Destino escrita por mcorreia


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

O espírito natalino baixou em mim hoje, e vou postar dois capítulos, porque a vida é um morango e tá tudo certo na Bahia!!
Obrigada por lerem, e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/303611/chapter/7

Ian

Acordei já no fim da tarde, ouvindo o barulho vindo da sala. Levantei e fui ver quem era. Minha irmã e mãe pareciam preocupadas, meu pai, irmão e cunhado desconfortáveis.

"Hey, o que houve?" perguntei, sentando na poltrona mais próxima.

"Eu contei para eles o que houve." disse, meu pai.

"Ok." disse apenas, sem saber o que falar.

Minha mãe veio e me abraçou, sendo seguida por Sophia.

"Como está, meu menino?" disse minha mãe, me fazendo sorrir com o tão conhecido apelido.

"Confuso e ainda atordoado. Mas estou um pouco melhor. Amanhã vou vê-la de novo." disse, sorrindo involuntariamente. "Só que agora eu vou dormir. Essa história me deixou esgotado e, o Poder está se fortalecendo. Eu preciso dormir. Só vou comer uma fruta." disse já me levantando e saindo o mais rápido possível, não deixando brecha para mais nenhum comentário. Já havia pensado demais naquela história, e aquilo estava me enlouquecendo. O desespero havia se esvaído, mais eu ainda estava confuso. E queria vê-la novamente. Nem que fosse só para pedir desculpa por minha reação esquisita. Mas no fundo eu sabia, que apenas queria estar perto dela. Eu sabia que ela não era a minha Katherine, pelo menos tentava me convencer disso. Peguei umas maçãs e corri para o quarto em velocidade sobrenatural. Já no meu quarto, comi e resolvi tomar outro banho. Saindo do banheiro, encontrei Sophia sentada em minha cama.

"Oi, Sosô." disse, cauteloso, sentando-me ao seu lado.

"Nem me venha com essa história de 'Sosô', seu ingrato" disse, brava. " Como pode. Uma coisa dessas acontece e você some. E nem conversa comigo"continuou, agora parecendo magoada.

Envolvi-a em meu braços e comecei: "Tenta entender, Sosô. Eu fiquei desesperado."

"Humpf." Disse "Ok. Eu te entendo. Mas quero que me conte tudo. Tudo mesmo."

"Meu coração acelerou, sabe. A dor diminuiu a quase nada. E senti-la em meus braços, foi perfeito." disse, lembrando das sensações. "Eu quero vê-la de novo. Ficar perto dela."

"Mas, você sabe... Ela não é a Katherine." disse, não contendo sua preocupação.

Eu entendia o que ela queria dizer. Também me assustava a possibilidade de confundi-la com Katherine. Mesmo minha mente sabendo que ela era Cassie, mesmo tendo tido o corpo sem vida de Katherine em meus braços, meu coração batia forte por ela.

"Eu sei. Eu vou tomar cuidado com isso." falei, tranquilizando-a.

"Papai nos contou que Paul está vindo."

"É eu soube. Só espero que ele não arranje problemas." falei. "Mas o que será que ele descobriu. E como sabe que será útil para nós?"

"Eu nem imagino, mas sei que ele sabe tudo o que aconteceu conosco nos últimos anos."

"Como?" perguntei, dando de ombros.

"Paul sempre foi esperto. Conhece muita gente. E se importa conosco. É claro que ele continuou monitorando a gente. Ele também é um vidente, lembra? E é melhor do que eu?"

"Sim, mas e se ele só tiver jogado verde. Sei lá. Um jeito de se aproximar de novo. Meu pai nunca o perdoou. Talvez ele só queria se aproximar para isso. Talvez ele nem tenha descoberto nada." disse. Ainda não confiava que Paul pudesse ter descoberto algo realmente útil.

"Ou talvez ele tenha descoberto exatamente o que precisamos. Temos que dar essa chance a ele."

"Talvez você tenha razão..." suspirei, convencido. "Quando será que ele vem?" perguntei, me encostando na cama.

"Ainda não consegui ver. Ele não decidiu, mas sei que será antes do fim do mês."

"Você tem visto ele?"

"Algumas vezes. De relance. Ele sempre teve problemas com decisões, você sabe. E isso dificulta meu trabalho. Mas sei que ele tá bem."

"Eu quero que isso acabe logo."

"Você quer vê-la, não é?"questionou, porém parecia mais uma afirmação.

"Quero. Muito." confessei.

"Não se preocupe. Eu estarei do seu lado. E o Jay também. Ele ainda está meio desesperado com essa história da Destinada, mas também tá preocupado contigo. E disposto a te apoiar. Em tudo que você precisar."

"Obrigado. Sério mesmo."

"Sem agradecimentos! Somos irmãos. Temos que nos ajudar. Família, moleque." ela disse, sorridente.

Suas palavras foram meio que uma indireta. Eu sabia que nos últimos anos, estava tão concentrado e mergulhado em meu sofrimento que negligenciei nossa família. Eu via isso claramente com o próprio Jared. Quando ele nasceu, já havia muitos anos que Katherine havia morrido, e, pelo menos até os seus dez anos eu fui um bom irmão. Mas coisas aconteceram, ou melhor, pessoas retornaram à nossas vidas, e fizeram toda a raiva e dor inicial voltarem, fazendo-se voltar a me esconder do mundo. Sumi por um ano, mas ao notar o que estava fazendo com aqueles que mais amava, retornei. Porém, a distância que aqueles anos estabeleceram entre mim e meu irmão estava sendo lentamente superada. Aos poucos nos aproximamos, e éramos quase como quando ele era um moleque de 10 anos de idade. E isso me fazia ver algo pelo qual continuar vivendo. Família. Minha família.

Conversamos um pouco mais e logo ela se despediu e foi atrás de seu marido. Joguei-me na cama e em pouco tempo peguei no sono. Não lembro bem o que sonhei, mas lembro claramente de que neles predominaram claros olhos castanhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lembrem-se: aceitando beta!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.