Quando Você Voltou... escrita por Hikaru


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Sumida de novo, não é? Novamente peço mil desculpas a todos que estão esperando as postagens, é que para mim agora será um pouco difícil escrever, pois as aulas voltaram e eu comecei a trabalhar... Assim, não vou poder postar toda a semana, como estava fazendo com os primeiros capítulos... Mas, não pensem que desistirei da fic, muito longe disso, hehe quero postá-la, nem que for uma vez por mês, porque eu estou adorando essa experiência de criar a minha própria história! Espero que gostem desse capítulo que preparei para vocês, apesar do mesmo ser um pouquinho enrolado :P! Uma surpresinha... no próximo, finalmente, teremos o encontro da Sakura e do Sasuke, estou doida para escrevê-lo, hehehe Não vejo a hora.... Desejo a todos uma ótima leitura. Kissus!
PS 1: Pessoal, se não for pedir demais, outra vez, por favor, comentem mais!! Adoro seus comentários!!
PS 2: Esse capítulo, em uma de suas partes, foi baseado em um conto Feliz Aniversário de Fernando Sabino.
PS 3: Ah, pessoal, se não for pedir demais, você não poderiam dar uma opinião na minha oneshot? http://fanfiction.com.br/historia/325514/Sera_Que_Existe_Disco_Voador/ Agradeçooo
PS 4: E dedico esse capítulo as leitoras antigas e novas!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/304492/chapter/5

Capítulo V

POV Narrador

Sakura, novamente, caminhava a passos firmes pelos corredores do hospital, seguida pelos dois internos que a acompanhavam em silêncio.

De um quarto, que estava com a porta cerrada, eram audíveis gritos de uma mulher que denotavam dor e irritação.

Sem bater, ela abriu a porta e entrou, encontrando deitada na cama uma farta senhora e Naomi que tentava acalmá-la.

Desconsiderando, por alguns instantes, os protestos da mulher que se intensificaram com a sua presença, examinou novamente, com serenidade, uma das fichas que estava em suas mãos.

Após alguns instantes, levantou os olhos do papel e encarou a paciente esboçando, no canto da boca, um leve sorriso de mofa.

Sakura: “– Bem, pelo que vi em seu prontuário, obaasan, você quebrou a perna direita. Entretanto, as causas do acidente não foram especificadas... Mas, presumo, pelas especulações que ouvi, da boca de algumas enfermeiras fofoqueiras, quando estava a caminho daqui, que o motivo foi um animal, mais precisamente um gato, não é? Falou ironicamente, aproximando-se da cama onde estava deitada a mulher. E sem esperar a resposta para sua pergunta continuou. “Não acha que está um pouquinho velha para ficar subindo em muros atrás de gatos? É uma atitude no mínimo estúpida para alguém na sua idade ter!”

Naomi: Sakura san!!! Você sabe quem é esta senhora? É madame Shijimi,esposa do senhor feudal do país do fogo!

Sakura: “– Sim, eu sei. Mas ela não deixa de ser idiota só por ser alguém que tem uma posição melhor que a minha!

Madame Shijimi: Como ousa falar assim comigo, sua sujeitinha insolente! Disse encolerizada, levantando a cabeça da cama e a afrontando com os olhos. Se você sabe quem eu sou, sabe do que eu sou capaz!

Sakura: Eu não tenho medo de ameaças, obaasan. Até porque as mesmas não surtirão nenhum efeito! O dia que eu temer algo ou alguém, pode ter certeza, o inferno congelará!”

Sakura sorriu cinicamente e virando-lhe as costas caminhou até uma poltrona, do lado oposto da cama da paciente, onde se sentou, apoiando a cabeça em uma das mãos, enquanto rolava entre os dedos de outra, despreocupadamente, um cigarro que havia retirado de um dos bolsos de sua calça. Enquanto isso, Naomi e os dois estudantes olhavam um para o outro sem reação.

Madame Shijimi: “– Sua atrevida! Enfermeira! Eu exijo, agora, outra médica, melhor e menos arrogante que essa aí!”

Naomi: “– Shijimi san, não há médica melhor que Sakura san em todo esse hospital!”

Sakura: “– Isso é verdade!” Falou levantando-se da poltrona e guardando novamente no bolso o cigarro. “Não tem médico ou médica que se compare a mim em todo esse hospital. Então, cale-se e me deixe fazer o meu serviço!”.

Falou, caminhando, novamente em direção à cama da mulher e em seguida, dirigindo-se para os dois estudantes, prosseguiu. “Vocês dois, venham cá! Vão segurá-la, enquanto eu vou colocar o osso dela no lugar!”

Os dois internos caminharam para lados opostos da cama e seguraram firme nos braços da mulher, enquanto Sakura levantava sua perna e examinava o local uma última vez.

Sakura: “– Sorte sua, obaasan que você não se quebrou inteira, do contrário teríamos mais trabalho para pôr tudo no lugar.” Deu um sorriso sarcástico e voltando-se outra vez aos jovens estudantes, continuou. “E isso, aliás, leva-me a alguns questionamentos. Número um, o que é uma fratura?”.

“– Uma fratura é a quebra ou a ruptura de um osso, decorrente de um impacto.”

Sakura: “– Muito bem, número um. Vejo que o conteúdo do livro está bem memorizado, tão bem que eu acho que está pregado com tachinhas em sua cabeça. Mas aviso, aos dois, que o conhecimento, por si só, nada significa se vocês não souberem como utilizá-lo”. Sorriu mais uma vez cinicamente e volvendo os olhos em direção à interna, deu prosseguimento ao interrogatório. “Número quatro, diga-me quais são os tipos de fraturas e como tratá-las?

“– As fraturas são apenas duas e podem ser expostas ou não expostas. O tratamento dependerá do tipo de fratura. No caso de uma exposta, recomenda-se fazer um procedimento cirúrgico e da não exposta, tracionar o membro afetado até colocá-lo de volta em sua posição original.”

Sakura: “– Novamente, mais memorização!”. Girou os olhos impaciente. “Será que vocês não conseguem pensar por si mesmos? Até quando vocês se comportarão como maritacas repetidoras de ideias?”.

Madame Shijimi: “– E até quando eu vou ficar esperando, com essa perna quebrada, o final dessa conversa?”. Disse, interrompendo a discussão e olhando para todos com uma impaciente censura. “Já basta a falta de respeito e agora terei que esperar mais?”.

Sakura: “– Não se preocupe, obaasan. Você não terá mais que esperar. Já irei colocar o osso no lugar e depois de alguns dias de repouso, poderá retomar normalmente a sua vida e perseguir seus tão amados gatos.”

Madame Shijimi: “– Ora sua... Você é a criatura mais grosseira e irritante que eu já conheci em toda a minha vida!”

“Irritante...” Aquela palavra se reproduziu na mente de Sakura, por alguns instantes, assim como a imagem de Sasuke que sempre a utilizava. Então, franziu a testa e demonstrando estar levemente irritada, deu a ordem, mais uma vez aos internos.

Sakura: “– Vamos acabar com isso logo de uma vez. Vocês dois, segurem-na novamente, bem firme. Se prepare obaasan, porque isso vai doer!”

Um grito ensurdecedor ecoou em todo o quarto, seguido por um baque surdo de um corpo contra o chão.

Sakura: “– Mas que diabos! O que aconteceu?

Naomi: “– Sakura san! O interno foi nocauteado por madame Shijimi!

Sakura: “– Era só o que me faltava! Um interno palerma que não sabe nem segurar uma paciente direito!

– Shishou, o que fazemos com o Akira, quer dizer número um? Será que ele está bem?”

Sakura: “– Deixe-o aí! Já que ele acorda. Quem sabe na próxima vez ficará mais atento quando for segurar pacientes rechonchudas como a obaasan!” Olhou para a interna, sorrindo ironicamente. “Venha, número quatro, vamos atender o próximo paciente. Naomi! Engesse a perna da obaasan e depois desocupe o leito, pois o caso dela não é tão grave a ponto de ela ficar aqui ocupando um quarto à toa.”

Andando apressadamente pelos longos corredores, Sakura e a interna logo chegaram à porta de outro quarto, onde uma mulher e uma menina aguardavam sentadas em uma cama.

Sakura: “– Você é a senhora Mitsue, não é? Perguntou à mulher que respondeu afirmativamente com a cabeça. E esta pequena deve ser a paciente, Mayumi. Disse, aproximando-se da criança que brincava com um urso de pelúcia.

Mitsue: “– Doutora, por favor, ajude-nos! Mayumi disse que engoliu uma chave!”

Sakura: “– Vamos ver isto.” Disse séria, já olhando as radiografias que estavam em suas mãos junto com a ficha da paciente. “Hum... Quatro, apalpe o abdômen da menina e veja se sente algo.”

“– Aqui doí?”

A menina respondeu balançando a cabeça negativamente.

“– Shishou é estranho eu não sentir nada?” Disse coçando a cabeça com uma expressão de interrogação no rosto.

Mitsue: “– Doutora, diga-me o que a minha filha tem? Colocou as mãos sobre os ombros de Sakura. “Ela engoliu ou não a chave?”

Sakura: “– Engoliu foi o chaveiro!” Esboçou um leve sorriso de canto.

Mitsue: “– O quê??” Sacudiu freneticamente os ombros de Sakura.

Sakura: “– Fique calma, senhora. Falou já se desvencilhando das mãos da mulher. Ela não engoliu coisa nenhuma. Veja, a radiografia está limpa!”

Mayumi: “– Mas eu engoli mamãe!”

Sakura: “– Pensa que engoliu, mas não engoliu coisa nenhuma!” Olhou séria para a menina que colocou meio palmo de língua para fora. “Isso se trata de uma mentira de criança para fazer médicos como eu perderem tempo e pais, que geralmente não se preocupam com os filhos, passarem a notá-los ainda que seja por apenas alguns instantes.”

Mitsue: “– Você é bem atrevida e grosseira! Com que direito supõe tal coisa?”

Falou nervosamente franzindo a testa e encarando-a nos olhos. “Eu acho que já entendi a sua, faz piadas porque não leva a vida a sério...”

Sakura: “– Se eu realmente não levasse a vida a sério por que eu estaria aqui?” Falou cortando-a. “Quer ouvir um conselho? Por que não segue o exemplo de sua filha, quem sabe não consegue chamar a atenção de seu marido?”

Mitsue: “– Ora sua....” Disse, cerrando os dentes e franzindo as sobrancelhas.

Sakura: “– Muito bem, vocês podem ir embora agora. Mas antes, passe na enfermaria e peça alguns remédios para gripe, pois a senhora irá precisar”.

Virou-lhe as costas e caminhou para fora do quarto, sendo seguida, às pressas, pela interna.

Sakura: “– Mas que perda de tempo foram esses casos! Fiquei a maior parte da tarde desperdiçando o meu talento com bobagens. Daqui para frente, só vou atender pacientes que estiverem bem quebrados e que, de preferência, não possam falar! Agora, número quatro vamos a minha sala!”.

Sakura já em sua sala encontrava-se sentada em sua cadeira, apoiando os pés na mesa e fumando sossegadamente um cigarro. A interna estava sentada em uma poltrona e folheava alguns papéis.

De repente, duas figuras adentraram a sala. Eram Keiko e a interna número dois que tinha ido buscar o café para Sakura.

Sakura: “– Achei que já não ia mais tomar o meu café! Disse pegando o café das mãos da interna. Já viu que horas são? O que ficou fazendo todo esse tempo na rua?

“– Er... Eu...”

Keiko: “– Desculpe, Sakura san! É que eu acabei pedindo para ela também buscar alguns medicamentos que estavam faltando. Se ela demorou, foi culpa minha!”

Sakura: “– Está bem. Vou fingir que acredito. Mas mudando de assunto o que você deseja, Keiko? Por que não é seu costume vir a minha sala para defender uma interna, não é? Disse, endireitando-se na poltrona e apoiando o queixo entre as mãos.

Keiko: “– Sakura san, vim para dizer que você está dispensada de seus serviços por oito dias, pois suas folgas estão sendo adiadas há dois meses. Assim, terá que voltar para a sua casa ainda hoje.”

Sakura: “– Sim, farei isso, afinal não sou eu quem mando... ainda.” Disse meio a contragosto. “Mas, em oito dias estarei de volta e quero meus quatro internos, aqui, bem cedo. Ouviram número dois e quatro?”

Já era inicio da noite, quando Sakura finalmente deixou o hospital. O céu estava ameaçadoramente nublado e escuro. Uma brisa gélida balançava, levemente, seus fios de cabelos e as folhas das árvores. Mas ela não fazia caso daquilo. Sua mente pensava na decisão que havia tomado e em suas consequências.

Após uma meia hora de caminhada, conduzida pelas luzes artificiais dos postes, já acesos, alcançou a porta de sua casa.

Tudo estava às escuras. O que era lógico, uma vez que ela morava sozinha, já há alguns anos, pois seu pai havia morrido e a mãe para aplacar a dor mudou-se para outra vila.

Para iluminar melhor a fechadura, acendeu seu isqueiro e logo abriu a porta. No hall de entrada, tirou os sapatos e ligou as luzes.

Como estava com fome, foi até a cozinha em busca de algo para comer. Mas não encontrando nada, na geladeira e nos armários, voltou para a sala e sentou-se em um sofá de frente para uma janela que dava para a rua.

Gotas de chuva já escorriam pela vidraça. E alguns raios iluminavam, por breves instantes a paisagem escura.

Sakura olhou para uma das estantes empoeiradas e cheias de livros e percebeu que ainda tinha a antiga foto do time sete. Foi até lá e estando com o retrato em suas mãos, arremessou-o, sem se importar contra o chão, estilhaçando o vidro.

Sakura: “– No momento que eu ver você destruído, como esse retrato, terei finalmente alcançado a minha paz!”

Pisou em cima dos pedaços do retrato, com toda a sua força e virando-lhe as costas, subiu as escadas em direção ao quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço comentários?? Eu sei que está meio enrolado,esse capítulo, mas não sei ser concisa :X Bjus e até a próxima!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando Você Voltou..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.