Destino escrita por mcorreia


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Semana nova, capítulo novo!
Como foi a primeira semana do ano??
Queria saber do que mais estão gostando, e do que não estão gostando!
Esse capítulo vai matar um pouco da curiosidade de vocês sobre a maldição e sobre a pobre vida do meu querido Ian.
Enjoy the chapter!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/303611/chapter/11

Ian

O feriado tinha finalmente chegado, fechando com chave de ouro aquelas que foram as melhores semanas dos últimos 50 anos. Almoçamos juntos todos os dias, algumas vezes só nós dois, outras com Anita, e essas eram as mais interessantes e algumas vezes com minha família.

FLASHBACK

"Nos encontramos novamente no pátio e fomos conversando animadamente para o refeitório.Naquele dia Anita iria novamente dançar, portanto, éramos só nós dois. Pegamos nossas comidas e quando ela novamente ia em direção a nossa comum mesa,peguei seu braço, impedindo-a.

'Quê?' perguntou, sem entender minha reação. Colocou a bandeja numa mesa próxima e prendeu os cabelos, uma reação, que aprendi que significava que ela estava nervosa, ou com vergonha.

'Vamos almoçar com minha família, hoje? Minha irmã está doida para te conhecer. Por favor.' disse, sorrindo torto, do jeito que, como ela havia me dito, a desconcertava.

'Humpf. Você é impossível.' ela disse, falsamente brava, me fazendo sorrir ainda mais.'Tá bem. Vamos.'

Fomos à mesa, onde minha família nos esperava sorridente.

'Família, essa é Cassie.' disse, puxando a cadeira para que ela pudesse se sentar.

'Cassie esses são: Sophia,minha irmã,' indiquei a loirinha sorridente e mal se controlava na cadeira, me fazendo revirar os olhos.'Peter, meu cunhado,' indiquei meu cunhado sentado ao lado de minha irmã. 'e esse aí com cara de besta é o caçula da família, Jared' indiquei meu irmão, que num ato de total e completa maturidade me mostrou a língua, fazendo-a rir.

'É realmente um prazer conhecê-la Cassie.' disse minha irmã, sorrindo amplamente.

'É. Principalmente depois de passar mais de uma semana ouvindo falar sobre você...' disse Peter.

'A Cassie é tão inteligente.' falou Jared,engrossando a voz, numa besta imitação.

'A Cassie é tão linda.' continuou minha irmã.

'Tão legal.' disse Jared, com uma voz esquisita.

Joguei batata frita neles, fazendo-a rir. Depois da brincadeira besta começamos a conversar animadamente. Peter e Jay contavam piadas toscas e em pouco tempo Cassie e Sophia se engajaram numa animada conversa feminina parecendo velhas amigas.

'Bem, eu acho que devemos parabenizá-la.' disse Sophia, alto, chamando nossa atenção.

'Parabenizar? Pelo quê?' perguntou Cassie, curiosa.

'Você resistiu ao meu irmão! O conhece há uma semana e resistiu a ele!' disse minha irmã, futura morta, fazendo-os rir.

'Conte-me, como conseguiu essa proeza!' pediu Peter, querendo ter o mesmo trágico futuro de sua esposa.

'Talvez, ele não seja tão irresistível...' comentou Cassie, olhando me sedutora e intensamente. Seus olhos queimavam e eu podia me sentia quente. Muito quente.

Meu irmão praticamente uivava de tanto rir, e meu cunhado o acompanhava.

'Ah, por favor.' disse, jogando a cabeça para trás, fazendo-os rir mais ainda.

'É, Ian. Acho que você não é mais tão sedutor.' perturbou meu irmão.

'Talvez você devesse ensinar algo a ele.' disse Cassie a Jay, com a voz carregada de zombaria. Fazendo todos rirem novamente. Apenas revirei os olhos e me permite um pequeno sorriso. A cena à minha frente me parecia um djavú. Nela não havia Jared, mas o clima e a personagem principal eram quase os mesmo. Ela se dava muito bem com minha família, e mesmo unidos contra mim, aquilo me fazia bem, e enchia meu coração de uma esperança até então desconhecida.Talvez ainda houvesse uma vida para mim."

Depois daquele dia,Cassie e Sophia estavam se aproximando cada vez mais.

Era sábado, e, como sempre acordei cedo e fui correr. Fui para um pouco mais longe e quando voltei para casa, um pouco antes das 12hs, tive uma grande surpresa ao encontrar Paul sentado junto ao resto da família na sala. Cumprimentei a todos e corri para um banho rápido.

"Que bom que já chegou, filho." disse minha mãe me puxando para sentar ao seu lado.

"Ok, agora que meu querido sobrinho chegou, vou contar o que descobri." disse meu tio. Ele estava um tanto diferente do que eu lembrava. Sua barba estava crescida e seu cabelo maior. Seus olhos pareciam mais maduros, ele parecia maduro.

"Bem, como já sabem graças a minha sobrinha prodígio," começou, sorrindo para Sophia, que sorriu de volta. "durante os últimos anos,estive em diversos lugares e com diversas pessoas. Nesse tempo, ouvi várias vezes falar sobre uma tal lenda. No início, ignorei a história, nunca achei que nada pudesse ser mais surpreendente do que a nossa própria, mas ouvi tantos comentários e conheci tantas pessoas que procuravam pela lenda, que resolvi prestar atenção nela. E ao ouvi-la, me lembrei imediatamente da sua história, Ian."ele disse."A lenda começa há muitos séculos, com a história que todos conhecemos." "Havia um vilarejo, bem pequeno, e como era comum, todos se conheciam. Porém,o lugar ficou em polvorosa com a chegada de uma nova moradora. Ela era uma jovem moça, misteriosa e bela. Sua beleza atraiu a atenção dos jovens rapazes da vila. Eles era sete. Klaus, Henry, Eric, Frederic,Ethan, Kyle e Natheniel.Curiosos sobre a moça, eles a espionavam noite e dia e passaram a investigá-la, em pouco tempo descobriram seu segredo: ela era uma bruxa. E das Poderosas.Eles ficaram com medo da descoberta, e pensaram que ela os havia enfeitiçado, para que todos se encantassem por ela. O que não era verdade. Por pura molecagem, eles a enganaram e contaram seu segredo para todos no lugar,durante a festa da colheita. Ela ficou possessa, e como castigo, os amaldiçoou, de maneira que todos os meses, em noites de Lua como aquela, eles iriam se transformar em monstros, piores do que o que eles pensavam ser ela. E a maldição se estendeu por muitas gerações, se expandindo e chegando a nós. E aí que entra a lenda. De acordo com as pesquisas que fiz, apesar de ser uma das Poderosas, ela não era completamente má, e criou uma saída para a maldição. E aí que entra você.Ela determinou, que um dia,a maldição iria pular uma geração e uma garota, descendente de um dos sete, seria completamente humana. E essa seria a Destinada de um descendente, porém esse com a maldição. Eles se conheceriam e teriam um amor poderoso, o mais forte, e, após o Laço da União, ao invés de tornarem-se imortais, tornar-se-iam completamente mortais. Um teria que matar o outro, e só então a maldição seria quebrada."

"Ah, e você ainda diz que ela não era completamente má..." comentou minha irmã, tirando-nos do torpor em que estávamos.

"Mas quem garante eu sou o homem dessa lenda?" perguntei, incrédulo.

"Parece que não me conhece, garoto. Eu pesquisei toda a ascendência de sua Katherine. E descobri que ela é descendente direta de Natheniel. É uma das poucas famílias que não se ramificou muito. E o resto eu fui deduzindo. Sua Katherine morreu antes do Laço, e sua sobrevivência é como se fosse uma segunda chance para quebrar a maldição. Só não sei como. Já que o destino só se mostra uma vez, em relação a isso."

"A menos que fosse pela mesma pessoa." disse Sophia, incrédula.

"Cassie." disse, sentindo o ar fugir. Não podia ser. Ela estaria correndo risco. Desesperado, levantei Paul pelo colarinho.

"Quem mais sabe dessa história?" gritei, apertando seu pescoço.

"Larga ele. Larga." Meu irmão e pai gritavam também tentando me afastar.

"Ninguém, só minha Emily, mas ela nunca contará nada assim para ninguém." ele disse, ofegante, quando o soltei.

"Quem é essa Emily?" perguntei, furioso.

"Minha Destinada. Não precisa se preocupar." ele respondeu, levantando-se e se pondo a minha frente.

"E quanto as outras pessoas que sabem da lenda?" perguntou meu pai, também preocupado.

"Eles não fazem ideia de que a lenda pode ser verdadeira e sabem menos ainda da existência do Ian." respondeu. "Mas por quê o desespero? Você só correria risco se a Katherine ainda estivesse viva."

"Mas é como se estivesse." disse, amargamente, fazendo-o me olhar num questionamento mudo."Existe uma garota. Ela é uma cópia exata da Katherine. Até seu cheiro. Tudo."

"É, tio. Ela é exatamente igual. E pode ocupar o lugar da Katherine como Destinada do Ian. Ele sente por ela, o destino presente." disse Jared.

"Mais que merda. Mas você não a beijou, não é?" perguntou, nervosamente.

"Não. Claro que não." respondi,com a cabeça entre as mãos.

"Então é isso. Você tem que se afastar dela." disse minha mãe, a dor clara em sua voz.

E novamente, senti algo se partindo dentro de mim. Se aquela história fosse real, eu não poderia, de maneira alguma, ficar perto dela. Não podia expô-la a um risco como aquele. Nunca. Minha cabeça parecia que iria explodir, e num impulso,sai de casa, batendo a porta, sem rumo, deixando a mensagem para que não me seguissem.

Corri por um tempo indeterminado, até me encontrar em um lugar repleto de árvores grandes e densas. Estava transtornado. Em meio à raiva, quebrei alguns troncos e fiz alguns buracos no chão com socos. Até ouvir passos conhecidos se aproximando.

"O que faz aqui?" perguntei com a voz embargada pelo choro e pela raiva.

"Vim conversar com você." disse minha mãe, aproximando-se lentamente.

"Conversar? Eu não quero conversar." disse chorando,chutando o velho tronco caído aos meus pés. " Você não entende. Isso tudo é mesmo uma merda. Quando finalmente tenho uma chance, quando sinto que posso voltar a viver, essa história cai como uma bomba em minhas mãos." falei, desesperado, olhando-a.

"E quem sabe se você se afastasse? Por um tempo?" perguntou minha mãe, o desespero e a angústia presentes em sua voz.

"Mas eu não posso." respondi, derrotado, caindo em seus pés."Eu a amo, mãe. Amo." falei. "Mesmo com tão pouco tempo, eu sinto que ele é minha. Minha Destinada. E mais uma vez, não posso tê-la. Não posso obrigá-la ou expô-la aos riscos." desabafei, sentindo o peso de suas palavras. O que eu sentia por aquela pequena garota era feito pelo Destino. E o mesmo Destino que me fazia amá-la com minha vida, a tirava de mim, com crueldade, novamente.

Minha mãe ajoelhou-se à minha frente, e me tomou em seus braços,apertando-me contra si, acalentando minha dor, e ouvindo meu choro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tão sofrido, o Ian, não?! Acho que esses tempos assistindo The Vampire Diaries, me deixaram meio trágica. Por que a vida dele é, resumidamente, trágica.
Mas tudo bem, uma hora melhora!
E então, estão gostando?
Obrigada pelos reviews!
2beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.