Terça-feira; dia de Patch, que apareceu mais cedo, antes de eu deixar Matt na casa de Yas. Trazia consigo um embrulho mal feito, em forma de bola de futebol americano.
– Demorei?! – ele sorriu e meu beijou quando eu abri a porta.
– Nem um pouco. – menti. Nunca apressei Patch para se arrumar nos nossos encontros. E a última coisa em que desejei foi a presença dele, nesses últimos dias. Mas isso foi involuntário.
– Matt! Tenho uma surpresa pra você! – gritou.
Provavelmente, ele teria corrido e gritado por toda a casa. Se a visita de Patch fosse substituída por de Castiel.
Matt surgiu do quarto timidamente e sem sinal sequer de alegria.
Patch se agachou.
– Pra você garotão.
O menino sequer abriu o embrulho.
– Obrigado. – voltou-se para o quarto.
– o que é hein? O que esse moleque tem? – ele me pegou pela cintura. Senti ofensa no tom de voz dele ao falar “moleque”.
– Moleque nada. Ele é meu filho, Patch. – desvencilhei-me dele.

Patch me ignorou. Como se só ele, só ele tivesse fala na conversa. Isso me irritou um pouco. De pouco em pouco eu sabia que minha situação com ele, poderia piorar.
– Você também anda estranha... É aquele tal de Jim não é? É ele que está alienando todo mundo.
Fiquei fria, e irritada.
– Não é nada disso. – hesitei friamente.
– Então é o quê? Vai me dizer que não é ele? – Patch exaltou-se.
– Vou. É você, Patch. Você. Você anda muito estranho e rude.
– Rude? Eu? Olha o que eu acabei de tentar! Eu trouxe um presente pro seu filho!
Percebi então que eu não tinha escolhido as palavras certas. Patch estava diferente também, sim. Mas era um pequeno detalhe... Ou então as coisas ficaram diferentes depois da chegada de Castiel. Não sei. Minha mente girava sem parar, misturando todos os meus pensamentos.
Puxei Patch para mais perto e o abracei, tentando achar um porto seguro.