Cupidos Em Ação escrita por Tahii


Capítulo 9
Tudo pode acontecer


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY ♥

AAAAAAAAAAAAAAAAAH, CHEGAMOS AOS 400 REVIEWS, UHU! MUITO OBRIGADA A TODOS QUE COMENTARAM, QUE ESTÃO ACOMPANHANDO, RUMO AOS 500, UHU! KKKKKKKKKKKKKKKKKKK ♥ Quero agradecer, também, a ChestnutWild6678 e a Sabrina Valentine pelas lindas recomendações ♥

Boa leitura ♥



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Scorpius Malfoy

— Isso é bom. — constatou Maicon, fazendo alguns ajustes no painel. — Pena que esses bruxos não são como os trouxas, que já iriam atualizar o status do facebook para ''um relacionamento sério''.

— E dez minutos depois voltariam para solteiros e postariam frases tristes que os fazem parecer ter sentimentos. — continuou Colin enquanto assentia para nós. — Mas já que nós somos nós, vocês são vocês e eles são eles... Podem descansar, amanhã vai ter mais trabalho.

— Finalmente! Meu salário deveria ser quadruplicado! — exclamei me espreguiçando, havia sido um longo dia. De coisas impróprias para menores de dezoito anos até melodramas..

— Você não recebe salário. — lembrou-me Rose. .

— E você é rico! Para que ia querer um salário? — indagou Maicon, com uma simpatia explícita. É óbvio que quando voltar para Hogwarts, nunca mais vou reclamar de Alvo, nunca mais.

— Para continuar rico, dã. — foi o suficiente para os pequenos bebês nos mandarem para casa. Mas não para a nossa casa. E sim para aquele trambolho cor de rosa.

Chegamos lá e fizemos o de costume: Sentamos no sofá e começamos a assistir a TV Hogwarts. Eu, ao menos, poderia até não achar esse Central o melhor lugar para se viver — principalmente por ser tudo rosa —, mas a teoria de que vou sentir falta de não fazer nada além de atirar flechas sempre será válida.

De um modo estranho, era legal bancar uma de cupido! Dava para ver que as pessoas ficam burras quando se apaixonam e normalmente passam uma vergonha que poderia fazer Dumbledore se remexer no túmulo. Além do fato de que você não se sente tosco, porque vê que as pessoas conseguem se superar.

— Quantos casais faltam? — perguntou Rose enquanto víamos alguns desconhecidos na televisão.

— Acho que seis. — respondi em tom de desânimo. — Quem foram os sortudos que tiveram a vida mudada por nós?

— Hum... Lily e Adam, Roxanne e Lorcan... James e Dominique. — suspirei profundamente, ainda faltavam seis. Rose riu e me beijou. Era legal ver ela tão boazinha, a esquisitice do momento até não parecia ser tão absurda. E a melhor, ou pior, parte era que jamais teríamos algo se tudo estivesse normal justamente pelo fato de sermos opostos.

Ficamos ali até o resto do dia, onde ela fez uma gororoba — que estava até que boa — e depois fomos dormir. Infelizmente, Rose apaixonada ou não, eu ainda estava fadado a dormir no sofá, o que significava que as minhas costas de cupido… Estavam por um fio.

 

[TERÇA-FEIRA]

Rose Weasley

— Rose, levanta! Você ainda tem que tomar café e nós temos de encontrar Maicon e Colin para juntar mais um casal problemático. — dizia Scorpius me chacoalhando na cama. Não gostava de lembrar que ainda tinha uns quinhentos casais pela frente quando, na verdade, só queria voltar para a minha biblioteca.

— Mais cinco minutos. — pedi virando para o outro lado. Ele, no entanto, puxou minha coberta e abriu as janelas.

— Agora! — mandou com aquela voz irritantemente irritante, e eu virei de barriga para cima, suspirando de preguiça. — E é bom você não demorar! — completou vindo ao meu lado e, não sei por que raios, me dando um beijo. — Vai! — e saiu do quarto como se tudo estivesse bem.

Eu não havia entendido muito bem o que tinha acabado de acontecer, mas como estava muito zonza, decidi acordar primeiro antes de gritar com ele. Após vestir o meu grande e estiloso uniforme de cupido, desci as escadas e fiquei observando ele de longe. Scorpius estava no sofá, com um bowl de cereal nas mãos e com os olhos vidrados da TV Hogwarts.

Fui até a geladeira, peguei uma torrada e uma geléia de morango. Sentei-me em um banquinho e, enquanto comia, fiquei observando-o.

— O que te leva a me beijar? — perguntei tentando não ser estúpida ou deixar claro a minha indignação, ou melhor, confirmação da minha tese de que Scorpius Malfoy, definitivamente, não tinha um cérebro (e amor à vida).

— Sei lá. — arqueei as sobrancelhas. Como ele podia ser tão babaca? — Só deixe rolar, é o melhor para nós. Sabe, parece estranho, mas é até que legal nós estarmos assim. Uma ironia da vida.

— Assim como? — cerrei os olhos, abismada por ele estar tão esquisito.

— Meio que juntos. — quase me engasguei quando o ouvi. — Ficando, juntos. Quase a mesma coisa. Tanto faz.

— Hm. — foi a única coisa que consegui falar antes de tossir. De um modo estranho, eu conseguia sentir o cheiro de fraldas no meio da situação.

— BOM DIA, AMIGUINHOS! — disse o pequeno bebê Maicon entrando em nossa casa e se sentando ao lado de Scorpius. — Uuh, adoro brigas de quadribol.

— São incríveis. — riu Scorpius batendo na mão do cupido.

— Isso é bolacha? — perguntou Colin vindo até onde eu estava. Sentou-se na minha frente e esperou que eu estendesse o pacote para ele. — Eu amo bolacha.

— Estou vendo. -— ele assentiu e olhou de canto os dois que, finalmente, desligaram a televisão e começaram a conversar. — Colin, eu preciso te contar uma coisa. — o cupido me olhou atentamente. — Hoje de manhã, Scorpius simplesmente me deu um selinho e agora há pouco disse que estamos juntos. Ele está bem?

— Ah, doce Rose, o que aconteceu foi o seguinte: Em uma das missões, ele sem querer foi atingido por uma flecha e se apaixonou por você. Logo vai passar. — explicou e eu arqueei a sobrancelha, meio duvidosa. As coisas não eram tão simples assim. — Você pode fazer o que quiser com ele, quando acordar não vai se lembrar.

— Falando em lembrar, por que eu não lembro de quase nada?

— Isso foi devido a um remédio de dor de cabeça que você tomou... Afetou um pouquinho sua memória, logo você vai lembrar. Tomou ontem antes de ir dormir e... É — limitei-me a responder um “hm”.

— ...Como estava dizendo para o Scorpius, Rose, hoje vocês juntarão Alvo e Alice. — Maicon chamou minha atenção de onde estava. Fiz um sinal de positivo com a mão e fui pegar a prancheta.

— O que eu não entendo é o porquê deles nunca me contarem essas coisas. — Scorpius disse revoltado olhando para Maicon. — Adam estava gostando da Lily, Alvo agora vai ficar com a Alice, e eu… Eu pensava que eles não estivessem tão a fim assim de um relacionamento.

— Acredite, Scorpius, o problema sempre foi você. — Maicon levantou-se do sofá e encarou-lhe seriamente. — Qual foi a última vez que esteve disposto a ouvi-los?

— Eu sempre ouço eles, projeto de boneco de posto. — rolou os olhos, claramente irritado.

— Não é o que parece, hum?

— Boa sorte, amiguinhos, vocês vão precisar. — Colin sorriu amarelo, discretamente puxando Maicon para fora para que o clima ficasse menos tenso. Scorpius ficou quieto e simplesmente foi atrás de suas flechas.

[...]

Assim que chegamos em Hogwarts, não foi tão difícil achar Alvo e Alice. Pelo contexto dos dois, decidimos que seria interessante procurá-los na sala mais afastada possível de qualquer coisa relacionada à Herbologia. Foi então que os encontramos em uma das salas de Poções. nas masmorras, após o almoço.

O Malfoy estava completamente indignado, quase soltando fogo pelas narinas por ter que ser obrigado a atirar a flecha em um casal que ele não era conhecedor da situação.

— Ahn, não fica assim, Malfoy, talvez ele não contou para ninguém. — tentei, falhamente, aliviar a situação.

— Tenho certeza que o Adam sabe, certeza. — rolou os olhos pegando uma flecha. — Quer saber? Eu não estou nem aí, se ele não quer me contar… Ótimo.

— Ótimo. — imitei seu tom de voz para mostrar para ele o quão infantil ele estava sendo. — Duvido que você nunca preferiu não compartilhar algo com ele.

— Nunca escondi nada dele. — bufou. — É sério.

— Hm. — apenas dei ombros. Não haveria como eu suavizar a barra do meu primo, então fiquei quieta antes que ele se revoltasse mais ainda. — Pelo menos eles formam um belo casal. — disse sem pensar, não sendo tão convincente assim. — E os termômetros estão roxos, ambos. — Scorpius, provavelmente, mataria alguém com aquela flecha caso ela não tivesse uma aura de coração, amor, etc.

— Al, eu já disse o que eu acho disso. — Alice suspirou, aparentemente triste. Ela estava encostada em uma das bancadas de poções, e Alvo estava encostado na que estava bem a sua frente. — Não dá para ficarmos às escondidas para sempre, mas…

— Eu já entendi isso, Alice, sério. E eu nem estou cogitando essa ideia, estou falando para conversarmos com o seu pai, fala sério. O seu pai é amigo do meu pai, quantas zilhões de vezes eles já não devem ter conversado sobre “haha, quem sabe não viramos uma família de verdade, Neville?” — Alvo imitou, pateticamente, a voz do tio Harry. Eu passei a achar a situação super engraçada, enquanto Scorpius ficava sério apenas esperando o momento para atirar a flecha. — Muitas vezes.

— Mas…

— Mas? — Alvo cruzou os braços, e eu o imitei. Era tão engraçado vê-lo tentando solucionar algo que estava nas nossas mãos (mais precisamente, nas de Scorpius). Claramente, apesar do termômetro dele ser roxo, ele estava mais interessado do que Alice. — Ah, entendi.

— Acho que essa seria uma boa hora para você atirar. — sussurrei para Scorpius, que me ignorou completamente. — Você não está vendo que o clima está ficando tenso? — ignorada novamente.

— Você não quer se comprometer comigo porque vai que… Não dá certo.

— Você sabe que não é isso, Alvo. — ela rolou os olhos, e eu cutuquei Scorpius. Ele tinha que atirar a flecha.

— Ah não é? Me diga o que é, então.

— Scorpius, eles estão quase entrando em uma briga séria, atira essa flecha. — sussurrei um pouco mais autoritária. Não adiantou nada. — Eu sei que você está chate-

— Não estou chateado, Weasley.

— Se não está, atira essa flecha para cumprirmos a profecia e voltarmos à Hogwarts. — mandei, fazendo-o rolar os olhos.

— Você é irritante.

— Eu só… Não sei se… — Alice estava prestes a falar alguma coisa que, provavelmente, acabaria com o termômetro do Al. Como uma mera cupida, minha conclusão era que ela estava com medo. Afinal, ela tinha a idade da Lily, era nova ainda. Não que eu fosse muito mais velha, mas…

— Atira agora, Malfoy. — grunhi, prestes a dar um soco nele. Após uma breve relutância, ele atirou a flecha nela.

— Eu gosto de você. — Alvo cerrou os olhos, eu cerrei os olhos, Scorpius me olhou confuso. O quê? Ela gostava ou não gostava, ou melhor, como que ela podia não gostar sendo atingida por uma flecha? — Eu gosto de você, Al, mas… Eu tenho medo. — foi quando Scorpius mirou no Al.

— Não precisa ter medo. — ele se aproximou dela e passou o polegar pela bochecha de Alice. Awn. — Vai dar tudo certo.

— Graças a mim, é claro. — Scorpius resmungou. — Cadê aquela luz rosa irritante?

— Você é muito chato. — disse pegando na mão dele, assim que Alice e Alvo se beijaram.

[...]

— Você quase estragou tudo hoje. — bradei quando o vi descendo as escadas. — Não canso de dizer isso.

— É a terceira vez que você está falando isso, e se houver uma quarta… — ele parou bem na frente da televisão que eu assistia. Era o canal da cozinha de Hogwarts. — Eu vou ficar furiosamente irritado e você vai se arrepender do dia em que-

— Aaaaah, fica quieto, vai. — ri dando espaço para ele no sofá. Scorpius sentou-se, esticou os braços no encosto do sofá e olhou para a televisão como se tivesse ficado realmente ofendido. Olhei de canto para ele e cutuquei-o embaixo da costela. — Você é um babaca.

— Você acha o quê? Que pode ficar me insultando assim? — olhou-me divertido. — Se não fosse por mim e pela minha fralda, nunca sairíamos daqui.

— Se não fosse por mim, você não faria o seu trabalho direito.

— Ah é?

Neste momento eu senti que eu tinha dito algo muito errado, ou uma daquelas coisas que tem duplo sentido e que todo mundo leva para o outro sentido. Foi como cutucar a onça com a vara curta ou algo do tipo.

Depois que voltamos de Hogwarts, Maicon ficou furioso e deu uma grande lição de moral em Scorpius dizendo que ele, como amigo de Alvo, não deveria ter relutado a ajudá-lo. Colin o consolou dizendo que, pelo menos, havia sido uma boa flechada.  Os bebês cupidos nos mostraram um pouco mais da CDC e tivemos, então, a certeza de que não havia nada mais estranho no mundo do que aquela dimensão. A nota mental que ficou foi: Nunca mais entrar no Café da Madame Puddifoot.

Ao retornarmos para casa, Colin fez o favor de providenciar algo para comermos. Apesar de miojo não ser o item favorito do menu de Scorpius, ele comeu e depois ficou reclamando dizendo que não era obrigado a comer aquilo. Ficou revoltado e eu o mandei parar de encher o saco. Depois de uma meia hora imersa no canal da cozinha de Hogwarts, ele resolveu dar o ar da graça.

Porém, nada disso explica o fato de estarmos nos beijando, de novo. Exceto de que ele foi flechado e não vai se lembrar de nada.

— Rose… — ele sorriu enquanto eu beijava o seu pescoço. — Não acho que você vai querer continuar isso, hum?

Scorpius segurou a minha mão, que estava em seu tórax, e me puxou mais para cima. Estávamos meio que deitados no sofá e, pior, eu estava no meio das pernas e por cima dele ao mesmo tempo. Era algo… Inédito. Em resposta a sua pergunta, eu apenas o beijei. E assim, as coisas ficaram alguns graus mais quentes.

— Rose, você está com uma flecha. Se continuarmos assim… Provavelmente eu vou acabar sem cabeça. — disse Scorpius, aparentemente confuso entre dizer ou não, chamando a minha atenção.

— Não, é você que está com uma flecha. — respondi como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ele, contudo, franziu o cenho.

— Não, você está.

— Não, Malfoy, você que está.

Após alguns instantes nos encarando, a única coisa lógica que saiu das nossas mentes diretamente para as nossas bocas foi:

— VOCÊ ESTÁ ACORDADA/O?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Não esqueçam de comentar, é muito importante a opinião de vocês para o desenvolvimento da história ♥

Beeijos,
Tahii ♥