Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 26
Capítulo 26 Amigo, paranoia e vídeo-game.


Notas iniciais do capítulo

Mais um o/ (:



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Sophie POV 

-Vamos embora... -Eu disse assim que cheguei no carro e vi o Prescher encostado lá provavelmente me esperando. Numa altura dessas ele deve estar sabendo pelo menos um pouco do que aconteceu e não tenho dúvidas de que ele vai perguntar, mas não quero falar sobre isso. 

-Me conta. -Ele disse ainda olhando para o chão. 

-...por favor! 

-Sophie. -Ele disse se desencostando do carro e olhando para mim. 

-Christopher. -Eu achei estranho e acho que ele também o fato de eu ter chamado ele de Christopher, nunca fiz isso antes, pelo menos não que eu me lembre. 

-Sophieee...-Ele começou com aquela cara de cachorrinho. 

-Vamos embora, Prescher, por favor, só vamos. -Eu disse, já não estava mais conseguindo segurar a vontade de chorar e eu nem sei como eu ainda tenho lágrimas de tanto que eu chorei naquela merda de banheiro enquanto pensava na merda que é a minha vida. 

-O que aconteceu? Eu não sei que não é o que a Avery e o Alex estão achando que é. Me deixa te ajudar, sou seu amigo, não sou? -Eu tentava abrir a porta do carro mas estava fechada e enquanto dizia isso ele veio até mim e me vez olhar para ele e na parte do amigo ele me olhou nos olhos e não consegui dizer não para ele. 

-Eu fui falar com o Dylan e ele...-Até ai eu estava conseguindo falar direito mas essas porras de lágrimas começaram a escorrer de novo e minha voz começou a ficar embargada. -...ele m..me beijou e a Avy...-Coloquei a mãos no rosto e comecei a chorar e o Prescher apenas me olhava com um olhar de preocupação e pena, não sei. Respirei fundo e ergui a cabeça tentando me controlar. -A Avy viu tudo. 

-Vai ficar tudo bem. -Ele disse essa frase super clichê, acho que é porque ele não sabe oque dizer, enquanto me abraçava. -Vamos para casa. -Ele disse depois de algum tempo que estávamos ali. 

Ele destrancou as portas do carro e então finalmente eu consegui entrar e no caminho de volta para casa ele pareceu pensar sobre tudo isso e ia tentando me consolar e dar conselhos sobre oque fazer. É, ele é meu amigo, na verdade meu único e melhor amigo.

[...] 

Cheguei em casa e me joguei no sofá e lá eu fiquei até ter que levantar para atender a porta porque algum babaca estava tocando sem parar e isso já estava me irritando. Será que não posso nem entrar em depressão em paz? Levantei batendo os pés e fui até a porta e abri com cara de peixe morto e não vi só um babaca mas vi dois, eram o Prescher e o Nathan. 

-Trouxemos para você. -O Nathan disse me entregando um sanduíche. Eu não queria comer mas mesmo assim aceitei afinal de contas eles são os babacas mais legais que eu conheço e só estão tentando cuidar de mim. 

-Obrigada. -Agradeci sorrindo fraco e abrindo mais a porta para que ele pudessem entrar. 

Fomos até a sala e nos sentamos no sofá que até agora a pouco eu estava jogada. Começamos a conversar sobre hoje mais cedo de novo, o Prescher já tinha contado tudo oque aconteceu para o Nathan, e eles começaram a me aconselhar igual o Prescher fez agora a pouco. 

-Ela está com raiva e imaginando coisas porque oque os olhos não veem a paranoia inventa. -Nathan disse. 

-Quer dizer, ela viu mas ela não viu exatamente oque ela acha que viu, ciumes é o pior dos problemas de visão. -Prescher concertou oque o amigo disse. 

-É...-Concordei apenas escutando tudo oque eles diziam. 

-Não vai comer? -O Nathan apontou para o sanduíche. -Fui eu que fiz. 

-Ah..-Olhei para o sanduíche agora pensando se eu devia comer ou não. -Vi o Prescher rindo enquanto o Nathan esperava a minha resposta. 

-Que foi? Eu sou limpinho, tá? -O Nathan disse, acho que sabia oque eu estava pensando. -Sophie, me responde. Oi, Sophie, planeta Terra chamando. 

-Responder oque? -Tentei disfarçar. 

-Não vai comer? -Ele repetiu a pergunta de antes. 

-Vou. -Respondi balançando positivamente a cabeça. 

-Então come. -Prescher disse. 

-Eu estou comendo. -Rolei os olhos. 

-Você só deu uma mordida. -Ele fez uma cara de bunda olhando para o sanduíche e depois olhando para a minha cara. 

Super carinhosos e legais eles me fizeram comer, mentira, super babacas e chatos eles praticamente enfiaram o sanduíche minha garganta abaixo dizendo que eu não podia me alimentar tão mal como eu estava fazendo, isso porque eles se alimentam muito bem né?

-Sabia que o Nathan acha que está apaixonado pela Avy? -O Prescher me disse quando acabamos a conversa de antes e chegamos na parte dos assuntos aleatórios. Olhei para o Nathan esparramado no tapete, agora estamos todos estamos sentados no chão, eu estou encostada no sofá do lado do Prescher e o Nathan como eu já disse antes está esparramado no tapete na nossa frente. Ele ignorou o comentário e continuava brincando os pelinhos do tapete. 

-E a sua namorada? -Eu disse e agora ele parou com a diversão dele e me olhou. 

-Porra, Sophie, até você? -Resmungou. 

-Mas você tem namorada mesmo, ué. -Me defendi e o Prescher ria, esse moleque só sabe rir também. 

-Eu sei, mas eu curti essa maluca ciumenta da Avery. -O Nathan disse com um olhar de cachorrinho chateado. 

-Então termina com a sua namorada e vai atrás da Avy. -Eu disse como se fosse óbvio porque é óbvio. 

-Eu já disse isso para ele mas ele sempre diz...-O Prescher começou a falar. 

-Não posso terminar com ela, já está chegando a época de festas e tem que ser feliz e mesmo que eu não goste dela ela gosta de mim e não posso fazer a época feliz para ela ser triste. -Ele começou a falar interrompendo o Prescher. 

-Ele fala isso ai mesmo e está sempre arrumando outras desculpas. -Prescher disse. 

-Eu acho que você gosta dessa menina, se preocupa com ela mas não acho que seja um amor entre namorados, sabe? Talvez um amor de uma amizade que tinham antes do namoro. Acho que você ainda é..hm...um pássaro livre e que ninguém conseguiu laçar o seu coração. -Eu aconselhei filosofando. -Você ainda não está pronto para esse tipo de relacionamento, então termina com ela logo, melhor agora porque quanto mais você demorar pior vai ser, e bom seja um solteirão sem riscos de acabar magoando alguém.  Entende? Você vai poder sair sem dar satisfações para ninguém além da sua mãe que é o mínimo que você pode fazer porque ela te colocou no mundo, e vai poder ver outras meninas e essas coisas que você gosta. -Ele prestava atenção em tudo em que eu dizia, e o Prescher também, acho que ele sabe que eu tenho razão. -E quanto a Avy acho que foi a bebida ou alguma coisa assim e você simpatizou com ela mas não acho que seja paixão então esquece isso antes que quem se magoe é você, ela gosta do Dylan e você não vai ter chances. -Terminei e ficou tudo em silêncio. 

-É, você tem razão. -Nathan concordou. 

-O que?  Você conseguiu convencer ele? -Prescher ficou com a boca aberta não acreditando olhando para a minha cara. 

-Eu acho que sim. -Eu acabei rindo. 

-Um sorriso. -Prescher disse sorrindo e isso me fez sorrir mais uma vez, não sei porque. Só esse idiotas para fazerem isso comigo. 

-É, só que como vou fazer isso? Sabe, terminar com ela? -O Nathan voltou para o assunto de antes.  

-Eu te ajudo com isso depois. -Eu disse dando um sorriso para ele. 

-Obrigado. -Ele sorriu de volta. 

-Tá, e agora? -Prescher disse se deitando no tapete também e usando o Nathan como almofada. 

-Sai do meu tapete e de cima de mim, Chris. -Nathan disse se sacudindo mas nada tirava o Prescher dali. -Sai, Christopherr... 

-Parem vocês dois. -Eu ri daquela cena, como eles são idiotas. Eles pararam e me olharam e então e deitei em cima dos dois. 

-Ah, que maravilha. -Nathan disse e eu até consegui imaginar a cara dele. 

-Sophie sua gorda. -Prescher disse. 

-Culpa de vocês que me obrigam a comer. -Eu disse. 

-Vamos fazer alguma coisa. -Prescher voltou a falar. 

-Minhas costas. -Nathan reclamou. 

-Vamosss...-Prescher resmungou. 

-Fazer oque? -Perguntei. 

-Vamos jogar vídeo-game na casa do Nathan, ele comprar uns lanches e uns refrigerantes para a gente e só isso até eu pensar em mais alguma coisa. -Prescher disse. 

-Qualquer coisa para vocês saírem de cima de mim. -A voz do Nathan veio de baixo de nós. 

-Ah, não. -Lembrei da última vez que eles resolveram jogar vídeo-game. 

-Ele mora quatro andares para baixo, para de ser chata. -Prescher tentava me convencer. 

-Vai, Sophie. -Nathan gritou. 

-Tá. -Me rendi saindo de cima do Prescher que não queria sair de cima do Nathan por ser chato e quando finalmente ele cansou de ficar deitado lá fomos para o apartamento do Nathan e eu descobri que ele também é filho de pais separados, o pai dele mora em São Francisco e ele mora aqui com a mãe dele que também trabalha de dia. 

[...] 

Resumo do resto do meu dia: enfiaram mais um lanche e um refrigerante minha garganta abaixo e ficamos jogando vídeo-game até nossos dedos pedirem socorro. Agora dividimos os controles para tomo mundo poder jogar e foi tudo no nosso normal estranheza. 

Amanhã eu vou no shopping com o Nathan dar apoio moral quando ele for terminar com a namorada dele e tive um ideia brilhante. 


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Notas finais do capítulo

Eu já tinha escrito esse capitulo mas reescrevi tudo agora hahaha e acho que ficou bem melhor vou começar a fazer mais isso.



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