Stand In The Rain escrita por Light Angel


Capítulo 15
Chapter 15


Notas iniciais do capítulo

Boa taaarde pessoal! Tudo bem?? Então, aqui vai mais um cap da fic, espero que gostem!! Boa leitura!



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No dia seguinte, Leah estava sozinha na escola. Não que isso fosse novidade. Mas ainda assim, Natalie não havia voltado.

Quanto ela iria ficar fora? Agora era a vez de Leah ficar preocupada com a amiga.

As aulas passaram monotonamente, menos a do Sr. Thomas. Leah estava começando a pegar uma simpatia maior pelo jovem professor. Estava realmente se importando com ela, e a ajudando.

E graças a ele, ela conseguiu se libertar por um dia de sua consciência maluca. Mas a consciência era forte, e não deixaria Leah em paz.

A noite ela sentia grandes dores e chorava baixinho, porque parte dela não queria ter se libertado. Sentia vontade de pegar o canivete e começar tudo de novo. Mas aquele outro lado, o lado que estava se levantando, não a deixou fazer isso.

Ele era mais fraco que seu lado negro, mas ainda assim, aquela noite, ele conseguiu se sobressair.

No final das aulas, Leah não saiu da sala. Esperou todos saírem e cumprimentou o Sr. Thomas com um sorriso.

Ele segurou suas mãos.

- E então, Leah? Como se sente hoje?

Ela olhou para ele, tímida, mas respondeu com uma grande felicidade na voz.

- Eu tentei e consegui! Contei a verdade para meus pais, e eles me apoiaram. Eu me sinto mais leve.

- Viu? – Ele sorriu triunfante. – Eu não disse que conseguiria? Está cada vez mais progredindo, percebe? Conseguiu subir mais um degrau.

Ela sorriu. Mas depois a sua expressão ficou mais triste. Ele percebeu a sua mudança de comportamento e a olhou, sério.

- Tudo bem, Leah?

Ela abaixou os olhos, envergonhada.

- Na verdade, nem tanto. Eu consegui ontem, mas e hoje? Estou me sentindo mais fraca, com culpa. Porque às vezes eu penso que não poderia ter feito isso, que eu não merecia. Ontem a noite, quase tive uma recaída.

Ele assentiu.

- E eu ficaria preocupado se você não sentisse isso, minha querida. É normal essa insegurança. Você não iria mudar do dia para a noite, não é mesmo?

Ela assentiu triste.

- Não fique assim, Leah. Você ainda vai continuar, mas entenda: A sua mente ainda tem muito medo. Você está assim porque teme tudo a sua volta. E a sua consciência está contra seus princípios, pois ela também tem medo.

- Eu suponho que você sentiu aquela dor profunda quando tenta desfazer o que sua mente já proporcionou, certo?

Ela assentiu.

- Então, isso se chama insegurança. Ela está tão forte dentro de você que não permite que você mude. Ela diz assim: “Você é fraca. Não conseguiu lutar, não conseguiu se desfazer daquela tragédia. Por isso, Leah, você deve pagar. Não vai em frente. Pare no tempo. Morra em sua dor. E quem sabe, a vida não possa ser condescendente com você.”

Leah ofegou. Ela sentiu como se a própria consciência tivesse saído de seu interior, falando com ela agora. Seus olhos encheram-se de lágrimas.

Edward ficou observando-a, sem nada dizer.

Depois de um tempo, Leah assentiu.

- Quero lutar contra essa dor de outra forma, - Ela chorou – Não quero mais me machucar.

Ele sorriu e pegou as suas mãos novamente.

- Eu sei que você quer, minha querida. E, sim, vamos acabar com isso certo?

Ela o olhou com os olhos tristes.

- Como? Ela é involuntária. Tenho certeza de que quando sair dessa sala vou senti-la novamente.

- Por isso mesmo. Precisamos de outra forma para você combate-la. E eu conheço uma perfeita que já havia proporcionado a você, mas esperava que você pedisse.

Leah o olhou esperançosa.

- Que forma?

Edward riu.

- Quer me acompanhar em um passeio, Leah? E não se preocupe com seus pais. Eles sabem disso.

- Conversou com meus pais?

- Sim. Hoje pela manhã. E eles sabem dessa nova forma também. Estão de acordo. – Ele sorriu.

Ela deu de ombros. Não custava tentar.

Quando eles saíram da escola, Edward abriu a porta do carro para ela. Ela entrou com um pouco de receio, mas estava confiante. E ela sabia que Edward nada faria para machuca-la.

Enquanto ele dirigia, conversaram sobre coisas sem importância. Mas ela ficou feliz de poder contar com alguém mais do que um professor. Um amigo.

Quando ela viu onde pararam, ergueu as sobrancelhas.

- Uma academia?

Ele riu.

- Vamos, Leah. A forma perfeita para você está lá dentro.

- Como é que é? – Ela o olhou de lado.

Edward gargalhou.

- Vou confessar. Além de professor de inglês e psicólogo, eu tenho outro hobby. Sou lutador de boxe.

Ela deu um passo para trás.

- Sério? E você não está pensando que eu...

Ele segurou a sua mão.

- Vamos, Srta. Perguntas. Você vai ver.

Quando entraram na academia, muitos cumprimentaram Edward com um sorriso. E algumas mulheres olhavam para ele com mais que um sorriso.

Leah não podia culpa-las. Era um homem jovem, inteligente e realmente lindo. E ainda por cima, lutador de boxe? É, não era para qualquer um.

Edward a levou até a área de luta e entregou a ela uma bolsa esportiva.

- Leah, ali tem um vestiário feminino. Quero que você entre e se troce. Depois, venha até aqui.

Ela não se mexeu.

- Mas para que isso?

Edward suspirou e riu novamente.

- Só faça isso, querida. Não vai tomar muito de seu tempo. Por favor?

Ela revirou os olhos.

- Ok. – E virando-se, entrou no vestiário.

Quando ela abriu a bolsa, negou com a cabeça.

- O que ele está pensando?

Lá se encontravam um top preto próprio para boxe, com assinatura da Nike. Também havia shorts pretos da mesma marca e tênis esportivos.

Leah não iria vestir aquilo. Não gostava muito de esportes, ainda menos boxe.

Mas ela percebeu que Edward não era um homem que aceitava um não como resposta. Não iria força-la a nada, mas insistiria silenciosamente. E ela sabia que uma hora ou outra iria ter que acabar aceitando esse convite.

E, sem dúvida, deveria ser melhor do que se cortar.

Suspirando, ela trocou de roupa. Quando terminou, amarrou seus cabelos em um rabo de cavalo, não muito alto, e saiu.

Quando avistou o professor, quase caiu de costas.

Edward estava com um shorts de academia e blusa esportiva, e sem dúvida aquelas roupas de professor de inglês não faziam jus ao seu corpo.

Era extremamente atlético e seus cabelos não estavam mais penteados. Estavam em um estilo mais esvoaçado, mas ainda tinha o mesmo sorriso de sempre.

Corando até a raiz dos cabelos, ela se aproximou de Edward.

- Olha só! – Ele riu. – Está ótima, querida.

Ela engasgou.

- Er... É... Obrigada, eu acho.

Os dois riram. Depois, gentilmente, ele a conduziu a um banco. Sentou-se com ela e olhou em seus olhos.

- Leah, o boxe não é tão ruim quanto parece. Além de tudo, ele é uma terapia também. Você vai perceber depois dessa aula. Sabe... Quando eu tinha a sua idade, eu passei por uma situação na minha vida bem complicada. Só que eu não sabia até que ponto eu iria, estava no fundo do poço.

- Então, quando a minha irmã me levou a um psicólogo, ele me apresentou essa terapia. E desde então, nunca mais larguei. – Ele sorriu. – Por isso me apaixonei pela psicologia. E também por pedagogia, onde eu posso me aproximar das pessoas. E o boxe é algo que não consigo mais viver sem, algo que me mostrou que posso ser mais do que um mero lixo.

Leah o encarou boquiaberta. Não sabia que ele a entendia mais do que ninguém e então era por isso que estava querendo ajudar.

- Eu... Eu não sabia.

- Não precisa saber, querida. Mas vamos em frente?

Ela percebeu que não custaria nada tentar. Além do mais poderia ajuda-la.

- Tudo bem.

Edward se levantou e pediu para que Leah o seguisse. Então, ele a apresentou a um cara enorme, que Leah quase caiu de costas quando o viu.

Usava muitas tatuagens, roupas esportivas e tinha um rosto sério e altivo. Mas parecia ser gente boa.

Mesmo assim a sua vontade era de sair correndo. Ele dava umas dez dela mesma.

- Leah – Edward tentou segurar o riso quando viu a cara da menina. – Este é Kyle “Damon” Trent. Não sei se você acompanha MMA, mas ele já foi um dos campeões por muitos anos seguidos. Hoje, está se aposentando aqui em Seattle como lutador. E vai ser seu professor, assim como foi o meu. – Depois ele se virou para o grandalhão. – Kyle esta é Leah Henderson. Sua nova aluna.

Kyle sorriu para ela. Leah quis sair correndo.

- Muito prazer, menina. Como está?

- B-Bem... – Ela respirou fundo – É um prazer conhecer o senhor. Meu pai é um grande fã do senhor.

Kyle riu.

- Eu sei. Seu pai quase teve um treco quando soube que eu iria te dar algumas aulas. Mas fiz questão. Quem é especial para Edward, é especial para mim.

Leah corou. Não imaginava que Edward tinha um carinho por ela.

- Bem, vamos começar Leah? O que entende de boxe?

Ela riu.

- Desculpe senhor, mas não entendo absolutamente nada de boxe.

Kyle e Edward riram.

- Nós imaginávamos, mas tudo bem, querida. – Kyle sorriu. – Estou aqui para ajudar você, e não se preocupe. Sei bem como guardar seu segredo.

Leah corou. Mas ela entendeu que se quisesse aprender direito, o lutador não poderia ter nada escondido. E ela confiava em Edward.

Assentindo, ela se preparou. Iria começar uma fase que ela estava querendo começar a fazer parte.

A luta contra a sua consciência havia chegado ao primeiro round.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Talvez ainda hoje eu lance mais um! Então, até maais, pessoal, beeeeijos LOL



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