Meu Amor De Verão- Livro Um escrita por Lais Loureiro
Acordei de manhã e vi que o sol brilhava como nunca. Que dia lindo! Eu iria sair com a Victória e tudo estava absolutamente perfeito!
Me levantei e fui para cozinha pegar alguma coisa para comer.
Pão, Nutella, banana,suco e yogurte. Quando terminei de comer, eu olhei o relógio e vi que já era 08:30! E o Frederico nem tinha acordado!
Subi correndo as escadas e fui acordar meu irmão.
–Acorda, caraca! Vamos nos atrasar!!!! ACORDA!!!!- berrei em seu ouvido.
–Bah, hm,Tá beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem.- disse se levantando feito um zumbi.
–Vai comer! Vai se arrumar! FAZ ALGUMA COISA!
–JÁ VOU CARAMBA!
Eu sai do quarto dele e fui me trocar.Coloquei o calção e preparei a prancha. Escovei os dentes e passeu um pense no cabelo.
Voltei no quarto do meu irmão ele estava deitado! INACREDITÁVEL!!!!!
–ACORDA! Se você não o fizer, vou contar para Patrícia que você fazia xixi na cama até o ano retrasado.- falei brincando.
Frederico se levantou rápidamente e me empurrou contra a parede.
–Você. Não. Vai. Falar. Porcaria. NENHUMA! Entendeu?-disse o Cérebro de minhoca.
–Vou se você não se arrumar.-provoquei.
Ele me soltou e foi se arrumar.
–AH! Elas ligaram. Já estão na portaria.- disse.
Ok, não era bem verdade; mas isso fez com que ele se arumasse mais rápido. E valeu a pena ver ele correndo feito doido para se arrumar, preparar a prancha, comer, escovar os dentes...
Quando chegamos na portaria, elas já estavam lá. Patty usava um short branco e uma blusa soltinha laranja. Usava um óculos e o chinelo dourado.
Mas a que chamava mais atenção era a paulista.
Ela usava uma saia curta verde e uma blusa branca, que era meio transparente.Fazendo com que era possível ver o biquíni rosa. Usava um chapéu cor de areia com uma faixa preta. Sei cabelo era tão liso e brilhoso...Usava um óculos parecido com o da prima e usava um chinelo laranja.
–Oi, sou Victória. Mas pode me chamar de Vicky.- ela disse e estendeu as mãos para mim.
Eu estiquei de volta,mas como eu estava muito bobo com a sua beleza, eu deixei a prancha cair, fazendo um baque que ecoava pelo piso de madeira.
Ela se abaixou para pegar a minha prancha e eu me abaixei também, aí nossas mãos se tocaram.
–Uhu... Momento clichê.- disse meu irmão olhando para os lados feito uma barata tonta.
–Você nem sabe o quê é clichê, Fred!- disse.
–Bem, não interessa qual é o significado de clichê!- disse Patrícia.
–Clichê é a definição de algo ultrapassado. Já visto muitas vezes,ou seja, que já virou rotina.- falou Victória.
Todo mundo se virou para encara-la.
–Viu?! Era exatamente isso que eu estava pensando!- disse Frederico.
–Aham, sei. Claro!-eu falei sarcasticamente.
–Desculpa. Não me aguentei.-ela falou visivelmente envergonhada.
–Que isso?! Você deu conhecimento geral para ele. Ele devia te agradecer.-brinquei.
Ela simplesmente deu o sorriso mais bonito que eu já vi na minha vida.
''O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? ESTOU FICANDO LOUCO?''
Pensei.
–Agora que todos nós já sabemos o quê quer dizer clichê, podemos ir para praia!-disse Patrícia.
–É. Vamos.-disse Fred olhando para mim com um olhar mortal.
Eles seguiram na frente e eu fui andandocom a Vicky logo atrás.
–Qual o seu time? - perguntei tentando quebrar o gelo.
–São Paulo. Mas não sou torcedora própriamente dita. E você? - ela disse alternando o olhar para o horizonte e para mim.
–Sou botafoguense.-disse.
''E agora? Falo sobre o quê?''
–Gosta de ler? - ela perguntou com a voz tão baixa que mais parecia um sopro.
–Não muito. Leio pouco ,na verdade. - eu disse - E você?
–Nossa. Leio muito! Muito mesmo. Tenho mais de 70 livros em casa.- ela disse dando aquele sorriso torto.
–Uau. Mas eu tenho mais CD'S do que você. Tenho certeza.- falei provocante.
–Você sabe quantos CD's eu tenho?- ela perguntou.
–Não, mas eu sei que eu tenho mais de 100. -falei triunfante.
–Realmente...Você tem mais do que eu.Hahahaha- ela riu.
–Qual a sua banda favorita?-perguntei
–Eu tenho duas. Nickelback e Lifehouse. Gosto de rock. E você?-ela falou.
–Você não tem muita cara de quem gosta de rock. Eu também gosto de Lifehouse.–falei.
–Primeiramente; rock não é aparência, e sim estado de espírito.-ela disse.
–Nossa que profundo.- falei. E era mesmo! Tinha um toque poético.
–Hahaha,obrigada. Eu gosto muito de poemas,poesias e essas coisas. Eu gosto,na verdade, de coisas que mais ninguém gosta.-ela falou.
–Em algum lugar do mundo, tem alguém que pensa a mesma coisa.-falei tentando compreendê-la.
–Bem, continuando... segundo, você também não tem cara de quem gosta de rock. - ela continuou.
–Mesmo assim,tenho mais do que você- ergui uma sobrancelha.- E,uma vez, uma garota me disse que rock não é aparência. E sim estado de espírito. -arranquei um sorriso dela.
–Garota sábia,hein.-sorriu.
–Com certeza.- devolvi.
Que bom. Conquistei alguns pontos.
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