Quando Você Voltou... escrita por Hikaru


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Finalmente, hehe depois de quase um mês sumida, voltei a postar mais um capítulo :D Confesso que não postei antes por vários motivos: organização de formatura, gripe, falta de inspiração e tristeza pelo número diminuto de mensagens que estou recebendo... Eu gostaria muito que vocês, se puderem, comentassem mais, pois preciso do retorno de vocês para saber se a história está boa ou não e o que eu preciso melhorar... Bem, espero que gostem desse capítulo. Um abraço e uma ótima leitura!
PS: Dedico esse capítulo aos (as) leitores (as): Bianca Gonçalves,Suassa, Ermac, Bree Wood e FeUchiha que sempre me animam com seus comentários!



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Capítulo IV:

POV Narrador

Após a sua conversa com Tsunade, Sakura voltou ao hospital. Diferentemente de quando ela saíra, o ambiente estava um pouco movimentado e barulhento. Médicos e enfermeiras circulavam pelos corredores, entravam e saiam de algumas salas, subiam e desciam escadas, acompanhados de pacientes ou levando consigo exames e medicamentos.

Aquela agitação para ela era tão natural quanto o próprio ato de respirar. Assim não se mostrou afetada quando adentrou as portas da recepção, indo diretamente a seu escritório.

Sua sala estava um pouco desorganizada. Sobre a mesa de trabalho havia alguns papéis espalhados, uma xícara de café, já vazia e um cinzeiro repleto de pontas e cinzas de cigarro. No chão, ao lado da mesa, sobre um carpete avermelhado, uma luminária antiga estava encostada a uma pilha de livros e pastas. E em uma estante de madeira maciça, ao lado da porta, estavam mal acomodados alguns recipientes de vidro, livros e remédios.

Sakura: “– Terei que arrumar toda essa bagunça para poder voltar ao trabalho...” Disse, já colocando ordem à desordem que ela mesma havia feito.

Após ter arrumado e limpado seu gabinete, Sakura sentou-se em sua poltrona de couro marrom avermelhado e estando bem à vontade, acendeu um cigarro.

Contemplando a janela semicerrada de sua sala, pensava sobre o fato de ter aceitado, tão facilmente, a imposição de Tsunade.

Na realidade, compreendia que apenas as palavras proferidas por Naruto não haviam influenciado de fato a sua decisão. Uma vez que ela sabia que seria inevitável seu encontro com Sasuke. Logo, não o adiaria. Faria, portanto da missão designada uma excelente oportunidade para afrontá-lo e fazê-lo pagar por todo mal que causara.

Sakura: “– Finalmente, depois de todos esses anos, irei fazer da tua existência patética um inferno.”

Seus pensamentos foram interrompidos por uma batida repentina na porta.

Sakura: “– Entre, está aberta”. Falou sem expressar emoção.

Keiko: “– Com licença, Sakura san. Faz muito tempo que você voltou?”.

Sakura: “– Voltei ainda há pouco. Vamos, diga-me o que queres”.

Keiko: “– É que deram entrada no hospital alguns pacientes novos...”

Sakura: “– Percebi, quando cheguei. Há muitos?”. Perguntou desinteressada arqueando as sobrancelhas.

Keiko: “– Oito. Mas dois já foram medicados e liberados, pois não apresentavam sintomas de doenças graves e quatro estão sendo atendidos pelos outros médicos.”

Sakura: “– Entregue-me, então, o prontuário dos outros dois, para que eu possa fazer o meu serviço.”

Keiko: “– Hai! Aqui está!”

À medida que olhava minuciosamente as fichas de cada um dos pacientes, Sakura dava, de vez em quando, uma tragada em seu cigarro. Enquanto, Keiko a fitava expressando um misto de hesitação e impaciência.

Sakura: “– Hum... Pronunciou, massageando o queixo e olhando para os papéis. Vou precisar de ajuda para atendê-los... Onde estão os meus internos imbecis?”.

Keiko: “– Er... Eles saíram ainda há pouco... Foram comer lámen no Ichiraku...”

Sakura: “– E quem lhes deu permissão? Perguntou amassando o cigarro nervosamente no cinzeiro.

Keiko: “– Bem... Eles disseram que você os tinha dispensado...”

Sakura: Dispensei sim, da aula, não dos serviços. Você e a Naomi deveriam ter atribuído alguma ocupação a eles, como sempre fazem com todos os internos. Disse em um tom exaltado. Mas... pensando melhor, dessa vez eu deixarei isso passar... Pois vejo que há necessidade de eles serem ensinados, a meu modo, o peso da responsabilidade que terão daqui para frente como futuros médicos. Falou, levantando-se da poltrona, estralando os dedos e esboçando um sorriso sagaz.

A algumas quadras do hospital, os quatro estudantes, cujos nomes eram Kaito, Akira, Tomoyo e Satiko estavam sentados ao lado do balcão do Ichiraku. Enquanto aguardavam seus pedidos, confabulavam a respeito de Sakura.

Kaito: “– Que sorte a nossa... Pegamos justamente a pior shishou...” Disse apoiando os cotovelos na mesa e amparando com as mãos o rosto.

Akira: “– Concordo com você... Estamos ferrados... Se nós conseguirmos sobreviver até o final, será um milagre! Falou coçando nervosamente os cabelos castanhos avermelhados.

Kaito: “– É, Akira, mas veja por um lado bom, pelo menos vamos ser torturados juntos!”. Disse esboçando um sorriso em tom de zombaria.

Satiko e Tomoyo “– Engraçadinho!”

Kaito: “– O que isso meninas? Cadê o senso de humor de vocês? Devemos ser otimistas, ainda que a situação não seja tão favorável!”.

Akira: “– Lá vem o senhor positividade...”. Girou os olhos em sinal de contrariedade.

Satiko: “– Sabe, Akira. Também, penso que ser confiante é a melhor maneira para encararmos e lidarmos com a nossa situação.”

Tomoyo: “– Concordo com os dois... Mas nós já devíamos estar cientes da probabilidade de tê-la como nossa mestra...”

Kaito: “– Sim, ainda mais que nós não temos a possibilidade de escolha...”

Satiko: “– Eu... achava que os rumores a respeito dela fossem falsos... Mas vendo-a em ação hoje de manhã, eles só se confirmaram... Assim, temo pelo que ainda nos espera...

Tomoyo: “– Igualmente... E ainda mais o fato de que ela pode nos reprovar... Pois, ela nunca, digo nunca aprovou nenhum de seus alunos... Todos falharam ou desistiram...”

Akira: “– Ela é uma louca que se diverte com a desgraça alheia...” Disse em um tom sério.

Satiko: “– Insana ou não, temos que acatar às suas ordens, afinal ela é nossa shishou...”

Satiko: “– Hai, mas mesmo assim, achei-a incrível! Queria ver outra pessoa ter coragem para fazer o que ela fez... Ainda mais a sangue frio...”. Esboçou um sorriso sagaz.

Kaito: “– Você só pode estar brincando?!...” Olhou para ela surpreso e balançou negativamente a cabeça em sinal de reprovação.

Satiko: “– É óbvio que estou! Seu tolo!” Bateu com as pontas dos dedos da mão esquerda na testa e sorriu ironicamente. “Ainda me encontro em perfeito juízo. Eu só queria desanuviar um pouco os nossos pensamentos. Afinal, não era você que ainda a pouco falava sobre senso de humor...?”

Kaito: “– Sim, é claro... Mas, se você realmente tinha esse objetivo, deveria ter dito outra coisa... Algo cômico, por exemplo.”.

Akira: “– Então, querem algo cômico?” Falou prendendo o riso com ambas as mãos. “Que tal falarmos da enorme testa de nossa mestra?”

Satiko: “– Ah, não! Outro com mais um comentário idiota... Acho que é contagioso...” Colocou as mãos na testa e balançou negativamente a cabeça.

Tomoyo: “– Estou de acordo com você!”

Akira: “– Não me venham dizer que vocês também não repararam? É impossível!”

Satiko: “– Sim, admito que a testa dela seja um pouco proeminente, mas não acho nada exagerado”.

Tomoyo: “– Eu penso o mesmo que Satiko. E não acho que isso seja motivo para fazer escárnio...”

Akira: “– Na minha opinião, vocês estão sendo muito afáveis. Ela é testuda mesmo, não tem como negar!”

Kaito: “– Eu também penso da mesma forma. Nunca vi algo tão grande! Até parece um outdoor!” Disse desatando a rir juntamente com Akira.

Akira: “– Ei, Kaito, precisamos arranjar um apelido que seja equivalente a ela!”

“– Que tal testa de marquise?”

Akira: “– Gostei!” Disse começando a rir. “Iremos chamá-la assim agora! Vejo que vocês, garotas, admitiram por fim o que o Kaito e eu falávamos ainda a pouco...”

Satiko e Tomoyo “– Mas não fomos nós que dissemos isso...”

Akira: “– Como assim? Não foi uma das duas? Então quem foi?”

Eu”

Os quatro internos, assustados, viraram suas cabeças para trás e se depararam com a figura séria de sua mestra. Fez-se um silêncio constrangedor entre eles. Ninguém ousava encará-la. Mantinham os olhos abaixados temendo uma reação negativa dela.

Sakura: “– Eu reconheço o tamanho da minha testa. E vocês admitem a dimensão de sua mediocridade?” Disse em um tom frio e indiferente. Quero-os em cinco minutos de volta ao hospital. Deu às costas aos internos e desapareceu em uma nuvem de fumaça.

Assim que a mestra se foi, os jovens estudantes atiraram-se às ruas de Konoha em desabalada carreira, esquecendo-se do almoço, somente parando quando adentraram as portas do hospital, ainda no tempo estipulado. Sakura os aguardava sentada em um sofá da recepção.

Sakura: “– Ora, ora! Vejo que pelo menos conseguem ser pontuais! Mas isso não vem ao caso neste momento. Enfim, eu quero deixar algo bem claro para vocês, pois vejo que ainda não entenderam. Repetindo novamente, vocês são apenas internos, ou seja, ninguém. E estão aqui para aprender e quem sabe em um futuro não muito distante, talvez, exercer a medicina com responsabilidade. Disse exibindo um sorriso irônico no rosto. Assim, saibam que o seu plantão dura 48 horas e que estando em serviço não podem abandoná-lo, pondo-se à fresca como fizeram, ainda que aparentemente não se tenha nada para se fazer. Somente poderão sair com a minha autorização ou quando o forem solicitados. Entenderam? Espero que sim, pois se não, os farei compreender de uma forma mais nefasta... Sem esperar respostas dos alunos continuou. Bem, agora vamos ao trabalho. Número três você ficará na emergência e se caso chegar algum paciente novo, passe-o para outro médico, pois estarei muito ocupada com os meus. Se as enfermeiras insistirem fale que eu não estou a fim de exceder meu plantão. E se não gostarem desta resposta diga para elas que façam uma reclamação formal à direção do hospital solicitando a minha demissão. O que eu duvido muito que aconteça, pois não há médica melhor que eu em todo este hospital. Número dois. Você vai buscar café para mim. Só que eu não quero da cafeteria daqui, que é intragável. Eu quero que você vá buscar em uma que fica ao lado da floricultura Yamanaka, que eu não me recordo o nome. Mas é a única, não é possível que você não encontre. Agora, tentem me deixar feliz e façam o que eu mando!

“– E nós shishou?”

Sakura: “– Já ia me esquecendo de vocês. Venham comigo”.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? Gostaram ou não? Eu acho que sou um pouco prolixa hehehe. Aguardo reviws! Kissus! Vany