P. O. V Leo

                Velho! A Piper tinha que me acordar daquele jeito?! Falando sério! Tá, tudo bem, eu não estava com sonhos legais, mas, poxa... Enfim. Assim que acordei, como diria a Mafalda “Eu já acordei, só falta avisar o meu cérebro”, perguntei meio grogue:

-Ah... Pra que me acordar agora...? São 9h da manhã, Pipes!

-Desculpa, mas você tem que ver isso! –ela respondeu um pouco animadinha demais pro meu gosto.

                Assim que chegamos ao convés, fiz uma versão de “lol” humana, pois, logo abaixo de nós, um bosque se arrastava, e, entre as árvores, havia uma criatura com cerca de trinta e cinco metros de comprimento. Voltei para a minha cabine e peguei meus binóculos. Assim que os foquei no animal, percebi que era um dragão. Seu corpo era esguio, com uma coloração que ficava entre bronze e cobre. A criatura andava como uma serpente, digo, andava não rastejava porque possuía pernas. Longas e grossas pernas, terminadas em dedos compridos com garras capazes de fazer um Tiranossaurus Rex sair correndo chamar a mamãe.  

-Di immortales! Um dragão! Quer dizer... Não é um autômato!  -falou minha irmã Nyssa.

-Sim. Eu não sabia que ainda existiam! Claro, conheci o drakon pessoalmente, mas esse é diferente! É um legítimo dragão grego vivo! –exclamou Nico.

-É... Epa! Como assim, lutou contra o drakon? –Frank indagou com os olhos arregalados.

-É uma longa história, mas se eu resumir, Ele fazia parte do exército de Cronos.

-Ah.

-LEO! UMA ÁRVORE! –berrou alguém a estibordo.

                Saí correndo em direção à cabine de comando. Consegui desviar Argo II por muito pouco. Mais um milímetro e talvez Octavian não estivesse mentindo.