Pretending To Pretend escrita por Ella Martin


Capítulo 4
III. Katie


Notas iniciais do capítulo

Olá! Feliz Natal atrasado! Espero que tenham comido bastante.
Não pude postar o capítulo antes e também queria escrever o quarto antes de postar esse, mas não deu muito certo, então já sabem: se eu demorar para postar o próximo é porquê estou numa briga com o meu consciente pra conseguir escrever.
Esse capítulo vai decidir o resto da fanfic, então coloquem I Knew You Were Trouble para tocar e divirtam-se!
Boa leitura!



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Katie queria retirar o que tinha dito a Travis. Na verdade, ela queria retirar tudo de ruim que já tinha dito a ele algum dia. Burra! Estúpida! Idiota!, pensava.

Ela o procurou no jantar, mas não havia nenhum vestígio de que ele esteve ou estaria lá. Katie perguntou aos seus irmãos, mas toda a população do chalé de Hermes sacudiu a cabeça em sinal de negação.

Katie começou a pensar no pior. Ela foi para o seu chalé — sua vontade de comer repentinamente substituída por um embrulho na boca do estômago — e se jogou na cama, respirando fundo e pondo os pensamentos em ordem. E se ele foi raptado? Droga, ele me deve um frapuccino por cada dia em que eu estiver metida em sua mentirinha, ela se beliscou ao pensar. Pense positivo, Katie! Talvez ele esteja pregando uma peça e de repente vai aparecer assustando todo mundo e despertando a serial killer que há em você, ela sorriu ao concluir seu pensamento. Em um timer perfeito, um Stoll esbaforido abre a porta do chalé com força, se apoiando nos joelhos logo em seguida para tomar um ar.

— Stoll errado! — Avisou antes que Katie levantasse e estapeasse o garoto — Mas vim trazer notícias sobre o Stoll certo.

Katie colocou a mão no peito e suspirou aliviada. Pelo menos ele estava vivo.

— Encontramos o Travis bêbado, em algum bar de Nova York.

— E por quê vocês não trouxeram ele?

— Ele me bateu e me xingou, disse que só ia embora se você fosse lá. — Katie levantou um sobrancelha — É sério, Kat!

Ela suspirou e pegou o casaco que estava pendurado na cabeceira da cama, indo em direção a porta do chalé. Connor ficou parado.

— Você não vem? Temos um idiota para resgatar.

Connor sorriu e revirou os olhos, seguindo Katie.

(…)

A cena que Katie viu ao chegar ao bar seria cômica, se não fosse tão trágica. Travis estava sentando em um banquinho em um palanque, segurava um copo pela metade em um mão, a outra segurava um microfone como se a vida dele dependesse disso. Ele murmurava coisas sem nexo enquanto as outras pessoas estalavam os dedos ou então sacudiam as mãos, como se estivessem passando algum tipo de energia a ele. Ninguém naquele bar parecia sóbrio. Katie reprimiu uma risada, já Connor gargalhou tão alto que fez todos se virarem em direção ao barulho.

— Kay! — Travis foi cambaleando em sua direção — Você veio!

— Vim, mas estou voltando e pretendo levar você junto.

“Hoje tem, garoto! Vai nessa!”, alguém gritou. Katie corou até a raiz dos cabelos e Connor gargalhou mais ainda, recebendo um soco dela.

— Só vou se você subir naquele palanque comigo.

— Eu não vou subir em lugar nenhum.

— Então eu não vou a lugar algum. — Rebateu Travis.

Para um bêbado até que o cérebro dele tá funcionando bem até demais, pensou.

— Kat, não vai ter jeito. Sinto muito, mas o Travis parece uma mula empacada quando está bêbado.

— Está bem. Segura essa droga. — Katie grunhiu e jogou o casaco em cima de Connor.

Travis sorriu debilmente e a guiou até o palco improvisado, ajustando o microfone e empurrando o banquinho para que ela pudesse sentar. Assim que ela sentou, ele se postou ao seu lado e sorriu sugestivamente.

— O que eu faço agora? — Katie sussurrou.

— Improvise! — Travis falou como se fosse óbvio.

— Bem, olá! — Ela limpou a garganta — Meu nome é Katie Gardner e- — Katie fora interrompida.

— Isso aqui não é uma reunião de apoio, Gardner! — Travis nunca parecera tão sóbrio — Cante alguma coisa.

— Eu não vou- — Ela olhou para a plateia e viu Connor implorando com o olhar — Droga! Está bem. — Katie respirou fundo e limpou a garganta — Borboletinha está na cozinha fazendo chocolate para a madrinha. Poti, poti, perna de pau, olho de vidro e nariz de pica pau. Pronto Travis, vamos embora!

Katie se levantou e fez uma reverência à multidão, pegou Travis pelo braço e o puxou. Ele andava cambaleando e murmurando coisas sem sentindo.

À caminho da porta, um garoto olhou para Katie parecendo que a devorava com os olhos. Ela se encolheu, mas continuou andando.

— Ela não! — Travis sussurrou.

Antes que Katie pudesse imaginar, Travis se desvencilhou de suas mãos e foi direto ao garoto. O garoto não se intimidou e diferiu um soco no rosto de Travis, deixando o lábio dele sangrando. Travis avançou e deu um soco no rosto e na boca do estômago, fazendo o garoto cair sentado; mas ele se levantou tão rápido quanto caiu e deu outro soco.

— Parem! — Katie gritou e avançou, mas Connor a conteve — Me solta, Connor!

— Deixa eles, Kat! Se você entrar no meio pode ser pior.

Connor apertou o braço ao redor da cintura de Katie, impedindo-a de fugir apesar das tentativas de se soltar.

Travis dava um soco atrás do outro, empurrando o garoto nos intervalos, ele parecia uma máquina que fora treinada para matar. O garoto dominou Travis e o jogou na direção das mesas.

— Travis! — Katie se soltou de Connor e foi em direção ao garoto — Você me enoja! — Ela cuspiu as palavras e se preparou para dar um soco, mas Connor se meteu na frente dos dois.

— Saia! — Ele se dirigiu ao garoto, que limpou o sangue que escorria e saiu do bar — Katie leve-o ao banheiro, eu acerto as contas aqui.

Katie ajudou Travis a se levantar e foram cambaleando até o banheiro. Ela trancou a porta e o colocou sentado. Katie apoiou os dois cotovelos na pia, jogando a cabeça entre as mãos e suspirando.

— Kay, eu…

— Não precisa se explicar, Stoll. — Ela falou secamente.

Katie pegou papel para secar a mão e o molhou, passando logo em seguida nos sangramentos de Travis.

— Eu te odeio, Stoll! — Ela pontuava cada palavra com uma pressionada em cada machucado dele.

— Ai, Gardner! — Ele tirou delicadamente as mãos dela de seu rosto.

— Desculpe. É só que… Olha no que vocês nos meteu. — Katie voltou a limpar os machucados — Não sei como vou explicar a Quíron os seus machucados.

— Deixe Quíron pra lá! — Travis puxou Katie para o seu colo — Você fica linda quando está preocupada.

— Cale a boca, Stoll! Você ainda deve estar bêbado. — Ela continuava a limpar os ferimentos.

— Com certeza não.

Ele segurou as mãos dela e puxou Katie para si até seus lábios se encontrarem, Travis pediu passagem e Katie concedeu. O beijo se aprofundando cada vez mais, ele a puxava para si e ela enroscava sua mão em seus cabelos. Bateram na porta, mas eles ignoraram, a necessidade do beijo crescendo.

— Por que estão demorando… — A voz de Connor morreu.

Katie saiu do colo de Travis na hora, virando para a parede a fim de esconder o seu rubor. Travis deu um riso baixo, nervoso e Katie ouviu ele se levantar.

— Por nada, Connor! — Travis cortou o assunto, meio irritado — Vamos logo.

Travis saiu e Connor puxou Katie da parede, a tranquilizando enquanto eles caminhavam até a saída do bar.

— Kat, relaxa! — Connor riu — Não é como se eu tivesse visto algo além de uns beijos.

Katie riu nervoso e seguiu Connor até o táxi.

(…)

O táxi andava a trinta quilômetros por hora. O motorista era um senhor de cabelos grisalhos, a blusa amarelada dava-lhe a impressão de que trabalhava há anos. Ele contava histórias da segunda guerra mundial a Connor. Katie e Travis ocupavam o banco de trás. Travis estava deitado no colo de Katie e ela mexia no cabelo castanho dele. Ele sorria com o carinho.

— Ainda não acredito que você foi me procurar só porquê meu alter ego bêbado tinha exigido.

Eles haviam esquecido do episódio do banheiro por hora.

— Eu estava preocupada, Stoll! Você sumiu!

— A culpa foi sua, Gardner. Se você não tivesse feito eu me sentir um monstro, não teria ido afogar as minha mágoas em um bar.

— Mas você é um idiota mesmo. — Ela falou mais para si do que para ele — Eu estava te procurando justamente para me desculpar.

— Desculpas aceitas. Pena que teve que ser na volta de um bar e em um táxi que parece uma tartaruga.

— Olha onde você me fez parar, Stoll! — Katie riu — Sempre soube que você era um problema.

— Chalé onze, Gardner. Nunca se esqueça de onde eu vim.

Travis puxou o rosto de Katie para perto do seu e beijou a ponta do seu nariz.



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Notas finais do capítulo

Juro que não sou fofa assim sempre, ok? Levem em consideração que eu escrevi esse capítulo há uma semana e ainda por cima de madrugada (meus ânimos se alteram de madrugada).
Agora entendem porquê eu pedi para escutarem I Knew You Were Trouble? Fiz umas pequenas menções ao clipe durante o capítulo.
Garanto a vocês que as coisas daqui pra frente só tendem a melhorar. Acreditem em mim.
Espero que tenham gostado.
Até os reviews, adeus!
PS.: Alguém já leu "A Seleção"? Estou escrevendo uma fanfic Maxon/America.