Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 7
Capítulo 7 Prescher nojento




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–Chris...Chris...Christopher...

–Mmmm. -Foi só oque ela recebeu como resposta.

–Levante, o almoço já está pronto e temos visitas. -Alguns segundos de silêncio até a Prescher mãe acabar com ele de novo. -Vamos, Christopher. -Dave se levantou me puxando junto com ele, agora eramos amigos e eu pude ver a Prescher no último quarto do corredor exatamente onde fica o meu. Ela estava puxando todas as cobertas de cima de uma cama.

–Tá, tá mãe já acordei, ok? -Uma voz respondeu vindo do além. Eu e meu amiguinho voltamos para a mesa sendo seguidos pela Prescher mãe.

–Christopher é o nosso filho mais velho, ele deve ter a sua idade. -Prescher pai me explicou. Perai, tem mais gente? Mas que maravilha...

–Quando sua mãe foi procurar uma escola para você ela veio falar com a gente e agora você e o Chris vão estudar juntos. -Prescher mãe mais uma vez.

–Ah, que legal. -Eu disse tentando sorrir. Eu joguei pedra na cruz, né? Só pode. Esse tal de Christopher deve ser um daqueles nerds igual aos que tinham em Londres e só falta ele resolver ser meu amigo e eu vou ter que ser simpática com ele todos os dias. Não, não é demais para mim. Nem mesmo comida vale tanto, vou morrer com minhas artérias entupidas mesmo por comer miojo todos os dias. É, vai ser assim.

Um menino vestindo só uma calça se moletom apareceu bocejando e passando a mão no cabelo. Eu fiquei tipo ':o' eu confesso e acho que também corei. De nerd aquele menino não tinha nada. "Se recomponha, Sophie, se recomponha", fiquei dizendo a mim mesma em pensamento.

–Chris, vai por uma camisa, a gente tem visita. -O menino com cara de sono olhou em direção a mesa e me viu e ficou analisando por um tempo. -Vai. -Ele deu meia volta e foi para seu quarto novamente, acredito eu, e voltou de camisa dessa vez.

Durante o almoço ouve algumas conversas, a maioria entre os Prescher pais, mas algumas vezes eles colocavam eu e o Prescher filho no meio também e algumas vezes até o Prescher bebê falou. Descobri que o Prescher filho é um ano mais velho e por isso não vamos ter nenhuma aula juntos, não é só porque ele é... ah, tá... não é só porque ele é bonito que eu vou ficar sendo legal com ele.

Quando o almoço acabou eu fiz que nem vi em alguns filmes e me ofereci para ajudar com a louça mas a Prescher mãe recusou, graças ao nosso bom Deus. Eu queria fazer igual cachorro magro, comer e ir embora mas vai que eles resolvem não me chamar mais para almoçar?

–Quer assistir tv, Soph? -Prescher pai me perguntou.

–Não. -Achei mais legal ir brincar com o Prescher bebê. -Ah, obrigada.

O Prescher filho ajudou a levar a louça para cozinha e enquanto ele andava de volta para o quarto a Prescher mãe falou:

–Se quiser ir com o Chris, ele te faz companhia. -O Prescher filho parou no meio do caminho e me olhou com um olhar assassino.-Vocês podem mexer nesses negócios do computador que só vocês sabem ou arrumar outra coisa para passar o tempo.-Primeiro, eu tenho que achar outro nome para chamar o Prescher filho porque ele não é o único Prescher filho e segundo, claro que eu ia junto com o Christopher só porque acabei de perceber que ele não me quer por perto.

–Claro, vem comigo Dave? -Dei a mão para o Dave e fui andando pelo corredor em direção ao Prescher sem denominação que fazia uma cara de quem comeu e não gostou. Passei por ele saltitando igual a um unicórnio, devagar para que o Prescher bebê pudesse me acompanhar e que para o outro poder ver o meu sorriso sarcástico.

Fui entrando no quarto na maior cara de pau e olhando tudo em volta. Tipíco quarto de menino. Tinha alguns posters de bandas colados nas paredes cinza escuro, tinha uma pequena comoda com alguns livros e materiais da escola jogados e tinha também um porta retrato do Prescher com uma menina, a cama vazia e as cobertas jogadas no chão, roupas empilhadas na cadeira do computador e na parede estava encostados um violão e uma guitarra. Inveja.

–Então, anã, pode ficar ai, mas não mexe em nada. -Disse o Prescher nojento apagando as luzes. O Prescher bebê começou a chorar, óbvio que crianças não gostam de ficar no escuro. Ele estava declarando guerra, primeiro por ter me chamado de anã e segundo por fazer isso com o Prescher bebê. Acendi as luzes e ele deitado na cama agora novamente com as cobertas. -Maldita anã, apaga essas luzes.

–Não. -Sorri. Todo nervossinho ele levantou e foi em direção ao interruptor que fica logo atrás de onde eu estava.

–Peste! -Disse perto de mim.

–Não, Chris não apaga. -Choramingou Dave.

–Hey, baixinho vem cá. -Dave soltou da minha mão e foi em direção ao colo do irmão que tinha se abaixado para pegá-lo. -Não precisa ter medo, não existe monstros, ou talvez existam -olhou para mim -mas não vou deixar eles fazerem nada com você.

–Soph, sua mãe já chegou em casa e disse que não é para voltar em casa muito tarde porque amanhã vocês vão a um café da manhã junto com o pessoal do trabalho dela. -Prescher mãe disse abrindo a porta atrás de mim.

–Ok, obrigada Prescher mãe... senhora Prescher.

–Sem problemas, querida. -E saiu do quarto.

–Prescher mãe? -Perguntou o Prescher nojento.

–É. Prescher mãe, Prescher pai, Prescher bebê e o menos importante Prescher nojento.

–Então eu sou nojento?

–Sim, ainda tem dúvidas disso?

–Você que é uma anã chata.

–Você não me conhece então cala a boca seu idiota.

–Você não me conhece porque eu te conheço muito bem. -Ele disse dando uma pausa e olhando para mim. -Menina problemática, filha de pais separados que morava com a avó em Londres até que a pobre senhora não aguentou e resolveu devolver a coisa para a mãe.

–Não foi assim.

–Dá na mesma.

Dei as costas e fui embora. Passei rápido dando tchau e tendo que agradecer os Prescher pais, abri a porta e fui entrando e batendo a porta do apartamento da minha mãe e indo em direção ao quarto.

–Soph, como foi lá? -Minha mãe perguntou me seguindo.

–Bem.

–Conheceu o Chris?

–É, conheci sim.

–Ele é um ótimo rapaz. Vocês vão estudar juntos agora. -Um ótimo rapaz? A-ham, claro.

–É, eu sei.

–Vocês se deram bem?

–Sim, vai ser o começo de uma bela amizade, pode apostar. -Sorri falsamente e voltando a andar em direção ao meu quarto.


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Notas finais do capítulo

Não achei nem uma foto de como imaginei ser o quarto do Chris então tentem imaginar. haha. xoxo



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