A Escolhida escrita por Madu Oms


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Quebrei a cabeça para escrever esse capítulo sem dar muitos spoilers ou deixá-lo cansativo. Ou entregar de cara quem é que escolheu a Savanna, o que eu resolvi deixar para o próximo capítulo (não me batam).



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No dia seguinte, eu evitei todo mundo o máximo que pude. Não quis saber de Rebeca, mãe, pai, Valentine ou Josh o dia inteiro. Minha cabeça doía, e eu não sabia se era por não ter conseguido dormir depois do pesadelo ou se a confusão mental só aumentara depois do mesmo. Meu corpo inteiro doía, para falar a verdade. Mas isso era por causa da quantidade absurda de energia que eu gastei para mandar minha essência até a dimensão de treinamento. E era maior ainda a energia que usei para conseguir livrar meu corpo das trevas.

Não que saber que consegui manter o controle da situação e usar uma magia que eu nunca havia usado antes fizesse com que eu me sentisse melhor. Mas vamos fingir que sim.

O pouco de vitalidade que eu ainda possuía foi usado completamente para que eu ficasse com uma aparência aceitável. Não parecia saudável, não, nem um pouco, mas nada que uma maquiagenzinha não resolvesse.

– Você está péssima! – berrou Rebeca quando me viu. Ela aparentava mesmo estar preocupada, mas seus olhos demonstravam que ela tinha outras preocupações além da minha saúde. – Está com febre? Doente? Ew... Isso pega?

– Tive um pesadelo e não dormi direito. Só isso.

– Mais um pesadelo, Savanna? Assim você nunca mais vai conseguir dormir bem! – ponderou. – Já consultou um psicólogo?

Tive vontade de rir.

– Porque eu consultaria um psicólogo?

Ela revirou os olhos, mas não me respondeu.

Depois desse diálogo, nós não conversamos muito. E percebi que, para Rebeca, isso era estranho demais.

Mas eu tinha outras preocupações além da falta de agitação de Rebeca.

Uma delas era salvar o mundo e todo o reino de Sócera dos Luditors-lançadores-de-trevas. E me lembrar disso só me deixou ainda mais inquieta.

Josh me procurou durante a tarde. Não era como se eu pudesse evitá-lo, afinal de contas. Ele era o único Escolhido – até onde eu e ele sabíamos – daquela escola, e provavelmente era a única pessoa para a qual eu podia contar dos meus estranhos pesadelos que me artomentavam nas últimas semanas e que tanto preocupavam Rebeca.

E, confesso, também preocupavam a mim.

– Então é isso. – ele concluiu após eu contar o sonho. – Os magos das trevas estão se rebelando, mais uma vez, contra os imortais.

– Imortais?

– Os deuses. – ele me respondeu. – E os Escolhidos que aceitam viver pela eternidade.

– Deve ser bom... Ser eterno, sabe? – falei.

Josh apenas balançou a cabeça num gesto negativo, e não falou nada.

– Mas, se os magos das trevas te querem jogando no time deles... – ele olhou para mim como se eu fosse uma criatura bizarra. – Então nós precisamos ir para Nostrae imediatamente.

– Por que motivo, eu posso saber?

Josh apertou os lábios, como se falar aquilo para mim fosse nos botar em risco. E colocaria, com toda a certeza do mundo. Pena que eu ainda não sabia.

– Já sei de quem você é escolhida.

N/A:

Eu detesto usar o espaço da história para dar notas, mas é que essa é urgente.

Não acho que expliquei direito o que é um Escolhido. Expliquei? Não. É, eu já sabia.

Escolhidos (ou Electi), inicialmente, eram seres humanos comuns sendo paridos por outros seres humanos comuns – porque Electis jamais teriam filhos, já que esses filhos se tornariam Noimosynis... Ah, outra hora eu explico – e totalmente alheios a Sórcera. Isso, talvez, vocês já tenham deduzido.

Algumas vezes, os deuses precisam de alguém para canalizar a magia e seus poderes – a magia deles é inesgotável, claro, mas quando eles precisam recarregar o poder, uma carga extra na bateria, compreendem?, transferem os poderes para seres humanos escolhidos – e esse alguém é chamado de Electi. Geralmente eles escolhem pessoas que tem as virtudes presentes em cada deus para que o poder seja usado para o bem. Enfim.

Os Electi, no entanto, não são deuses. Vou usar um exemplo mais claro:

Digamos que você tem dois celulares da mesma marca, mas um já está velho e usado e o outro é novo. Porém, o velho e usado é melhor e quase inquebrável – hello Nokia – então você compra uma bateria nova para ele, e coloca a usada no celular novo. O celular novo vai funcionar bem, mas é mais limitado, enquanto o velho continua ótimo e tem uma bateria nova que pode ser trocada daqui alguns anos. Aí você troca apenas a bateria, mas não o telefone.

Compreenderam a lógica? O telefone velho são os deuses, e o novo são os Electi.

Electis tem uma quantia limitada de poder, que acaba quando eles morrem – a não ser que escolham a imortalidade, mas aí teriam que recarregar os poderes também, e cara, que preguiça né?

Eu não vou revelar a vocês de quem sou escolhida. Terão que descobrir sozinhos.

Dêem uma lidinha aí no site (www.cocacomk.webs.com/4anostrae.htm) e chutem nos reviews de quem eu (e o Josh e a Savanna) são escolhidos.

P.S: No próximo capítulo vocês terão uma surpresinha. Um personagem novo e misterioso vai chegar para ajudar (ou ferrar) com tudo. Para quem quer romance... Bem, o romance vem aí.

Good bye bitches.


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Notas finais do capítulo

E aí?