Stand In The Rain escrita por Light Angel


Capítulo 2
Chapter 2


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas! É... ainda vi que não tem nenhum review KK, mas mesmo assim estou postando o capítulo 2! Espero que gostem, e boa leitura!



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Horas se passaram. Leah estava com uma febre horrível, resultado de um início de hipotermia.

Ela precisava sair dali, mas não tinha força alguma. Estava começando a ficar sem ar e com fome, mas mesmo assim, não conseguiria sair dali tão cedo.

Em meio aos seus devaneios, ela lembrou que estava em um beco próximo a um prédio. Não demoraria muito e alguém a acharia dentro da caçamba.

Chorando baixinho, ela se amaldiçoou por não saber se defender corretamente. Estava onde deveria estar e ninguém deveria tirá-la dali. Lixo é lixo.

Ela ouviu passos se aproximando, e ficou imóvel. Talvez não entrasse no beco. Estava só de passagem.

Mas a sua sorte não poderia estar de acordo com ela hoje.

A pessoa se aproximava, e pelo som de seus passos, estava se aproximando da caçamba.

Ela se abaixou ainda mais, ao menos tinha forças para isso. Havia um pedaço de pano grande e sujo e ela usou isso para cobrir pelo menos a parte superior visível de seu corpo. Mas ela não estava mais preocupada com isso.

Já havia se exposto. Não tinha mais onde se esconder.

A tampa se abriu e a luz invadiu seus olhos. Mas ela os fechou. Não merecia a luz.

Ela ouviu um som abafado de saco de lixo sendo jogado fora e a tampa estava pronta para ser fechada novamente.

Mas ela ouviu um som abafado. A voz parecia de um rapaz.

– Meu Deus! – Ele exclamou, retirando um pedaço de casca de banana que cobria a boca da menina. – Meu Deus, o que aconteceu com você? Você está bem?

Ele estava visivelmente nervoso, afinal não era comum encontrar garotas ensanguentadas e nuas dentro de uma caçamba de lixo.

Leah olhou para baixo envergonhada. Ela sabia que não merecia morrer, mas a febre estava insuportável. Tremendo, ela se cobriu ainda mais com o pano.

– Por favor. – Ela grasnou. – Pode me ajudar?

O menino arregalou os olhos. Não passava ter mais da idade dela, talvez um pouco mais velho.

– C-Claro – Ele gaguejou. – Vamos, me de a sua mão.

Fraca, Leah levantou a mão e segurou a mão do menino. Estava quente. Pela primeira vez naquele dia, ela sentiu esperança.

Vendo a situação da garota, ele a pegou delicadamente. Tomando o máximo de cuidado, envolveu suas pernas com os braços e colocou a cabeça dela em seu ombro.

Depois de tirá-la dali, ele retirou o próprio casaco e envolveu o corpo da menina.

– Vai ficar tudo bem, ok? – Ele sorriu. – Suas coisas foram roubadas?

Seu tom de voz era educado, mas havia um medo nela. Talvez ele ainda estivesse pasmo por encontrar uma garota nua ou talvez estivesse espantado demais com a violência.

Leah tremeu.

– Não sei. – Ela fungou. – Não vi.

Ela olhou ao redor do beco, e realmente suas coisas não estavam lá. Talvez o homem quisesse esconder as evidências, pois até o sangue de Leah foi limpo.

Cafajeste! Ela pensou. Suas roupas, seu celular e seu iPod foram roubados. E sua virgindade também.

Ela preferia que todas essas coisas fossem roubadas a última. Trocaria tudo por estar de volta à biblioteca estudando e ouvindo música.

O garoto pigarreou.

Ela voltou seus olhos lacrimejados para ele. Por um momento, o rosto dele se contorceu de fúria, mas ele se conteve.

– Você precisa ir a um hospital. – Ele disse com uma raiva mal controlada. – Vamos, vou leva-la.

Leah não recusou. Estava mesmo mal e precisava de cuidados. Além disso, ela queria um cobertor, pois estava muito frio.

– Moro em um prédio a uns cinco metros daqui. Vou pegar o carro de meu pai. Volto em um minuto. Você vai ficar bem? – Ele a olhou nos olhos, retirando uma mecha de cabelo de seu rosto.

Leah estremeceu. Já fora tocada demais naquele dia. Mas o menino sacou como se fosse o frio e correu ainda mais para pegar o carro.

Enquanto estava sozinha, ela se agarrou ao casaco do garoto e começou a chorar baixinho. Tudo o que fizera fora chorar. Ela queria morrer, mas também queria ser forte.

Era uma fraca, idiota e pequena. Não tinha forças para se mover e estava com muita dor. Isso poderia ter sido evitado se ela soubesse lutar melhor. Mas ela não conseguira.

Ouviu um som de pneus cantando na frente, e começou a tremer.

Será que era o garoto? Ou o homem horrível que voltara para obter outra satisfação?

Mas ela suspirou aliviada quando viu o menino correndo em sua direção.

– Oi! – Ele ajeitou o seu casaco novo, já que o dele estava com ela. – Desculpe por deixar você aqui sozinha. Ei, venha aqui.

Ele a pegou pela segunda vez nos braços e envolveu seu corpo com um cobertor que ele havia trazido. Quando a colocou no carro, ligou o ar quente no máximo.

Dando partida, ele começou a andar em uma velocidade maior que o normal.

– Posso saber seu nome? – Ele disse com uma voz contida, com medo de que até a sua voz ferisse a garota frágil que estava ao seu lado.

– Leah. – Ela respondeu baixinho.

– Que lindo nome. – Ele sorriu. – Ei, e a propósito, eu sou Hunter.

Leah assentiu com a cabeça e depois olhou para os próprios pés novamente. Não estava com humor para conversar e muito menos falar sobre o que havia acontecido. Mas ela sabia que o garoto havia sacado.

– Tudo bem se não quiser conversar – Ele sorriu. – Queria saber se aguenta mais uns minutinhos, pois já estamos chegando.

– T-Tudo bem – Ela tremeu. Estava com medo do que aconteceria quando chegasse ao hospital. Os médicos a olhando com pena, vendo que a pureza de uma menina de quinze anos fora invadida.

Com isso, lágrimas escorreram por seu rosto e ela não conseguiu esconder. Estava com vergonha por Hunter estar vendo sua fraqueza. Um menino tão bom como aquele com um lixo daqueles por perto. Não estava certo.

Ele estacionou na emergência, mas não abriu a porta. Olhou para ela, e seu rosto estava em fúria novamente. Ele segurou a sua mão.

– Leah, eu prometo que você vai ficar bem. – E ele não disse isso como se estivesse falando de seu estado físico. Disse isso de uma forma mais prolongada, mais sutil. Como se a ajuda não fosse somente naquela noite. Ele a ajudaria mais do que isso. Estava no rosto dele.

Leah fechou os olhos e suspirou agradecida. Pela segunda vez naquele dia, ela sentiu alguma coisa que fez seu corpo se aquecer novamente.

Esperança.



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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? E o que acharam do Hunter? hehe, espero que tenham gostado e por favor, mandem reviews! I need! Beeeijos e até mais! ♥



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