Destino escrita por mcorreia


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que esse é o capítulo mais fofo que a minha mente foi capaz de produzir até hoje! Esse povo apaixonado... :P
Espero que gostem, e não se afoguem no mar de fofura!
Boa Leitura e bom fim de semana ^^



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Jared

No instante em que nossos olhares se cruzaram, senti as coisas mudarem. Como se meu corpo fosse uma máquina, senti que todos os fios foram reorganizados, fazendo-me funcionar de outra maneira. O universo ao meu redor não mais existia, tudo fora da bolha criada pelo poder que emanava daqueles belos olhos verdes não fazia sentido. Apenas ela fazia sentido. Senti como se uma linha, invisível, porém irresistível, me puxasse em sua direção. Mas eu não queria resistir mesmo. Aproximei-me da garota e tomei sua mão entre as minhas, e levei aos lábios, depositando um beijo suave em sua pele quente.

"Prazer, Jared." falei, olhando profundamente em seus olhos verdes água.

"Prazer, Anita." ela disse. Sua voz era doce e me lembrava pequenos sinos. Como uma música bela e alegre. Senti sua voz enviar vibrações por todo meu corpo, atingindo até o mais profundo lugar de meu coração.

Seus cabelos negros iam até seus ombros, levemente ondulados e eu podia sentir claramente o cheiro floral e intenso que emanava de sua pele morena, dando-lhe um ar quase místico. Ela sorriu levemente e duas pequenas covinhas marcaram suas bochechas, deixando-a ainda mais encantadora.

Naquele segundo, senti o que todos falavam. Admiração, o carinho, o sentimento de proteção. O amor. Era por ela que eu viveria a partir daquele instante. Para protegê-la e fazê-la feliz. Plenamente. Ela era minha. E eu era completamente dela. E mesmo depois de alguns anos de objeção, me negando pertencer a uma pessoa, senti que não me importaria, na verdade, seria feliz, sendo incondicionalmente dela.

Senti o Destino tecendo nosso futuro, como uma tecelã experiente e astuta, sem saber quais seriam os nossos caminhos. Poderia ser que não ficássemos juntos. Mas saberia que estaríamos próximos.

Em frente aos meus olhos vi um flash de toda sua vida. Desde de seu complicado nascimento em Madri, na Espanha, como ela passou os últimos dez anos de sua vida mudando-se de um país a outro, tentando adaptar-se a vida peregrina de seus pais,até os últimos segundos, quando nossos olhares se encontraram. Senti cada ápice de alegria e condoí-me por cada lágrima derramada. Senti-me mal por não ter podido segurar sua mão enquanto sofria pela perda de sua amada avó,e senti-me renascer por cada momento feliz que viveu. Enfureci-me por cada garoto que aproximou-se dela e me alegrei por nenhum tê-la marcado. O quê fazia total sentido, pois ela era minha. Compartilhei com ela cada alegria e cada tristeza, e senti algo em meu peito mudar. Senti-me amadurecer e compreendi muito mais o universo ao meu redor. Senti o Poder crescer e se espalhar por cada nervo do meu corpo, mas não de maneira controladora, e sim de forma consistente e fortalecedora. Senti que poderia mover a Muralha da China se necessário, e que poderia passar por tudo. Por ela. Para mantê-la bem.

O que pareceram horas foram apenas segundos. Ela ainda sorria lindamente para mim, que retribuí, bobo.

Entendia perfeitamente o que meus pais sentiam. O que Sophia e Peter sentiam. Eu seria capaz de carregar o planeta nas costas, literalmente, só para vê-la sorrindo.

Sentei-me ao seu lado e começamos a conversar. Em pouco tempo soube um pouco mais sobre ela. Ela amava a Espanha e sentia falta de sua casa. Adorava dançar. Amava rock, e não vivia sem música. Tinha ido a todos os shows de RHCP na América do Norte, desde os 5 anos de idade. Ela detestava as líderes de torcida e era louca por chocolate. Percebi algumas manias que ela tinha, como, por exemplo, colocar o cabelo para trás, mas ele logo voltava ao seu rosto. Ela mordia os lábios quando se sentia constrangida e seus olhos tinham um brilho flamejante quando falava sobre as coisas de que gostava.

Antes que eu me desse conta, o almoço havia acabado. Minha irmã e cunhado se despediram e foram para suas aulas, sendo seguidos por Cassie e Ian. Notei que nem tive a oportunidade de gastar com minha mais nova cunhada, mas isso era algo que faria depois.

"Bem, é melhor eu ir." ela disse, pegando sua bolsa.

"Ah, claro, claro. Hum... Será que eu posso levá-la até sua sala?" perguntei, timidamente.

"Se você não tivesse oferecido, eu iria dar a ideia!" ela disse, sorrindo, me fazendo rir.

Acompanhei-a até a sala, e no caminho conversamos mais.

"Bem, é aqui que eu fico." ela disse, colocando o cabelo para trás.

"É, pois é." falei, meio hipnotizado, tirando delicadamente uma mecha que insistia em cair sobre seus lindos olhos.

"Então... Tchau." disse Anita, sorrindo timidamente.

"Hum. Você poderia me dar seu número, sabe, para conversarmos." pedi, dando o meu melhor sorriso. Eu tinha que tentar!

Ela sorriu também e me passou seu número, anotei no celular e liguei para que ela pudesse gravar o meu. O aparelho vibrou em suas mãos e então, com um pequeno beijo em seu rosto, me despedi da garota, que a partir daquele dia, tornou-se, literalmente, a razão da minha existência.


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