A Guardiã escrita por Alatariel


Capítulo 19
Aurora


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem pela demora em postar, dia 23 foi meu aniversário e ontem véspera de natal, então...
Mas aqui está mais um capítulo para vocês, mais uma vez obrigada pelos reviews de Legolas, Rafaella e Vicky!
Valeu pessoal!



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POV THRANDUIL
Via os primeiros raios da aurora despontarem no horizonte, o vento sussurrava cantigas ao tocar cálido os troncos e folhas das árvores.
Sabia que deveria voltar para meu povo, sabia que deveria lutar contra a sombra que estendia-se sobre a momentaneamente chamada Floresta das Trevas, era obrigação de um rei defender seu povo, mas por que sentia-me tão preocupado.
A resposta estava estampada diante de meus olhos, que embora fossem aguçados o bastante, demoraram a entender que o sentimento que dominava-me era receio, receio de deixar meu filho partir.
Legolas era meu filho único e embora já estivesse em idade de trilhar seu próprio caminho nunca havia partido em um jornada tão difícil e arriscada e temia por sua vida.
- Acalme-se Kethae murmurei ao corcel que agitava-se ao meu lado
Escutei passos leves, pés que mal tocavam o chão coberto de folhas, reconheceria aquele som em qualquer lugar.
- Le abdollen lan (está atrasado filho).
- Perdoe-me meu senhor. pediu Legolas parando a meu lado
- Sabia que teria de deixa-lo partir um dia olhei para o rosto do elfo não imaginava que partiria para tão longe.
O garoto lançou-me o mesmo olhar que lançava quando era apenas uma criança, o mesmo olhar que pedira alento diversas vezes.
- Hantanyel tulesselyanen (obrigado por vir) disse-me ele
- Meu filho, sou seu senhor, mas também seu pai, por isso peço-lhe que tome cuidado pousei as mãos nos ombros de Legolas
- Vou tomar garantiu sorrindo
-Nai tielyar nauvar laiquë arë laurië (que seus caminhos sejam verdes e dourados) dei-lhe um abraço desajeitado
- Alwa ada (boa sorte pai) - ele correspondeu-me
Montei no cavalo, que fincava as patas abrindo um buraco no chão devido a tamanha impaciência, na verdae quem estava atrasado, era eu.
- Mais uma coisa garoto falei olhando Legolas nos olhos cuide daquela moça, sei que o olhar que lançou a ela ontem a noite não foi o olhar de um amigo.
- Cuidarei meu senhor, eu prometo ele baixou os olhos para o chão constrangido
- Noro lim Kethae, noro lim (corra rápido Kethae, corra rápido) mumrmurei e o animal obedeceu de imediato levando-me na direção de minha casaa
***
Mary abriu os olhos ainda, temerosa a respeito de não estar mais em Lothlórien e tudo aquilo ser apenas um sonho bobo, mas não foi o que constatou ao se levantar.
Continuava na Terra Média, deitada em uma tenda aos pés de um enorme mallorn que estendia-se metros acima, trocou a camisola por uma camisa e calças de montaria.
Saiu da barraca e espreguiçou-se, dando por conta que não era a única que estava acordada.
- Harya mára arya Legolas (bom dia Legolas) saldou ela
- Harya mára arya Marianne (bom dia Marianne) o elfo lançou-lhe um sorriso trsitonho
- O que aconteceu? perguntou a moça
- Meu pai partiu respondeu
- Ele tinha deveres para com seu povo ela deu um sorriso tímido e tocou o ombro de Legolas teria que partir.
- Eu sei, só não estava preparado para isso. Legolas sorriu Parece que Thranduil não é o único a partir.
A jovem seguiu o olhar do elfo e encontrou Faramir parado ao pé da escada que dava aceso às tendas, estava de malas prontas e trazia seu irmão; recuperado da noite anterior, consigo.
- Queria despedir-me antes de ir disse ele
- Voltará para a Cidade Branca? perguntou Legolas
- Não, vou para Osgiliath, defender as primeiras fronteiras dos ataques dos Orcs respondeu queria poder ficar...
- Tem que ir, proteger seu povo provar que será um bom rei, um bom líder incentivou Boromir
- Acho que isso é um adeus Mary abraçou o soldado mais uma vez Boa sorte.
- Para você também ele sorriu
- Nai lassi cuilelyo u-firuvan disse-lhe o elfo Que as folhas de sua vida nunca morram.
- Obrigado.
Faramir partiu para uma jornada que pertencia apenas a ele enquanto Mary preparava-se para começar sua própria aventura.
***

- Já fez isso alguma vez? perguntava o elfo enquanto ajeitava o alvo a cinco metros de distância da garota
- Não, também nunca imaginei que fosse precisar aprender respondeu segurando o arco e a flecha nas mãos
- Tudo bem Legolas pôs as mãos nos quadris posicione a flecha no arco.
Ela obedeceu conseguindo fazê-lo de modo eficiente para a felicidade de Legolas.
- Ótimo, já é um bom começo elogiou ele agora puxe a corda do arco ainda segurando a flecha.
- Assim? perguntou
- Não exatamente o príncipe colocou-se atrás de Marianne baixando-lhe um pouco o braço que segurava o arco
Pegou a mão que puxava a delicada corda e afrouxou um pouco os dedos da donzela que perdeu completamente o tino por estar tão perto daquele ser tão magnífico.
Gimli pigarreou surgindo dentre as árvores com um misto de riso e surpresa aparecendo sob a barba ruiva.
- Não queria atrpalhá-los disse o anão
- Estamos só treinando falou Mary convicta
- Sei... sendo assim não se importariam se observa-se seu treinamento não é? ele sentou-se e pôs um pouco de erva no cachimbo
- É claro que não o elfo rolou os olhos e afastou-se da jovem
- Posso atirar agora?
Legolas apenas assentiu com a cabeça enquanto Mary soltava a corda, a flecha zuniu acertando um galho, que por acaso não era o alvo.
- Cuidado, não vá mirar no alvo e acertar em mim murmurou Gimli rindo
- Não gostou, faça você provocou Marianne entrando na brincadeira
- Não uso arcos, nem nunca usei senhorita, ainda prefiro meu machado.
- Mais uma vez? quis saber Legolas
- Aham dessa vez a moça fez tudo com precisão, tornou a disparar acertando no alvo
- Muito bom elogiou o professor vou afastar um pouco mais o alvo.
- E ainda quer que eu acerte bufou a moça fingindo-se indiferente
Legolas e Gimli riram.
***
O dia foi de treinamento intenso, após acertar o alvo a 50 metros de distância a jovem Marianne Greyhood ainda teve de aprender a usar as facas que lhe foram dadas por Thranduil, com a ajuda de Haldir.
O elfo impressionou-se com a facilidade de assimilação que a moça tinha, aprendendo rapidamente o modo certo de articular os movimentos para desarmar, e no caso de uma maior ameaça, matar o adversário.
O restante do dia fora inteiramente de preparação para a partida que aproximava-se, o frio na barriga de Mary crescia ao perceber que iria sair das fronteiras protetoras de Lothlórien e encarar o mundo real lá fora.
A Guradiã encontrava-se sentada próxima da fonte, no mesmo tablado em que havia salvo Sam, no mesmo tablado em que conversara com Faramir e Aragorn. Abraçava os joelhos com força tentando esconder a ansiedade que sentia.
Isolar-se não é a melhor maneira de fugir do medo que sente Galadriel sentou-se a seu lado
É tão ruim sentir medo? perguntou a garota
- O medo é o estímulo para se ter coragem a dama branca tocou de leve os cabelos da morena
- Viu que eu viria não foi? quis saber Mary
- Sim minha querida. aquiesceu Galadriel
- A senhora não poderia dizer a mim, como isso tudo acabará?
- Infelizmente não, mas posso adiantar-lhe que passará por provas das quais nunca imaginou. a elfa levantou-se dando um último sorriso a garota
Realmente não poderia dizer nada a Marianne, mesmo sabendo dos sacrifícios que a garota passaria até que o fim chegasse. E era este fim que intrigava Lady Galadriel, pois era um fim obscuro, que apenas passava-lhe uma sensação de medo e perda.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero que tenham gostado!
Bjos