Eyes On Fire escrita por Amy Moon


Capítulo 9
Capítulo 9 - Como eu amo brigar com ela! {Castiel}




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Parei em frente a casa de Nee, às 9:00 em  ponto. Sem buzinar. Arrependi-me de não ter pegado o numero do celular dela.
Sai do carro quinze minutos depois e resolvi bater na porta.
- Olá mocinho. – sorriu a mãe de Nee.
- Olá, Sra. Bovary. – retribui a gentileza – A senhora sabe se a Nee já está pronta?
Ela olhou para dentro e chamou pela filha.
Chamou uma, chamou duas. E nada da menina.
- Quer entrar?
Concordei com a cabeça e entrei. Observei o quanto a casa era linda e bem cuidada, por dentro e por fora.
A mãe voltou do quarto.
- Vai ter que esperar. Nee está dormindo ainda.
- Eu mesmo a acordo.
Por uma estranha razão, ela me deixou subir e acordar Nee. Subi as escadas devagar, imaginando ela dormindo. Abri a porta e lentamente sentei numa cadeira próxima a cama. Percebi que estava transpirando e a chamei mais por preocupação com seu estado, do que atraso.
- Nee? – sussurrei.
Passei a mão em sua testa, espantado o suor que persistia escorrei pelo rosto. “Deve ser o estresse.” Pensei. Estressávamos tanto um com o outro, que ela chegava a suar enquanto dormia mais que qualquer pessoa nesse mundo.
Continuei olhando para seu rosto, para não voltar mais os olhos no seu shortinho curto.
Sussurrei novamente. E nada. Meu olhos voltaram ao shortinho e dei um tapa fraco em meu rosto, advertindo a mim mesmo. “Não olhe pro short, não olhe pro short...” murmurei.
Ouvi um resmungo, e ela já estava acordando. Ainda com os olhos fechados se espreguiçou, e virou-se para mim; ainda com a visão semicerrada, tentou me identificar; arregalou os olhos e deu um gritinho, cobrindo o corpo com o cobertor.
- O que você está fazendo aqui?
A garota era tão histérica, que já acordara levantando o tom de voz.
- Oras. Estou esperando a bela adormecida acordar e resolver se arrumar para irmos à biblioteca.
Virou-se para a janela do quarto, olhando o sol por um tempo, protegendo os olhos com a palma da mão. O sol estava de queimar a cabeça naquele dia.
- Que horas são? – reverteu o olhar a mim.
- Hm... Agora são... 9:30. São quinze minutos de atraso.
- Não começa. – levantou-se rumo ao guarda roupa.
- Que foi? Você me perguntou as horas.
- Engraçadinho. Preciso que saia do meu quarto.
- Já vai me expulsar?
- Vou trocar de roupa!
Dei um sorriso malicioso e saí do quarto.

***

- Acho que temos tudo pronto para começar a estudar a história da literatura. – disse, colocando alguns livros na pilha que Nee estava segurando.
- Oh. Não brinca. Temos tudo e mais um pouco. Dá pra você me ajudar levando um pouco?
- Se pedir, por favor, poderia até pensar no seu caso.
Ela deixou os livros caírem fazendo barulho e levantando pó. Escutei um “shhh” do outro lado da biblioteca e tentei fazer um sinal de silêncio, mas ela agarrou minha mão.
- Nem pense em levantar o dedo pra mim, rapazinho.
- Eu não ia levantar o dedo coisa nenhuma! Só ia fazer um sinal de silêncio pra senhorita aqui, para de fazer escândalo. Ou melhor, pirraça. – pronunciei pirraça vagarosamente para irritá-la.
- Vocês podem parar de se agarrarem aí e fazerem silêncio? – disse um velho funcionário rabugento.
Ao ouvir “se agarrarem” ela se desvencilhou de mim, fazendo cara de nojo, e se sentou numa mesa ao lado. Peguei os livros e me sentei também.
Apesar das brigas que ocuparam 50% do nosso tempo, iniciamos bem o trabalho. Anotei alguns rascunhos para levar pra casa.
Deixei-a em casa como o combinado, prometendo a mim mesmo, tentar não estressá-la.


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