. Ao mesmo tempo em que também se divertia, com seus amigos. Tinha uma vida adorável, com seus pais e seu cachorro Max. Gostava de todos e ninguém tinha aversão pela menina, já que ela era doce e terna com todo mundo.

Adorava Houston e sentia falta da cidade ensolarada. Sonhava todos os dias com aquela cidade, e quando poderia sair dali. Pretendia estudar Medicina no Centro Médico da Universidade do Texas, em Houston.

Era uma das Universidades mais importantes da América do Norte, e Leah sonhava em se formar lá.

Sonhava.

Agora ela não poderia sonhar mais. Ela não deveria ter mais sonhos. Lixo não podia sonhar.

Enquanto as lágrimas escorriam, ela lembrou-se de outra pessoa.

Hunter.

O garoto que a havia salvado e prometido que ela iria ficar bem. Ela nem ao menos o conhecia direito e nem tivera a oportunidade de agradecê-lo por tudo.

Provavelmente ele deve ter ido embora, e Leah preferia assim.

Um ser sujo como aqueles não merecia a compaixão de Hunter e nem a sua ajuda. Ela desejou nunca mais poder ver o garoto, para o bem dele.

Leah era uma imprestável e não podia se dar ao luxo de ficar com pessoas tão boas como ele. Ela nunca se sentiu tão rejeitada e inutilizada em sua vida.

Chorando, ela deitou sua cabeça mais firme em seus travesseiros. Não sentia mais fome. Não sentia mais frio. Não sentia mais... Não sentia mais ela mesma.

Aquele sentimento de esperança... Bem, foi passageiro. Leah não merecia esperança, até porque não haveria nenhuma para ela.

Leah Henderson morrera naquela noite. Não haveria mais nenhuma menina como ela, não importa o que houvesse.

Agora tudo o que restava era aquele ser sujo e impotente deitado em uma cama de hospital.

Um lixo.



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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Quem quer dar um review ae? KKKKKK, ok, parei, ninguém quer ver as minhas piadas sem graça. u.u, mas enfim, então até a próxima e se cuidem! ♥



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