My Life Strange escrita por Carolline Mellor


Capítulo 7
Capítulo seis


Notas iniciais do capítulo

Hmmm, one direction, hmmm.



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No momento eu só queria ficar com minha mãe, mas como ela não estava, os dois já eram boa companhia.

Gabriella

Passamos a noite na internet e falando da vida amorosa de ambos, até que...

– INGRESSOS PARA O SHOW DO 1D NO M&G! - Gritei. Comecei a pular de felicidade. ERA O 1D CARA! Aaah, eu vou pirar.

– Não mente para mim Gabriella Mellor! É sério isso? - Gritou Camilla. Eu e Camilla éramos fans de carteirinha do One Direction. Acho que posso nos considerar Directioners mesmo que não pareça.

– É sério Gabs? - Perguntou Andy. Esqueci de mencionar que Andy é meio Boydirection, né? Enfim, ele é.

– Aham, olha. - Disse e apontei parra a tela do computador. Eu estava tremendo.

– Caralho! É sério mesmo. - Disse Andy animado. E antes de fazerem um auê, Andy NÃO é gay, ok? Preconceito idiota.

– Ah carai, olha o preço! Isso é caro demais mané. - Disse Camilla triste.

– Acho que eu posso comprar os ingressos pra gente... - Disse.

– Gabriella, da onde você vai tirar 3 mil reais? Assaltou o banco e não disse pra gente? - Perguntou Andy.

– Talvez... - Brinquei e eles riram. Riram não, gargalharam. Até rolaram no chão.

– Gabs, você é minha amiga e tal só que - ela pausou para rir. - A gente te conhece muito bem para saber que nem roubar chiclete do mercadinho você consegue. - Disse Camilla chorando de rir.

– E no dia que ela pegou a bala do pote de doces antes do jantar e a mãe dela descobriu. - Disse Andy rindo. - Foi impagável aquela cena. "Mãe, desculpa ter pegado a bala sem te pedir, prometo nunca mais pegar de novo"– Continuou ele numa tentativa de imitar minha voz. Sério, corei.

– Ah, vão a merda. - Disse e voltei para o computador.

– Vamos parar Camilla, ela já tá toda irritadinha. - Disse Andy.

– É, parei. - Disse Camilla. Me virei e vi os dois com a mão pra cima do tipo 'que se rende'.

– Vocês dois são tão idiotas... - Disse revirando os olhos.

– A gente também te ama. - Disse Camilla. - Mas fala aê: Da onde você vai tirar 3 mil reais fia?

– Sei lá. Acho que economizei pelo menos 2 mil reais. - Disse.

– Parece que alguém vai ficar de fora. - Cantarolou Camilla.

– Gabs? - Disse Andy fazendo cara de cão perdido.

– Camilla, consegue pedir 500 reais para seus pais? - Perguntei. - Você também Andy, pode pedir?

– Claro. - Disse os dois juntos.

– Então vamos ao M&G ver o 1D! - Gritei pulando e eles fizeram o mesmo.

Meus pais iam voltar em alguns dias e o Show ia ser mês que vem. Perfeito, pensei. Quem sabe eu conquisto um deles. HAHAHA, vamos rir gente, foi uma piada. Ok, parem de rir da minha desgraça. Tá, é muito óbvio que isso não vai acontecer, não necessita de maiores explicações.

Enfim, como planejado, Andy e Camilla pediram ao seus pais e eles deram o dinheiro do Show. Compramos nossos ingressos. Agora é só esperar mês que vem chegar. Moleza... Só que não. POR QUE ESSE MÊS TINHA QUE DEMORAR? POR QUE? Injustiça isso!

Tá, voltando a realidade.

Eu, Andy e Camilla estavámos (agora, pra ser exata) na escola. Ai você deve se perguntar: Que mal tem nisso? Você é um alíenigina ou o que? É A ESCOLA! Enfim, acabamos de descobrir que ia ter prova surpresa de história. Que mal tem nisso, né?

Admito que estava fácil, ou seja, errei tudo. Olhei para Camilla (que já acabou a prova também) e ela estava... histérica? Preocupada? Sei lá! Não tenho diplomata em ver expressão das pessoas. Se é que isso existe, ou seja, não. Encarei Camilla até ela falar algo. Nada. Ela ficava encarando o celular e tremia. Tipo, tremia MUITO. Resolvi quebrar o silêncio.

– Ahn, Camilla. Você tá bem? A prova tava difícil pra você? - Perguntei.

– Não... É isso. - Ela estendeu o celular e abaixou a cabeça. Ela ia... chorar?
No celular havia uma mensagem aberta, era de Thiago. Dizia:

"Olha, não sei como dizer isso. Camilla, eu to indo para a casa da minha madrasta e não vou voltar. Tipo, nunca mais. Desculpe não ter te falado antes, sério. Eu estava sem celular, minha "nova mãe" (argh, odeio dizer isso) tomou ele de mim, por que? Eu não sei. Ela mora em Atlanta. Vou ficar lá por uns 4 anos e se der, eu volto, tá? Camilla, desculpe por isso. Avisa Gabriella e Andy por mim, vou ficar sem celular um tempo... Irei sentir falta de vocês, principalmente de você. Até um dia. Adeus... - Thiago x"

Nem preciso falar que comecei a chorar junto com Camilla, né?

Ficamos chorando em silêncio até a hora da saída. Pra melhorar o dia adivinha quem aparece? Se você disse Peter, parabéns, já pode apostar na mega-sena e ganhar. Podia abrir um buraco no chão e engolir ele, mas fazer o que né.

– Gabs, você tá bem? O que houve? - Perguntou Peter.

– Desde quando você se importa comigo? Aliás, nunca se importou, né? - Disse secando as lágrimas e dando um riso irônico.

– Qual é Gabs, você sabe que pode confiar em mim. - Disse ele.

Eu ri sarcásticamente. - Eu? Confiar em você? Sonha demais!

– Mas... - Interrompi ele.

– Mas nada. Você pegou a porra da minha confiança e jogou ela na puta que pariu. Por que não vai junto com Danniella e para de falar comigo? Tipo, pra sempre? Sério, me esquece. - Disse e sai andando. Ele não veio atrás de mim como previ. Ótimo, pensei.

Fui correndo para minha casa pois já estava começando a chover. Camilla e Andy foram para casa. Nenhum de nós três encaramos o fato de Thiago ter ido embora. Até entendo porque ele se fora sem ao menos se despedir.

"Eu odeio despedidas"

Ele dissera uma vez para mim. Camilla deve estar bem deprimida e Andy nem se fala. Os dois podiam ser irmãos de tão unidos que eram. E eu, bom, ia sentir falta dos conselhos dele. Ele era tipo meu irmão mais velho idiota. O meu irmão mais velho idiota.

Lágrimas surgiram em meu rosto. Não as impedi. Queria que elas levassem a minha tristeza, mas não deu certo.

Cheguei em casa. Subi as escadas até meu quarto, joguei a mochila na cama e deitei.

– Ele era importante para você, não é criança?

Um arrepio gélido passou por meu corpo. A voz feminina do outro dia falara novamente. Me levantei rapidamente.

– O que você quer? - Perguntei me sentindo maluca por falar sozinha. Mas eu não estava maluca, muito menos sozinha.

– Saia! - Ordenou a voz.

– Quem é você? - Perguntei. Droga, porque eu não obedecia ela e ia embora logo? Que inferno!

– Alguém ou ninguém. Depende das pessoas. E para você criança, sou alguém ou ninguém? - Perguntou a voz. Sei lá, acho que to ficando louca.

– Alguém... - Disse. Qual o meu problema? Por que eu não fugia?

A voz riu. Um riso doce e caloroso, igual de uma de criança. Ela respondeu: - Criança, você é a primeira a pensar assim. Tens muita coragem.

Não pude deixar de rir. Sério, foi muito irônico isso. Tentei parar de rir pra não parecer rude e respondi: - Ahn, desculpe por isso. É que eu não sou corajosa, sabe? Foi engraçado para mim, desculpe.

– Tudo bem criança, eu lhe entendo. Agora, preciso que saia daqui. Não quero ter que sumir com algumas pessoas. – Disse ela. Outro arrepio percorreu meu corpo. Sumir? Tipo, matar? Quem? Thiago? Meus pais? Andy, Camilla? AhMeuDeus!

– E-eu não posso sair. - Gaguejei. - Não tem nada que eu possa fazer?

– Claro. - Disse ela suavemente. - Ache meu colar e a deixarei em paz.

– Colar? Por que colar? Olha, eu posso te dar um dos meus colares. - Disse. Sério? Colar? Nada estranho.

– Não criança, meu colar é especial, meu pai me dera quando fiz 14 anos. Só irei retornar ao meu mundo quando tiver ele devolta.– Disse ela. Porque será que eu tive um presentimento que isso ia acabar mal...

– E aonde exatamente posso achar esse colar? Sabe, uma pista pode ajudar... - Disse. Eu e minhas perguntas toscas.

– Hm.... Não sei criança. A última vez que eu o vi foi no pescoço de uma garota. Acho que o nome dela era...– Ela pausou para pensar. - Danni alguma coisa.

Aê, perfeito, a merda foi parar no ventilador!

Suspirei e disse: - Danniella! É, não vai ser fácil pegar o colar.

– Por que não criança? Já vi ela em sua casa, são amigas, não?

– Não, ela beijou meu namorado e brigamos. Somos inimigas, se assim pode-se dizer. - Suspirei e continuei. - E eu não sei como é esse tal colar. Ela tem vários.

– Procureu no porão, criança. Ainda tem algumas fotos minhas. Em todas meu colar está aparecendo. – Disse ela.

– Farei o possível. - Disse.

– Ah, não vai não. Você VAI encontrar meu colar. - Disse ela e a voz boazinha se fora.

– Como é? - Perguntei incrédula.

– É isso o que você ouviu. Ache-o e a deixarei em paz. - Disse ela sombria.

– Senão? - Disse e me arrependi. Quando ela falou, senti suas palavras como se fossem cacos de vidros sendo enfiados em meu coração.

– Senão seus pais ou amiguinhos morrem. - Ameaçou ela.

– Ah, que inferno! - Eu disse, e então meus joelhos ameaçaram fraquejar e tive que me sentar na minha cama. Meus ouvidos começaram a apitar e foi difícil respirar.

Você sabe que, - Disse ela lentamente. - Para salvá-los, só tem que pegar o colar de volta.

– Sim, eu sei. - Disse. Mal reconhecia minha própria voz. Já estava perdida em lágrimas. - Só me dê um tempo, irei precisar. - Pedi.

Dois meses, criança. - Disse ela.

– Farei o possível. - Repeti.

– Irei deixar isto para você saber quanto tempo tem. - Disse ela e senti uma queimação em meus pulsos.– Oh, perdoe-me. Lugar errado. - E a queimação se fora.– Adeus criança.

Tic tac, tic tac...

Ela dissera antes de partir. Acima de minha cama, na parede, havia um relógio. Não daqueles digitais ou aqueles que se pode por na parede. Ele estava pintado na parede. E pra ser mais bizarro, ele se movia a cada segundo.

Voltando ao colar. Eu tinha duas opções: Implorar a Peter que pegue o colar ou vou ter que pedir desculpas para Danniella e fingir ser amiguinha dela até ter oportunidade de pegar o colar.

– Ah, que inferno! - Gritei. Eu sabia (infelizmente) o que fazer: Ser amiguinha de Danniella. - Inferno!

Resolvi procurar a tal foto e ver o colar. Era exatamente 19h00 e o céu já estava escuro, ou seja, péssima hora para ir ao porão.

Ou você vai ou eles morrem!

Isso definitivamente não ia dar certo...

Subi as escadas (haja escadas nessa casa) e fui para o porão. Abri a porta e entrei. O porão estava exatamente do jeito que eu o vira da última vez: Cheio de caixas, caixas e... Olha! Caixas! Ah, e poeira. Muita poeira. Se tivesse um concurso chamado "Porão com muita poeira e caixas" adivinha quem ia ganhar? Sério, você vai ganhar na mega-sena desse jeito, porque né... ~risos~

Revirei o porão inteiro até que achei uma caixa (avá, sério? Em um porão cheio de caixas você vai achar justamente uma caixa? Tô pasma!) cheia de fotos com pessoas desconhecidas. Na maioria havia uma moça de cabelos curtos prendidos em um coque. A moça tinha face de criança. Seu corpo deixava claramente que não era uma criança e a legenda também. Dizia "Aniversário de Margaret de 14 anos". Em uma foto ela não estava como colar e nas outras estava. Então denominei que era o tal colar. Ele era lindo. O colar era simples porém dava para ver as sáfiras que haviam nele. A corrente era banhada (ou era) de Prata. O formato do pingente era de uma criança e logo abaixo da criança havia um pequeno "M". Concluíndo, o colar era lindo.

Peguei uma das fotos e fechei a caixa. Sai do porão e desci. Coloquei a foto em minha cama e fui para a cozinha. Fiz uma tigela de pipoca e subi. Como sempre, peguei um dos meus livros e me deitei na cama. Comia a pipoca de minuto em minuto até ela acabar. Por fim deixei a tigela no meu quarto, apaguei a luz e fui dormir, estava cansada demais para tentar fazer algo.

Cai em um sono profundo e desejei desesperadamente para que acontecesse algo pra eu faltar.


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Notas finais do capítulo

Avisos:
Coloquei 1D na história por segurança. Não quero chegar no Nyah! e descobrir que minha história foi excluída.
Não sei o preço do M&G então tomei a liberdade de falar que era mil reais.
Feliz ano novo (atrasado, eu sei).
Finalmente postei esse capítulo, aê.
Se tiver alguma leitora ou leitor, por favor, ME AVISEM!
Alguém vai morrer na história.
Deixe seu review. xxline



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