Sweet California escrita por ElisaChediak


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Não me matem plmmd xhlosisluxyox estou muito feliz que vocês estão gostando kra, obrigada mesmo *-* e desculpa novamente por ter escrito tudo no bloco de notas do celular, com certeza tem alguma coisa errada kk



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Escutei vários 'bip's' vindo de um pequeno aparelho escondido no jaleco branco do doutor Morgan. O vi pedindo licença a mim e a Ed e seguindo apressadamente pelo corredor ao qual eu passara apenas alguns minutos atrás, deixando apenas seu rastro de perfume.

Os braços de Ed ainda estavam em volta de mim, me abraçando forte. Senti sua mão se soltar de minha cintura e ir até minha cabeça, a aprofundando mais em seu peito enquanto dava beijos em minha cabeça. Foi nesse momento em que percebi que estava chorando. O momento em que comecei a sentir sua blusa ficar cada vez mais molhada. Me afastei um pouco dele, ainda soluçando e me desculpei por ter molhado sua camisa. Ele fez uma cara como se não havia problema algum e disse que eu não precisava ter me desculpado. Logo em seguida segurou minha mão, me conduzindo até as cadeiras azuis que estavam paradas atrás de nós nos esperando. Nos sentamos e ele envolveu seus braços entorno de meus ombros, enquanto eu deitava minha cabeça no seu. Não conseguia parar de chorar, parecia que cada vez mais, mais lágrimas caíam. Eu estava soluçando e sentia minha garganta se fechando cada vez mais. Ainda não conseguia acreditar que talvez uma das únicas pessoas que me restavam no mundo tinha.. Aquilo. Não conseguia.

Senti os braços de Ed se afrouxando e então ele se levantou, erguendo sua mão para mim.

– Vamos, tem uma lanchonete ali. É bom você tomar uma água, ou algo do tipo.

Segurei sua mão enquanto ele me ajudava a levantar. Ele me guiava até a lanchonete, como se conhecesse cada canto daquele lugar. Bem, talvez já estivesse ali antes.. Chegando lá ele me pagou uma água e me obrigou a tomar tudo, até eu parar de chorar. Enxugou minhas lágrimas e se sentou de frente a mim em uma das mesinhas de lá. Pediu um café e então ficou me observando enquanto ele não chegava.

– Porque continua aqui? A gente nem se conhece direito, e você nem conhece minha tia.. Parace tão preocupado.

– Bem Charlotte.. Eu gosto de você. E quando eu gosto de uma pessoa, não a deixo escapar tão fácilmente. E eu nunca te deixaria sozinha aqui, sem ninguém para ficar ao seu lado, sei que está sofrendo, e não gosto de te ver assim. - minhas bochechas ficaram ainda mais quentes.

– Obrigada por continuar aqui... Eu realmente precisava de alguém, não sei se aguentaria tudo isso sozinha. Minha tia é uma das únicas pessoas que me restam nesse mundo, e mesmo a gente não se encontrando muito, ainda guardo um carinho enorme por ela. E ainda não posso acreditar que.. Que... - mais lágrimas começaram a cair enquanto senti o polegar de Ed escorregar por minha face, jogando aquelas lágrimas para longe.

– Ei, ei. Não fica assim. Eles ainda não tem certeza. E ainda pode ser curado, ainda há uma chance.. Tudo pode dar certo Char. - Olhei um pouco para cima e vi seus olhos encarando os meus, com uma expressão calma, serena. Comecei a me acalmar um pouco e enxuguei outras lágrimas que tinham começado a cair.

Esperei Ed acabar de tomar seu café e fomos andando de volta a aquela monótona sala da espera. Pela primeira vez, comecei a observar as outras pessoas a quem ela era habitada. Algumas estavam roendo suas unhas, outras inclinadas um pouco para frente e de olhos fechados, segurando terços. Haviam aquelas que estavam chorando em suas próprias cadeiras, sozinhas, e aquelas chorando junto a outras agarradas a elas. Tinham até as pessoas dormindo, que acreditara estarem há um bom tempo ali. Mas haviam outras que chamaram a minha atenção. O pequeno grupo se levantando das cadeiras com sorrisos em seus rostos e seguindo em direção ao elevador - mais precisamente, à pessoa parada dentro do elevador. Ela estava sorrindo também, porém estava em uma cadeira de rodas e com um grande lenço ao redor de sua cabeça. Era uma menininha, uma criança, parecia ter uns onze, doze anos. Ela esticava seus dois pequenos braços em direção àquelas pessoas, com aquele sorriso enorme, de um canto ao outro. Acreditava ser seus pais, parentes, e talvez até alguns amigos. Perguntei a recepcionista o que a menininha tinha. Ela falou que ela havia se curado de cancêr, que a atormentava desde os 7 anos. Aquelas pessoas estavam lá para levá-la para casa.

Continuei os observando, até irem em direção a porta e estarem fora do alcance de minha visão. Me sentei novamente com Ed, me juntando ao grupo dos desesperados. Deitei no ombro de Ed e acabei adormecendo depois de um tempo, estava extremamente cansada.

Acordei com a voz do Ed me chamando, e abri meus olhos lentamente, me deparando com doutor Morgan.

– O que aconteceu?! - disse levantando rapidamente minha cabeça e esfregando meus olhos para tirar um pouco do desembaço que eles estavam.

– Senhorita Charlotte, tenho algumas notícias definitivas para lhe dar. - meu coração não estava mais pulando do meu corpo, já havia tido surpresas demais naquele dia para ficar surpresa novamente.

– Sim?

– Fizemos mais alguns raios-x em sua tia e alguns outros exames também, e agora podemos informá-la com certeza.. - Me preparei para suas próximas palavras, que já sabia tão bem. - Sua tia tem um tumor no cérebro. Ele foi a causa do desmaio, além do exesso de trabalho ter ajudado também. Mas a notícia boa é que o notamos cedo, ele ainda está no início e bem pequeno, então não deve ser tão difícil de removê-lo. Mas ainda há risco, é claro, sempre há, e é nosso dever informá-la. Ele terá que ser removido cirurgicamente, e o mais rápido melhor. Vamos esperar um pouco até a senhorita Rosalie acordar e daremos a notícia a ela.. Enquanto isso, espere aqui na sala de espera mesmo. Te chamaremos quando ela acordar.

– Hm, obrigada doutor. - não sabia o que dizer. Ele deu um pequeno aceno com a cabeça, contraiu seus lábios e foi andando de volta pelo longo corredor.

– Você está bem? - Escutei a voz de Ed novamente.

– Estou sim.. - e foi nesse momento em que me deixei aceitar pelo fato que estava me assombrando pelas últimas horas. Minha tia estava com câncer.


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Notas finais do capítulo

Por favor mesmo, não me matem por ter colocado câncer na tia da Charlotte, foi a única coisa que me apareceu, é.. Deixem um comentário ou tentem divulgar minha fic, por favor, ajudaria muito :) Obrigada por continuarem lendo!



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