Cupidos Em Ação escrita por Tahii


Capítulo 2
Cupiboy e cupigirl


Notas iniciais do capítulo

SALUUUUUUUUUUUT, MES AMOURS!
Graças a Dumbledore, eis aqui mais um capítulo lindão para vocês. Porém, temos que conversar sobre uma coisinha muito séria u.u Como assim 53 reviews em um prólogo? Vocês querem me matar do core? (podem continuar assim) ♥

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! MUITISSIMO OBRIGADA A TODOS VOCÊS! MEU CORAÇÃOZINHO QUASE EXPLODIU DE ALEGRIA ♥ Muito obrigada a todos que comentaram, que estão acompanhando, que favoritaram, muito obrigada MESMO ♥

Fiz esse cap com muito carinho, espero que gostem!

Boa leitura ♥



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Rose Weasley

— CDC. — um outro bebê se aproximou de nós enquanto arrumava suas “flechas do amor”. — São novatos, não são? — ele cruzou os braços e olhou bem para nós, que apenas assentíamos com a cabeça. — Apesar de que... Vocês me parecem familiares. Como se chamam?

— Rose Weasley e... — olhei para Scorpius, que estava com os braços cruzados olhando para baixo, ou melhor, para aquele bebê que parecia um pequeno homenzinho.

— Scorpius Malfoy. — respondeu receoso, aproximando-se mais de mim. — Acho que estamos sonhando, Weasley, um bebê não pode estar falando conosco. Bebês não falam tão bem assim. — sussurrou achando que aquela coisa de fralda não estava nos escutando.

— Eu sou o Maicon, o vice-cúpido chefe. — apresentou-se orgulhosamente. — Acho que devo levá-los até o Simon, ele saberá como ajudar vocês dois. Sigam-me. — deu meia volta e começou a andar no meio de nós. Era esquisitamente estranho. — Simon é o cúpido chefe, o responsável por juntar os casais mais improváveis. Como Merlin e Morgana, Lílian Evans e James Potter, Hermione Granger e Rony... Epa.

— Ele juntou meus pais? — eu pareci uma criança falando isso, com uma voz fina e feliz. Scorpius, no entanto, apenas me lançou um olhar condenador.

— Já disse coisa demais, quase deixei escapar um segredo que vocês não devem, não podem e nunca saberão. — ele abriu a porta do elevador cor de rosa que se encontrava no meio de uma grande coluna no… Céu(?!)  e fez sinal para que entrássemos. — Acho melhor se segurarem. IRRAAAAAAAAA!

— Você é um cupido ou um cowboy? — perguntou Scorpius com tom de deboche, quase caindo com a velocidade que o elevador ia para cima.

— Eu prefiro cowpido ou até mesmo cupiboy, mas escolha o que achar melhor. Minhas origens são do Texas, tenho espírito de cowboy. — o elevador parou e ele saiu orgulhoso do que disse, enquanto Scorpius apenas me olhava como se estivéssemos próximos da nossa morte e eu precisava, urgentemente, ter uma ideia genial para nos tirar dali.

Era uma sala de vidro, onde tinha muitos puffs e uma grande mesa com uma cadeira branca virada para o outro lado, tinha a vista de praticamente grande parte do mundo bruxo e com certeza dava para ver Hogsmead dali. Maicon deu alguns passos e foi até a cadeira branca.

— O que quer, Maicon? — indagou uma voz grossa vindo da cadeira. Porém, parecia não ter ninguém sentado, e, se tivesse, esse alguém era bem pequeno.

— Achei visitas interessantes enquanto ia... Você-sabe-onde. — deu uma olhada para nós, que estávamos estáticos na frente do elevador.

— E quem são os impertinen... — a cadeira virou, revelando um bebê com a cara bem emburrada direcionada para nós. Scorpius não agüentou e começou a rir descontroladamente ao meu lado. Estávamos esperando, sei lá, um velho corcunda sem vida social e rabugento. Mas um bebê? — Pelas barbas douradas de Merlin, é Rose Weasley e Scorpius Malfoy!

— É. — respondeu Maicon fazendo sinal para que nós nos sentássemos nas cadeiras em frente à mesa. — Eles foram teletransportados para cá, de um jeito que ainda não explicaram mas...

— MAICON, SEU INÚTIL, COMO DEIXOU ELES ENTRAREM NA CDC? ELES SÃO HUMANOS, SÃO NOSSAS VÍTIMAS, ELES ERAM AS SUAS VÍTIMAS, MAICON! ELES NÃO DEVERIAM ESTAR AQUI! — gritou o bebê raivoso com o outro bebê, uma cena estranha de se ver. — ELES ESTAVAM NAQUELE CAFÉ, O LUGAR PERFEITO PARA...

— Será que Maicon já acertou a flecha do amor, Simon? — perguntou outro bebê, que estava entrando na sala enquanto mexia em alguns papéis. — Duvido, do jeito que aqueles dois se odeiam é capaz dele acertar naquele moleque que parece estar morrendo de desidratação. Eu recomendaria um creme e muita água.

— Colin. — Simon grunhiu esse nome, fazendo o bebê olhar tediosamente para ele. — CALA A BOCA, NÃO ENXERGA QUE OS DOIS ESTÃO SENTADOS AQUI RECEBENDO INFORMAÇÕES QUE NÃO DEVERIAM?

— Estou sem meus óculos, Simon, não posso fazer nada sem eles. — defendeu-se sentando na ponta esquerda da mesa do grande chefe. Maicon ficava na ponta direita, e Simon em sua grande (muito grande) cadeira. No entanto, eu e Scorpius estávamos sentados apenas tentando entender o que estava acontecendo. Às vezes, Scorpius ria. — Essa papelada é... Besteira, é, definitivamente besteira.

— Com licença. — ergui a mão para chamar a atenção deles. — O que está acontecendo?

— Digam vocês, como vieram parar aqui? — Simon ignorou completamente a minha pergunta, e cruzou os braços enquanto me olhava como se quisesse me matar.

— Nós estávamos no Café da Madame Puddifoot, e lá tinha um botão rosa que Scorpius foi xeretar e acabou apertando, e então fomos puxados por uma luz cor de rosa e encontramos o Maicon. — disse resumidamente, um pouco revoltada pela falta de educação dele.

— Correção, eu não apertei nada! Ela deu um tapa na minha mão, e aí eu sem querer apertei. Mas foi culpa dela.  — defendeu-se Scorpius, e eu lhe dei um belo tapa no ombro.

— Agora faz sentido. — afirmou Simon, respirando fundo, estalando os dedos e provavelmente querendo descobrir o limite da minha paciência. — Vocês foram teletransportados para a Central de Cupidos, que tem como função juntar casais. Cada cúpido tem a meta de juntar um casal por dia, ou resolver crises de casados, namorados, tanto faz. O que importa é fazer o amor prevalecer.

— Esse painel mostra em que lugar do mundo o amor está presente. — um painel foi abaixado atrás dos três e corações apareceram no mapa, Maicon sorriu animado enquanto falava conosco. — Temos o dever de ir até esses corações e juntá-los, para virar um grande coração.

— E como fazemos para voltar para Hogwarts? — perguntei, e os três pareceram pensativos.

— O único jeito de um humano sair daqui, é seguindo a profecia. — Simon abriu sua gaveta e jogou um pergaminho em nós. — Se desvendarem essa profecia, serão mandados diretamente para Hogwarts.

— Mas e enquanto não estivermos lá?

— Cópias de vocês foram colocadas, vocês entraram em ''alfa''. Isso quer dizer que vocês farão tudo normal, só não terão muita personalidade. É o que o Estatuto da CDC diz — Simon explicou dando ombros. — Enquanto estiverem aqui, vocês podem ficar em uma casinha que deixamos especialmente para os humanos que se atreveriam a apertar o maldito botão. — senti o olhar raivoso dele. — Maicon e Colin ajudarão vocês com o que… Precisarem.

Simon, definitivamente, era um bebê muito mal humorado. Colin e Maicon, por outro lado, pareciam bonequinhos de tão fofos que eram. Sem contar que, claro, nos tiraram da sala do Cupido-Chefe e nos levaram até a tal casa cor de rosa. Quando a vi, consegui entender porque Roxanne detesta tanto rosa, mas também entendi Dominique, que não fala que há muitas tonalidades de uma mesma cor.

Entramos na casa, que parecia ser menos rosa por dentro, e eu senti um grande desespero ao pensar que se não conseguíssemos sair logo da CDC, a casa poderia se tornar o meu lar… Para sempre.

— Amanhã, nove horas, se preparem para começar a jornada! Há muitos, muitos, muitos casais esperando por um milagre. — Colin pareceu bem animado. — Até mais.

Senti um frio percorrer a espinha quando percebi que estava realmente ferrada. Eu, Scorpius e uma casa cor de rosa em um mundo cor de rosa com bebês de fralda… Contudo, Scorpius não pareceu tão desesperado. Ele, sem mais nem menos, apossou-se do sofá e ligou a televisão. Sentei-me na poltrona, um pouco temerosa, e abri o pergaminho da profecia que Maicon havia me entregado.

— Weasley, olha isso! — exclamou Scorpius, animado, quebrando o silêncio. — Canal Hogwarts.

— Canal Hogwarts? — sentei-me no braço do sofá, para poder enxergar melhor. — Como assim canal Hogwarts?

— NÓS ESTAMOS NA TV, WEASLEY! — disse extasiado ao nos ver andando ao lado de Alvo. — Sempre soube que eu nasci para ser famoso.

— Ah, claro, logo estará ganhando o prêmio de bruxo do ano. — disse debochada, e ele riu enquanto quase lambia a tela.

Tomara que ninguém descubra o que aconteceu em Hogsmead, se não estamos fritos, assados e grelhados. — dizia Alvo entrando no grande salão conosco. — Se bem que eu sabia que era mentira daquela velha, aquele botão não faz nadica de nada. Tudo lenda bruxa.

É. — eu e Scorpius concordamos em unisolo.

Perceberam que estão falando tudo juntos? — Alvo nos lançou um olhar confuso.

Não. — respondemos juntos novamente.

Vocês estão estranhos. — constatou Alvo por fim, fazendo com que a imagem fosse para outros estudantes.

— Ele é mais lerdo do que imaginávamos. — comentou Scorpius, e eu assenti. — Deixe eu ver isso aí. — pegou o pergaminho da minha mão enquanto eu focava a atenção em Brian Wood, o capitão do time de quadribol da grifinória, que estava lindamente conversando com seus amigos. Não que ele fosse o meu crush, não, não. Ele só era… Uma gracinha.

“ Humanos enxeridos, prestem atenção!

Para voltar ao mundo de pura tentação,

é preciso resolver a incógnita que tem a solução.

É uma simples matemática que só exige um tempo amando e pensando.

Se quiserem o mundo real, terão de juntar casais.

Usando o 1 com um coração e repartindo 8 ao meio para fazer a multiplicaçãodele vezes o 3º número ímpar dos numerais e somando um graveto dará um número par... Que dividido por dois dará o número de casais que vocês terão de juntar e ajudar.

Mas acabarão por juntar um a mais,

sem perceber, sem querer. “

— É, vamos ficar aqui para sempre. — suspirou vencido.

— Pense comigo. — pedi e ele se acomodou no sofá para me encarar. — A metade de oito é quatro. Então quatro vezes o terceiro número impar dos numerais, que é 5, dá vinte. Mais um graveto, que é 1 dá 21. Mas está falando que vai dar número par, e 21 é ímpar.

— Como disse anteriormente, acho que vamos ficar aqui para sempre. Isso é muito complicado. — afirmou encolhendo-se no sofá. — Pelo menos temos a TV Hogwarts.

— Será que lá tem câmeras mesmo? — perguntei deixando o pergaminho em cima da mesinha de centro.

— Se tiver câmeras na sala precisa, com certeza vai ser a programação da madrugada. E eu vou ser o astro dos cupidos. — vii seus olhos brilharem de perversidade e apenas bufei, ele era muito idiota.

— Acha mesmo que um bando de bebês vão assistir essas coisas?

— Eu vi uns homens e umas mulheres por aí que não são bebês não. Acho que eles tem um caso um com o outro e é daí que saí esse monte de criança. Parece uma creche. — não resisti a dar risada de seu comentário ridículo. — Mais estranho do que essa… Dimensão, é estarmos conversando sem a vontade recíproca de matar um ao outro.

— Podemos ser normais às vezes, eu acho. — ele sorriu, mas foi a minha vez de suspirar vencida. — Quem estamos enganando? Somos dois humanos no meio de cupidos bebês.

— Cupiboy's e cupigirl's. — zombou, causando uma risada que durou alguns instantes ao lembrarmos do que realmente havia acontecido. — Amanhã vai ser um longo dia.

—Bem longo. — suspirei e deitei ao lado contrário dele, para assistirmos a TV Hogwarts.

E ficamos ali, como dois humanos que não tinham nada para fazer. Sendo que na verdade, havia muitas coisas para serem feitas e não tínhamos como fazer. A parte mais difícil, talvez, seria nós nos aturarmos e nos mantermos vivos para voltarmos para Hogwarts.  

O que foi bem difícil, principalmente quando o sono bateu e percebemos que havia apenas um quarto. O Malfoy deveria ser cavalheiro e deixar eu dormir no quarto sem termos que brigar antes por isso, mas não, ele preferiu fazer um escândalo ao invés de ceder de uma vez.

— Weasley, eu sou muito grande para aquele sofazinho, vou amanhecer todo torto! — exclamou como se fosse uma justificativa válida.

— Eu não quero nem saber. Graças a você estamos aqui, então você e a sua coluna que se ferrem, eu vou dormir nesse quarto e não quero nem saber a sua opinião. — disse decidida, já entrando no quarto. Ele segurou o meu braço e cerrou os olhos.

— Se não fosse você socar a minha mão, com certeza não estaríamos aqui.

— Se você não fosse uma criança xereta, não teria se aproximado daquilo e eu não precisaria ter me levantado. — soltei-me dele e segurei a porta, pronta para acertar aquele nariz grande que ele tinha no rosto. — Boa sorte com o sofá, Malfoy.

 

[NO OUTRO DIA - DOMINGO]

Scorpius Malfoy

— BOM DIA, AMIGUINHOS!  — duas vozes extremamente irritantes gritaram enquanto invadiam a minha casa. Foi então que percebi que… Não era a minha casa, não era um sonho e, pior, não era a minha cama.

— Eu odeio esse lugar. — resmunguei colocando a cabeça debaixo da almofada.

— Cadê Rose? Vocês se mataram? — perguntou Maicon enquanto Colin pulava no sofá na tentativa falha de me tirar dali.

— Estou aqui. — infelizmente, ouvi a voz dela. Provavelmente estava descendo as escadas, feliz por ter dormido em uma cama e por ter me obrigado a dormir naquele pedaço de pau velho. Rose Weasley era irritante. — Eu olhei a geladeira e tem geléia e umas torradas, se quiserem.

— Eu quero. — Colin saiu correndo em direção à cozinha. E quando me virei, vi uma cenoura gigante sorrindo de orelha a orelha.

— Bom dia, Malfoy, você dormiu bem?

— Teria dormido melhor se soubesse que você tinha morrido, Weasley. — rosnei para ela, que apenas sorriu e foi até às… Coisas de fraldas.

— Você está muito mal humorado hoje, Scorpius. — comentou Maicon sentado em um banquinho em frente a um balcão americano que dividia a sala e a cozinha. — Ânimo! Temos que levar vocês à Hogwarts.

— Ele tem razão. — disse Colin de boca cheia. — Temos que levar vocês até Hogwarts para começarem o trabalho. Ah, falando nisso... — ele jogou uma fralda para Rose enquanto eu tentava me levantar do sofá, com um pouco de, ah é, dor. — Decidam quem vai vestir.

— EU NÃO VISTO ISSO DE JEITO NENHUM! — gritamos em uníssono, fazendo os dois bebês se encararem.

— Um vai ter que vestir, porque vocês serão uma dupla. E em uma dupla, alguém tem que se vestir de cupido para acertar as flechas do amor. Se não... — Maicon fez uma cara estranha como se fosse acontecer algo horrível.

— Se não o que? — grunhi indo até onde eles estavam sentados.

— As coisas podem piorar.

— A questão é se dar para ficar pior. — lancei um olhar raivoso para Rose, que foi correspondido com um cínico sorriso.

— Nunca duvide do amor, ele adora brincar com vocês humanos.


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Notas finais do capítulo

Gente, esses bebês são muito fofos. Sim ou claro? u.u Awwwwwwwwwwwwwwn, eu tenho vontade de apertar eles (mas, claro, mais vontade de apertar o Scorpius, essa coisa maravilhosa)

E aí, o que acharam? Não esqueçam de me contar o que estão achando, é muito importante para o desenvolvimento da história.

Qualquer coisa, corre lá na ask [http://ask.fm/Scorpsm]

Beeijos,
Tahii ♥