Inevitável escrita por Minki


Capítulo 4
Verdadeiras Cores


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu disse que iria postar o mais rápido possível e acabei demorando muuito mesmo, mas não me culpem, culpem os fantasminhas!!

Sério eu fiquei meio desmotivada a continuar, os reviews continuam caindo e eu ---> x_x

Então eu realmente quero agradecer a Lele Potter, Joannne Santos e Mahchan, sem vcs esse capítulo n existiriaa xD Para me desculpar pela demora eu fiz um capítulo beeem grande para vcss!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/304549/chapter/4

“E se a culpa for toda minha, eu posso, por favor, consertar as coisas?” What if, Safety Suit.

Enquanto caminhava pelo jardim, reflexões em sua mente a deixava confusa. Há um longo tempo admitira para si mesma que seus sentimentos por Albus Potter eram além da amizade, ao contrário do garoto que apenas a via como uma amiga. No entanto com o convite dele para ela ir ao baile, acendeu-lhe uma esperança que nunca tivera.

Alguns pingos de chuva começaram a cair e Albus olhou para o céu, sentindo-os caírem com mais frequência. O garoto tirou seu próprio blazer colocando sobre sua cabeça e a de Lysander.

– Acho melhor corrermos. – falou fazendo uma careta. Lysander o ajudou a segurar o blazer e com o braço livre, Albus passou o seu pelo ombro da garota e os dois correram para a terceira estufa.

Lysander sentiu seu coração se acelerar, e ali estava ela sentindo o cheiro de hortelã invadir-lhe de forma entorpecente, não se importava nem um pouco com a lama que sujava seus sapatos, se pudesse faria aquela pequena corrida desajeitada de ambos, durar para sempre.

Ao chegarem à estufa, Albus jogou seu blazer que pingava encharcado na bancada e bagunçou seus cabelos molhados.

– Odeio chuva! – praguejou seus lábios estavam roxos de frio e Lysander sabia que os dela deviam estar iguais. Albus ergueu a varinha e recitou um feitiço, logo os deixando secos de novo.

– Eu gosto... – murmurou timidamente – da chuva – ele sorriu esperando aquela frase, Lysander sempre parecia pensar o oposto que ele em tudo – Mas onde está o Scorpius?

O garoto franziu o cenho, enquanto seus olhos corriam pela estufa.

– Eu disse para ele esperar aqui... – eles se entreolharam confusos, até Albus tirar a mochila das costas e colocá-la em cima da mesa – Aquele Malfoy, sabia que ele ia dar o pé atrás nesse trabalho, - deu de ombros – são as notas dele, não minhas...

Estavam quase terminando o trabalho quando Lysander, que estava sentada na mesa ao lado da janela, pegou o celular digitou:

Onde você se meteu?

Alguns minutos depois recebeu a resposta:

Apreciando seu encontro com o Sr. Potter?

Soltou um risinho fazendo Albus levantar o olhar.

Encontro? Ele parece mais focado em escrever no pergaminho do que outra coisa... Mas por que você foi embora?

– O que você tá fazendo? – perguntou – Falando com Scorpius?

Ela assentiu sorrindo.

– Ele está perguntando como está sendo nosso encontro – falou fazendo Albus bufar – Estou dizendo para ele que você não tem habilidade nenhuma com isso.- voltou a atenção ao celular que acabara de chegar uma mensagem.

Porque estou com raiva de você.

Lysander franziu o cenho.

De mim? Por quê?

– Por que ele foi embora? – indagou Albus e ela deu de ombros voltando a fazer observações em seu trabalho e de vez em quando refletindo sobre o que ia escrever, fazia distraidamente alguns desenhos sobre o vidro embaçado.

Silenciosamente Albus se aproximou dela e desenhou um símbolo de interrogação, ela balançou a cabeça negativamente. Scorpius Malfoy não mandara uma resposta.

–x-x-x-

Estava na biblioteca quando a conversa com Lorcan lhe veio a cabeça.

– Por que você saiu do time de quadribol, Rose? – Lorcan perguntou.

– Estava atrapalhando nos meus estudos. – respondeu ajeitando uma das plantas em um vaso.

– Não, eu quero que me diga o real motivo – disse fazendo a garota o fitar surpresa – Eu vejo a forma que você olha para o campo de quadribol, você ainda gosta de lá, mas por que nunca vai a nenhum jogo? Por que saiu do time?

Tentou se livrar daqueles pensamentos e voltar a atenção aos estudos, porém aquilo martelava em sua cabeça de uma forma irritante que não a deixava voltar a se concentrar. Suspirou derrotada e saiu da biblioteca, estava perto do corredor para o Salão Comunal quando uma voz a deteve:

– Última chance de me dizer com quem vai ao baile. – falou Scorpius com um sorriso travesso.

– Minha última chance? – repetiu voltando-se para ele com uma sobrancelha arqueada – Acho que vou perdê-la – disse com falso pesar.

– Tem certeza, Weasley? – indagou e Rose arqueou a sobrancelha – Você está deixando as coisas mais difíceis.

Ela desviou o olhar.

– Vou adivinhar – aproximou-se dela – Lorcan Scamander – pronunciou o nome com desprezo e ela o olhou com olhos arregalados.

– Como voc...? – tentou formular uma pergunta, porém foi interrompida.

– Realmente só podia ser um maluco para querer ir ao baile com você – comentou displicente e os olhos da garota arderam, não, ela não estava prestes a chorar, pelo menos não na frente dele – Agora entendo porque não queria me contar, ele é mais do que patético... – não pode continuar, pois Rose deu-lhe um belo tapa em seu rosto.

– Ele é mil vezes melhor do que você, Malfoy. Por que fica me irritando o tempo todo? - já ouvira aquela pergunta antes, várias vezes até, mas daquela vez ele sentiu o peso da dívida. Ele nunca a respondera – Você não vê o quanto você é baixo e desprezível? – com isso ela desviou-se dele e desapareceu pelo corredor do colégio.

x-x-x

Scorpius jogou com força uma bola verde contra a parede. Baixo. Desprezível. As palavras ecoaram pela mente dele junto com a fúria dos olhos azuis. Balançou a cabeça e bufou, retomando a bolinha que havia quicado na parede.

– Você me parece levemente frustrado. – uma voz soou perto da entrada da Torre de Astronomia, Scorpius levantou a face e encarou Lysander mal humorado – O que foi? Brigou com a Rose Wesley?

Scorpius não respondeu, apenas jogou novamente a bola.

– Está com raiva de mim também? – questionou agora lhe analisando as feições – Já descobriu o par dela, não é? – sorriu divertida – Realmente meu irmão é bem melhor do que você.

Scorpius voltou a fitá-la com mais raiva ainda.

– O quê? – questionou fingindo-se desentendida – Não estou falando nenhuma mentira.

– Eu não ligo para aquele seu irmãozinho, e se ele vai ou não com a Weasley, eu só quero ficar sozinho.

– Se você não liga por que está todo emburrado? – arqueou a sobrancelha – Você gosta dela e está com ciúmes.

Ele levantou-se abruptamente e colocou-se de frente a garota.

– Eu não gosto daquela Weasley e eu nunca vou gostar, por que você e a Lily ficam me enchendo com isso? – a garota abriu a boca mais ele foi mais rápido – Não Lysander, ela é uma Weasley e eu sou um Malfoy, a única coisa que podemos sentir um pelo outro é ódio, então parem de fantasiar histórias como se fossemos o próximo Romeu e Julieta – tomou ar – Comece a parar de se meter minha vida para olhar mais para a sua. Você sabia que o Albus apenas convidou você, porque a Longbottom não aceitou ir com ele? – arqueou a sobrancelha, suas palavras saíram feito torrentes de ódio, sua expressão era uma completa máscara de maldade.

– Scorpius, você sabe o que eu quero dizer... – sua voz saiu tremida, então não conseguiu continuar.

Quando a raiva se dissipou, Scorpius viu o que havia feito, sentiu-se um estúpido pelo o que tinha dito a garota.

– Me desculpe por não ter te contado... – continuou – Devia ter dito que meu irmão havia convidado a Rose.

– Lysander... – tentou começar, mas a forma como os orbes azuis fitaram os seus o fez parar.

– Não precisa se desculpar por falar a verdade – começou a andar até a saída, quando ainda de costas disse – Não entenda mal, eu não estou com raiva de você Scorpius, só quero ficar sozinha como você. E sobre a Rose, não devia ter raiva dela pelas pequenas coisas do passado.

Quando Lysander saiu, Scorpius voltou a se sentar no chão e pegou sua bolinha verde pensativamente. De repente seu celular vibrou em seu bolso e viu que recebera uma mensagem.

Jardim principal às 20:30 hrs

J.P.

–x-x-x-

Seus pensamentos pareciam virar uma bagunça em sua mente, as palavras do outro pareciam cravadas com veneno em si, odiava se sentir daquele jeito, principalmente por culpa dele, quem ele pensava que era para dizer aquilo?

Insensível, imaturo e irritante era tudo que ele era.

Um filete de lágrima escorreu por seu rosto e Rose a limpou rapidamente. Repudiava a sensação de tristeza causada por aquele Malfoy. “Realmente só podia ser um maluco para querer ir ao baile com você”, a frase dele produzia ecos e ela bufou tentando impedir que novas lágrimas caíssem.

A opinião dele não deveria-lhe ser importante, tentou repetir isso como um mantra, quando a porta do quarto foi aberta e Rose tentou esconder seu rosto, provavelmente estava com cara de choro e não queria que ninguém a visse assim.

– Rosie? – chamou Lily cautelosamente e a outra fingiu dormir. A mais nova sentou-se na cama fitando o corpo de costas para ela – Algumas pessoas viram você e Malfoy brigando... – articulou ainda hesitante, porém sem conseguir nem uma reação da outra continuou mais determinada – Eu sei que não está dormindo Rose, por favor, não aja dessa forma por causa daquele idiota.

E lentamente Rose se virou para sua prima e Lily mordeu os lábios ao ver os olhos levemente avermelhados.

– Eu não entendo o porquê ou como aquele Malfoy consegue te deixar desse jeito, – falou – você, que nem ao menos chorou quando os Moonlights se separaram – um sorriso escapou de Rose enquanto Lily olhava para a cabeceira da cama com o olhar perdido, como se visualizasse a cena de um ano atrás – Disse que deveríamos ser fortes por eles... Então por que você fica desse jeito por causa daquele maldito Malfoy?

Rodse desviou seus orbes azuis quando os castanhos os capturou. Por quê? Fitou o teto como se este pudesse lhe trazer respostas. Não era simples, no entanto sabia que era como responder uma pergunta bastante difícil de uma prova. O quanto mais pensava mais achava impossível, contudo a resposta estava ali em algum lugar.

– O que você sente por ele, Rose? – questionou Lily preocupada.

– Eu o odeio – respondeu sem hesitar e a outra soltou um suspiro de alívio. Ia se levantando quando Rose continuou – Malfoy uma vez me disse que eu era uma mentirosa, - Lily voltou-se para ela – quando eu saí do time de quadribol. Ele estava certo – as sobrancelhas da mais nova arquearam – Sempre sou assim quando o assunto são meus sentimentos.

– E então? – indagou outra vez.

– Eu não sei... – suspirou sentando-se na cama e sua prima fez uma expressão reprovadora.

– Você está louca Rose Weasley. – e saiu do quarto deixando a outra sozinha.

Eu devo estar mesmo, jogou-se na cama, voltando a fitar o teto.

–x-x-x-

Rose Weasley foi até a sala de estudo, pensamentos chegavam a deixá-la perturbada sobre o tal albino, precisava voltar a se concentrar em outras coisas mais importantes, como os estudos, por exemplo.

A sala estava lotada, principalmente por alunos do quinto e sétimo ano. A mesa mais vazia era uma no canto da sala, onde havia apenas Lysander.

Abriu a bolsa colocando seu material em cima da mesa e sentou-se, pegando primeiro o livro de feitiço ao lembrar que ainda nem começara a fazer os exercícios mandados no dia anterior.

Alguns minutos se estenderam até Lysander pigarrear fazendo a ruiva levantar o olhar. Rose não a conhecia muito bem, mas a via falando com Lily e sabia muito bem de quem ela era melhor amiga desde o primeiro ano.

– Ah, Rose... – começou meio incerta – Eu sei que não devo me intrometer nisso, mas eu sei que você e Scorpius brigaram – a outra desviou o olhar – Não quero ser impertinente, mas é que Scorpius não disse aquelas coisas por mal...

– Então por que outro motivo disse? – havia um pouco de raiva em seu tom de voz, porém além daquilo havia curiosidade. Algumas pessoas reclamaram do barulho e logo Rose sussurrou: – Abaffiato.

– Ele só estava com raiva. – respondeu como se aquela resposta fosse clara.

– Por que ele estava com raiva? – retorquiu – Não entendo. Era o que ele queria saber, não é? Digo, o meu par para o baile. Malfoy devia ficar contente por conseguir ter descoberto.

Lysander mordeu o lábio, olhando para os seus próprios papéis, tentando elaborar uma resposta, no entanto não conseguia encontrar nenhuma que não revelasse os verdadeiros sentimentos de seu amigo.

– Scorpius não estava exatamente com raiva... – suspirou e voltou seu olhar decidido para Rose – Ele estava com ciúmes de você.

Por um momento Rose pensara não ter ouvido direito, seu coração parecera dar um pequeno salto de surpresa, enquanto sua mente parecia ainda processar afirmação, levou alguns minutos para perceber o quanto aquilo era ridículo.

– Ciúmes? – repetiu – Isso é alguma piada?

Lysander suspirou revirando os olhos.

– Sabia que não ia acreditar. – disse lançando um olhar enviesado.

– É claro – sua expressão ainda apresentava choque – Será que você perdeu alguma coisa? Scorpius Malfoy me odeia.

– Nunca disse que não – retrucou e ao ver Rose erguer as sobrancelhas, perdeu um pouco a paciência e continuou: – Não se engane, sobre ele sentir ciúmes é verdade e sobre te odiar também – voltou a mexer em seus papéis – Você não devia falar como se estivesse completamente certa nisso, Scorpius te odeia pelo que você falou para ele no primeiro ano.

Uma velha lembrança assaltou a mente da garota, fazendo ela se perder em pensamentos. Demorou um pouco para se lembrar com clareza o ocorrido. Aquele dia ela realmente havia sido tão infantil... Massageou suas têmporas, o peso da culpa era realmente sufocante, mesmo tendo sido há muito tempo atrás, se tivesse sido gentil com ele da mesma forma que Scorpius Malfoy fora com ela, as coisas seriam bastante diferentes.

Então todas aquelas coisas que Malfoy fizera com ela, rasgar seus pôsteres dos Moonlights, roubar seus trabalhos do colégio, jogar seus livros no lago... Todas aquelas coisas que o fazia seu maior inimigo, tudo fora desencadeado por ela.

Lysander soltou um pequeno riso, fazendo Rose voltar novamente a atenção nela.

– Para você ver, Rose, você já tinha se esquecido disso – falou com certa ironia – Scorpius não se esquece desse fato um dia sequer.

A garota abaixou o olhar não havia nada que pudesse retorquir. Ela cometera um erro, não devia ter deixado sua família influenciá-la em suas ações.

Sentiu uma mão sobre a dela e Lysander enviou-lhe um sorriso amigável.

– O que eu queria dizer desde o começo é que você não conhece exatamente o Scorpius, e não faz bem julgar as pessoas sem conhecer um pouco o lado delas.

Rose assentiu ainda pensativa.

O que devia fazer? Pedir desculpas? Aquela ideia parecia-lhe ridícula, como poderia simplesmente ir nele e pedir desculpas por algo que aconteceu há mais ou menos quatro anos? Contudo também não devia deixar para lá, não quando aquela pequena coisa parecia viva até o presente.

Ao sentir seu celular vibrando em cima da mesa o pegou para atender, vendo que era Albus que a ligava.

– Alô? Albus?

– Rose! – exclamou – Meu irmão... E os nossos primos estão no jardim, – sua voz era arfante e urgente fazendo a garota franzir o cenho – eles vão bater no Scorpius, você tem que impedi-los!

– O quê?! – questionou dando um salto e vendo algumas pessoas olharem para ela, voltou a se sentar – Albus, não estou entendendo.

– Foi por causa da briga que vocês tiveram – explicou rapidamente – E-eu preciso desligar.

Rose ainda passou alguns segundos sentada olhando para o celular.

– O que foi? – perguntou Lysander preocupada, porém Rose a ignorou. Primeiro ficara surpresa, depois parecia começar a refletir o que devia fazer. Havia tantas coisas que queria entender, aquela era sua chance. Por fim, saiu apressada da sala de estudos, parecia tão entorpecida em suas próprias reflexões que nem escutara Lysander a chamar, e acabou deixando seus livros lá.

Scorpius Malfoy. Aquele que conseguia perceber quando mentia em um olhar, era hora de entendê-lo. Pois a primeira vez que ele cruzou seu caminho, aquele não era o mesmo Malfoy que costumava a conviver.

A verdadeira face dele, ela queria descobrir e para isso Rose Wesley devia voltar para o dia em que ela declarou que eles nunca seriam amigos.

–x-x-x-

– Eu disse para não cruzar o caminho da minha prima, não foi? – indagou James desferindo outro murro em Scorpius que dessa vez caíra na grama, esta que agora estava com bastante lama formada pela chuva que caia.

– James, pare com isso! – gritou Albus tentando se desvencilhar de Doug – um amigo de seu irmão – e Hugo, no entanto o outro apenas o ignorou.

– Eu te avisei o que acontece com alguém que mexe com a minha família! – mas antes que o chutasse, Scorpius cuspiu sangue de sua boca e riu.

– Incrível que você só consegue bater em mim com a ajuda de mais quatro pessoas – sorriu mesmo que sentisse ainda uma forte dor no rosto – Assim você me deixa lisonjeado, Potter.

Com raiva o outro chutou-lhe a barriga fazendo Scorpius perder o ar.

– Fred, o levante – mandou e outro o fez – Parece que gosta de fazer piadinhas, você realmente não sabe no que está se metendo. – sua mão fez o gesto de que iria deferir-lhe outro soco, e Scorpius fechou os olhos esperando o impacto que não veio.

O albino abriu os orbes surpreso ao ver uma mão segurar o braço do mais velho.

– Rose? – indagou James surpreso e ela deu-lhe um olhar duro.

– Desde quando James Sirius Potter, você cuida dos meus assuntos? – ele começou a balbuciar uma resposta, contudo, a ruiva o interrompeu – Enquanto a todos vocês? – seus olhos perscrutaram os outros garotos – Vamos solte o Albus – ordenou e rapidamente os garotos a obedeceram – Agora vão embora.

– Mas Rose... – Hugo começou, no entanto a garota o interrompeu.

– Isso é um problema entre eu e ele – enfatizou – Agora vão.

Lentamente os garotos deixaram o jardim e a chuva parecia ter se acalmado um pouco. Rose Wesley observou o garoto abaixo de si – Fred o empurrou contra o chão ao soltá-lo – que possuía um olhar desafiador, enquanto tentava calcular a próxima coisa que a outra faria.

– O que quer, Weasley? – questionou e ela percebeu que seus lábios estavam cortados – Veio repetir o quanto eu sou baixo e desprezível?

Mas a garota apenas se abaixou para surpresa dele e pegou de seu uniforme um lenço, limpando cuidadosamente o sangue que se acumulava nos lábios do garoto. Scorpius arqueou as sobrancelhas estudando o semblante da outra, porém nada conseguia captar.

Nenhuma emoção. E aquilo o fazia ferver por dentro, por não entender as intenções dela.

– Como assim o que eu quero? Só estou limpando seu corte. – hesitante repetiu o que o garoto dissera há quase quatro anos e esperou uma negativa vinda por parte dele, no entanto esta não veio. Havia apenas confusão no rosto do outro.

Por fim, Rose se levantou e estendeu-lhe a mão.

Sabe aquela sensação de estar cometendo um erro? Era o que Scorpius Malfoy sentiu ao segurar a mão que o impulsionou para cima.

Quando seus olhos se encontraram tão próximos no meio daquela chuva, muitos também diriam que aquilo era um erro, enquanto Scorpius desvendava o enigma dos orbes azuis.

E como aquilo podia ser tão errado, se uma sensação tão boa parecia nascer dentro de Rose Weasley? Ela queria que ele soubesse que aquela era a forma dela de se redimir pelo o que havia feito.

Depois de tantos anos terem se passado, tantas discussões e momentos em que apenas eram parceiros de time, parecia que só agora começava a ver quem Scorpius Malfoy realmente era.

Certo ou errado, ela não se importava mais com isso.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A ideia desse capitulo foi inspirada no meu jdrama favorito no momento!!! *---* Depois que lançou os novos eps num instante eu consegui terminar o capítulo!! Foi toda pela parte em que a garota principal percebe que as pessoas não são o que elas demonstram ser, e com isso ela fica decidida a descobrir as "verdadeiras cores" do garoto que ela gosta sooo cutee *-----*

Kissusss ;**



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inevitável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.