Quando cheguei lá arrombei a porta com meu pé. Estava fesvendo de raiva, tudo o que guardei de ódio estava ali, presente.

-Sua vadia de cú arrombado! -disse chutando seus móveis nojentos.

Fui em direção de um corredor e ela estava no quarto dela. Entrei e tranquei a porta, guardando a chave no meu sutiã.

-Sua hora queridinha. -disse chegando mais perto.

-D-de quê? -perguntou aquela arrombada com olhos arregalados.

-Acontece, "querida" -disse irônicamente revirando os olhos- que eu sou da Derrama, ou seja, tenho o DIREITO de matar QUEM EU QUISER. E você é uma das pessoas que quero matar. Então vou matar. -disse sorrindo e pegando meu chaveiro, que tinha uma pequena faca, que era coberta com plástico para não me machucar, tirei a proteção e a prensei na parede- Boa noite.

Passei a faca no pescoço dela, como de tradição, todas as mortes que eu causava tinham a ver com pescoços, e o porquê, claro, era a morte da minha mãe. Depois cortei a barriga dela escrevendo "Vadia" e saí dali.

Não fui para casa aquela noite, não queria. De verdade. Então, como já estava a noite fui para minha antiga casa, que estava meio acabada. Porra, já tinham se passado dez meses desde a morte da minha mãe. Dez meses, e eu tinha perdido a conta de quantas pessoas matei. Até que me lembrei de uma coisa. Castiel.

Ele amava a Lisandra, e me doia dizer isso, mas como ia contar isso para ele? Puta merda, eu matei a amantizinha dele. Ele vai me odiar. 

No mesmo instante ele me ligou.

-Olha aqui YaYa, ou você me conta tudo ou eu me mato. -disse ele.

-NÃO! -disse eu.

E a ligação caiu.

-Ah caralho. -disse eu chorando.

Corri muiito rápido para a casa do Castiel, tentei entrar pela porta mas estava trancada. Perfeito, quando eu não tento está aberta, quando eu tento abrir a porra da porta tá trancada. Vai tomar no cú velho.

Procurei a chave no meu bolso e abri a porta. Castiel estava jogado no sofá da sala com uma coisa vermelha no seu pescoço.

-NÃO! EU IA CONTAR MEU AMOR! EU IA CONTAR! POR QUE? EU QUERO VOCÊ PRA MIM! FIZ ISSO PARA TE PROTEJER! NÃO SERIA BOM PARA VOCÊ ISSO! VOLTA -disse chorando mais que nunca na minha vida, e gritando escandalozamente enquanto me agaxava perto dele.

Eu estava com meu coturno sujo e uma saia jeans, uma blusa do AC DC e os cabelos soltos.

-HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! TINHA QUE VER TUA CARA! AI MEU DEEEEUS! HAHAHAHAHAHAHA! -disse ele me matando co coração.

-SEU FILHO DUMA VÉIA LOUCA! SEU DESGRAÇADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! DEMONIO! SEU CAFETÃO! -gritei com ele dando tapas e chutes nele.

-Ai, burra, tá se chamando de puta! HAHAAAAHA. Sério agora conta. -disse ele perdendo a graça.

-Tá... Eu¨menti sobre meu nome pois preisava de uma nova identidade. Caso contrário todos saberiam quem eramos nós. Com suas armas matamos o pai e a mãe do Lysandre, aquele viadinho. Nós estavamos comprando uma poção de morte na Cabana do Macabbro. E eu não queria que você soubesse de nada para não se envolver. -disse eu com a cabeça baixa.

Enquanto levantava o olhar pude ver a "tenda" que se formou nas calças do Castiel. Arregalei os olhos enquanto olhava para o seu rosto.

-Vem aqui agora, sua gostoza. -disse ele me colando no seu corpo e me  beijando loucamente.

Ele me jogou no sofá e tirou meu calçado e minha calçinha, juntamente com a saia e começou a chupar. Logo depois ele tirou sua blusa limpando o ketshup -sim, era katshup- de seu pescoço. Subi nele e começei a beijá-lo. Mas ficou por isso mesmo, porquê a porra do meu celular tocou.

-Ô, buceta. -disse Castiel irritado.

-Alô? -disse segurando o riso.

Castiel ficava me encoxando e beijando meu pescoço, e isso era baixaria.

-Tá, tá bom Vi, tô indo. TÁ BOM, CARALHO VIOLLET! Já disse, tô indo. -respondi.

Coloquei minhas partes de baixo, menos o coturno, eu o levei na mão.

-Ei! Vai não, pequena. -disse ele me pegando pela cintura.

-Caaaaaaastiieeeeeeeeeel! Solta! -disse eu.

-Ah... ia fazer um pedido mas... -retrucou ele.

-Fala... -disse revirando os olhos.

-Quer ser a minha YaYa? Minha princesa? Quer ser minha deusa? Minha metaleira? -disse ele se agaixando.

-Caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaastiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Seu viado! -disse abraçando ele- CLARO QUE SIIIIIM! AI MEU DEEEEEEEEUS! -ok, eu não estava bem, mas juro, eu não fumei nada.

Fui correndo para casa e encontrei Viollet com as mãos ensanguentadas.

-Senhor Jesus. Que cheiro bom. -disse.

-Derrama... -ela só falava isso.

-Vi? -disse assustada quando vi seus olhos.

Eles estavam pretos, como a noite, e parecia que ela tinha chorado sangue. Aí lembrei, cadê a Mel?