Recomeços escrita por Lady Salvatore, Mereço Um Castelo, CarolineForbesM


Capítulo 5
Capítulo 5 - Adeus


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Apenas um pedido: não me matem depois desse capítulo.



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Dois meses depois

Kol e Melanie aproveitaram a folga nos cursos de Educação Física e Nutrição para visitarem a mãe do rapaz, Elisa. Passaram 4 dias na casa da matriarca da família Mikaelson, dividindo o mesmo teto que Elijah, que havia viajado para reencontrar alguns velhos amigos.

- Eu disse que D. Elisa ia adorar você. – comenta Kol, durante a viagem de volta pra casa.

- Também adorei conhecê-la. Ela não parece ser uma daquelas sogras más que a gente vê nos filmes. – diz Mel.

- Ela é animada demais para perder tempo atazanando a paciência da nora. – diz ele, aos risos – Ainda mais se essa nora estiver esperando seu primeiro netinho.

- Ela ficou mesmo muito feliz. Só falaram os fogos de artifício! – diz ela, sorrindo – Ao menos, ela não ameaçou deserdar você como meu tio fez comigo.

- Você sabe que Giuseppe não vai fazer isso. Assim que ele puser os olhos em você e ver essa barriguinha, vai se derreter por esse bebê. – diz Kol, afagando a barriga já redondinha de Melanie.

- Já pensou em algum nome pro nosso filho? – pergunta Mel, encostando a cabeça no ombro dele.

- Gosto de Nate, se for um menino.

- Nate... de Nathaniel. Eu gosto! Nathaniel Salvatore Mikaelson. E se for menina?

- Se for menina, fica por sua conta. – responde ele.

- O que acha de Sophia?

- Sophia Salvatore Mikaelson. É bonito! E se for parecida com a mãe, vai ser perfeita.

- Mas se ele, ou ela, se parecer com o pai, também vai ser perfeito. – responde ela, dando um beijo estalado no rosto de Kol.

O casal conversou por mais algum tempo, traçando planos para o casamento, a lua-de-mel, o bebê e a faculdade, até Melanie adormecer. Para deixar a noiva mais confortável, Kol parou em um motel à beira da estrada, alugou um quarto por algumas horas e levou Mel para descansar numa cama confortável. Aproveitou para deitar-se também e tirar um cochilo, afinal, ainda tinham algumas horas de viagem pela frente.

O rapaz acordou cerca de 1 hora depois, e aproveitou para buscar um lanche, já que Mel ainda estava dormindo. Voltou poucos minutos depois, a tempo de ver a garota despertar.

- Ei dorminhoca! – diz Kol, sentando-se na beirada da cama.

- Onde estamos? – pergunta ela, ainda sonolenta.

- Resolvi parar pra descansar. – responde ele – Está com fome?

- Um pouquinho. – responde Mel, aceitando o suco e o sanduíche que Kol lhe ofereceu.

- Foi o que pensei. – diz Kol, beijando o rosto dela.

- Será que posso tomar uma chuveirada depois?

- Claro, temos todo o tempo que quiser.

- E você me acompanharia? – pergunta Mel, com um sorriso sapeca nos lábios, aproximando-se mais dele – Poderíamos aproveitar que estamos aqui e namorar um pouquinho.

- E você tem alguma dúvida? – diz ele, enlaçando a cintura dela e depositando um beijo em seu pescoço.

- Nenhuma. – responde ela, num sussurro.

Lancharam animados, entre risos e brincadeiras, e depois a chuveirada, repleta de carinhos e declarações. Pouco mais de 1 hora depois, voltaram pra estrada.

Já viajavam há quase 2 horas quando o celular de Melanie começou a tocar. Era Stefan.

- Oi Stef. – diz Mel, sorridente, colocando o aparelho no modo viva-voz.

- E aí, Stefan! – diz Kol.

- Olá crianças! – cumprimenta Stefan, divertido – Já chegaram em casa?

- Estamos a caminho. Chegaremos em mais ou menos 1 hora. – responde ela – Por quê?

- Não sei, um pressentimento estranho. – responde Stef – Vocês estão bem?

- Claro, tudo em ordem. – diz Kol.

- Bom saber, assim posso ficar mais tranquilo. Ah, papai mandou um abraço e disse que, se na próxima folga vocês não forem visitá-lo, ele vai mesmo te deserdar, Melanie. – diz Stefan – Cuidem-se, está bem?

- Pode deixar, cuidarei bem deles. – responde Kol.

- Kol, cuidado! – grita Melanie, ao ver um grande caminhão vir na contramão, em direção ao carro deles.

Num reflexo, Kol girou o volante rapidamente tentando desviar do caminhão, jogando o carro para fora da pista e capotando ribanceira abaixo.

- Melanie! Kol! – grita Stefan do outro lado da linha, desesperado. Mas a única resposta que obteve foi o tut...tut...tut... do fim da chamada.

- Kol... – chama Mel, assim que o carro parou de girar, ficando de cabeça pra baixo – Kol, você está bem?

- Acho que sim. – responde ele, com dificuldade – E você?

- Acho que bati a cabeça. Ela dói. – diz ela, passando a mão na testa e sentindo algo viscoso encharcando seus cabelos.

- Você está sangrando. – diz Kol, preocupado – Consegue se mexer?

- Acho que sim.

- Temos que sair daqui. Estou sentindo cheiro de gasolina.

Com esforço e cuidado, Kol liberou-se de seu cinto de segurança, e ajudou Mel a se soltar logo em seguida, arrastando-a consigo para fora do carro até uma distância segura.

- Amor, você está mesmo bem? – pergunta Melanie, notando um corte na testa dele e a palidez em seu rosto.

- Meu peito dói, mas deve ser por conta da pancada. – responde ele, com esforço – Vamos ficar bem, eu prometo.

- Confio em você. – responde ela, entrelaçando sua mão à dele – Eu amo você!

- Eu também te amo. – sussurra ele, caindo na inconsciência em seguida.

- Kol? Kol olha pra mim! – pede Mel, desesperada – Você não pode me deixar sozinha. Fala comigo!

Nesse momento, ela ouve o celular de Kol tocar insistentemente. Com esforço, conseguiu alcançá-lo no bolso do jeans do noivo, atendendo imediatamente.

- Kol? – chama a voz do outro lado da linha.

- Elijah... – chama Mel, com a voz embargada pelo choro.

- Melanie? O que houve? Onde está meu irmão? – pergunta Elijah, preocupado.

- Capotamos com o carro, Kol está desacordado... e eu... não sei... – diz ela com dificuldade, antes de perder a consciência.

- Melanie? – chama Elijah, desesperado – Melanie!

* * * * *

Três dias depois

- Oi dorminhoca! – diz Kol, sentado à beira da cama de Melanie.

- Oi amor! Você está bem? – pergunta ela, entrelaçando suas mãos às dele, os olhos rasos d’água.

- Agora estou. – responde ele, chorando também.

- Onde estamos?

- No hospital. Mas logo você poderá sair daqui.

- E nosso filho? – pergunta Mel, preocupada.

- Ele está bem. Vocês estão bem. – diz Kol, virando-se para a porta por alguns segundos e voltando a olhá-la em seguida – Preciso ir. Lembre-se que eu amo você, está bem? – completa ele, depositando um beijo nos lábios dela.

- Eu também amo você!

- Adeus Sunshine! – diz ele, levantando-se da cama.

- Adeus? – pergunta ela, confusa.

- Não posso ficar. – responde Kol, com a voz embargada – Eu amo você Melanie. – e dizendo isso, desapareceu.

- Kol? Kol! KOL! – grita ela, acordando sobressaltada.

- Melanie, está tudo bem. Eu estou aqui. – diz Stefan, segurando-a pelos ombros e tentando acalmá-la.

- Stefan? – pergunta ela.

- Oi. – diz ele, afagando o rosto da prima – Está se sentindo bem?

- Acho que sim. – responde ela, ainda confusa – O que houve? Onde está o Kol?

- Vocês sofreram um acidente, lembra?

Mel acenou afirmativamente, então ele continuou:

- Isso foi há 3 dias.

- 3 dias?

- Os médicos preferiram te manter sedada pra que pudesse se recuperar mais rápido. Você sofreu uma concussão.

- O bebê está bem? – pergunta ela, levando as mãos à barriga.

- Sim, está tudo bem com ele. – responde Stef, com um sorriso fraco.

- E Kol? Como ele está?

- Mel... – começa Stefan – Kol teve hemorragia interna, e já chegou ao hospital em coma. O estado dele era muito grave.

- Era? Então ele acordou?

- Não. – diz ele, com os olhos marejados – Ele não resistiu Melanie. Sinto muito.

- O quê? Não, você está enganado. Ele é forte Stefan, vai sair dessa.

- Mel, ele morreu esta manhã.

- Não! Não, não, não, não! Por que está dizendo isso, Stefan? – pergunta Mel aos gritos, desesperada – Por que está mentindo pra mim?

- Fique calma, meu bem. – pede ele, o rosto banhado em lágrimas.

- Não! – grita ela novamente – Onde ele está Stefan? Diz pra mim que ele está bem.

- Melanie? – diz Elijah ao entrar no quarto, olhando-a preocupado.

- Ela está surtando Elijah. – diz Stefan, apreensivo.

- Chame uma enfermeira. Ela vai precisar de calmantes.

- Ok! – responde Stef, saindo do quarto logo em seguida.

- Olhe pra mim, Honey! – diz Elijah, aproximando-se de Mel devagar.

- Ele estava mentindo, não é? – pergunta ela, em meio ao choro.

- Infelizmente não. – responde ele, com o coração em pedaços.

- Ele prometeu que ficaríamos bem.

- Vai ficar tudo bem, Mel. – diz ele, sentando-se na beirada da cama e envolvendo-a em seus braços – Eu vou estar aqui, vou ajudar você. Vamos nos ajudar, está bem?

- Ele veio se despedir. – diz Melanie – Kol disse que me amava e disse adeus. Eu não havia entendido o porquê. Ele me deixou. Por que não me levou também?

Stefan chegou nesse momento, acompanhado por uma enfermeira. A senhora de cabelos grisalhos aplicou os calmantes no soro de Mel e deixou o quarto logo em seguida. Stef sentou-se ao lado da prima e a abraçou, embalando-a até que ela voltou a dormir.


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Notas finais do capítulo

Deixem primeiro dizer que eu morri escrevendo esse capítulo, ok? Chorei antes, durante e depois de escrevê-lo. Foi provavelmente uma das coisas mais dolorosas que escrevi.
Bom... deixem coments se acharem merecedor. Até mais...
xoxo