Destino escrita por mcorreia


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas desse Brasil!!!!!!!!!!! Como estão??? E esse 2013?? Ótimo ou maravilhoso? Espero que os dois! Quero agradecer, mais uma vez, pelos comentários! Ficou super animada com eles!!
Bem, agora, beijos, e boa leitura!
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Cassie

Corri para sala de aula, feliz por ter deixado de ser uma idiota. Depois daquele papel de boba que fiz na última que nos vimos, era revigorante ter conseguido me comportar como eu mesma.

Nas últimas semanas ele havia sumido. Não o via nos corredores, e, devo admitir,queria vê-lo. Durante alguns dias me peguei pensando em seus olhos, seu cheiro, sua voz, e me senti completamente idiota. Mas, graças aos céus, logo passou.Corri para a sala de aula e me sentei, como sempre, ao lado da minha espanhola louca.

"Posso saber o motivo do sorriso besta?"Perguntou, maliciosa, me fazendo rir.

"Nada, Ani. Nada." respondi, enquanto abria o livro de inglês.

"Como nada? Você some e depois volta com essa cara de feliz, e não foi nada?! Conta." pressionou, puxando de leve uma mecha do meu cabelo, fazendo-me prendê-lo.

"Tá, bom, sua chata. Eu vou almoçar com o Ian."

Ela soltou um gritinho, recebendo um olhar reprovador da professora.

"Ele te chamou? Como?"

"Não, não. Eu o chamei. Esbarrei nele-"

"Você não tem jeito..." comentou, me interrompendo, fazendo-me olhá-la com os olhos em fenda. O que a fez rir.

"Sim. Comentários a parte. Vamos almoçar juntos hoje."

"Finalmente. Essa é a Cassie que eu conheço. Não aquela garota tímida da última vez."

Revirei os olhos, e me voltei para a professora, que já começava a aula.

Antes que pudesse me dar conta, a hora do almoço havia chegado. Anita correu para o ginásio, e eu fui para meu armário, onde guardei minhas coisas e peguei meu surrado exemplar de O Morro dos Ventos Uivantes. Andei até o pátio, prendendo o cabelo em um coque frouxo. Ao passar pela área aberta,puxei mais as mangas da fina blusa que usava para proteger-me do frio. Ele me esperava, encostado em uma das pilastras, com um belo sorriso estampado em seu rosto, fazendo-me sorrir também.

"Oi!" cumprimentei-o.

"Olá!"respondeu, sorrindo.

"Vamos?" perguntou, estendendo o braço, o qual eu aceitei.

Já no refeitório, pegamos nossas comidas e nos sentamos em uma mesa mais afastada, numa vã tentativa de evitar os comentários já presentes.

"Acho que seremos o assunto da semana..." comentei, para logo depois dar uma mordida em minha maçã.

"Eu já sou..." ele disse, presunçosamente, fazendo-me rir.

"Desculpa, famoso. Eu sou apenas uma reles mortal,não aprendi a lidar com a fama..." brinquei

"Sem problemas. Um dia você se acostuma." comentou.

O silêncio se estabeleceu por alguns segundos, mas nos olhamos e recomeçamos a rir. Sua risada era gostosa, rouca. Combinava com ele.

"E então. Quantos anos você tem, moço?"

"18, moça. E a senhorita?"

"16... Como veio parar em Toronto?"

"Minha mãe é médica e meu pai tem uma empresa que faz aviões. Eu e meus irmãos passamos a vida toda sendo rebocados pelas pontes áreas do mundo..." explicou

"Humm..."

"E você, nasceu aqui?"

"Nasci em Vancouver, mas minha mãe tem um consultório de advocacia, e com o tempo, foi abrindo filiais pelo país, e eu, como pacote fixo, ia junto, até pararmos aqui há 5 anos."Respondi."E você, está gostando daqui?"

"Aqui é bem legal, me lembra bastante a Inglaterra, onde nasci. Me sinto bem aqui. Como há muito não me sentia." respondeu, sorrindo."Mas e você, tem namorado?" perguntou, meio de repente, me fazendo rir.

"Wow, entramos nas perguntas íntimas!" brinquei. "E respondendo à sua pergunta: Não. Não tenho namorado."

"Por quê?"

"Meio por opção dos outros, por opção minha. Os garotos da minha idade não estão muito preparados para namorar alguém tão auto-suficiente como eu."

"São uns idiotas." ele disse, me olhando intensamente, fazendo-me corar.

"Mas e você? Tem namorada?"

"Não, não." ele respondeu. Seus olhos tornaram-se ainda mais escuros, e percebi que aquele era um assunto desconfortável para ele.

"Mas é claramente por opção sua." comentei.

Ele simplesmente me olhou com a testa franzida, num questionamento mudo.

"Ah. Vai dizer que você ainda não notou. Elas só faltam tirar a roupa pra você." falei, não acreditando que ainda não havia percebido.

"Ah. Essas garotas. Bem, nenhuma delas me interessa." disse, firme,olhando-me intensamente de novo. Ficamos novamente em silêncio, até que sua atenção se desviou para o livro que eu apertava entre meus dedos.

"O Morro dos Ventos Uivantes?"

"Sim. É o meu livro favorito." respondi, o que o fez me olhar um tanto confuso. "Quê?"

"Bem. Acho que a maioria das garotas de 16 anos, pelo menos hoje em dia, preferem algo como Crepúsculo, sei lá."

"Não sou bem o que se pode chamar de garota comum... Acho que você já deveria saber." limitei-me a comentar. Ele sorriu.

"Mas por quê exatamente esse livro?"

"Não sei. Nunca acreditei muito em amores eternos, sabe. E aquelas histórias extremamente românticas e melosas me deixam enjoada. Sou romântica, claro. Mas eu vejo o amor como algo mais profundo. Intenso. E o romance de Catherine e Heatcliff é meio que uma caricatura disso. Eles se amam e se odeiam com a mesma intensidade." respondi."Eu sou um pouco como a Catherine." disse, vendo arquear uma sobrancelha. Me fazendo rir.

"Não se preocupe. Não sou nenhuma psicopata homicida em potencial. O que quero dizer é que, como ela, não acho que mudaria quem eu sou por outra pessoa. Mas, diferente dela, o faria se visse que estava magoando a pessoa que amo."

"Um tanto controversa..." comentou, num meio sorriso.

"Eu sei!" ri.

Conversamos mais, e quando nos demos conta, o refeitório estava quase vazio. Fomos juntos até minha sala, onde nos despedimos. Ele deu um beijo em minha testa e seguiu até sua sala, deixando-me parada em frente a sala com uma sensação boa no peito.



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