E o Amargo Vira Doce escrita por Iulia


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

E aí, gentem! E o feriado, como tá? Psé, borá a-b-a-l-a-r sambando kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkksqn. Psé, eu to aqui na chácara e sacumé, é tenso pra postar aqui. E a minha prima não quer me ajudar porque ela é d1va demais e está na piscina, em vez de estar me ajudando a procurar o sinal ¬¬. Enfim, to com a 3G da minha tia (eu sei, sem Wi-Fi é triste), porque a minha é mais coisada que a dela, entonces... Ah, lembrem do que eu disse de não esperar grandes coisas? Psé, issaí. Eu sempre achei A Esperança meio total enrolação, então tá tipo isso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Mentira eu que enrolo demais. E quanto às armas, oh Gosh, não tenho criatividade para criar outras. E tinha gente me pedindo para a Clove e a Katniss trabalharem juntas, serem amigas e talz... Assim, vou tentar fazer com que elas parem de rugir uma pra outra kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. E as Recomendações lindhas que eu recebi? Onw meu Deus, vou dedicar esse às lindonas que recomendaram, Danica Hawthorne , Pietra Nebun e Queen Nitty Ludwig Fuhrman (onw valeu mesmo, a sua é a mais nova, muito obrigada mesmo, mesmo, mesmo) não é ruindade minha dedicar um capítulo tão ruim desses pra vocês, é que tenho que dedicar logo senão esqueço, beibas.



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– Arsenal? Pra que? Você não disse que ia ficar aparecendo... Não é? – ele para de comer e se vira para mim.

– Nem começa. O Beetee convocou a gente lá. O Gale e a Katniss vão chamar a gente daqui a pouco, não sei onde é isso. E eu não aceitei nada.

– Não? Tem certeza?

– Tenho. A Fulvia disse que seria só para emergências. As armas. A Katniss vai ter uma mais incrível, porque ela aparece e tudo mais. Mas você não vai ficar com raiva disso. Não é? – sorrio pra ele de um jeito meigo e ergo as sobrancelhas.

Cato olha para mim por um tempo e se vira pra frente de novo, com uma sobrancelha erguida.

– Não vou, não. – sorrio um pouco mais, fingindo alivio. Bom, se ele ficasse não ia mudar em nada minha vida. Minha maravilhosa vida no 13...

– Então está tudo bem. – estico meu pescoço para trás dele e vejo Katniss e Gale ainda comendo. Estão falando sobre maquiagem. Uau, que mudança.

Cato segue meu olhar e ficamos um tempo os observando. Digo para ele parar e um tempo depois ficamos sozinhos na mesa, esperando Gale e Katniss.

– Clove. – Cato fala. Me viro para ele, depois de um tempo olhando para um bebê que virava o rosto para a comida. – Eu não fui muito Conquistador com você de manhã. Tem certeza que não quer desculpas?

Sorrio de lado para ele.

– Não precisa pedir desculpas. Só quando eu disser que tem. E porque você teria que ser estilo Conquistador? Esquece isso. – me curvo sobre ele e o beijo discretamente. Um discreto que quase todo mundo olha. – Mas temos que concordar que não foi muito educado.

– Eu sei, e...

– Clove? O Plutarch disse que era pra eu vim chamar vocês. – Katniss diz, parando de repente da ponta da mesa, do lado de Gale que agora age com um guarda costas mal humorado.

– U-hum. Pra onde nós vamos exatamente?

– Defesa Especial. Disseram que vão nos levar lá. – Gale fala, enquanto eu e Cato nos levantamos.

Aceno com a cabeça e vamos seguindo eles até o elevador, em um silêncio absolutamente constrangedor.

Entramos no elevador e começo a mexer no meu cabelo até Cato me cutucar a apontar com a cabeça Gale e Katniss, se encarando.

Sorrio rapidamente para ele e volto minha atenção, esperando que nos ignorem e comecem algum diálogo interessante.

– Você ainda está zangada. – Gale fala, olhando de canto de olho para Katniss. Cruzo meus braços e encolho ainda mais no canto do elevador, de sobrancelhas erguidas e com um sorriso no rosto.

No 13 não se tem muita coisa legal para ver. No máximo uma briguinha de casal/não casal, como agora. As pessoas aqui são realmente ávidas por algo fora da rotina. Por isso evito andar muito com Cato por aí, porque... As pessoas não devem ver ou saber de tudo, não é?

– E você ainda não pediu desculpas. – ela responde, olhando para frente. Ah, meu Deus, onde isso vai parar?

– Eu ainda sustento o que disse antes. Você quer que eu minta? – Gale responde.

Adoraria saber porque eles estão assim e o que aconteceu.

– Não, quero que você repense e apareça com uma opinião correta. – Katniss rebate, se parecendo demais com aquelas professores de bebês que acabam de te dar uma bronca por uma coisa totalmente sem necessidade, como empurrar alguém para fora da fila e entrar no lugar dele. Já fiz isso muitas vezes.

Gale começa a rir e tenho que prender as minhas bochechas para não fazer o mesmo, embora saiba que não devo estar me saindo muito bem. Fico vermelha quando tento segurar o riso. Mas não preciso fazer isso por muito tempo, porque Cato começa a rir, então faço isso também. E Katniss também, embora provavelmente estejamos rindo por motivos diferentes. Ou não. Não tenho certeza do que eles estão rindo, de uma forma ou de outra.

Sou a última a parar de rir, o que faz com que todo mundo acabe me olhando sorrindo. Estranho isso.

A Defesa Especial é um lugar realmente profundo. Não tenho tanta noção de profundidade para dizer se é mais ou menos fundo que os calabouços da equipe de Katniss, mas sei que tem mais tecnologia que o povo de Panem inteiro viu na sua vida. Bom, talvez na Capital ou no 3 tenha mais, mas não importa.

Alguns guardas estão parados na porta quando saímos do corredor e Gale pergunta por Beetee. Chega e me dar dor de cabeça de tão confuso que é o labirinto pelo qual somos guiados. Depois de um tempo, chegamos a um lugar bonito. Acho que colocar “bonito” na descrição de qualquer coisa do 13 fala por si mesmo.

Uma janela de vidro enorme separa a gente de um jardim cheio de cor. Bom, suponho que seja uma réplica. Mas os bichos que estão lá parecem bem reais. Beetee está imóvel na cadeira de rodas, olhando para um passarinho. Sinto falta do tempo que conseguia gostar deles (Quando eu disse que amava eles nos Jogos não conta. Eu nem sabia o que estava fazendo). Agora só significam Jogos e rebelião. Poderia facilmente acrescentar eles na lista de coisas que mais odeio agora.

Beetee nos chama e o guarda abre a porta para nós. O ar de lá... parece com o de casa. Inspiro fortemente. Eu poderia morar aqui.

– Eles não são magníficos? – ele diz, olhando para o beija-flor. - O 13 tem estudado a aerodinâmica deles nesse local há anos. Vôos para frente e para trás, e velocidades que chegam a atingir quase cem quilômetros por hora. Quem me dera poder fazer asas como essas para você, Katniss!

– Duvido muito que eu pudesse controlar asas desse tipo, Beetee. – ela responde, rindo. Fico apenas encarando o lugar. Se eu pudesse matar todos os pássaros seria ainda mais agradável.

– É, não poderia mesmo. – falo, andando mais para o lado e observando uma flor. Eles continuam um diálogo realmente insignificante sobre se poderiam pegar ou não um beija-flor. A expressão no rosto de Gale quando fala de armadilhas me faz lembrar que ele daria um ótimo carreirista. Exatamente como aqueles que eu odiava ter de lidar na Estação do 2, cheios de planinhos e sempre te dizendo que poderiam matar duas mil pessoas com uma versão maior da sua armadilha.

– Beetee, Plutarch disse que você tinha alguma coisa para mim. – Katniss fala de repente, dando fim à conversa.

– Certo. Tenho, sim. Clove, seu pai esteve vindo aqui. Parece que estão com problemas com você.

Devem estar pensando como eu conheço o Beetee. Ele era algo como um amigo do meu pai de longa data. Algumas vezes eram mentores no mesmo ano e coisas assim. Só o vi pessoalmente na festa na Capital e nos Jogos, no quais nem nos falamos, mas ele age como se fôssemos vizinhos. Não me importo, ele é melhor que Haymitch.

– Ah é, eu tenho muitos problemas. Meu pai se referiu a qual? – respondo, me virando para ele sem expressão.

– Estávamos pensando que você estaria do lado de Katniss. Fizemos coisas para você. E agora você não está querendo, hã? – ele fala, enquanto o seguimos pelo corredores da Defesa.

– Eu estou! Olha, a Katniss vai lá, fala o que tem que falar e eu fico desenhando por onde ela tem que passar. Eu não sirvo para a câmeras, tem que ter mais drama, sabia?

– Mais do que você e o Cato tinham nos Jogos no Massacre e tudo o mais? – Gale fala, com uma sobrancelha erguida.

– Katniss é feita para isso. Já viu a reprise dos Jogos dela? Aquilo lá se chama drama. Já me viram velando com flores alguém nos Jogos ou usando símbolos de rebelião?

– Eu já vi você chorando em entrevistas.

– Eu tinha que chorar, Gale. – falo, já ficando com raiva. – Ela já tem os guarda-costas, e mesmo que eu ficasse com ela, não iria me jogar na sua frente se alguém resolvesse dar um tiro.

– Mas a ideia não é essa. Vocês estavam juntas nos Jogos, na Turnê... – Beetee continua, mas é interrompido.

– Mas não no Massacre. Se fosse assim, colocariam o Conq... o Peeta, e o Cato. E essa não é a ideia.

– É, sim. A gente tinha feito coisas para o Cato e para o Peeta também, mas devido às circunstâncias achamos melhor só vocês...

– Isso é ridículo. Só querem uma outra edição dos Jogos, cheia de drama e mortes. Não precisam de quatro pessoas para serem mártires de rebelião. Ou mesmo duas, sei lá. – cruzo meus braços, enquanto passamos pelo hall cujas letras dizem “Armas Especiais”. Verificamos as programações – Cato e eu ficamos um pouco irritados quando temos um problema com a nossa programação. -, tiramos nossas impressões digitais, fazemos análise de retina, DNA e passamos por detectores de metais. Temos que tirar o colar e as alianças e Beetee sai da cadeira, logo recebendo outra assim que passamos.

Exagero ao máximo. Como se alguém mal intencionado conseguisse sequer entrar no 13. Mas... Bom, temos o pessoal do 2. Eles não estão muito contentes, nem são tão confiáveis...

Na porta do arsenal passamos de novo por toda a coisa da identificação, e confirmo o que me disseram do DNA em menos de trinta metros.

– E você, Cato, o que me diz disso? - ele retoma o assunto, quando entramos no arsenal. Gale e Katniss ficam admirados, mas Cato e eu nem tanto. Na Estação do 2 também temos um arsenal bem potente. Mas esse o supera, sem dúvidas. Armas de fogo, explosivos – más lembranças -, lançadores, veículos blindados e etc.

– Concordo com ela. Eles não gostam da gente, gostam dela. E... – ele acena com a cabeça para Katniss. Ele parece pensar em alguma coisa mais efetiva para se dizer. – Não gostamos de exposição.

Acabo sorrindo com essas desculpas tão esfarrapadas.

– Mas não foi em exposição que ela estava pensando quando recusou pela segunda vez a oferta de paz de Snow e esfaqueou ele.

– Você esfaqueou o Snow? Quando foi isso? – ele se vira para mim e sou obrigada a olhá-lo. Droga, não tinha contado isso pra ele. E nem pretendia.

– Ele estava me sufocando. Me chamou na sala dele e... – eu falei idiotices para ele em forma de discurso. - se estressou, então tive que reagir.

– De onde tirou uma faca? Snow só anda cheio de Pacificadores, não? – Katniss pergunta, de sobrancelha juntas.

– Da minha coxa. – todos olham para mim de forma confusa e quase sorrio. – Eu tinha colocado ela lá porque... Porque eu quis.

– Então você anda com uma faca na coxa? – Gale pergunta, sorrindo.

– Costumava andar com uma faca. Em qualquer lugar. Mas tiraram a minha assim que cheguei aqui. Podemos dar o assunto por encerrado, não? – digo, irritada com eles. Vejo Katniss e Gale se entreolhando sorrindo. – Porque colocariam um estojo de facas aqui?

Presumindo que me dariam um estojo de facas. Mas calo a minha boca quando vejo umas espadas mais mortíferas que o comum e uns arcos realmente complexos no canto.

– De repente vocês vão querer experimentar uma dessas coisinhas. – Beetee diz com um sorriso.

– Sério? – Gale pergunta, maravilhado.

– Em algum momento vocês vão receber uma arma de combate, é evidente. Mas se vocês vão aparecer como parte da equipe de Katniss no plano, uma dessas aqui chamaria mais a atenção. Pensei que pudessem encontrar alguma que lhes servissem bem.

Cato e Gale saem para procurar alguma coisa e estou a ponto de fazer o mesmo, quando Plutarch me chama.

– Não, não, Clove. Eu também tenho uma coisa especial para você. – ele fala sorrindo. – Volto já. Ele aperta uns códigos em um mural e desaparece pela porta que se abre.

Eles então voltam, um com um arco e flecha cheio de miras e Cato com uma espada esquisita. Ela tem umas cores estranhas e parece ser realmente pesada.

– Isso não parece muito justo com o cervo. – Katniss fala para Gale, mas não prestamos atenção.

– Eu não ia usar isso aqui num cervo, ia?

Estou do lado de Cato perguntando para ele o que a espada faz quando escuto o que Gale diz. Paramos de rir de tentar me ver segurar a coisa – deve ter quase o meu peso – e nos viramos para ele.

Os dois passam os olhos pela gente antes de se encararem. Tento desviar o olhar, mas não consigo.

– Quer dizer então que seria mais fácil para você usar essa coisa em pessoas? – ela diz, bruscamente.

– Eu não disse isso. – Não iria usar em cervos, ou seja, não iria usar em animais. Se não seria em humanos... Não atiraria em plantas, não é? – Mas se tivesse tido uma arma que pudesse ter impedido o que eu vi acontecer no 12... se tivesse tido uma arma que pudesse ter mantido você longe da arena... teria usado.

– Eu também. – ela responde. Espero que toda essa seção sentimentalista acabe logo, é realmente constrangedor. Mas sei que não deve ter sido fácil ver tudo o que você conhece ser incinerado. Tive uma amostra grátis disso naquele sonho. Amedrontador o suficiente para todo dia eu desejar veementemente que não vire verdade.

Volto minha cabeça para a espada e ergo as sobrancelhas. Seja lá o que ele quis dizer, estava nas entrelinhas que iria usar em pessoas. E como todo esse sentimentalismo não é dirigido a mim, não engoli a desculpa. De repente Gale não é mais um dos moçinhos da história.

Beetee finalmente volta, com dois estojos de veludo. Se ele fez um arco para mim, acabou a relação amigável que eu tinha com ele. Porque aí já é demais.

Ele entrega um para Katniss e outro para mim, com dois “Para você” sem muita emoção. Ela imediatamente coloca o seu no chão, mas eu receio um pouco. Será que ao pegar uma arma designada para mim estaria aceitando qualquer intenção secundária deles?

Fico um tempo mordendo meus lábios até que decido abrir. – Katniss está com um arco que parece um tordo (como sempre), e Beetee acaba de explicar que o arco reconhece a voz dela. – Me agacho e coloco o estojo no chão, conscientes que os olhos de todos estão em mim. Mas parece que vou ter que manter a amizade com Beetee. Porque ele me deu o estojo de facas mais incrível que já vi. E ele não se parece com um tordo.

– Ah Beetee... Obrigada. – eu falo, sorrindo para ele.

– Foi feito anteriormente para entrar em sincronia com o da Katniss. De um lado é puramente facas, todos sabemos o que você faz com uma, não é?, - ele acrescenta, olhando para os outros - outro incendiárias e também temos as explosivas.

Fico um tempo o olhando desconfiada. Como alguém consegue fazer isso com facas? E, pior ainda, com flechas? Bem estranho. Mas até hoje nada que Beetee fez deu errado, então...

– Obviamente quando entrar em combate receberá um cinto onde possa guardar essas belezinhas. Então, podem experimentar. Cato, tem uns bonecos mais ali.

Três fileiras de alvos foram preparados. Cato está com uma fileira de bonecos.

Logo os alvos estão gastos e os bonecos, literalmente, destroçados. As facas são realmente notáveis. Não que elas fossem funcionar com alguém que não saiba atirar. Enfim, talvez eu possa ver Snow pegar fogo se atirar uma dessas facas incendiárias exatamente no meio da testa dele.


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Notas finais do capítulo

Ah, eu empurrava gente na fila quando eu era menor também...Psé, os fantasmas só aumentando ¬¬, o povo só me abandonando... e me contar o que tá ruim ninguém quer, né gente? Ô meu povo, eu não mordo não. Só se você for muito fofo. Mas você só iria me dizer o que está errado, eu não iria te morder. Sério agora, o povo que comenta sabe que eu não dou medo. Não é? É, eu não dou medo mesmo, eu só falo/digito demais, mas isso é detalhe. Enfim, to vazando, beijos sabor salada de frutas (Pamonha deu a maior polêmica, ui ui kkkkkkkkkkkkkkk)