Destino escrita por mcorreia


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey! Como foi o Natal? Esse ano Papai Noel veio bem gordo, bêbado e cheio de presentes??! Espero que sim!
Bem, que essa semana seja maravilhosa para todos nós, e boa leitura!!



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Ian

Acordei cedo naquela manhã. Como sempre, corri pelas ruas para descarregar as energias. Quando cansado, era mais fácil controlar o Poder e me manter sem explosões de raiva. Voltei para casa, tomei banho e fui para cozinha, onde todos já esperavam na mesa do café da manhã. Cumprimentei todos e comemos conversando amenidades. Eu via nos olhos de cada um a vontade de perguntar mais sobre a garota, mas preferiram não fazê-lo, o que me aliviava.

Depois do café da manhã, pegamos nossas mochilas e fomos para o colégio, Sophia e Peter num carro, eu e Jared em outro. Durante todo o percurso, conversamos animadamente sobre esportes e ele me contou sobre uma garota que havia conhecido. Um pouco depois, já no colégio, nos despedimos e cada um foi para sua sala.

Pensei em esperar ela chegar, mas, como eu não queria assustá-la , preferi não fazê-lo. As aulas passaram lentamente, o que me deixava irritado. Quando eu já não estava aguentando e ponderava se fazia ou não o professor "decidir" terminar a aula mais cedo, o maldito sinal para o almoço finalmente bateu. Saí da sala o mais rápido que a minha "humanidade" permitia e corri para o refeitório. Peguei minha comida e me sentei na mesma mesa que no dia anterior, e esperei por minha família. E por ela.

Cinco minutos se passaram e pareceram uma eternidade, mas minha família entrou, pegaram suas comidas e vieram até a mesa.

"Hey, cara." disse meu irmão, sentando-se ao meu lado. Percebi que as pessoas ainda nos olhavam, mas eu não me importava. Queria vê-la.

"Hey mano." falei.

Minha irmã me fez cafuné e meu cunhado bagunçou, ainda mais, meus cabelos. Conversamos, porém todos perceberam que minha cabeça estava longe.

Quando já estava quase desistindo, e tendo certeza de seu sumiço, ela entrou correndo no refeitório. Suas bochechas estavam vermelhas e seus cabelos esvoaçantes. Ela estava acompanhada por uma amiga, e o foi o que me conteve. Elas sorriam e conversavam, o que me deixava curioso, tentado a saber sobre o que falavam.

"Será que era sobre algum outro garoto. Se fosse..."

E aí a ficha caiu. Se fosse, eu nada poderia fazer. Não tinha nenhum direito sobre ela. Ela não era minha, mesmo que minha tola mente tentasse me convencer do contrário, minha racionalidade, incrivelmente ainda existente, esfregava na minha cara o verdadeiro fato. Ela não era minha.

Mas eu não ligava. Queria ficar perto dela. Sentir seu cheiro, ver seus olhos de perto, fazê-la sorrir. Eu sabia que ela não era minha Katherine, porém a queria perto. Cassie.

Esperei que ela sentasse e se alimentasse. Não queria que ela passasse mal. Minha irmã percebeu minha ansiedade e sorriu ao notar que eu esperava que ela se alimentasse. Ela sabia que eu me preocupava.

Cinco minutos depois, não resisti e resolvi ir à sua mesa. Elas conversavam animadamente, e sorri internamente ao notar sua alegria.

"Com licença." disse, chamando sua atenção.

Ela me olhou meio surpresa e corou quase que imediatamente. Tão linda.

Sua amiga sorriu amplamente, deixando-a ainda mais corada.

"Oi." ela disse, tímida.

"Queria me desculpar pela minha reação ontem." comecei, sem jeito. "É que você é realmente parecida com alguém que conheci há algum tempo." 50 anos, para ser exato. Mas, óbvio que eu não diria isso.

"Ah, eu imaginei. Tudo bem" ela disse.

"Bem, acho que devo me apresentar corretamente." disse, estendendo minha mão em sua direção. "Eu sou Ian Mason, é um prazer, senhoritas." disse, levando sua mão, que ela havia posto acima da minha, a meus lábios. A textura de sua pele em contato com a minha me fazia tremer por dentro. Seu cheiro doce e floral penetrou meu sistema, deixando-me em êxtase. Infelizmente, cedo demais, tive que soltar sua mão, e repeti o gesto com sua amiga, que se apresentou:

"Sou Anita Hernandes. É um prazer conhecê-lo, Ian. Principalmente depois de ouvir tanto falar da sua pessoa." disse ela, piscando para Cassie.

Sem me conter, sorri amplamente. Ela havia falado de mim!

"Anita!" repreendeu, Cassie, ainda mais vermelha.

Ri. "Bem, acho que é melhor deixá-las. Acho que estou constrangendo-a." disse, mesmo sem querer fazê-lo.

"Não." disse ela, de supetão, deixando-me eufórico. "Quer dizer... Não está me constrangendo. É só a Anita que é besta, mesmo." disse, lançando um olhar reprovador à amiga.

"Que bom!" disse, sinceramente, enquanto Anita sorria. "Mas eu realmente tenho que ir. Hoje vou embora mais cedo e meus irmãos estão apenas me esperando." disse, indicando a mesa da qual meus irmãos nos observavam.

"Ah. Ok, então."

Sorri mais uma vez e despedi-me beijando, novamente, a mão de cada uma. Com o peito repleto de alegria, fui em direção a meus irmãos. Realmente iríamos realmente sair mais cedo. A lua cheia se aproximava e era arriscado que nos mantivéssemos perto à outras pessoas. Qualquer coisa era motivo para irritação, e o risco era enorme.

Meus irmãos me esperavam sorridentes, e, por me conhecer tão bem, não fizeram nenhum comentário.

Eu estava eufórico. Poderia estar sendo meio machista e presunçoso, mas meu peito se enchia de alegria ao saber que a deixava sem jeito. Há muito, muito tempo eu não me sentia tão feliz.

Dirigi até nossa casa, e fui diretamente para meu quarto. Jogando-me na cama, pus-me a pensar nos últimos acontecimentos, esquecendo-me até de que em poucos dias eu viria a me tornar um monstro. De novo.



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