Duplicidade escrita por Needy, LuM


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiiii. Desculpem a demora, aqui é a Needy kk. Bem escrevi meio rápido e espero que gostem. Obrigada pelos reviews Milla Cullen e Joyce Santos. XD



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Capitulo 1

Phoenix, Arizona. 2005

O vento corria livre como uma criança no quintal de sua casa. Steve Dwyer bufou tendo que tirar sua franja lisa e grisalha do rosto, suas botas estalaram sobre as pedras que cobriam o chão seco e cheio de areia do meio fio da rodovia que ele particularmente não suportava, mas tinha um motivo para ele estar ali. Ele até que se parecia com um cowboy, ou algo do gênero.

Steve nunca fora um bom pai, ou bom avô, na verdade ele nunca fora bom em nada que se relacionam as coisas consideradas benéficas em um senso comum, é claro. Entretanto ele ainda tinha um coração, batendo e pulsando o mesmo sangue que um dia correu nas veias de Reneé. Ela era sua filha e esse era o motivo por estar ali, em frente aquela lapide.

Naquele mesmo dia ensolarado e com o sol brilhante apontando no céu azul ela havia morrido, exatamente há 12 anos. Fatidicamente também era aniversario de sua neta, mas ele provavelmente não compraria um bolo de aniversario para a garota, não era de seu feitio ser adepto a comemorações, ainda mais para a pirralha que ele mais odiava. Só mais uma cabeça para ele sustentar, ele pensou do mesmo jeito quando foi praticamente obrigado a ficar com uma das crianças.

O nome completo de sua filha estava entalhado na pedra, cravada o chão coberto pela coberta grama verde e macia. Ele se aproximou mais um pouco, as mãos no bolso, o rosto sério. Nenhuma reação, apenas seu peito descendo e subindo conforme a respiração mostrava que ele não estava morto. Ele estava paralisado, nada entrava e nada saia em sua mente. Era uma atitude inesperada dele, até para si mesmo: o pânico.

Desviou o olhar para um prédio ao longe, era grande tanto em extensão quanto de altura. Quatro andares o compunham, a pintura branca e clássica estava em perfeito estado. Lembrava o tipo de prédio que ficava ao lado de um farol, em uma ilha escondida entre as ondas agitadas de um lugar que nem aparecia no mapa. Ele forçou os olhos que já não enxergavam como antes e então pode ver as crianças, apenas meninas na verdade, correndo no pátio e as freiras tentando manter a ordem. Ele se perguntou se a “pirralha numero 2” – como ele apelidara a outra garotinha - estava lá, ou se ainda estava viva.

Então se ele olhasse um pouco mais fundo, se pudesse enxergar mais alguns metros ele veria, teria a resposta para sua pergunta. Os olhos castanhos como os de sua filha não deixaria as circunstâncias mentirem, sim ela estava viva.

Bem viva.

A garotinha olhou pela fresta de uma persiana, o vidro a separando do mundo a sua volta, como uma bolha. Às vezes ela se sentia um monstro, seria possível que ninguém gostaria de leva-la para casa? Tira-la daquele lugar horrível?

Isabella se perguntou se um dia teria a chance de pisar em local que fosse fora dali. Ela tinha suas duvidas, suas chances de ser adotadas estavam diminuindo na porcentagem que ela fazia mentalmente desde que aprendera essa matéria. Agora eram 34% de chances, despencaram drasticamente afinal ela estava ficando mais velha naquele dia. Para Bella isso era uma tremenda decepção.

Ela observou as meninas com quem ela nunca ousou falar, elas tinham medo dela, correndo no pátio que ela fora proibida de novo de visitar por mal comportamento.

– Mais um aniversario na solitária não é Bella? _ ela murmurou ironicamente. Ela achava uma tremenda injustiça ficar de castigo só por que não quisera rezar como era obrigatório durante o meio dia. Ela já não sabia se isso iria funcionar, ela sempre fazia a mesma oração, mas nunca era atendida.

Talvez o problema fosse ela.

Olhou um pouco mais além e pode ver o cemitério alguns metros mais afrente do portão de entrada do orfanato St. Harris. Tinha um homem lá, ele olhava o nada então ela desviou o olhar quando a porta foi aberta e a janela consequentemente fechada de supetão. Era hora do almoço para as crianças mal educadas.

****

Steve continuou ali, parado enquanto torcia o nariz. Ele pegou sorrateiramente as flores do tumulo ao lado e pôs sobre o da sua filha. Tinha se esquecido de mandar um de seus capangas comprarem flores para Reneé, por mais que enquanto viva ela as detestasse. Foi ai nesse pequeno momento entre roubar flores e voltar a sua antiga posição discretamente que ele a viu.

Cabelos ruivos e encaracolados, olhos verdes puramente venenosos.

Atlanta, Georgia. 2012

Cabelos ruivos e encaracolados, olhos verdes puramente venenosos.

– Esme Platt, senhor? _ o rapaz alto e musculoso, porém praticamente inofensivo questionou a Steve. Eles se encontravam no escritório do velho Dwyer, sentados de frente um para o outro, separados apenas pela grande mesa de mogno de Steve. O senhor analisou mais um pouco a foto da mulher e então assentiu. Sem sombras de duvida ele a conhecia, estava claro aquele dia em sua mente. – Ela quer fazer negocio comigo? _ verbalizou seu pensamento inicial, riu – Sério? Agora que o marida largou ela. Esme esta tentando fazer negócios... Hum.

Emmett McCarty olhou apreensivo para seu patrão, esperando uma resposta enquanto ele ria como se tivesse ouvido melhor piada do mundo. Emmett deduziu que talvez fosse o efeito daquele cigarro que Steve nunca largava. – Então senhor?

Ele riu mais um pouco. E então se recompôs, fez uma pausa e disse:

– Diga a ela que aceito. Quinta – feira às duas horas, aqui no meu escritório. Não se esqueça de avisar, Emmett – ele conhecia Emmett e seus problemas de memoria e distração. O moreno assentiu – Ou você não vai chegar vivo para ver... Bem você sabe do que se trata não é mesmo? _ indagou e o outro prontamente disse que sim – Ótimo, agora pode sair da minha frente. Esse seu perfume ta me dando dor de cabeça.

Emmett saiu meio atrapalhado, do escritório, mas antes de fechar a porta atrás de si Rosalie praticamente o atropelou ao entrar na sala mais pálida do que o normal. O moreno ajeitou seus óculos - o que definitivamente era um paradoxo entre seus músculos e o seu grau de miopia. Ele parecia um nerd que malhava nos finais de semana – para poder observar melhor o corpo seminu da loira adentrando o escritório.

Ela vestia apenas uma lingerie rendada preta. Ela era o tipo de mulher que Emmett só conseguiria se pagasse uma hora com ela, só assim mesmo. Com seus pensamentos frustrados e um volume nas calças ele saiu porta afora. Ele só não esperava encontrar a policia ali, estacionada no meio fio. E as armas foram apontadas.

***

– Callie? Da pra me responder, caramba! _ Irina bateu mais uma vez na porta do banheiro. Callie permaneceu calada. – Olha sai logo desse banheiro garota! A policia esta lá embaixo. Qual é? Desde quando você ficou tão puritana que não pode mais fazer um serviço que passa mal. Essa é sua vida, menina.

Callie ouviu em silencio o discurso de Irina. Ela olhou através do vidro e viu o homem deitado na cama, ele era asqueroso e a causava náuseas. Seus olhos castanhos lacrimejaram quando ela colocou a ultima coisa que restava em seu estomago para fora. Ela odiava quando era obrigada a fazer sexo oral, para ela era o fim. Então vomitou mais, lembrando o que passou por sua boca há poucos minutos. Seu estomago embrulhou mais uma vez, a náusea voltou e ela apertou fortemente a lousa do vaso sanitário.

O homem chamou de um lado e Irina gritou de outro. O cigarro entre seus dedos já estava apagado, mas ela não se importou mesmo sendo o ultimo, fumar não era uma coisa que ela fazia muito. Enxugou as lagrimas e lavou o rosto na pia em péssimo estado, lavou a boca com creme dental e só de lingerie abriu a porta que dava para o quarto.

O homem nu, estirado na cama sorriu maliciosamente quando a viu. Mas continuou séria. Indo até as calças dele e pegando duas notas de cem dólares de sua carteira. O homem observou tudo atentamente enquanto os gritos de Irina continuavam do outro lado, ela odiava aquela vida, mas como Irina dissera, era a sua.

Callie atirou as calças enormes no homem e se virou poupando-se de o ver mais uma vez. Ele era gordo, asqueroso e era casado com a diretora da escola que ela frequentava de vez em quando. Era tremendamente humilhante tudo aquilo. Então ela jurou para si mesma que passaria por cima de tudo e de todos para sair daquela lugar que a deixava mais perto do inferno. Ela se virou rapidamente para dizer

– Coloque sua roupa. A seção acabou e a policia esta ai então eu recomendo que seja rápido a não ser que queria ser preso por prostituição junto com todo mundo aqui, e fazer com que sua mulher saiba que você a trai. Ela ficaria desolada _ ela debochou na ultima frase enquanto catava suas roupas e as vestia com praticidade.

Callie em segundos se vestiu e abriu a porta para Irina que a puxou pelos cabelos assim que a viu. A mulher de mais ou menos 28 anos a arrastou até um porta no fundo da mansão, ela sentiu seu coração bater mais forte. Era hoje. Estava tudo planejado em sua cabeça meio perturbada e maléfica.

– Obrigada Irina. _ ela sussurrou antes de pular um lance de escadas subterrâneas até a grama do jardim. Ela só então percebeu que aquilo era um porão. Irina não disse nada, apenas saiu dali indo fazer o que sempre faziam quando a policia batia na casa: Esconderem-se da melhor maneira possível.

Callie estava ansiosa por seu plano. Então seu celular tocou e uma mensagem de um numero desconhecido se revelou na tela do celular velho, como tudo dela era. Velho e ruim. Ela leu as palavras no visor rapidamente:

VOCÊ É CALLIE DWYER? POR FAVOR, ENTRE EM CONTATO COMIGO.

ISABELLA.

Quem é Isabella? _ ela se perguntou cambaleando o mais discreta possível para fora da casa. As sirenes estavam mais altas agora.



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Notas finais do capítulo

Bom ficou meio chatinho, mas é pra vocês entenderem melhor e as coisas. Vou colocando capitulos com "datas" até o periodo atual da fanfic e logo logo a Bella e o Ed vão aparecer. Ficaram com pena da Callie? Por enquanto kk

Bjuss, até o próximo