Destino escrita por mcorreia


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos, de novo, pois não sei se conseguirei postar de novo esse ano!
Por isso: Feliz 2013 para todos, que esse ano seja incrível e supere todas as expectativas, que cada um consiga realizar pelo menos um sonho nesse novo ano. Que o mundo melhore e que tudo dê certo!! Desejo a todos muita paz, amor, felicidade, sorte, saúde, sucesso e dinheiro no bolso, claro :P!!
Boa Leitura, e obrigada por estar aqui!



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Ian

O mês passou rápido. Três dias depois de falar com ela, a noite de Lua cheia chegou, e o Poder tomou o comando. Ao sentir a eminência corri para a floresta, e em pouco tempo, me transformei.

Dessa vez, foi diferente. Senti a dor costumeira, e me preparei para o sofrimento, mas ele não veio. No entanto, a força do Poder veio a mim mais forte do que nunca, incontrolável. Sem domínio, corri o máximo possível, aparentemente sem direção. Fugindo do que me era comum, apesar de não ter o comando, estive completamente consciente, o tempo todo. E essa consciência me permitiu perceber o que estava acontecendo. Depois de algum tempo correndo, me percebi indo para uma área residencial. Entrei em desespero. Sabia o que poderia fazer perto de pessoas estando sob o controle do Poder. Eu bem sabia...

FLASHBACK

"Acordei quebrado, me sentindo muito mal. Notei que estava no meio do mato, e percebi que havia provocado um novo colapso ambiental. Mas, até aí, tudo bem. O que me preocupava era a sensação estranha que apertava meu peito. Tentei me localizar, sem sucesso. Andei por algum tempo, até desistir. Sabia que, em algum momento, Peter me encontraria. Como esperado, depois do que me pareceu ser uma hora, meu cunhado apareceu, trazendo roupas. Ele parecia estranho, mas interpretei como sendo efeito da noite turbulenta. Fomos para seu carro, o que me fez perceber que estávamos longe de casa. Peter permaneceu calado toda a viagem, o que era estranho. Chegamos em casa e todos estavam na sala, aguardando-nos, o que era estranho.

‘O que houve?' perguntei, imediatamente.

‘Se sente, filho' pediu meu pai, aparentemente nervoso.

Para não contrariá-lo, fiz o que me pediu. ‘O que houve?' perguntei novamente, firme.

‘Corremos para a mesma direção, e dessa vez não perdi totalmente o controle.' Começou Jared. ‘Vi você saindo do seu caminho e deduzi que o Poder estava no comando. Por isso, te segui. Você parecia descontrolado, o que me deixou preocupado.' ele parou.

‘Continue.' Ordenei, sentindo um certo nervosismo.

‘Você correu muito rápido, e eu te perdi de vista...'

‘Fala.' Disse, ainda mais nervoso.

Ele suspirou pesadamente. ‘E quando te encontrei de novo, você estava atacando um cara.'

Entrei em choque.

‘Eu o matei?' perguntei, baixo.

‘Não, cara. Ele ficou muito machucado.'

‘Mas não se preocupe, filho.' Tranqüilizou-me minha mãe.

‘Como não me preocupar? Eu quase matei um homem.' Gritei, com raiva.

‘Mas não matou. E você salvou alguém, também. Aquele homem era um assassino, estuprador, procurado pela polícia há anos. Parece que iria atacar uma moça, mas você o atacou primeiro.' Disse meu pai, me empurrando de volta ao sofá.

‘Você a salvou Ian. Eu pude ver, ele iria matá-la depois. Já havia tomado a decisão. Mas você a salvou.' Disse Sophia, tentando me reconfortar.

Mesmo sabendo que havia salvo alguém, me senti mal. Corri para meu quarto, avisando-os mentalmente para não me seguir."

Depois daquele dia, passei a me embrenhar o máximo possível na floresta. Mas não consegui naquele dia. Sem ter alternativas, pus me a rezar para não encontrar ninguém, mas, ao chegar em uma rua, até então desconhecida, parei. Mais especificamente em frente a uma casa. Sem entender a situação, resolvi esperar. Passados alguns minutos, a porta da varanda de cima se abriu, e de lá saiu uma garota. Demorei alguns segundos para processar, e notei que era ela. Cassie. Senti a consciência se esvaindo, me percebi levantar. Mas eu não poderia me permitir chegar perto dela, não naquelas condições. Usando toda a minha força de vontade, retomei parte do meu domínio e corri para longe dali.

Após aquele acontecimento, preferi me afastar dela. Por mais que me doesse, e fosse difícil, decidi me manter longe. Não sabia o que poderia acontecer na próxima lua cheia, e não tinha o direito de expô-la a um perigo como aquele. Em pouco tempo, a alegria dos primeiros dias foi se esvaindo e a dor retornou a seu lugar. Minha mãe se preocupou, e até conversou comigo, tentando me convencer a me aproximar dela novamente. Mas nada me faria mudar de idéia. Sentia minha família esmorecendo junto a mim, e decidi que assim que aquele ano acabasse iria embora. Procuraria um lugar para mim, de maneira que minha família não fosse obrigada a sofrer junto a mim.

Todos os dias eu a via, de longe. E havia descoberto muitas coisas sobre ela. Sabia que tinha 16 anos e que não conhecia o pai. Sabia que ela morava com a avó e com a mãe, que era uma advogada renomada. Sabia que Anita era sua melhor amiga e que nunca havia namorado. Sabia que quando fazia sol ela ficava mais feliz e que detestava os "populares".

Com o tempo, as pessoas foram tomando coragem para se aproximar de nós. Principalmente as meninas, o que deixava minha irmã louca e meu irmão animado. Algumas dessas pessoas eram realmente legais e tornaram-se nossos amigos, como Anna, uma loira baixinha e espevitada,John, um cara muito gente boa e divertido e Philip, um cara enorme, uma caixa de músculos, mas com o coração de criança. E outras tantas eram completamente desprezíveis, como os jogadores do time de futebol e a maioria das líderes de torcida, com suas saias que quase mostravam seus úteros e com cérebros semelhantes a uma noz.

Com o tempo fui me acostumando com aquelas pessoas, e a escola tornou-se suportável.

Naquele dia eu estava especialmente distraído, andando pelos corredores com a cabeça longe. Minha falta de atenção era tanta, que no meio do caminho esbarrei em alguém. A garota iria cair, e a segurei antes que seu corpo tocasse o chão. Só então senti seu cheiro.

"Ai meu Deus. Me desculpe." ela disse, nervosa, enquanto se firmava no chão, ainda atrapalhada, me fazendo rir. Ao ouvir minha risada, ela olhou em meus olhos, e sorriu também.

"Acho que a gente só se encontra assim." brinquei, soltando-a.

Ela riu também. "Eu juro que não é de propósito." disse, engraçada.

"O mesmo para mim!"

"E então, moço. Nunca mais nos vimos." comentou.

"Pois é, moça..." disse, observando-a. Ela parecia diferente. Mais solta, menos tímida.

"E mesmo assim o acaso ainda nos faz nos encontrar tão delicadamente."disse, fazendo-me perceber a ironia em sua voz.

"Ou talvez seja o destino." comentei, meio sussurrando.

Ela riu, novamente. O som de sua risada, era como música em meus ouvidos. Era doce e melodiosa, e nada forçada.

"Bem, então talvez devamos seguir o destino." propôs, também sussurrando."Topa almoçar comigo, hoje?" perguntou, deixando-me surpreso.

"Claro!" respondi, feliz. "E a Anita? Vai almoçar com a gente?"

"Não, não. Hoje ela vai ensaiar com o grupo de dança..." respondeu.

"Ok. Então nos encontramos no pátio?"

"Ótimo! Então nos vemos no pátio, assim que bater o sinal"

"Perfeito."

"Até mais, então." disse ela, já saindo.

Mesmo quando deu as costas, continuei olhando-a correr para sua sala,mas antes de virar o corredor ela virou para mim e acenou, e eu respondi. Me sentia feliz, e animado, meio eufórico, na verdade. A alegria era tanta, que até esqueci que tinha decidido me afastar. Mas isso era algo em que pensaria depois.


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Notas finais do capítulo

Feliz 2013!!



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