Inscrições escrita por Mislaine brittis


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

boa leitura!



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Levavam 45 minutos completos para chegar a casa de Brittany, o que, pelos padrões de Lima, queria dizer muito distante.

Rachel começava a ficar um pouco desconfiada. Elas haviam passado dos limites da cidade há pouco tempo, e estavam passando por quilômetros de terras agrícolas. Assim que estava prestes a perguntar, Brittany saiu da estrada de asfalto e entrou na estrada de terra. E foi aí que ela entendeu.

Brittany morava numa fazenda.

Elas dirigiram por mais um tempo, passando por uma cerca de arame e um bosque e rebanho de cabras e um bando de patos (bem, nada surpreendente), e pararam em frente a uma casa de pedra de grandes dimensões.

"Gostou da minha casa, Rachel?"

"É fantástica, Brittany."

Enquanto elas desciam, uma mulher alta e loira apareceu de um dos cantos da casa com um garanhão branco a reboque. "Bem-vinda ao lar, Brittany." Ela disse, falando devagar, com um forte sotaque holandês.

"Hoi, mama." A garota respondeu com um sorriso. Ela recebeu um beijo na testa.

"Santana, Quinn, bom ter vocês de volta."

A Latina acenou. "Hei, Julia."

"Olá, senhora. Como você está?"

"Estou bem, Quinn, obrigada. Quem é a garota nova?"

Rachel sorriu. "Olá, meu nome é Rachel Berry. Estou no Glee Club com elas. Você tem uma casa maravilhosa. Obrigada por me receber."

Julia apertou sua mão firmemente. "Eu sou Julia. Mãe da Brittany." Ela se voltou para Brittany. "Essa é aquela de quem você me falou? A pequena que canta bem e gosta de falar?"

As três líderes de torcida riram enquanto Rachel corava. "Ela mesma." Quinn disse.

Julia sorriu para Rachel. "Por favor, cante para mim depois. Essas três nunca fazem isso. Dançar, sim, sempre. Mas cantar, apenas no chuveiro."

Rachel sorriu. "Eu ficaria feliz em cantar para você. E tenho certeza que posso convence-las a me acompanhares também."

Santana grunhiu e Quinn balançou a cabeça. Julia riu. "Eu gostei dela, Britt. Fique com essa amiga."

"Claro, mama." Brittany devolveu com um sorriso.

O cavalo relinchou. Julia acariciou sua crina. "Ele parece incansável. Talvez vocês possam levar os cavalos para um corrida mais tarde. Depois dos estudos. Então, eles vão se cansar."

Brittany bateu palmas entusiasmada. "Yeah! Ensinamos você a montar, Rachel!"

A diva piscou e se voltou para Santana e Quinn. "Vocês todas sabem?"

Quinn concordou. "Nós passamos muito tempo aqui. B nos ensinou anos atrás."

"Esse aqui é o Ovídio." Santana disse, apontando para o corcel branco com o queixo. "Nós realmente vimos ele nascer. Ele é o preferido de Quinn."

"Ah, eu realmente que queria que você estivesse lá quando cantamos Last Name com a April." Brittany disse. "Nós montamos com nossas roupas de vaqueiras. Foi muito divertido."

Rachel riu com a imagem mental, "Deve ter sido."

"Enfim," Quinn interveio antes que a conversa se tornasse constrangedora. "Deveríamos entrar e começar a trabalhar."

Elas todas acenaram novamente para Julia e pegaram seus pertences do porta-malas do jipe. Quinn parou para acariciar o focinho de Ovídio no caminho até a porta da frente.

Uma vez dentro, elas jogaram as mochilas na sala de estar. E depois de um momento sem ninguém dizer nada, Brittany correu para o andar superior. Santana foi até a cozinha. Quinn sentou-se no chão com as costas grudadas contra o sofá e apanhou seu laptop. Ela o colocou na mesinha de centro à sua frente. Rachel, sem saber o que fazer, ficou perto da lareira, olhos correndo ao redor.

A capitã das lideres de torcida percebeu e arqueou uma sobrancelha. "Sente-se, Berry."

Santana voltou para a sala com uma tigela de batatas fritas e molho. "É, nós não vamos morder."

A diva sorriu timidamente e se sentou cautelosamente em uma extremidade do sofá, enquanto Santana sentava-se ao lado da outra no chão, estendendo-lhe um pen drive na mão já a espera de Quinn, e observou a loira coloca-lo na entrada USB, sem demora.

"Então o que deveríamos estar fazendo." Rachel perguntou.

Santana sorriu. "Você vai ver. Deixa isso com a Q."

Brittany reapareceu, fazendo as escadas reboarem ruidosamente, com uma impressora. Ela rodeou o sofá e colocou a maquina ao lado do laptop, com outro pen drive. Quinn pegou a extremidade do cabo de alimentação da impressora e estendeu-a para a outra loira distraidamente. "Ligue pra mim, por favor, B? E lembre-se de tomar cuidado."

"Sim, Q."

Depois de cumprir sua tarefa, Brittany voltou em direção ao sofá. "Se afaste um pouco para mim, Rach."

"Mas – Quinn está..."

"Basta tirar os sapatos e cruzar as pernas, boba."

"Oh, OK."

A loira no chão inconscientemente se inclinou um pouco para dar espaço para Rachel reposicionar-se, sem interromper seu trabalho no computador. Quando percebeu que a morena parara de se mexer, ela se recostou novamente, descansando a cabeça contra as pernas de Rachel. A mão de Rachel, por sua vez, mecanicamente se moveu para brincar com os cabelos de Quinn.

"Certo, tudo feito. E... imprimir!"

A impressora voltou à vida com um som baixo.

"Então, podemos brindar." Santana disse, já distribuindo as cervejas que haviam sobrado. "E não se preocupe, Berry. Só trouxemos oito latas, por isso está é a ultima bebida para você, eu e Q."

Rachel concordou. "Muito bem. Então ao que vamos brindar?"

"À Conspiração!" gritou Brittany.

"À Conspiração!" as outras lideres concordaram.

"À... um... Conspiração..."

As latas de juntaram com baques surdos.

Então Rachel se dirigiu a elas. "OK, eu estou com um pouco de medo de perguntar, mas o que é a 'Conspiração'?"

"Isso." Quinn apanhou uma dúzia de páginas que acabaram de ser impressas e colocou-as no colo da morena.

Rachel os examinou. Enquanto ela folheava os papéis, seus olhos ficavam cada vez mais arregalados. Aquilo eram anotações! Mas não eram apenas anotações. Elas eram meticulosamente detalhadas, mas organizadas de tal maneira para o aprendizado fácil e ter ótima retenção. Havia soluções para problemas que ela sabia, encontraria no seu livro de matemática, além de questões já resolvidas para praticarem. Havia esboços de múltiplas respostas possíveis para perguntas de história, e dezenas de informações adicionais sobre cada tópico. Havia fotos e tabelas e gráficos ilustrando as leis de física e descrições de várias opções para projetos científicos.

"Oh, meu Deus, isso é cola!"

Santana bufou. "Se você prefere colocar dessa maneira."

"Mas na realidade não são. Você ainda tem que fazer grande parte do trabalho por si mesma. E não somos, tipo, psíquicas, para saber o que os professores vão colocar nos testes e outras coisas. Você ainda te que estudar." Brittany disse, balançando a cabeça sabiamente.

Quinn inclinou a cabeça para trás, para olhar nos olhos de Rachel. "O que é ótimo sobre isso, é que você nunca tem que fazer anotações ou mesmo ouvir o professor, se o assunto não for sua missão."

"Missão?"

A líder de torcida assentiu. "É assim que funciona. Cada uma de nós tem uma missão, com base no que somos boas. Por exemplo, o forte de Brittany são coisas como história, porque ela é realmente boa em lembrar os fatos, quando tem que lembrar. E ela gosta de história e é perspicaz quando se trata de pessoas –"

"- e história é, assim, uma grande história sobre um monte de pessoas diferentes. É totalmente como se você estivesse fofocando sobre caras mortos!" a loira riu alto. "Santana, por outro lado, é uma gênia em matemática."

"Qualquer coisa que esteja relacionada a números, eu sou sua garota." A Latina observou. "E Quinn aqui é a nossa geek de ciência. Nunca assista á um filme de ficção cientifica com ela. É constrangedor."

"Cala a boca, S. Você ama Guerra nas Estrelas também."

O rosto de Quinn ficou vermelho e Rachel deu uma risadinha, despreocupadamente acariciando o cabelo da loira novamente.

"Então, deixe-me ver se eu entendi... cada uma de vocês prepara anotações para assuntos diferentes, e a cada duas semanas, vocês se reúnem para trocarem informações?" ela recebeu três acenos como resposta.

"E eles são preparados com antecedência." Acrescentou Quinn, com a boca cheia de batatas fritas. "Nós compramos as anotações dos finalistas no começo do ano. E já que a maioria dos professores acaba ensinando as mesmas coisas do mesmo modo todos os anos, sabemos o que devemos esperar. Então, tudo isso..." ela acenou para os papéis. ", deve manter você até a próxima reunião."

"Estou impressionada. E meio assustada. Mas principalmente, impressionada."

A loira sorriu. "Houve uma razão pela qual nós três fomos as únicas Cheerios a permanecerem na equipe depois de Figgins expulsar todas por não serem academicamente elegíveis, no ano passado. Antes de Sylvester fazer a cabeça dele, de novo."

O rosto de Rachel se iluminou. "Eu lembro disso."

Santana se espreguiçou. "Se você vai se juntar a Conspiração, pode nos ajudar em outras coisas. Tipo, você e Quinn têm literatura juntas, certo? Isso aí. Como Q disse, você pode praticamente dormir durante as aulas sem se preocupar com notas."

"A Conspiração, é?" a diva ecoou, sorrindo.

"Quinn riu. "Hei, nós tínhamos 10 quando inventamos o nome. Nos dê algum credito."

"Quer dizer, quando você inventou isso." Brittany disse, beliscando o rosto de Quinn. A loira mais baixa afastou a mão da amiga.

Rachel riu. "10 anos de idade, Quinn, e você já planejava dominar o mundo?"

Quinn sorriu. "Espere até eu terminar meu sabre de luz."

Horas mais tarde, depois de completar o dever de casa, aprender a ficar parada sobre um cavalo, comer o jantar, cantar uma música para Julia e seu marido (e tentar fazer as outras três garotas cantarem também), e assistir o capitulo de estréia de House M.D, Rachel bocejou no banco do passageiro no caminho de volta para casa.

"Nós cansamos você, Berry?" Quinn perguntou, num tom brincalhão, atrás do volante.

"Com certeza." A morena respondeu sonolenta. "Mas não tão cansada quanto outras, aparentemente." Ela virou a cabeça ligeiramente para a Latina jogada no banco traseiro.

Quinn sorriu. "Você não teve que participar de nenhum treino com Sylvester."

"Não, não tive. No entanto, você parece bem."

A loira assentiu. "S é a mais forte, e B é a mais rápida, mas eu tenho mais resistência de todas as três."

"Hmmmm... e tenho certeza de que o fato das duas desaparecerem para fazer sexo não ajuda muito."

As duas riram. Rachel fechou os olhos e suspirou, contente. "Eu me diverti hoje." Ela admitiu baixinho.

"Fico feliz." foi a resposta.

O semáforo mudou para vermelho e Quinn parou. De repente, Santana sentou. "Quinn!"

Quinn ficou ligeiramente alarmada, e virou para encarar a amiga com preocupação. "O quê, San?"

"Eu acabei de perceber uma coisa." A Latina disse com a voz baixa, uma expressão sombria.

"E?"

"Você e eu... nós praticamente reinamos no McKinley, certo?"

"Praticamente."

"Certo. E nós duas somos gays, sim?"

Quinn e Rachel se entreolharam, sobrancelhas franzidas, se perguntando onde aquilo ia parar. "Sim, S. E daí?"

"E daíiiiiiii... a maior parte da escola nesse maldito buraco conservador de todos... é comandado por poderosas lésbicas."

Houve um momento de silêncio. E então, todas caíram na gargalhada, literalmente rolando em suas cadeiras. A luz mudou para verde, e o carro atrás delas buzinou furiosamente, mas elas não se importaram.

Elas estavam desafiando a gravidade.

"Perfeito! Você conseguiu!"

"Oh, obrigada Deus." Quinn grunhiu, enquanto se afundava na cama de Rachel, pernas balançando na lateral. Era terça-feira a tarde e elas passaram a maior parte do tempo aperfeiçoando o mais novo solo de Quinn para Glee. "Mais uma vez, como você conseguiu me convencer a fazer isso? Você é quase tão maluca quanto a Treinadora."

"Eu não convenci você a fazer nada, Quinn." A diva retrucou. "Você me pediu para que eu a ajudasse com seu solo."

"Pedi?"

"Sim. Semana passada, quando você decidiu deixar seu orgulho de lado, reconhecer meu talento e admitir para mim que você valorizaria minha ajuda."

A loira sorriu. "Eu me pergunto o que diabos deu em mim para fazer isso. Você não me drogou, não é?"

Rachel se recostou na cama. "Eu não vou aceitar essa acusação. Você que está praticando a humildade."

"Isso não responde minha pergunta."

Um travesseiro atingiu o rosto de Quinn. As duas riram.

"Hei, Quinn."

"Sim?"

"Ambição?"

A loira sorriu. "Boa tentativa, mas não. Mais três chances, Berry."

"Hmph. Eu vou descobrir. Você vai ver."

De repente, o refrão de Tubthumping foi ouvido. Quinn apanhou o celular. Sua expressão mudou quando olhou para a tela.

"O que foi?"

"Um número que eu não conheço." A lider de torcida pressionou 'Ignorar'.

Rachel assentiu. Ela sabia que Quinn recebia ligações de estranhos as vezes, de pessoas que esperava conseguir um encontro com ela. Ah, o preço de ser popular e solteira. Elas costumavam se perguntar como as pessoas conseguiam aquele número, até saberem que Santana o vendia por um bom preço na escola. Quinn simplesmente parou de atender qualquer ligação estranha depois, para ter certeza de que a 'compra' não fosse bem sucedida.

Então, All Star tocou e Rachel apanhou seu próprio celular do criado-mudo. "Oi, papai!" ela disse. "Sim, acabamos de ensaiar... sim, estou ouvindo..."

Quinn percebeu o sorriso da morena desaparecer e seu rosto ficar pálido. A loira sentou, preocupada. Olhos cor de chocolate encontraram os seus alarmados.

"O-o que... sim... t-tudo bem, entendi... eu vou... sim." Rachel desligou e abriu a boca para dizer alguma coisa, mas não conseguiu encontrar palavras.

A líder de torcida se aproximou da morena. "Rachel? Rachel, o que houve?"

"Eu... eu preciso que você nos leve ao hospital."

Elas haviam acabado de chegar no Saint Luke. Rachel estava no celular novamente. "Estamos aqui, papai... okay, vejo você daqui a pouco."

Quinn arqueou uma sobrancelha em direção a morena. ela não tinha idéia do que estava acontecendo; Rachel não dissera uma palavra no caminho, apenas brincou com os próprios dedos o tempo todo. Ela estava preocupada, muito mais preocupada do que procurava demonstrar. Mas não queria pressiona-la, então apenas fizera o que foi pedido e dirigiu.

"Vamos sentar." A diva disse.

"Tudo bem."

Elas caminharam em direção as cadeiras enfileiradas próximas a uma parede e sentaram. Rachel se inclinou e pegou as mãos da loira. Quinn deixou seus dedos se entrelaçarem. Ela percebeu a mão da diva tremer.

"Quinn, eu... eu sinto muito por não ter dito isso a você mais cedo, mas eu não tinha certeza de como você reagiria, e como você sabe, eu não tenho minha carteira de motorista ainda, então eu precisava que você estivesse em condições de dirigir." Ela fez uma pausa e engoliu em seco, e Quinn apertou sua mão encorajadoramente apesar de sua confusão. "Quinn... sua mãe sofreu um acidente."

A lider de torcida sentiu a mente esvaziar. "O quê?"

"Ela caiu da escada... no escritório. Ela quebrou o braço. Eles – eles a levaram para a cirurgia. Papai, ele é médico, mas não de verdade, quero dizer, ele é, mas ele não pratica. Ele ensina. Ele é um professor de universidade, na Public Health. Mas ele estava aqui hoje... ele tinha uma reunião com alguns amigos que trabalham aqui, e ele... ele estava aqui quando a trouxeram. Ele reconheceu o sobrenome."

Rachel estudou a expressão de Quinn, procurando alguma reação. A loira estava congelada. Seus olhos pareciam vidrados. Então ela continuou. "Eles tentaram ligar para você, mas você não atendeu... deve ter sido aquele número desconhecido. Papai sabia que estaríamos ensaiando juntas esta tarde, então me ligou."

Quinn continuou sem se mexer até Rachel apertar sua mão. A loira piscou, vagarosamente. "Mamãe... está na cirurgia?" ela perguntou.

A diva assentiu, e disse "Sim" quando não ficou muito claro se a mente de Quinn tinha entendido o movimento.

A loira respirou fundo, e expirou, ela afundou na cadeira, e deixou uma longa e baixa exclamação sair ao suspirar "Poooooooorra."

Rachel instintivamente passou os braços ao redor dos ombros de Quinn e puxou-a para mais perto, firmemente.

"Rachel."

A morena olhou para cima e encontrou o pai em pé, a sua frente. "Papai..."

Jeremiah ofereceu um pequeno sorriso a filha e depois, se virou para a outra. "Oi, Quinn."

Quinn encontrou o olhar simpático do homem e deu um sorriso fraco. "O-olá, senhor..."

O homem colocou uma mão sobre sua cabeça carinhosamente. "Pelo que eu soube, não existe risco de vida na situação. Os médicos vão fazer tudo o que podem, OK? Eu preciso apenas que você fique aqui esperando por um tempo enquanto eles cuidam dela. Você pode fazer isso por mim?"

A lider de torcida assentiu. "Apenas esperar. Tudo bem. Eu vou esperar."

"Boa menina." Ele se virou para Rachel. "Eu vou ligar para o seu pai e dizer o que está acontecendo, e que ele deve pedir comida hoje a noite. E vou voltar quando tiver mais informações. Você fica com sua amiga, tudo bem, filha?"

"Claro, papai. Você nem precisava dizer." Ela bufou.

Jeremiah beijou a bochecha de Rachel e deu um tapinha no joelho de Quinn, antes de se afastar.

Quinn se aproximou ainda mais contra Rachel, fechando os olhos e descansando a cabeça no ombro da morena. Rachel passou as mãos pelos braços de Quinn.

"Eu vou ligar para o Kurt, já que o pai dele é amigo da sua mãe, OK? Eles vão querer saber. E depois, vou pegar emprestado seu telefone e ligar para sua irmã, tudo bem?"

"Obrigada..." Quinn murmurou. Sua respiração estava quente contra a clavícula da morena.

"Tudo o que você precisar."

Kurt e Burt chegaram e menos de uma hora. Christina, a irmã de Quinn, ia dirigir durante a noite de Boston, com sua melhor amiga.

No momento, a cabeça de Quinn estava no colo de Rachel. Seus olhos estavam fechados enquanto a morena acariciava repetidamente seus cabelos.

Elas estavam dividindo o iPod de Rachel. A diva passou pelos musicais e escolheu canções que achava que Quinn gostaria. Felizmente, ela conhecia melhor as preferências musicais de Quinn nos últimos tempos.

Kurt, por outro lado, tinha os pés descalços de Quinn em seu colo. Ele massageava seus tornozelos carinhosamente. Ele e Rachel lançavam um olhar mal-humorado para qualquer um que se atrevesse a manda-los de mexer (já que Quinn estava ocupando três cadeiras). Burt sentou do outro lado do filho, ignorando os olhares desaprovadores que recebia por deixar os adolescentes fazerem o que quiserem, afundando o nariz numa revista.

Jeremiah Berry observou a cena com um pequeno sorriso. Ele chamou suavemente. Quatro pares de olhos se focaram nele. Ele se focou nos olhos da garota que a filha estava segurando.

"Ela está bem. Eles a colocaram no quarto 310 agora."

A loira levantou e correu para as escadas num instante.

"Quinn! Sapatos!... Oh, inferno." Rachel jogou as mãos para o ar e correu atrás da outra.

Ela finalmente apanhou Quinn, que estava parada dentro da porta do quarto de Judy, olhando para sua mãe igualmente imóvel. Os olhos de Rachel rapidamente revezaram entre as duas loiras. Ela viu a expressão de Quinn mudar de chocada, para dolorosa, para hesitante. A morena colocou uma mão em suas costas e puxou-a para dentro levemente.

"Tudo bem, Quinn. Pode ir lá."

A lider de torcida caminhou até a cama. Ela apanhou a mão de Judy entre as suas. "Mamãe..."

Doeu no coração de Rachel ouvir a voz da amiga, tão pequena e assustada.

Os homens finalmente chegaram ao quarto. Kurt se moveu para o outro lado de Quinn. Seu pai parou do outro lado da cama.

Jeremiah limpou a garganta, chamando a atenção de todos. "Esse é o Dr. Connor." Ele apontou para o homem ao seu lado de cabelos grisalhos e olhar gentil. "Ele é o fisioterapeuta que vai atender Judy."

"Podem me chamar de Neil." Ele disse. "A cirurgia dela foi muito boa. Ela quebrou o osso do antebraço, mas nos o consertamos e deve sarar logo e apropriadamente. Ela deve ficar com esse gesso por aproximadamente seis semanas. Depois disso, seria bom freqüentar fisioterapia para voltar a mexer o braço como antes. Ela não sofreu outros ferimentos, embora não possa ter 100% de certeza até que ela acorde depois do efeito da anestesia." Ele soriu suavemente. "Mas parece que sua mãe vai ficar bem. Esperamos que ela vá para casa amanhã."

Quinn respirou fundo e assentiu com um sorriso fraco.

Os olhos de Rachel foram de Quinn para o médico. "Obrigada, Dr. Neil, por cuidar dela."

"O prazer foi meu. Eu vou ficar por aqui por um tempo, qualquer coisa, a enfermeira me chama." Ele deu um tapinha no ombro de Jeremiah e saiu.

Assim que ele saiu pela porta, os joelhos de Quinn cederam. Rachel conseguiu colocar os braços em volta de sua cintura antes que ela caísse no chão. Kurt, que estava contendo os nervos pelas ultimas horas, gritou em pânico.

"Kurt, essa não é a hora perfeita para entrar em pânico! Pegue uma maldita cadeira agora!"

Quando Rachel Berry manda você fazer alguma coisa enquanto amaldiçoa... você apenas faz o que foi dito.

O garoto rapidamente levou uma cadeira até elas e Rachel afundou nela com o peso de Quinn sobre o seu corpo. Ela colocou a loira em seu colo e balançou-a gentilmente, enquanto Quinn finalmente deixava as lágrimas caírem, chorando silenciosamente nos cabelos de Rachel.

"Shh... está tudo bem, Quinn, está tudo bem... ela vai ficar bem..."

Não muito tempo depois, Judy acordou. Burt foi o primeiro a perceber, porque depois de Quinn se acalmar o bastante, Rachel conseguiu fazer a líder de torcida ficar abraçada com ela no sofá, assistindo Discovery Channel na pequena TV da sala. A diva também mandara Kurt e o pai a procura de uma boa comida.

"Hei, você. Você nos assustou."

"Burt?"

"Mãe?"

"Quinny..."

Mãe e filha se abraçaram (cuidadosamente, é claro). Rachel ouviu Quinn murmurar uma oração em agradecimento.

Burt sorriu encorajadoramente para Judy, "Eu vou chamar seu médico, tudo bem? Não saia daqui."

A mulher riu suavemente. "Certo. Vou ficar quietinha."

"Como você está se sentindo, mãe?" Quinn perguntou.

Judy tentativamente se mexeu, encarando o gesso branco em seu braço. "Bem, eu certamente tive dias melhores, não tive? Mas me sinto bem. Só um pouco... doída. E também um pouquinho boba por não prestar atenção no caminho."

Quinn pressionou o ombro da mãe com carinho. "Tudo bem. Não é culpa sua se está ficando velha."

Elas riram e Quinn a abraçou de novo. "Estou tão feliz por você estar bem, mãe."

"Eu também, Quinny. Eu também." Enquanto elas se separavam, Judy se voltou para a outra ocupante no quarto. "Olá. Você parece familiar, mas acredito que ainda não nos conhecemos."

"Essa é a Rachel, mãe."

A morena apertou a mão de Judy delicadamente. "Olá, Srta. Fabray. Gostaria de te-la conhecido em melhores circunstâncias." Ela sorriu.

"Rachel..." a mulher repetiu, obviamente tentando lembrar. "Oh! Rachel Berry."

"Sim, senhora." Rachel confirmou, um pouco receosa ao ver o reconhecimento tomar conta da expressão de Judy. Rachel Berry, a garota com dois pais – ela provavelmente não tinha mais problemas com isso, certo? Afinal, ela sabia sobre Quinn –

"Rachel Berry, capitã do Glee Club. Nunca para de falar. Corpo pequeno, grande voz." Os olhos de Judy brilhavam com divertimento, enquanto se voltava para a filha mais uma vez. "Acertei, Quinny?"

Rachel deu um tapa no braço de Quinn. "É isso o que todas vocês dizem para os seus pais sobre mim?"

"Bem, é verdade!" a loira protestou. "E eu totalmente disse isso com todo o meu amor!"

As duas garotas coraram com a admissão.

Judy riu. "Devo mencionar que ela também adicionou 'e maior coração ainda' à descrição, embora eu não tenha certeza se eu deveria ter ouvido essa ultima parte."

Elas coraram ainda mais.

Nesse momento, Burt voltou com Dr. Neil, e Kurt e Jeremiah voltaram com sanduíches.

Kurt olhou para as duas. "Humm, acho que devemos baixar ainda mais a temperatura do ar condicionado."

Santana, Brittany e Mercedes apareceram logo depois de Rachel forçar Quinn a terminar seu sanduíche, mesmo sem apetite. Elas trouxeram roupas, acessórios de uso pessoal e um cobertor e travesseiros para Quinn. Tudo pelas instruções de Rachel, claro.

Elas não ficaram muito, porque o horário de visitas terminaria dentro de meia hora, e elas saíram com Burt e Kurt, depois de muitos abraços e desejos de melhoras.

Rachel pôde ficar graças a influencia de seu pai. Se ela pudesse, ficaria a noite toda com Quinn, mesmo que tivesse que dormir no chão. Ela desistiu da idéia depois da loira ameaça-la ao dizer que nunca revelaria a palavra sob a braceleira, mesmo que Rachel a acertasse.

Elas voltaram a dividir o sofá, assistindo filmes de baixa qualidade e criticando cada cena enquanto Judy acordava e adormecia.

Eventualmente, elas ouviram Jeremiah bater na porta, depois de matar o tempo jogando cartas com alguns amigos. "Desculpe, filha, mas nós temos que ir. Eu vejo você lá embaixo; tenho que pegar algumas coisas no escritório."

"OK."

As garotas se desenrolaram uma da outra e Rachel apanhou a bolsa. "Então, Mercedes vai aparecer amanhã de manhã para levá-la para a escola tudo bem?"

Quinn olhou para a mãe. "Eu tenho mesmo que ir?"

A morena sorriu. "Eu sei que você tem medo de deixa-la sozinha, mas já discutimos isso com a sua mãe. Ela provavelmente vai dormir a manhã toda, de qualquer jeito, e as enfermeiras são ótimas, e sua irmã vai chegar antes do meio-dia e estará aqui antes de sua mãe ter alta."

"Ela pode faltar algumas aulas." A lider de torcida grunhiu.

"Ela é uma universitária, Quinn. Faltas aulas é o que eles fazem."

Quinn arqueou uma sobrancelha. "Eu não acho que você vai faltar aulas, mesmo na faculdade."

Rachel sorriu. "Você nunca vai saber. Como você disse, você pode estar me influenciando."

A loira suspirou falsamente. "O quê, eu? Corromper você?" então ela sorriu. "Rachel a Rebelde. Gostei de como soou."

"Sim, bem. Vamos ver. Eu sou cabeça dura, então me corromper não vai ser fácil," a diva sorriu.

Quinn inclinou a cabeça. "Não sei, Berry. Eu sou muito difícil de resistir."

Internamente, Rachel pensou 'Você não tem nem ideia.' Externamente, ela revirou os olhos. "Vejo você na escola, Quinn."

A lider de torcida sorriu e jogou os braços ao redor dos ombros de Rachel. "Obrigada, Rachel, por tudo. Boa noite."

Rachel apertou os quadros da loira. "Boa noite."

Na tarde seguinte, Mercedes deu carona para as duas até a casa de Quinn. O SVU de Christina estava na garagem.

Entrando na sala de estar, elas encontraram a mãe de Quinn, sua irmã e uma garota ruiva, com sardas e olhos impressionantemente verdes. E ela era, na linguagem popular, gostosa.

Ela sorriu marotamente ao vê-las. "Hei, Quinn."

A lider de torcida ficou um pouco vermelha, e engoliu em seco. "Jacqueline. Oi."

Judy e Christina tossiram.

Jacqueline corou também, e as duas garotas olharam para lados opostos.

Os lábios de Mercedes formaram um 'O', e ela balançou a cabeça para cima e para baixo. "Caramba, garota!" ela sussurrou audivelmente para Quinn. "Ponto para você!"

A loira grunhiu. Rachel suspirou.

Judy se levantou e se moveu em direção a cozinha. "Eu vou fazer pipoca." Quando as duas filhas tentaram impedi-la, ela levantou a mão. "É pipoca de microondas. Eu ainda tenho um membro que funciona, obrigada."

Christina então, abraçou Quinn apertado. "Bom ver você de novo, irmãzinha."

"Você também, C."

A irmã Fabray mais velha piscou para Mercedes e Rachel. "Hei. Eu sou a Chris. Aquela no sofá é a Jack. Sintam-se livres para ignora-la."

"Hei!"

"Uh hum." Disse Mercedes com um sorriso, obviamente adorando a situação. "Mercedes Jones."

"Rachel Berry." A diva disse, obviamente não gostando nada da situação.

"Estávamos nos preparando para assistir algum DVD." Informou Christina. "Vocês deveriam assistir conosco."

"Eu... não sei..." Quinn hesitou, olhando para Jacqueline.

A ruiva sorriu. "Qual é, Quinn. Eu não vou morder você." Pausa. "De novo." Outra pausa. "Talvez. Vou ficar aqui até domingo, afinal."

Rachel quis esmagar a cabeça da ruiva contra a parede, enquanto sua imaginação trabalhava mais uma vez.

Quinn afundou o rosto nas mãos. "Me. Mate. Agora."

Jacqueline riu. "Aw, você não estava tão envergonhada assim alguns meses atrás. O que aconteceu com a loira que eu conheci?"

Quinn a olhou.

"Aí está ela! Esse uniforme de líder de torcida fica ótimo em você, por falar nisso." A ruiva disse, sem tentar disfarçar o olhar demorado que dava para a saia vermelha.

A loira bufou, mas depois sorriu e colocou uma mão do quadril. "Eu sei. Vermelho sempre foi minha cor."

Mercedes cobriu a boca com as mãos, tentando esconder sua exclamação de "O-ho! Para o inferno que sim!" (Quinn e Rachel ouviram perfeitamente).

Jacqueline brincou com uma mecha de seu cabelo com os dedos. "É isso? Então você gosta de vermelho?"

Rachel pensou que poderia gritar. Suas emoções pulavam como uma boa de ping-pong, e corriam tão rápido que ela não conseguia controla-las. Mas ela sabia que queria estrangular aquela garota e precisou de muito auto-controle para não fazer aquilo.

Felizmente, Christina interveio e chutou o tornozelo da melhor amiga. "Para com isso. Estamos na casa da minha mãe, o que significa que elamora aqui, e eu realmente prefiro não quer que passar por mais situações estranhas do que as que aconteceram no verão. Eu preciso lembra-la quão estranho foi? Foi estranho!"

"Mas Chrissssssss..." Jacqueline choramingou. "Você sabe que eu odeio não terminar algo que comecei!" ela olhou para Quinn. "E além disso, sua mãe me adora."

"E foi só por isso que nada mais aconteceu com nossos pescoços da ultima vez. Não começa."

A ruiva fez beicinho. "Tudo bem! Mas eu não precisaria dar em cima da sua linda irmãzinha se você desse para mim!"

"Amor. Eu amo você. Mas não, eu gosto de pênis."

"Você já viu o strap-on que eu comprei, não?"

As coisas progrediram de forma suave pelo resto do dia. Jacqueline obedientemente parou de flertar, e acabou sendo bastante agradável. Ainda assim, Rachel se sentiu apreensiva ao ter que ir embora com Mercedes antes do jantar, as duas tendo prometido aos pais que comeriam em casa.

"Quinn?" Rachel chamou, assim que saiu.

A loira se inclinou contra o batente da porta com uma sobrancelha arqueada. Ela já suspeitava a origem da pergunta.

Rachel hesitou, mas continuou. "Não é Celibato, é?" (Ela esperou que a pergunta não parecesse muito esperançosa).

Quinn arregalou os olhos, e riu, riu e riu.

"Vou levar isso como um não."

Quinta-feira foi normal. No Glee, eles finalizaram os planos para uma festa na escola na noite seguinte. Eles não conseguiram decidir se a festa deveria ser na casa de Tina ou Matt, então Sr. Shue sugeriu um 'campo neutro'. Eles concordaram porque 1) precisavam se comprometer, 2) tinham curiosidade de como deveria ser compus a noite e 3) tinham enormes chances de fazer alguma brincadeira de mau gosto.

Rachel mandou uma mensagem para Quinn aquela noite.

Por favor, me diga que você não está tentando salvar o mundo ou algo que tenha a ver com 'Justiça'.

A resposta veio dez segundos depois.

Eu vou precisar daquele sabre de luz antes.

A festa do pijama foi épica.

Eles ensaiaram algumas canções primeiro, porque Rachel não os deixaria em paz se não fizessem. Duh.

Depois, comeram pizzas e brincaram de fazer mímica. O time dos garotos perdeu horrivelmente porque as garotas continuavam representando filmes românticos que nenhum deles conhecia, e não importa o que eles jogassem para elas, uma delas sempre acertava (mistério/suspense: Tina, terror: Mercedes, musicais/animações: Rachel, ficção cientifica/fantasia: Quinn, ação: Santana. Pornô: Brittany).

Depois disso, todos pegaram os colchões que ganharam do comercial de Jump. O que, é claro, resultou numa grande luta de travesseiros. Os garotos ganharam sua revanche.

Quando finalmente se cansaram daquilo, sentaram em circulo e contaram histórias de fantasmas. Sr. Shue conhecia muitas delas. Em certo ponto, Mike acabou pulando no colo de Finn.

De repente, Puck disse. "Cara," ele deu um tapa no peito de Finn, "é 21 de setembro."

Finn franziu as sobrancelhas. "É o aniversario de alguém?"

"Não, idiota! Vamos lá! 21 de setembro!"

O garoto ainda parecia confuso. Assim como a maioria de seus amigos.

Foi Brittany que disse, rindo. "Você lembra da vigésima primeira noite de setembro?"

Todos entenderam e ela e Puck compartilharam um high-five. "Essa é minha garota!"

"Na verdade, eu sou da Santana."

Santana sorriu orgulhosa, e a beijou.

"Tanto faz. Finn, vai pra bateria. Artie, você conhece essa?"

"Quem não conhece?" ele respondeu, já deslizando até a guitarra.

"Incrível, você faz os backs. Agora, quem fica o teclado?"

"Deixe com moi." Kurt disse.

Sr. Shue apanhou o trompete. "Deixem isso comigo, pessoal!"

"Ótimo! Tudo o que precisamos é da... Quinn!"

A loira, que estava praticamente jogava ao redor de Rachel, descansando o queixo no ombro da morena, levantou uma sobrancelha.

"Aw, qual é, você ama essa música!"

"Eu estou cansada, e confortável. Eu não quero levantar." Ela disse.

Rachel riu, inconscientemente se inclinando ainda mais contra a outra.

Puck fez beicinho, um beicinho de verdade. "Por favorzinho, com vários coraçõeszinhos?"

"Oh, meu Deus, não faça isso, vou ter pesadelos," Santana disse. "O que aconteceu com seu orgulho, Puckerman?"

"É Earth, Wind and Fire! Posso sacrificar meu orgulho por isso."

Brittany inclinou a cabeça. "O que Q vai tocar, afinal?"

O garoto de moicano apanhou um baixo elétrico e segurou na frente de Quinn. Todos olharam para ela, menos Finn, que sorria.

"Você toca?" Rachel perguntou, olhando para Quinn.

A líder de torcida deu de ombros. "Se você anda com Puck e Finn por um tempo, acaba pegando algumas coisas. E eu fui namorada do Finn por seis meses e amiga deles muito antes disso."

"Nós a ensinamos para ensaiarmos algumas coisas, assim tudo estaria completo. Ela pode ser ótima com vídeo-games também."

"Quinn Fabray, você é cheia de surpresas;" Rachel murmurou.

Quinn riu, e disse baixinho com sotaque inglês. "Você não tem idéia."

Finn riu. "Vamos lá, tio Scar. Pelos velhos tempos, que tal?"

A loira riu e suavizou. "Tudo bem."

"Ótimo, traga essa bundinha bonitinha até aqui." Puck disse.

Logo, Quinn já segurava o baixo. Finn contou. "Um, dois, três e –"

Puck e Kurt começaram a intro, e o resto dos instrumentos pegou a deixa.

Mike, Matt, Brittany e Santana começaram a dançar no meio do chão.

Rachel, é claro, iniciou o primeiro solo.

Do you remember the 21st night of September?
Love was changing the minds of pretenders
While chasing the clouds away

No Segundo verso, ela surpreendentemente deixou Tina continuar nos vocais e assistiu Quinn deslizar a mão pelo braço do baixo.

Our hearts were ringing
In the key that our souls were singing
As we danced in the night
Remember how the stars stole the night away?

Mike puxou-a para uma dança no refrão. Matt fez o mesmo com Tina, e Mercedes cantou.

Ha Ha Ha!
Ba de ya – say, do you remember?
Ba de ya – dancing in September!
Ba de ya – never was a cloudy day!

Ela acabou ao lado de Quinn e Mike a girou. A baixista sorriu e bateu seu quadril no da morena. Todos cantaram.

My thoughts are with you
Holding hands with your heart to see you

Olhos castanhos e avelã se encontraram.

Only blue talk and love
Remember how we knew love was here to stay…

Sr. Shue os mandou para a cama às 11, para o descontentamento de todos porque era sexta-feira, pelo amor de Deus. Os garotos dormiram na sala de aula do outro lado do corredor, separados das garotas. Exceto por Kurt, naturalmente. Quinn jogou Santana e Brittany para o escritório do Sr Shue para que nenhum deles acordasse no meio da noite com gritos e gemidos. Sr. Shue acabou dormindo no escritório da enfermeira.

Rachel estava deitada de barriga para cima, olhando para o teto da sala do coral por quase uma hora. Por alguma razão, ela ainda conseguia ouvir o sangue correndo pelos ouvidos. A adrenalina já não deveria ter ido embora agora? Todos já estavam dormindo, ela sabia.

Ela fechou os olhos e suspirou. Havia sido uma semana e tanto. Por que ela não estava cansada? Ela começou a se repreender sobre a importância de uma boa noite de sono porque começava a ficar impaciente consigo mesma –

Uma luz se acendeu em sua mente. Ela abriu um sorriso tão grande que suas bochechas doeram. Em seu entusiasmo, ela praticamente se jogou no colchão da garota ao lado do seu.

"Quinn! Quinn, você está acordada?" ela chamou, mas não tão alto porque sabia que os outros estavam dormindo.

A loira grunhiu, enquanto era balançada. "Agora eu estou, Berry. O que foi? Se você quiser vandalizar os troféus da Treinadora, pode ir. Estou muito cansada."

Rachel riu ainda mais. "Você não está com raiva."

Quinn abriu os olhos ligeiramente. "Você quer que eu fique?"

A diva balançou a cabeça, ainda sorrindo. "E sua mãe sofreu uma cirurgia essa semana."

"... e? Rachel, você está bem?"

"Sua mãe estava na cirurgia e você esperou. Você esperou." Ela tinha uma olhar de triunfo no rosto. "Você deveria estar caminhando pelos corredores e gritando com enfermeiras a cada cinco minutos! Mas você não fez isso. Você sentou comigo e com Kurt, e você esperou, porhorasVocê não faz isso."

Quinn lentamente se apoiou nos cotovelos. "Eu estava em choque?"

"Eu poderia acreditar nisso, se não fosse pelo fato de que você também não interrompeu um de meus discursos durante toda a semana. E você não reclamou nenhuma vez enquanto eu treinava você para seu novo solo; você me deixou pressiona-la até que eu estivesse satisfeita. E você não me brigou agora, quando tirei você de seu sono." Ela cruzou os braços. "É Paciência."

A lider de torcida apanhou o celular. Ela olhou para a tela. "Oh, meu Deus, 11:59? Um minuto restante e ela conseguiu!" ela revirou os olhos e caiu de costas. "Só você, Twinkle."

Rachel parou de respirar. "Twinkle?" ela perguntou suavemente.

"Sim," Quinn inclinou a cabeça. ", tudo bem?"

A morena sorriu. "Sim. Sim, eu gostei disso."

Quinn sorriu de volta. "Bom, porque eu gostei também." Ela olhou para o telefone de novo. "Oh, olhe, meia-noite. Eu posso voltar a ficar mal-humorada novamente. Sai de cima de mim, Berry, eu realmente quero dormir agora, e não posso fazer isso com você montada em mim."

Rachel bufou. "Quinn, qual é o ponto de você tentar praticar essas virtudes se – eep!"

A diva repentinamente se encontrou presa contra o colchão. O rosto de Quinn a centímetros do seu, com seu sorriso. "Boa noite, Twinkle." Era um sussurro sarcástico, mas carinhoso.

Quinn girou para a direita. Seu corpo pressionado contra o de Rachel, e o braço esquerdo em volta da clavícula da morena.

Rachel sorriu de novo. Seus dedos procuraram a braceleira, delicadamente retirando-a. A palavra estava desaparecendo agora. Mas estava lá.Paciência.

Ela sabia que a posição em que estavam dormindo levantaria algumas perguntas pela manhã de alguns amigos (e talvez, até ela se perguntasse tais coisas mais tarde). Mas, ela pensou, algumas coisas poderiam esperar.

"Boa noite, Quinn."

Rachel sentiu um leve pressionar de lábios contra seu ombro.


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Notas finais do capítulo

Bom esses 4 capitulos ja estavam traduzidos, por isso nao demorei pra postar. mais agora vai demorar um pouco pra postar mais vou começar agora. E só pra lembrar que essa fic vai até o capitulo 6 ok ?
comentem por favor



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