E o Amargo Vira Doce escrita por Iulia


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

E aí, meu povo! Ok, vamos voltar às postagens no domingo, porque descobri que nem querendo (eu quero, não me julguem, só modo se falar) eu consigo postar antes. A luta foi grande pra postar esse. Começo a escrever o outro assim que posto, e ainda dá B.O. Fui pra casa da minha tia e aí não tive tempo de terminar, tive que acaabar no carro quando tava voltando, foi tenso, sabe, minha priminha veio dormindo toda jogada em cima de mim, sem nenhum apoio, porque minhas mãos estavam muito ocupadas teclando freneticamente. Tadinha dela, agora fiquei com peso na consciência... Abapha. Ah! Cês estavam me falando das partes de batalha e tudo o mais, né? Bom meu povo, eu tô seguindo o livro. É, do jeitinho que tia Su escreveu (Mentira que eu derrotei grande parte, mas deixa baixo), só estou colocando os meus conterrâneos (há há há... no) do 2, sabe. Tenham força e fé. (Ui, Orkut total, só falta o foco).



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Abro meus olhos e quando vejo que amanheceu, lentamente solto Cato, ainda dormindo. Puxo meus braços e os movimento um pouco, pesadelos não geram noites confortáveis.

- Cato... Cato, acorda, levanta. A gente tem coisa pra fazer hoje. – falo, o sacudindo, me levantando e olhando para os lados, vendo o compartimento vazio. Ótimo, não nos acordaram. Realmente amo eles.

- O que é, Clove? – ele responde, com a voz meio grogue, meio irritada, se virando para o outro lado.

- A-cor-da. Entendeu?, realmente tem que fazer isso, não pode dormir pra sempre.

- Você não me deixa dormir de noite e depois fica berrando de manhã.

- Você acordou porque quis. – respondo, na defensiva.

- Deveria deixar você chorando de madrugada?

- Porque não para de ser grosso e levanta logo?!

- Não pode falar nada de ser grossa, não é, Clove?

Emito um muxoxo de irritação e levanto da cama, batendo a porta do banheiro. Foi uma desculpa legal pra entrar no lugar dele.

Decido ignorar a grosseria dele, porque mesmo reclamando eternamente disso, ele realmente só foi dormir depois que eu dormi. Isso vale algum bônus, pelo menos uma vez na vida agir como o cavalheiro que ele não é. Um bônus que vai ser gasto me fazendo não ficar com raiva ou ao menos chateada com ele.

Saio do banheiro e não me preocupo em arrumar a cama. Nisso não dá para fingir que estou encantada com ele. Penso em mexer nas gavetas, mas aí seria algo  invasivo demais, então desisto.

Cato abre a porta e me olha por um momento.

- Você vai querer que eu te peça desculpas. Não é? – ele fala, com a voz propositalmente cansada, tirando a camisa e jogando na cama.

- Não. – seria educado. –  Porque está... Porque está tirando a camisa?

Ele sorri pra mim.

- Só vou trocar.

- Ah. Você sabe que horas eu te chamei de madrugada?

- Não. Umas três da manhã, por aí. – ele fala com a voz abafada pela camisa. -Porque?

- Nada. Você não vem, não? Não vou arrumar a cama, se é isso que está esperando. – falo, um pouco brusca. Não é (tanta) raiva, é só o meu mal humor de noites horríveis falando mais alto.

- Não estou esperando nada. Eu estava pensando se não seria a hora da gente pegar um compartimento.

O que? Eu não devo ter entendido direito... Pegar compartimento. Porque? Pra que? Não casamos ainda. Nem sei se vamos mais.

- É, mas... – coloco meu cabelo para trás da orelha e pressiono os lábios. – Mas eles não dão compartimentos assim do nada. E temos os da nossa família.

- É, mas você vai morar com a sua mãe pra sempre?

- Não. Mas, Cato... Sabe que não vão dar. Tem que assinar um tanto de documento, e talvez até casar, já que não precisamos disso. Quero dizer, eu faço 18 daqui à bastante tempo.

- Eu sei.

Morar junto com alguém. Eu honestamente nunca pensei nisso sem um casamento. Com um casamento já é complicado. Dividir a cama todo dia, ter que escutar coisas que não quer ouvir... Ah, eu não sei se quero ir morar com alguém tão cedo.

Vou enrolar ele um pouco mais.

- Mas... De onde você tirou essa ideia? Acha que vamos morrer, é? – falo, com uma expressão de desdém.

- Não. Mas já tá na hora. Agora vamos, a Katniss começa com as coisas do Tordo hoje.

- Legal. Plutarch vai querer estar lá. E lá vou estar eu, vendo a Katniss encenar e correndo o risco de me gravarem também. – respondo me levantando e abrindo a porta, feliz por mudar de assunto.

- Estamos atrasados, não é? O Harry saiu e não chamou a gente.

O tipo de pessoa que é acordado pelo irmão mais novo todo dia para não acabar dormindo até três horas da tarde.

- Sei lá. Se estivermos melhor ainda. Bom... Pra mim. Você tem treinamento agora, então talvez não seja tão bom assim.

Nós colocamos nosso pulso no aparelhinho – tenho impressão que vou morrer sem saber o nome dele – e vamos tomar café da manhã. A mesa está vazia. Provavelmente já foram assumir suas tarefas. Poucas pessoas ainda estão comendo.

- Não vai comer? – Cato me pergunta, quando estou a tempo demais olhando para um ponto fixo no chão.

- Não sei, não estou com fome.

- Está assim por causa do pesadelo?

- Não. Não tenho nada. Não quer isso aqui, não?

- Não. Come aí, você tem que comer.

- Eu não estou com fome! Por favor, Cato. Vamos trocar as bandejas...

Ele sacode a cabeça para mim. Fecho a cara para ele.

- O seu irmão tem razão. Você vai acabar ficando pior que o pessoal do 12. E aí vai ficar passando mal toda hora que nem aquele dia do lançamento dos Jogos. E aí a Katniss vai acabar matando o Snow, legal não é? Já estamos atrasados, se eu fosse você comeria logo. Eu te dou um pouco da minha água depois.

Reviro os olhos e começo a comer. Mas não é porque dei meu braço a torcer. É porque não tem mais jeito, mesmo. Não posso deixar nada no prato – muito menos  tudo -, e se Cato se recusa a comer, sou eu ou eu.

Acabo e viro meu copo de água rapidamente, logo em seguida pegando o que restou do de Cato, um pouco dramaticamente.

- Pronto? – falo, erguendo as sobrancelhas depois de empurrar o prato.

- É, tá bom. – Cato responde, se levantando. – Nos vemos no almoço, hoje a gente não tem nenhum horário igual.

- Ok. Espera. – estou andando para o outro lado quando chego a conclusão que tenho algo à mais a dizer. Ele se vira para mim com uma sobrancelha erguida. – Obrigada. Por ter ficado acordado de noite. – digo, sem poder evitar revirar os olhos.

- Como se eu já não tivesse feito isso. – ele fala, com um sorrisinho vindo me abraçar.

- É, já fez. Mas estava tão nervosinho hoje de manhã que achei melhor agradecer.

- Eu sei. Você grita demais.

- Não grito, não. Agora tchau, a York vai querer te matar. – falo, me desvencilhando e agradecendo por não ter treinamento hoje.

- Tchau.

Finalmente nos separamos e tenho que ir até onde Katniss está sendo preparada. Provavelmente vou ter que auxiliar ela com alguma coisa. E vindo de Katniss Everdeen, posso esperar tanto um ataque de raiva que não vou saber conter, quanto alguma gentileza. Talvez forçada.

Chego e me deparo com Fulvia e Plutarch conversando baixinho do outro lado da cortina em que ela está.

- Ah, oi Clove. Está um pouco atrasada. – Fulvia diz, dando um sorriso falso e erguendo as sobrancelhas.

- É, eu sei. Então, a Katniss está aqui... E o que eu tenho que fazer?

- Uma série de coisas. Antes de tudo, minha querida, se puder me acompanhar... –ela diz, indicando a porta com um braço. Fico um pouco desconfiada, mas saio da sala. Ela fecha a porta atrás de nós. – Pode ser um pouco difícil entender, Clove, ainda mais depois daquele dia no Comando, quando você confirmou que não iria para a linha da frente, mas... – ela fala, em um fôlego só. – Você encostou nas amoras, você esfaqueou o presidente e fez coisas demais... Os rebeldes podem não saber, mas Snow sabe e isso é perigoso. Por isso, Beetee pediu para chamar você e Cato. Para o Arsenal.

Demoro um pouco para entender a lógica das palavras dela. Armas, Snow, linha da frente... Geralmente essas palavras são associadas à câmeras. Eu iria pegar uma arma. Pra defesa ou ataque?

- Ah, eu vou. Mas, cá entre nós, pra que? A Katniss precisa de algo mega tecnológico, para mostrar pra todo mundo, não é? Eu pegaria... Pra andar comigo, pro caso de alguma coisa realmente importante acontecer.

- É! – ela parece aliviada por eu entender. – A Katniss é o Tordo, só isso. Vocês são vitoriosos, é só por isso, ok?

- Ok. Apenas porque somos vitoriosos. – nada de linha da frente...

- Ótimo! Estivemos um pouco receosos com a sua reação, er... Esperamos que Cato não... – ela diz, com receio, erguendo as sobrancelhas para mim, ansiosa. Entendi o sentido. - Não é?

- Tudo bem. Eu posso explicar pra ele depois.

- Maravilhoso! Katniss e Gale vão chamar vocês quando for a hora, depois do almoço. Agora venha, temos um problema com... hum.... Um machucado no braço da Katniss.

- O da Johanna. – falo, enquanto entramos novamente. É meio óbvio que seja, considerando que Johanna não foi muito cuidadosa e quase arrancou o braço da garota fora. Eu soube que está bem feio.

Mas não imaginei que tanto.

Fulvia tem uma ânsia de vômito que, ao que me parece, já aconteceu antes da minha presença. Tenho que sair correndo do lado dela e abrir a porta para que ela saia para algum banheiro antes que coisas piores aconteçam.

- Ah... Bom, podem colocar alguma maquiagem, não é? Isso não infecciona mais. Ou infecciona? – falo, quando bati a porta atrás de mim, voltando lentamente, meio desconcertada por ter ficado tanto tempo sem palavras, colocando o rosto mais próximo do braço dela.

- Provavelmente não. – Katniss me responde, visivelmente de mal humor. – Mas já tentaram de tudo, nada tapa.

Olho para a equipe dela, esperando uma confirmação. Eles estão tão diferentes... Eles acenam discretamente com a cabeça. Viro-me para Plutarch, deixe que ele resolva isso.

- Uma faixa ou algo assim. – Plutarch fala, nem um pouco interessado, com um gesto da mão. – Depois pensamos nisso.

- É. Podemos fazer isso depois. – eu falo, sorrindo falsamente e me sentando em uma cadeira qualquer. – O que estão fazendo nela? Desenhos de fogueiras no rosto?

- Base Zero de Beleza. Algo bem natural, mais ou menos como nos primeiros Jogos dela, lembra? – Fulvia responde, quando volta de onde quer que tenha ido, ignorando minha ridícula sugestão de fogueiras na cara.

Primeiros Jogos... A menininha patética do 12 com uma rosto quase limpo e um vestido que pegava fogo feito por um cara que escolheu o 12.

Aceno com a cabeça, porque me lembro perfeitamente. Fico lá pelo resto da manhã, dando opiniões quando não me pedem e recebendo uns olhares quase amedrontadores de Katniss.

Falo quase porque sou acostumada com os meus, os de Cato e mais alguns carreiristas com os quais fui obrigada a conviver 16 anos da minha vida.

- E você, Clove? Não vai assumir nada? – Katniss fala, quando falta pouco para o almoço.

- Ah, não. Não sirvo para a TV, Katniss. Você é a estrela principal. – respondo, em um tom de alfinetada. Mas não é uma totalmente, só estou falando a verdade.

- Não me leve a mal, mas não é o que costumava parecer na Turnê. Ou no Massacre.

- É, talvez não parecesse. Mas estou feliz sentada em uma sala lá embaixo com o Plutarch.

Damos o assunto por encerrado. Logo me levanto e digo para eles que já é hora do almoço. Ela troca algumas palavras com a sua equipe e logo eles estão vindo atrás dela. Apresso meu passo para não ter que entrar no salão com eles e receber mais olhares estranhos.

O almoço hoje é uma coisa de um cinza estranho que dizem ser peixe, acompanhado de alguns quiabos e água.

Sou a primeira a me sentar na mesa e começo a comer meio relutantemente, como sempre. Ouço a mãe de Gale dizendo que o gosto é melhor que a aparência para a equipe. Coitados, vão perceber logo que foram enganados. Catherine é a primeira a chegar e logo começamos a conversar sobre como foi o nosso dia. Rimos um pouco quando faço uma falha imitação do rosto de Coin quando entramos no assunto Tordo e seus Acordos.

Quando o resto do pessoal chega na mesa já estou quase acabando e Cato e Bryan não acreditam porque quase sempre sou a última a acabar.

- Ainda está escutando ou a York te ensurdeceu? – falo para Cato.

- Ela só disse que seriam pontos à menos na minha disciplina. – ele fala, dando de ombros.

- Como se você tivesse alguma na vida real. – respondo, baixo, torcendo um pouco a boca. Bom, eles não podem falar muita coisa mesmo. Não quando o Tordo deles nunca aparece por lá e todo mundo sabe que carreiristas já estão preparados para tudo. – Vai ter que cancelar o resto  da sua programação. Estão chamando a gente lá no Arsenal.


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo: Não esperem grandes coisas pro próximo, ok? Ando sentindo falta de alguns de vocês e descobri a identidade outrora (Uiii) secreta de uns fantasinhas aí... Altos babados kkkkkkkkkkkkkkkkk. Parei. Porque não me falam o que querem para o próximo, pra me helparem um pouco? Criatividade em falta, minha gente... Me falem o que querem, qualquer coisa. Do tipo "Quero que o Plutarch responda meu Review" ou "Quero que o Buttercup leve uma queda no meio do 13"... Assim, ignorem minhas sugestões. Enfim (aff, rimou com "assim"... ¬¬), me deixem Reviews, sabe, porque ainda tenho dever pra fazer e tenho que estudar, então tá tenso hoje... Me alegrem, docinhos de coco, que a escola não faz isso por mim. Beijos sabor... Viersh total sem ideia... Sabor pamonha! Issaí, bye, loves of my life.