Crônicas De Um Casal Assassino escrita por Alexandria Manson


Capítulo 11
Capítulo 11- Matheus




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Seus pulsos sangravam.

Estava amarrado entre duas árvores havia três dias, e a corda grosseira contribuíra para feri-lo ainda mais em suas tentativas de fuga.

O sol castigava-o. Suas refeições eram depositadas aos seus pés, mas não conseguia pegá-las devido às cordas, que quase o suspendiam no ar. Acordavam-no com um balde de água gelada sempre que conseguia pegar no sono. Às vezes fingia pegar no sono só para não desidratar.

Beatriz... Foi minha culpa.

Matheus se culpava frequentemente. A culpa levava-lhe à raiva. Sua raiva era tamanha que em pouquíssimos dias acabou com a felicidade que Beatriz lhe proporcionou, e tomou-o com uma amargura incrível.

Quando Beatriz terminara de contar a história de seu irmão, suas lágrimas foram tantas que adormeceu rapidamente nos braços de Matheus. Naquele momento de intimidade, foi tomado por uma vontade esmagadora de protegê-la. Nunca sentira isso por ninguém.

Ainda estava abraçado com Beatriz quando acordou. O som de ferraduras castigando o solo foi o bastante para Beatriz despertar e começar a bater em seu peito, tentando desesperadamente fazê-lo levantar.

Um grupo de homens se aproximava a galope, mas a distância entre eles era grande. Matheus e Beatriz tentaram aumentar a distância, mas seus únicos veículos eram seus pés.

Em pouco tempo foram alcançados por um jovem que se adiantou. Matheus estava focado em mexer seus pés, assim como Beatriz, portanto não perceberam quando o jovem cortou a perna de Beatriz. Matheus deduziu que a faca usada estava envenenada, pois Beatriz desmaiou depois de poucos segundos de sua queda.

Matheus foi tomado pela mais agressiva raiva que já sentiu em toda a sua vida. Beatriz estava jogada no chão, com risco de morrer simplesmente porque não tinha percebido o jovem se aproximando.

Se ela morrer, ele pensou, não vai sozinha.

Descontou seus sentimentos no jovem, que teve a cabeça brutalmente arrancada. Com suas facas a postos, esperou o grupo principal se aproximar. Eram muitos, mas a morte não o assustava mais havia tempos.

Ele se preparava para atacar quando foi atingido no ombro. Um dardo de caça. Derrotado por um pouco de tranquilizante para ursos. Inútil.

O sol já se punha quando recebeu uma visita peculiar. Um homem de terno, em seus 30 anos. Matheus levantou sua cabeça para analisar aquele estranho. Aquele homem exalava orgulho e dignidade.

— Então... Você é o nosso famoso prisioneiro? — perguntou o homem.

— Acho que sim, visto que estou amarrado e sendo tratado com tanta cortesia. Por que ainda não me matou, senhor honra-e-falsidade? — superando as expectativas de Matheus, o homem riu.

— Meu nome é Pietro Vicenza. Muito em breve pretendo ser o presidente Vicenza. — ele dava alguns passos impacientes na frente de Matheus, querendo terminar logo o que fora fazer.

— E como você pretende virar presidente, senhor Vicenza? Pelo que eu pude perceber, as cidades não mantém muito contato.

— Enfim, chegamos a esse ponto da conversa. Eu precisarei da sua ajuda. — Matheus se surpreendeu um pouco com a resposta de Vicenza, mas desconfiou amargamente das intenções daquele homem.

— E quem garante que eu vou ajudar? — desafiou Matheus, fazendo com que Vicenza arqueasse uma sobrancelha.

— Bem, eu tenho certeza que você vai ajudar... — Vicenza sorriu. — Afinal, tenho sua preciosa Beatriz.


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Notas finais do capítulo

na minha opinião a qualidade da minha história ta despencando. eu preciso de mais inspiração, mas ela não gosta de mim e foge, me abandonando com minha mente desgastada