Meu Amor De Verão- Livro Um escrita por Lais Loureiro


Capítulo 9
Capítulo 9- Narrado por Vicky




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Eu e o Rodrigo chegamos na praia e vimos que nossos parentes estavam se divertindo. ( Há,muito formal.)

–Ainda bem que a praia está vazia,né?-ele falou.

''Vazia?! Olha, não sei não... Tem bastante gente. Não tantas quanto no Clube... Mas tem várias.'' mas o quê eu realmente disse foi...

–Mais ou menos vazia.

Ele achou melhor pegar um guarda-sol e umas cadeiras( aquelas típicamentes do Rio, vermelhas,desgastadas e com uns números difíceis de entender...) para ficarmos mais confortáveis.

Me deu uma vontade louca de beber um guaraná beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem gelado. Daqueles que só o Rio de Janeiro sabe gelar...( não que o de São Paulo não seja gelado,mas os do Rio, são;sei lá.Mais molhados por causa do gelo derretido na caixa de isopor dos ambulantes?)

–Vou buscar um guaraná. Quer?-perguntei enquanto eu tirava a minha blusa.

''Que calor terrível!'' pensei.

–C-c-c-c-cla... p-p-p-pode ser.- gaguejou.

Ao julgar do olhar perdido,a boca meio mole e as sobrancelhas erguidas, ele estava olhando para mim.

''É isso mesmo.''

–Desculpa,não entendi.- disse ao mesmo tempo que eu jogava a minha blusa nas cadeiras.

–Por favor.- disse voltando rápidamente ao seu estado normal.

Eu sorri e fui me virando em direção ao quiosque.

Depois de pegar o refrigerante do quiosque de um senhor bem velho( e mal tratado pelo tempo e pelo sol...) eu fui em direção ao guarda-sol vermelho e com números pretos ( tantas cores melhor...Mas Nããããããão,tinha que ser preto.) e vi que Rô estava rolando no chão com as mãos ao redor do percoço musculoso do irmão.

Patrícia estava horrorizada com a carnificina que estava acontecendo.

–EI! O QUÊ HOUVE?- perguntou a minha prima.

–Ele..ele...-tentou dizer.

Não podia deixar isso assim! A praia já estava olhando.

–RODRIGO! SOLTA SEU IRMÃO!- disse com a voz um pouco mais aguda do que o nescessário.

Ele foi soltando lentamente. Fiquei mais calma, Fred estava passando de roxo para azul, de azul para vermelho, de vermelho para rosa até ficar na cor normal.

Ele irritado pegou a prancha sem dizer uma palavrinha sequer e foi surfar.

Quando ele fica bravo, os músculos de suas costas se retraem de um jeito...

''OH DEUS! Ele faz academia?'' ,pensei com o queixo caído.

Fiz menção para Frederico se sentar mas ele disse que não.

Patty ficou fazendo carinho nele( Nossa! Meio atirada,né?) ele se sentou na cadeira e minha prima ao seu lado,na areia.

–Mas o quê aconteceu?-perguntei.

–Ah, ele ficou com ciúmes.-ele disse.

–Mas...por que?-disse Patrícia.

–Porque eu chamei uma garota de gostosa.-ele disse e se virou para mim rápidamente e piscou.

''O quê diabos isso quer dizer? Será que... AI MEU DEUS!''

Patrícia gemeu e ficou com a coluna ereta.

–Bem, de qualquer jeito; vou surfar. Tentar falar um pouco com ele...-se levantou e pegou sua prancha azul.

Patty desabou na cadeira se virou para mim e eu olhei com a expressão mais estranha que já vi.

–Ele..-apontou para o mar-chamou VOCÊ- apontou para mim.- de gostosa?! - ela disse num tom horrorizado.

Bem, se fosse qualquer outro garoto, eu teria dado um tapa na cara, como quando isso aconteceu quando eu estava na escola. Mas ESSE foi o motivo de o Rodrigo pular no pescoço do irmão!

–Como somos praticamente iguais,ele também te chamou.-eu falei.

–Bem, é mesmo. Além disso, eu sou mais bronzeada.-ela falou voltando seu lhar para o mar.

''Ok, agora ela conseguiu acabar comigo.''

Depois de um tempo as duas olhando para os garotos, vimos que uma onda GIGANTE se aproximava.

–Eles não vão nadar, se mexar, mergulhar ou fazer QUALQUER COISA?- disse Patty mexendo seus braços finos.

–Eles estão conversando! VÃO SE AFOGAR!- disse.

''Tudo está acontecendo hoje! O quê mais vai ser? O fim do mundo?''

Tirei a minha saia enquanto corria e joguei para Patrícia catá-la. Junto foram os meus óculos e o meu chapéu.

A onda já quebrou. Suas cabeças desapareceram.

Dei um mergulho e abri os olhos. Não era como em uma piscina. Era muito pior! Ardia como se estivesse com facas nos olhos! Mas não deixaria de salvá-los.

Alguma coisa tocou o meu braço.Mas não liguei muito. Alcancei o braço de algum deles e o puxei. Catei a prancha e tentei colocar em cima do material flutuante.

Vi que era Frederico. Empurrei a prancha até a areia, onde Patty estava. Ela o socorreu na hora fazendo a massagem cardio-vascular. Do jeito que a ensinei( por isso queria ser médica.).

Voltei para o mar em busca de Rodrigo. Nadava feito louca, tateando em vão. Puxando ar sempre que possível. Até que puxei uma coisa dura. Uma perna forte.

Posicionei meus braços em baixo dos seus e o puxei até a areia segura. O deitei e medi o seu pulso.

–Fraco. disse baixinho.

Fred estava com os dedos entrelaçados com o de minha prima.

Fiz a massagem durante um minuto.

– DEUS!

Os médicos dizes que se fizer por mais de cinco minutos e a pessoa não voltar ao normal, a pessoa vai morrer.

Fui para respiração. Uma, duas, três, quatro tentativas. Até que na quinta, deu certo.

– AI MEU DEUS! VOCÊ ESTÁ BEM?- perguntei desesperada por um ''sim'.

–Sim...cof...vou ficar...cof-disse tossindo e espalhando aquela água.

–Obrigada senhor. Você me deu um baita susto. Achei que você iria se levantar, e não ficar olhando o seu irmão e jogando água.- falei recriminando-o.

Ele se apoiou nos cotovelos e olhou o meu braço.

–O quê aconteceu? Seu braço está sangrando.- disse enquanto olhava sério para o meu braço.

AI QUE FOFO! Ele se importa comigo! ELE QUASE MORREU MAS ESTÁ PREOCUPADO COMIGO!

–Quando eu fui te salvar,e salvar o seu irmão, eu me cortei com alguma coisa. Não tenho certeza com o quê.- eu disse colocando uma mecha do meu cabelo molhado atrás da orelha e dando um sorriso envergonhado.

–Você me salvou?- perguntou com uma cara que me deixou um tantinho desconfortável. Era um sorriso mas seus olhos estavam arregalados.

–Sou salva-vidas de um Clube em São Paulo. E eu participo de competições.- falei meio desconfortável meio depreciativa.

–Legal.-ele falou e sorriu.

OH CÉUS! Que sorriso perfeito!!!

Continuei ajoelhada na areia quente e que estava me machucando.

Ele estendeu a mão e tocou no meu machucado. Eu estremeci com o toque. Doeu um pouquinho, mas a conexão entre a gente foi... Mágica. A única palavra que cabia neste contexto.

Mas eu me acustumei com o toque e o olhei com muito carinho. Ele pareceu estar pensando alguma coisa importante.

Mas ele foi chagando para frente em minha direção e fechando os olhos. Eu fiz o mesmo e apreciei os toques suaves de seus lábios nos meus.



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