Stand In The Rain escrita por Light Angel


Capítulo 11
Chapter 11


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoas! Bom dia! Tudo bem? E então é com grande estima que eu deixo a vocês o capítulo 11! Espero que gostem, e boa leitura!



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A segunda-feira chegou chuvosa e chata como sempre. Afinal, quem gostava de segundas-feiras?

Leah desceu para a sala mal humorada e pegou suas coisas. Quanto mais chegasse na escola, mais rápido seria e mais rápido terminaria.

Entrou no carro sem dizer uma única palavra e seu pai a olhou preocupado.

- Bom dia, princesa. – Ele beijou sua testa. – Tudo bem?

- Bom dia, pai. Sim, está tudo bem.

Depois disso ela não disse mais nada. O pai sabia que conversar com Leah quando ela estava daquele jeito era perda de tempo. Seria mais fácil esperar que a parede perguntasse como é que anda a vida.

Quando chegou a escola, Leah desceu do carro e correu para dentro do prédio. Precisava entrar sem ser vista.

Mas ela não conseguiu. Natalie estava ali, lendo seu livro favorito. Por um momento, Leah pensou em se desculpar pelo seu comportamento na sexta. Mas isso significaria se envolver com Natalie e ela não queria.

Não queria prejudica-la.

Por isso, caminhou sem olhar para a menina. Natalie também não olhou de volta. Deveria estar magoada com Leah e decidiu simplesmente ignorá-la.

Leah deveria ter achado isso ótimo, mas seu coração tremeu. Ela não queria que Natalie a abandonasse.

Mas é assim que tem que ser, sua consciência ronronou.

Andando pacientemente até a sala, entrou na primeira aula.

O Sr. Thomas entrou na sala e cumprimentou os alunos. Leah evitou seu olhar. Não queria que ele a notasse e nem que a convidasse para comer docinhos novamente.

- Muito bem, classe. Vamos começar lendo o nosso novo romance de William Shakespeare. Romeu e Julieta.

As meninas suspiraram. Os meninos praguejaram. Leah ficou com uma cara de pôquer bem feita.

- Ah, mas que romântico – Uma garota disse.

- Totalmente! – Outra completou.

- Ai, mano, essa aula vai ser um pau no cú. – Um menino praguejou.

- Pois é, cara. Vamos ter aguentar essa viadagem por mais quanto tempo?

- Ok, já chega. – O professor exclamou. – Ou é isso ou fazemos um teste surpresa sobre o último livro.

- Mano, se já viu Romeu e Julieta? História muito foda, cara!

Todos gargalharam. Até o professor. Leah continuou quieta, mas um pequeno sorriso se formou em seu rosto.

O Sr. Thomas olhou para ela e sorriu. Depois, ele começou a ler o romance e alguns meninos faziam gestos bem fora do contexto.

A aula passou muito devagar. Leah estava quase dormindo quando o sinal tocou. Ela demorou em perceber que havia tocado o sinal e se deu conta de que ficara sozinha com o professor novamente.

- Srta. Henderson? – Ele sorriu. – O que achou da aula de hoje?

Leah piscou.

- Ah, foi bem legal, Sr. Thomas. O senhor lê muito bem.

Ele sorriu.

- Não por isso, minha querida. Gosta de ler?

Leah ergueu as sobrancelhas. Ele tocou em um assunto no qual ela sempre fora apaixonada. Mas ela não lia nada desde... Desde o ocorrido.

- Sim, senhor. Eu gosto muito.

- Jura? – Ele sorriu. – E o que você está lendo atualmente?

- Hm, nada.

- Mas você não disse que gosta de ler?

Leah praguejou mentalmente.

- É... Sim. Mas tem tanta coisa acontecendo comigo ultimamente. Bom, vou me atrasar. Até mais, Sr. Thomas.

Ele sorriu afetuosamente.

- Até mais, Srta. Henderson. – Ele acenou para ela. – A propósito, meu convite ainda está de pé.

Ela assentiu e saiu correndo.

Mas de repente no meio do corredor. O que acabara de fazer? Ela conversou com alguém e não foi recriminada por isso. Foi quase como se fosse ela mesma. Não. Ela não podia se dar a esse luxo. Pare com isso agora mesmo, Leah!

Foi quando ela a viu. Natalie estava sentada encostada em um dos armários. Leah arregalou os olhos e se preparou para fugir quando viu a situação de Natalie.

Ela estava sufocando. Leah parou estaticamente. Natalie estava tendo um ataque.

Sem parar para pensar, ela correu até a menina.

- Natalie? – Ela a sacudiu pelos ombros. – Natalie! Onde está a sua bombinha?

- L...Leah? – Ela tossiu. Seu rosto começava a ficar arroxeado. Leah não viu ninguém à vista, exceto o Sr. Thomas que saia de sua sala para ir até a Sala dos Professores.

- Sr. Thomas! – Leah berrou. – Me ajude, por favor.

O professor virou assustado. Ele viu Leah segurando Natalie quase desacordada.

- Ela tem asma. – Leah sufocou. – Mas não acho a bombinha dela. Por favor, me ajude.

- Me de ela aqui, querida. – Ele pegou Natalie nos braços. Depois começou a correr até a enfermaria. – É melhor vir comigo, Srta. Henderson.

Leah não discutiu. Pegou as coisas de Natalie e correu para a enfermaria. Chorando, ela fez uma prece silenciosa.

Por favor. Ela pediu com fervor. Salve a Natalie. Ela não merece passar por isso.

- Enfermeira Jacobs! – O Sr. Thomas gritou. – Temos uma menina com ataque de asma por aqui.

A enfermeira veio correndo. Abrindo a porta da sala, pediu para que colocassem Natalie em cima da maca. Pegando uma máscara de oxigênio, ela colocou em Natalie.

Mas a situação estava séria. A menina não reanimava.

Leah começou a chorar. O professor segurou em seus ombros e pediu para a enfermeira ligar para os pais de Natalie.

- Primeiro precisamos chamar uma ambulância, Sr. Thomas. – Ela pegou o telefone e chamou imediatamente. Os paramédicos disseram que estavam a caminho, mas para ela continuar fazendo a respiração da menina voltar e se precisasse massagem cardíaca.

A enfermeira começou a aumentar o nível de oxigênio da máscara e estava fazendo massagem em Natalie. A expressão da menina estava pálida.

- Tire-a daqui, Sr. Thomas. – A enfermeira disse olhando para Leah. – Ela não precisa ver isso.

- Não! – Leah berrou, agarrando-se a mão de Natalie. – Por favor, deixe-me ficar com ela.

A enfermeira e o professor tiveram dó de Leah e a deixaram junto a Natalie.

- Vamos, garota. – Leah apertava a sua mão. – Não me deixe. Por favor. Não depois de tudo!

Leah começou a chorar e Natalie não reanimava. Ela tinha medo de a menina morrer.

Os paramédicos chegaram acompanhados do diretor Simmons, e levaram Natalie até o hospital. Leah sentou-se na beira da maca e começou a chorar convulsivamente.

A enfermeira tentou oferecer a ela um copo de água, mas ela rejeitou. O Sr. Thomas murmurou algo para o diretor e este assentiu, sorriu para Leah encorajadoramente e saiu da sala.

Ela estava chorando muito, então o Sr. Thomas segurou a sua mão e esperou que ela se acalmasse.

- Ei, eu prometo que a Srta. Black irá ficar bem, querida. Foi só um ataque.

Mas Leah não conseguia parar de chorar. Não era só por isso que estava chorando. Era por tudo. Sua consciência agora dera de falar que a culpa de Natalie estar assim era sua.

- Vamos, gostaria de um doce? – Ele sorriu.

Leah queria fugir. Mas dessa vez não conseguiu. Olhando para o Sr. Thomas, ela sentia que seu chão estava desabando e se ela não se segurasse iria cair de vez.

O professor a puxou pelas mãos. Levou-a até a sua sala e ofereceu uma cadeira e um doce a ela.

Dessa vez ela aceitou a jujuba. Com o gosto do doce na boca, Leah sentiu uma sensação de paz. Desanimada, ela encostou-se à cadeira e começou a chorar. O professor não interferiu. Deixou que a menina desabasse.

Depois de um tempo, ela começou a soluçar alto. Não acreditava no que estava acontecendo. Estava colocando tudo para fora.

Antes que a sua consciência falasse algo, Leah chorou mais alto como se quisesse que ela calasse a boca.

A dor estava saindo de seu peito. Quando viu Natalie daquele jeito, ela entendeu que não podia mais fugir dela. Não queria perder Natalie.

Ela estava vencendo a consciência e queria poder se aproximar da amiga novamente. Não queria fugir mais.

Mas precisava de ajuda. O Sr. Thomas era um estranho, mas ele não fez expressão alguma quando ela começou a chorar. Só esperava. Uma parte da consciência de Leah, a que ficara amordaçada pela parte que ela ouvia, cogitou que ele poderia ajuda-la.

Ele era profissional e estava ali para isso.

Leah respirou fundo e olhou para o professor com os olhos inchados.

Ele esperou.

Ela decidiu amarrar a consciência e fazer o que tinha de fazer.

Se libertar.


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Notas finais do capítulo

E então? Curtiram? Uma nova fase da Leah irá entrar, uma fase mais... intensa. Vamos acompanhá-la nesse jogo forte mental? Até o próximo cap, que eu espero postar ainda hoje, já que em meu computador está bem adiantado. hahaha então é isso, beeeijos e até mais!



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