Inevitável escrita por Minki


Capítulo 3
Ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei um pouquinho mais que está o novo capítuloo !! :D



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Havia uma época que Rose e Scorpius não eram inimigos em tudo.

No verão passado eles estavam no mesmo time de quadribol, ambos compartilhando a posição de artilheiros. Ela ainda podia recordar-se da sensação que sentia quando voava pelos céus.

Rose olhou para arena vazia que se enchia nas partidas, suspirou e sentou-se no gramado. Sentia falta daquilo. Até mesmo das dores que sentia no final do treino, havia uma poção que diminuía a dor, às vezes Scorpius pegava seu braço sem permissão e passava o spray nele, sua expressão de alívio era acompanhada por um sorriso de lado.

Lembrou-se uma vez em um dos finais de treinos, todos pareciam ter saído e acabara de se despedir de Albus, quando percebeu que havia deixado os seus brincos no vestiário.

Bufou, refazendo todo o caminho para o local e chegando lá foi diretamente ao seu armário, procurando quase desesperadamente por eles, oras, fora sua avó que os dera, eles eram-lhe realmente importantes.

– Albus? – uma voz pronunciou, fazendo-a levar um susto e virar-se para trás assim que um garoto saia por trás do corredor dos boxes.

A cor sumiu da face da ruiva que encarou paralisada o albino que trajava apenas uma toalha. Seus olhos deslizaram pela pele pálida e molhada e engoliu em seco. Uma voz dizia em sua mente: o que podia ter de atraente em um garoto de treze anos sem camisa? E insistia para desviar o olhar dele.

Aquele era um dos poucos momentos em que a razão perdia.

– O que ainda faz aqui, Weasley? – ele questionou, fazendo-a despertar de suas reflexões.

Rose piscou os olhos rapidamente e deu as costas ao garoto, voltando a procurar os brincos.

– Eu deixei uma coisa aqui. – respondeu e em poucos minutos, conseguira encontrá-los. Ao se virar deparou-se surpresa com Malfoy que ainda a observava com um semblante irônico, fazendo-a sentir uma onda de mal-estar. Passou por ele olhando para seus próprios pés, porém este a impediu segurando-lhe o braço.

– Sabe é realmente hilário vê-la assim. – sorriu e Rose bufou, desvencilhando seu braço da mão dele.

– Realmente, é impossível ficar alguns minutos com você sem você me irritar, por que você é assim? – questionou ignorando suas maçãs do rosto que já deveriam estar avermelhadas de vergonha – Se não gosta de mim apenas me ignore, não seja uma criança irritante.

– No que está pensando Srta. Weasley? – questionou Lorcan sentando-se ao seu lado.

– Só estava me lembrando de algumas coisas... – respondeu desconfortável, não queria dizer exatamente o quê, nos últimos dias seus pensamentos pareciam voltados ao irritante garoto albino e isso não estava lhe fazendo nada bem.

–x-x-x-

No meio do corredor que dava acesso ao jardim, encontravam-se duas garotas, Lily que olhava pretensiosamente para Lysander, tratou-se de logo falar:

– Desde que Rose sofreu aquele acidente no jogo de quadribol eu percebi – disse – É tão óbvio.

– O que é óbvio? – perguntou Hugo passando pelo baixo muro e sentando-se nele.

Lily o fitou com arrogância.

– Você sempre tem que se intrometer com os assuntos dos outros – ele deu de ombros e ela revirou os olhos – Estou dizendo que é óbvio que Malfoy gosta da Rose.

Hugo engasgou-se.

– Q-quê?!– exclamou, tentando limpar a garganta e Lysander teve que conter o riso – Aquele Malfoy não gosta da minha irmã! – retorquiu levantando-se – Para começar, se gostasse dela, a teria convidado para o baile.

– Ah, mas o que você entende dessas coisas? – bufou Lily – É claro que ele gosta dela, mas garotos são idiotas.

Hugo a olhou ofendido e Lysander desviou o olhar, percebendo um garoto moreno sentado ao longe, com as costas apoiadas em uma árvore.

– Depois a gente se fala. – disse Lysander recolhendo suas coisas e acenando para ambos.

Ela caminhou em direção à Albus Potter e sentou-se ao lado dele.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou o fitando de perto.

Ele mexeu na grama distraidamente, passou-se alguns segundos em silêncio até ela pousar sua mão por cima da dele, fazendo-o parar e olhar para ela pensativamente, para logo depois ele tomar-lhe a mão.

– Você tem algum par para o baile?

–x-x-x-

Sangue manchava a neve branca, um garoto olhava desolado para o campo onde uma multidão ficava ao redor da menina desacordada. Seus cabelos ruivos quase chegavam à cor do sangue, naquele momento, pois estavam molhados pela neve.

Flutuando foi levada para fora de lá e Scorpius Malfoy continuava paralisado no meio do campo, seu coração parecia doer como se uma mão de ferro o apertasse. Não havia som, não havia nada, era como se estivesse em um pesadelo, como se nada daquilo fosse real.

Queria com todas as suas forças que aquilo não fosse.

O sangue da filha de uma nascida trouxa banhava, a neve tão branca e tão perigosa. Maldita neve, foi por causa dela que Rose não pode ver o balaço, e então não pode desviá-lo. O balaço atingiu-lhe a cabeça e ela caiu, como uma ave atingida por um tiro certeiro.

Levou um tempo para a ficha cair, ouviu uma voz bem ao longe o chamar, mas ele a ignorou, para Scorpius não havia mais nada ao redor, seus pés ganharam vida e estes corriam o mais rápido que podiam, seus pulmões ardiam, no entanto não parou até chegar à enfermaria.

Ao chegar lá teve que se apoiar nos joelhos para controlar sua respiração.

Rose Weasley estava deitada numa cama com uma faixa na cabeça. Sua prima postava-se ao lado da cama, com olhos vermelhos.

– E-la vai-i ficar be-em? – balbuciou Lily.

Scorpius ficou parado na porta as observando.

– Creio que só saberemos se ela acordar. – respondeu Madame Pomfrey. (n/a: Eu sei que provavelmente ela já deve estar morta depois de TANTO tempo mais eu estava sem saco para inventar um nova enfermeira :3)

– Se ela acordar? – repetiu Lily num fio de voz, com os olhos arregalados e o aperto que Scorpius sentia pareceu aumentar. Madame Pomfrey injetou alguma poção em Rose e apertou os lábios ao dizer:

– Provavelmente ela irá.

Uma lágrima escapou pelos olhos de Lily e ela enfim, notou o garoto na porta.

– O que faz aqui, Malfoy? – indagou com voz ácida – Era isso o que você sempre quis, não é? – levantou-se da cadeira – Ver minha prima desse jeito – completou – Agora que já viu, vai embora. Deixe-a em paz pelo menos agora.

Scorpius baixou o olhar e deu meia volta, poderia rebater, porém isso não o faria melhor, o contrário na verdade. No quarto estirou-se na cama e passou as mãos no rosto. Por que se sentia tão mal? Por que a sensação de medo parecia lhe agarrar as entranhas? Aquilo parecia estar acabando com cada célula do seu corpo.

Foi quando deram um calmante para Lily dormir e todos os Weasleys estavam comendo no Salão Principal, que Scorpius arrumou corajem de ir para a enfermaria.

Ele engoliu em seco ao fitar uma Weasley bastante pálida, deixando suas sardas acentuadas, era estranho não ver o leve rubor de suas bochechas, e seus lábios estavam secos e rachados. Rose parecia tão fraca como uma boneca de porcelana, e isso era muito estranho, pois ela sempre fora tão forte, corajosa e enfurecida... tão Weasley.

Sua respiração era tão leve e curta e quando viu deslizava o dedo indicador pela superfície macia e pálida que era a mão dela.

– O que você está fazendo aqui? – questionou uma voz fazendo-o retirar o dedo da mão dela por reflexo.

– N-ada. – gaguejou. Ah, claro, Albus pensou cruzando os braços.

Scorpius começou a andar em direção a saída, mas Albus o interrompeu.

– Se quiser pode ficar. – falou e Scorpius ergueu a sobrancelha surpresa.

Sem graça bagunçou os cabelos e negou. Um leve sorriso atingiu Albus por alguns instantes, ao contrário da maioria das pessoas de sua família, ele não odiava Scorpius Malfoy e sempre achara que as discussões entre ele e sua prima algo de grande suspeita.

E foi naquela noite que suas suspeitas viraram fatos.

– Bom, eu também estou de saída, só vim ver como ela está. – disse o acompanhando a saída. Os dois saíram por lados opostos e quase no final do corredor, Scorpius olhou para trás por alguns segundos, sentindo uma estranha vontade de voltar, no entanto acabou balançando a cabeça e seguiu seu caminho.

–x-x-x-

Ele e Albus caminhavam pelo jardim. Pesadas nuvens cinza cobriam o céu, um clima típico do começo de novembro, e Scorpius estava realmente começando a questionar se deveriam fazer o trabalho de Herbologia, quando Albus disse:

– Eu convidei a Lysander para ir ao baile.

Scorpius o fitou surpreso, para logo depois franzir o cenho.

– Não devia ter feito isso. – respondeu sério e foi a vez de Albus o fitar surpreso.

– Por que não? – retorquiu.

Teve que pensar cuidadosamente nas palavras a proferir, não queria dizer algum detalhe a mais do que deveria.

– Você queria ir com a Alice, não acho legal você convidar a Lysander como uma segunda opção... Não acho que isso seja legal com ela.

Albus riu e o empurrou de leve.

– Se eu não soubesse que você gosta da minha prima, ia achar que você tem uma quedinha pela Lysander.

– Eu não gosto da Weasley! – retrucou fazendo o outro revirar os olhos.

– Falando na Lysander acho melhor chamar ela, não? – indagou – Ela pode ser da Corvinal, mas acho que também precisa fazer o mesmo trabalho... – vendo Scorpius assentir, continuou – Vou chamá-la, então... Te encontro na quinta estufa, tá?

Scorpius concordou e caminhou até a respectiva estufa. Pelas janelas de vidro ele pode ver duas pessoas lá dentro.

Naquele dia encontrou seu primeiro – e descobriria depois último – palpite sobre o par do baile de Rose Weasley. Não entendia exatamente o porquê, mas aquilo não o deixava feliz. O contrário, sentia uma estranha fúria apoderar-se de si. Havia um nome para ela e ele o rejeitaria. Não, um Malfoy em nenhuma hipótese sentiria ciúmes de uma Weasley.

–x-x-x-

No dia seguinte, Scorpius visitou Rose, contudo naquela vez fora quase meia-noite, não conseguia dormir pensando no que viu de manhã, uma mulher de cabelos castanhos chorando, enquanto um homem ruivo a abraçava tentando acalmá-la.

Os pais de Rose.

A garota parecia do mesmo jeito e ele se irritou, ela não iria ficar assim para sempre, não era? Num movimento abrupto agarrou a mão dela, sentindo seus olhos arderem, não sabia o porquê daquele sentimento, apenas queria que ela acordasse.

Ele poderia odiá-la e incomodá-la toda vez que pudesse, mas não a queria morta, ou daquele jeito.

– Ninguém morre num acidente de quadribol – argumentou consigo mesmo, fitando- o roto oval tingido por leves sardas e sentou-se ao lado da cama – Quer saber por que eu irrito você? – sorriu fracamente, havia uma nota de humor em sua voz, contudo esta era acompanhada por um desespero oculto – Só vou te contar se você acordar.

No dia seguinte dois Potters se surpreenderam ao entrarem no quarto e se depararem com um Malfoy dormindo ao lado de Rose. Albus sorriu e Lily o olhou com os olhos arregalados.

– Você acha...? – ela tentou formular uma pergunta, no entanto acabou deixando-a suspensa no ar, voltando a fitar os que dormiam.

– Tenho certeza. – respondeu Albus com um sorriso levando sua irmã para fora.



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Notas finais do capítulo

Eu demorei pq eu não estava com muita inspiração e acabou que algumas partes eu admito ficaram "errrrgggg -.- " além de que a história pareceu não andar, pois eu queria mostrar mais os outros personagens *sorry*

então eu vou tentar escrever mais rápido que eu puder o próximo capítulo ok? ^^

Vocês perceberam q eu mudei a capa?? eu e o photoshop não somos muito amigos mais eu continuou tentando...

Feliz natal atrasado e feliz ano novoooo!!! ;**



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