Cupidos Em Ação escrita por Tahii


Capítulo 3
Borboletinha de fralda


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEY!

Ok gente, eu não tenho palavras o suficiente para dizer o quanto eu estou feliz. 102 comentários em 2 capítulos. Para mim isso é INCRÍVEL, e eu só tenho que agradecer a todos vocês! MUITO obrigada a todos que comentam, acompanham, favoritam... É muito importante para mim ♥

Muito obrigada também as lindas Lyra Corelly e Iza Ferry pelas recomendações perfeitas! Obrigada, amoras! Meu coração ficou todo cor de rosa ♥

Espero que gostem do cap!

Boa leitura ♥



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Rose Weasley

— Nunca duvide dos humanos, eles podem quebrar a cara de bebês cupidos — ameaçou Scorpius estridentes, fazendo com que os bebês corressem e se escondessem atrás de mim.

— Feliz? Você assustou eles! — repreendi Scorpius, que deu ombros infantilmente. — Na verdade, você só sabe fazer isso. Assustar criancinhas inocentes que não tem culpa de nada e...

— FICA QUIETA, WEASLEY, AAAAAAAAAAAAAAAAAARGH! EU NÃO AGUENTO MAIS ESSA SUA VOZ DE PATA CHOCA, FICA QUIETA. — gritou ficando vermelho de raiva. Cerrei os olhos, mais do que pronta para dar um tapa na cara dele. Eu não tenho voz de pata choca, não mesmo. — E eu não vou vestir essa fralda. Já tive que dormir nessa porcaria velha e estou com uma dor nas costas terrível. Sem contar que, qual é a relevância da fralda sendo que a flecha que vai fazer a mágica?

— Não tem graça falar que você é um cupido e não vestir a fraldinha. — disse Maicon bem baixinho, quase em um murmúrio. — Além do mais, mulheres não vestem fraldas. Por que você sabe... — fez um gesto como quem quis dizer que mulheres tem seios e homens não.

— Tá vendo como eles assistem aquilo? — fez um gesto com as sobrancelhas como se estivesse realmente falando algo sério. Scorpius mordeu uma torrada e sentou em um dos banquinhos livres. — Quando eu terminar de comer, nós vamos até Hogwarts. Até lá, você tem tempo de achar um sutiã branco para combinar com a sua fralda, Weasley.

— Eu que vou ter que pôr a fralda? — perguntei perplexa.  — Então você que vai ter que fazer o seu café, Malfoy.

— Ai meu pâncreas. — Colin se fez de morto, quando percebeu a cara de Scorpius, que não era a das melhores.

— Você não fez o café, você pegou as coisas de dentro do armário e colocou aqui em cima.

— Dá na mesma. — cruzei os braços, insistente.

— Eu coloco um short então. — rolou os olhos, cedendo. Os bebês negaram. — Uma samba-canção?

— Meu filho, isso aqui é trabalho e não desfile da Calvin Klein. — Maicon, super atencioso e educado, conseguiu fazer com que eu desse risada da cara que Scorpius fez. Sem dúvidas, Maicon era o meu bebê favorito.

— Mesmo não sendo um desfile você ainda é a atração principal. — Colin o defendeu, o que fez com que eu parasse de rir e Scorpius tomasse mais um gole de seu café.

— Como você é estraga prazeres, Colin! — resmungou Maicon cabisbaixo.

Passou um tempo e Scorpius acabou o café da manhã dele, finalmente indo colocar sua fralda. Eu, Maicon e Colin ficamos conversando na sala e eles me contaram diversas histórias sobre como era ser cupido. E, realmente, não parecia ser uma tarefa muito fácil, contudo, também era recompensador no final das contas.

— E como vocês sabem que as pessoas se amam? — perguntei cruzando os braços enquanto os dois balançavam os pés na poltrona, como duas criancinhas muito fofas.

— Pelo termômetro do amor, dã. — Colin, sempre esbanjando alegria e simpatia, respondeu. — Nós, cupidos, não precisamos pingar colírio, mas vocês vão ter que pingar colírio nos olhos para enxergarem os termômetros. Eles estão em todo lugar no mundo trouxa e mágico, tem um coração na ponta, é muito bonito. Ele fica de três cores. Se ele ficar roxo, quer dizer paixão passageira. Mas ainda é válido, por causa desses namorinhos e essas garotas que falam: ''Meu cupido fumou baseado, só pode”. Essas pessoas precisam ter uma chance de quebrar a cara e também de, sei lá, evoluir para um amor de verdade. Temos que manter nossa reputação de loucos também.

— Se ficar rosa, será aquelas paixões ardentes que despertam em velhas casadas assanhadas, que correm atrás de garotões. — explicou Maicon fazendo Colin dar risada. — É o famoso: ''Tesão''. Seu amiguinho ali só dá rosa! Se fosse ao menos roxo, mas não, tem que ser rosa toda vez.

— Mas aí surgiu uma criatura de um dia para o outro e fez o termômetro ficar vermelho. — Colin pareceu sonhador por um instante enquanto flutuava em um mundo de arco-íris. — Quer dizer amor incondicional. Ok, só amor. Mas eu sou um romântico, tenho que falar melações.

— CORAÇÃO NA PONTA! É ISSO! — gritei animada batendo palmas para mim mesma. — 1 com um coração! Esse 1 é um graveto, e que na ponta tem um coração! É o termômetro! Ele que vai nos ajudar.

— Não querendo cortar o seu barato que nem você fez comigo nem ligando para o que eu disse... O termômetro é de vidro, ele fica flutuando no ar. Esse graveto deve ser a flecha. — disse Colin e Maicon assentiu. — Agora voltando ao assunto do termôm… Pela cadeira branca do Simon. — Colin arregalou os olhos. Scorpius estava descendo as escadas, de fraldinha… Estava mais para um lençol do que literalmente uma fralda de bebê.

— Mas espera, era para ser uma fralda igual a nossa! — Maicon cruzou os braços imediatamente.

— Eu tenho algumas coisas maiores do que vocês, então, Simon mandou esse pano mesmo. — seu sorriso após sua fala foi instantâneo. Talvez se alguma garota olhasse, diria: uau! Porque, ok, ele estava um pouquinho chamativo pelo fato de estar apenas com um pano cobrindo suas partes baixas e com as flechas em suas costas, então… Sim, um pouco, não sei, talvez, chamativo. Nada demais.

— Mas mesmo assim está lindão. — Colin o olhava de cima a baixo, quase que babando. Ou esses bebês têm tendências para o outro lado, ou há muito amor envolvido.

— Certo, parem com isso, estou ficando constrangido. — pediu Scorpius despertando-os do transe. — Vá colocar seu uniforme, Weasley, não tenho o dia todo.

—Ah, claro.  — respondi um pouco atordoada.

Como sou mais rápida que ele, coloquei minha saia branca — odeio saias —, minha blusa cor de rosa — odeio cor de rosa —, a minha sandália e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Estava ótimo.

Voltei a sala e os três já estavam mexendo com poções, o que era absurdamente preocupante.

— Ainda bem que não demorou, eu não quero explicar duas vezes. — disse Maicon agitando um vidrinho. — Abre o olho, cupida, você que vai fazer o trabalho difícil.

— Como sempre. — ele pingou o colírio nos meus olhos e eu pareci perder a visão por alguns segundos pelo tanto que ardia. — Acho que fiquei cega, Maicon.

— Não, não ficou. Porém, só você vai ver os termômetros flutuantes porque é possível que o Scorpius perca a precisão das flechas caso veja. — explicou Colin entregando as flechas a Scorpius e uma planilha para mim. — Aqui você vai deixar as informações de cada casal que juntarem. Nome e sobrenome, idade e cor do coração.

— Os termômetros podem mudar de cor drasticamente. — Maicon falava seriamente. — Eles podem ficar sem cor, que quer dizer sem chance, ou amarelo que é amizade, verde que é amor não correspondido. — Maicon foi direto ao falar tudo isso, e bem rápido, o que me deixou tonta. — Quando for amarelo, não deve se soltar nenhuma flecha, e nem sem cor. Se for verde, tem que acertar no que não corresponde. E nos outros podem acertar normalmente.

— Qualquer casal precisa ter duas flechas, uma na mulher e uma no homem. Para o amor aumentar e ter um alvo também. Entenderam?

— Vermelho é amor, rosa é... Vocês sabem, roxo é aquele amor de namoro, amarelo amizade, verde amor não correspondido e sem cor... Não tem nada. Tem que acertar flecha nos dois, menos no verde que é apenas no que não corresponde e... É.  — suspirei repetindo tudo o que eles haviam dito. Ambos sorriram satisfeitos. — Mas tenho certeza de que fiquei cega.

— Não ficou! Quando vocês forem para Hogwarts, você voltará a enxergar. — disse Colin. — Aí você poderá ver o Scorpius com asa.

— Ele é um cupido ou uma borboleta? — Maicon riu comigo da minha piadinha sem graça, enquanto Colin com certeza não estava com uma das melhores caras... Junto a Scorpius, é claro.

— Alguém vai nos ver enquanto estivermos lá? — perguntou Scorpius. Eu pisquei, e quando abri os olhos tudo estava mais embaçado do que antes, o que estava me deixando aflita.

— Não, apenas a CEA vai poder ver vocês.

— Não era CDC ou CDSSVS? — perguntei ao sentir um olhar confuso de Scorpius. Por mais que eu forçasse a vista, apenas enxergava dois borrões pequenos.

— CEA é mais legal, porque parece CIA. Então a gente chama de CEA! Cupidos em Ação. Mas chamem como preferirem, tanto faz. — curto e grosso, isso define o temperamento de Colin comigo. Se fosse o Scorpius, ah, ele já estaria beijando os pés dele. — Agora vamos até o painel, temos que ver quem vocês vão juntar.

— Scorpius, por favor, a ajude! Ela pode se machucar andando com a visão embaçada. — quando eu ouvi isso, pareceu que eu vi Scorpius rolar os olhos, era tão típico dele fazer isso quando tinha que fazer algo. — Isso, mãozinhas dadas! Sigam-nos, bebês.

— Claro, porque nós que usamos fraldinhas de bebês. — Scorpius resmungou baixinho.

— Você usa. — rebati, levando um cutucão embaixo da costela. .

— EU OUVI ISSO! — gritou Maicon lá da frente, provavelmente.

— Era para ouvir mesmo. — retrucou Scorpius abrindo a mão e fazendo com que ela se entrelaçasse na minha. — O que é esse monte de corações?

— Que corações? — fui completamente ignorada.

— Apaixonados!  — respondeu Colin com uma voz de quem ama o seu trabalho. — Muitos apaixonados.

— Vocês vão juntar... A Lily Potter com...

— Adam Zabini. — completou Colin. — Isso não é lindo?

— É HORRÍVEL! — gritou Scorpius no meu ouvido. — O ADAM? MAS O QUÊ? VOCÊS ESTÃO LOUCOS? ELES SE ODEIAM!

— Você que pensa, queridinho. — Colin disse divertido. — Desejo boa sorte, afinal, vocês só voltarão quando eles se beijarem ou algo do tipo. Antes disso, a luz rosa não vai puxar vocês de volta pra CDC.

— Ótimo, perfeito, vão e espalhem o amor!

— Ah, Rose, acho melhor você segurar nele, antes que você caia. — a risadinha de Colin foi terrivelmente malvada. — Agora vão!

Apenas senti Scorpius colocar a mão na minha cintura e me puxar para perto dele. Bufei silenciosamente, tendo a plena convicção que ele havia escutado.

Quando senti um formigamento no meu corpo todo, tive certeza que era a luz rosa. Abri os olhos e vi que estava em Hogwarts. Ah, e a minha visão havia voltado também.

Estávamos em um corredor, onde alguns alunos andavam pra lá e pra cá.

— Você está enxergando? — perguntou Scorpius olhando para os lados.

— Eu acho que estou alucinando. — engoli a seco quando o vi na minha frente. Sem camisa, sem calça, sem nada, apenas com um pano, asas e flechas do amor. — Ahn… Mas… Eu vejo termômetros flutuantes nos alunos, é um bom sinal.

— Deve ser. — deu ombros. — Não acredito que a Lily é afim do Adam, fala sério, ele… Eles se odiavam até ontem. Eu tenho certeza.

— Você não tem certeza de nada, vai.

— Tenho sim. — rosnou. — Tenho certeza que você é a pessoa mais irritante que existe no universo.

— Pelo menos não sou eu que estou usando fraldas.

— Isso não é uma fralda.

— Mas era para ser.

— Mas não é.

— Isso significa que você é um infrator de regras. Que coisa feia.

— Você é uma chata.

— Seu vocabulário é tão extenso, Malfoy. — ri debochada, enquanto andávamos sem rumo pelos corredores do castelo.

— Sua chatice que é extensa, Weasley.

— Shhhhhh! — coloquei o dedo indicador em sua boca assim que ouvi uma conversa de longe. Parecia ser a voz de Dominique. — Está ouvindo isso?

— Não. — disse de mau humor.

— Não deveria estar preocupado? — Dominique estava conversando com James, que apenas negava com a cabeça e tinha um sorriso divertido no rosto.

— Com o que exatamente? — seu sorriso era imenso e ele realmente parecia estar se divertindo com a situação. Olhei para o lado e vi seu termômetro, que não tinha sinais de outra cor além de vermelho. Coloquei a mão na boca, perplexa. Teria que pedir desculpas por chamar ele de insensível e coração de pedra, já que ele sabia amar no final das contas.

— Lily está dando aulas de aritmancia! — Dominique exclamou indignada. Scorpius franziu o cenho, nem deveria saber que matéria era.

— E eu com isso? — ele riu sozinho e Dominique revirou os olhos. Foi quando vi o seu coração, que estava um roxo meio avermelhado, ou vermelho meio pálido e roxo. Suspirei desanimada. Ela sempre havia gostado dele… Até onde eu sabia… Mas… Não sei mais se sei o que sabia.

— Ela não tem aulas de aritmância, James, e o Adam é mais velho do que ela!

— Relaxa, Nique, estamos falando do Zabini, ele não teria a coragem de fazer alguma coisa com a minha irmã. Justamente pelo fato dela ser a minha irmã, ah, ou melhor, irmãzinha do melhor amiguinho dele.

— Se ele ficar com medo em alguma hora, com certeza será porque ela é filha de Harry Potter e não só porque ela é irmã de vocês. Você não põe medo nem em uma borboleta, James. — Scorpius assentiu em concordância e eu revirei os olhos. — Se você resolver me escutar, eles estão na biblioteca.

— Nique, ele não seria capaz de nada, fica tranquila.

— Se você está dizendo... — deu ombros e, após dar um beijinho em sua bochecha, virou as costas para ele.

— Bem, já sabemos onde temos que ir. — disse Scorpius indo em direção à grande porta em passos rápidos. Eu até poderia dizer que ele era uma borboleta e poderia ir voando, mas...

— Não acha que James vai nos atrapalhar?

— Com certeza vai, por isso temos que ser rápidos! — disse temeroso, e então seguimos correndo para a biblioteca.

Foi um longo caminho até a biblioteca, porém foi bem simples porque nós podíamos atravessar pessoas, fantasmas, menos paredes, o que foi uma decepção quando eu dei de cara com o concreto. Scorpius riu, pra variar.  

Nota mental: Falar para James que ele tem um coração, e tentar não matar Scorpius Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Gente, não sei vocês, mas eu adorei a imagem do Scorpius parecendo um deus grego na minha cabeça HEHEHEHEHEHEHEHEHE u.u E aí, o que acharam do cap? Espero que tenham gostaaaaaaaaaaaaaaaaado!

Então não se esqueçam de me contar o que estão achando, ok? ♥

Beijos,
Tahii ♥