A Distância De Um Beijo escrita por ThiagoRocha


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oie, olha eu aqui ^.^
Tô passando por um surto de falta de criatividade =
Primeiramente obrigado a Sweet Girl e Ana Julia Barbosa que favoritaram a história.
E muitíssimo³ obrigado a Fraan que fez uma recomendação ~a 1°~ líndissima pra fic. =)
Não dedico esse capítulo pra Fraan pq não está a altura da recomendação HAHA, mas em breve um capítulo especial vai ser dedicado pra vc. ;) Brigadão.
Enfim, Boa Leitura.



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Capítulo XII

— Tá tudo bem sim — o médico tranqüilizou todos — Ela já está lúcida. Precisou ser injetado um pouco de soro. Agora, ela só precisa de um pouco de repouso.

— Lorenzo, você sabe o que causou o desmaio dela? — o irmão da garota indagou.

— Bem, esse é um assunto complicado. Pelo o que eu conversei com a Ju, pode ser um princípio de anorexia.

— Mas, como assim Lorenzo? Isso só não acontece com pessoas com baixa-estima e com problemas de relacionamento? — Bruno questionou — E a Ju tá num bom momento da vida dela… Não sabia que ela tava com esse problema.

— Bem, pelo pouco que eu conversei com ela, esse não parece ser o problema. A anorexia também está ligada a problemas de auto-imagem e  dismorfia. A característica principal da dismorfia é que a opinião do paciente a respeito de sua própria aparência não é compartilhada pela opinião geral das outras pessoas. No entanto, o paciente não enxerga que ele é absolutamente normal, e insiste em sua concepção de inadequação física, resistente a argumentações.  Também tem o nome de síndrome da distorção da imagem.

O médico continuou o seu diagnóstico.

— Bem, continuando. Pelo que parece a Ju está sofrendo deste problema e iniciou uma dieta sem prescrição de nutricionista algum. Quando ela chegou aqui estava muito fraca. O organismo dela tá muito debilitado de vitaminas, ferro, carboidratos e outras coisas. O bom é que ela não tem indícios de bulimia.

— O tratamento, Lorenzo… Ela vai ter que fazer sessões com psiquiatra? Essas coisas? — Marcela se pronunciou.

— Não. O tratamento vai ser basicamente uma nova dieta, que ela vai ter que seguir, vai ser um plano alimentar bem definido pela nutricionista. Mas, seria bom também que ela participasse de algumas sessões com pacientes com o mesmo problema. Pra tentar aprender e entender o problema — Lorenzo fez uma pausa — Ela vai precisar muito da ajuda e incentivo de todos vocês.

— A gente vai fazer de tudo pra que ela fique bem — Gil disse — Mas, ela já pode receber visita? A gente já pode falar com ela?

— Pode sim — o médico afirmou — Só que tem que ser um de cada vez. E acho que é melhor o Bruno ir primeiro. Tudo bem?

— Claro — o garoto disse.

— Então, Lorenzo. Em que quarto a minha irmã tá?

— Vamos. Eu te levo até lá.

Lorenzo saiu e Bruno foi ao seu encalço. Neste mesmo momento Lia chega ao hospital e é recebida por Fatinha.

— Oi Lia. Tá bem? Tá com os olhos inchados — a garota comenta.

— To sim. Só estou preocupada com a Ju — a garota escondeu que estava chorando — Ela tá bem? Onde ela tá?

— O teu pai disse que ela está num quarto em observação. Tá tomando soro e já está lúcida. O Bruno foi lá conversar com ela.

— Ai que bom. Mas, ele disse o porquê do desmaio?

— Ele disse que foi um problema, não sei como explicar — Fatinha fez uma pausa — Sabe quando a pessoa se olha no espelho e se acha gorda, mas na verdade não está. Então é tipo isso… Parece que ela teve esse problema e começou uma dieta sem supervisão de uma nutricionista.

 — Eu devia ter notado isso — Lia falou preocupada — Há algumas semanas a Ju comentou comigo que tava se sentido gorda, mas eu acabei nem levando a sério. Achei que fosse paranóia boba da cabeça dela.

— Pois é. Mas, pelo menos ela tá bem — a funkeira admitiu — Ainda bem que o Gil foi rápido em trazer ela pro hospital.

Lia e Fatinha também se sentaram no sofá da sala de espera e ficaram no aguardo da volta de Bruno, pra que também pudessem visitar a amiga.

Bruno adentrou o quarto e avistou a sua irmã deitada em cima da cama, com a expressão um pouco abatida. Ao lado da cama estava o suporte de soro, que por sua vez estava sendo injetado pela veia da sua mão.

— Oi maninha — Bruno se aproximou dela — Tá bem?

— Eu to melhor, só não sei o que aconteceu comigo — Ju pigarreou — Foi você que me trouxe pro hospital, Bruno?

— Não, maninha — sentou-se na beira da cama a sua frente — O Gil te encontrou desmaiada no quarto e te trouxe pra cá.

— Como?

— Não sei. Eu encontrei com ele na portaria dizendo que ia te visitar, e depois ele me ligou dizendo que tinha te trazido pro hospital. Ele disse que esperou você recebê-lo, mas depois de um tempo ficou preocupado e pegou a chave reserva, e te encontrou caída no chão.

— Então não foi um delírio — Ju falou por alto.

— Como assim, delírio? — Bruno perguntou preocupado.

— Não, é que antes de apagar eu vi o rosto do Gil. Só que eu achava que era coisa da minha cabeça.

— Hm — Bruno fez uma pausa — Você me deu um susto e tanto hein Juliana. Me promete que nunca vai me fazer passar por isso de novo.

— Prometo — Ju deu um sorriso fraco e o abraçou.

— Ju, o que aconteceu? Por que você não me contou que estava passando por esse problema? — Bruno tentou ser cauteloso ao tocar no assunto — Eu e os seus amigos poderíamos te ajudar.

— Sei lá, eu achava que estava acima do peso. Não achava que fosse…

— É, eu imagino. Mas, agora você tem que se cuidar. Vou ficar de olho pra ver se você vai seguir a dieta da médica — Bruno fez uma pausa — Vou ter que avisar a mãe e o pai, sobre o que aconteceu.

— Não, Bruno — a garota falou um pouco alarmada — Eles já estão cheio de problemas em Brasília, não precisa perturbar eles com mais um. Não vai acontecer de novo eu garanto.

— Tem certeza, Ju? Eu acho que eles deviam tomar conhecimento disso — Bruno perguntou e a garota assentiu coma a cabeça — Então, acho melhor eu indo pra sala de espera, por que tem gente querendo te visitar. Ah, mas eu vou dormir hoje aqui, por que você vai receber alta só amanhã, segundo o Lorenzo.

Bruno estava saindo do quarto quando ouviu a voz de Ju.

— Maninho, o Gil tá aí?

— Tá sim. Por que?

— Pede pra ele vir aqui? — ela sorriu.

— Claro.

Bruno saiu do quarto e não demorou muito tempo para que Gil aparecesse na porta.

— Oi — sorriu ao adentrar o local.

— Oi — a garota retribuiu o sorriso.

— Tá bem? — o garoto perguntou sentando-se na beira da cama onde ela estava.

A garota balançou a cabeça afirmativamente.

— Você deu um susto em todo mundo — Gil falou com a cabeça baixa.

— Obrigada, Gil — segurou a mão do garoto, e quando ele a encarou, ela percebeu que os olhos dele estavam um pouco vermelho. No entanto, resolveu não tocar no assunto.

— Por quê? — deu de ombros.

— Ué, por ter me salvado. Você foi um herói — deu um sorriso meigo.

— Para com isso, Ju — falou sem graça — Fiz o que qualquer pessoa faria numa situação dessas.

— Mas, isso não tira o seu mérito de herói.

— Tá bom — se deu por vencido — Mas, mudando de assunto, como você tá se sentindo?

— To me sentindo bem, só um pouco sonolenta — fez uma pausa — Sabe, pode parecer bobo, mas to me sentindo como se estivesse num conto de fadas. Onde a princesa fica em apuros e o príncipe encantado vem a salvar — Ju riu.

Gil riu também.

— Ai Ju, só você mesmo pra fazer graça no estado em que você está.

— Tirando o fato de que as princesas estão sempre lindas, e eu devo estar parecendo uma bruxa — ela brincou.

— Boba — Gil riu — Então você deve ser a bruxinha mais linda da terra.

— Bobo — Ju sorriu.

— Acho melhor você descansar — o garoto sugeriu — Além do mais, tem gente que quer ver se você tá bem, também. Mas, eu vou ficar aí na sala de espera até você receber alta.

— Não precisa. O Bruno vai dormir hoje aqui. E amanhã eu já vou receber alta.

— Tem certeza?

— Sim. Vai pra casa descansar — ela sorriu.

— Tá bom. Mas, amanhã bem cedo eu vou tá aqui.

— Uma vez teimoso, sempre teimoso — Ju revirou os olhos.

— Uma vez chata, sempre chata — Gil brincou e deu um beijo na testa dela — Tchau. E tenha bons sonhos, ou seja, sonhe comigo — riu.

—Tá bom. Tchau convencido — ela sorriu.

Já era de madrugada e Gil estava no seu quarto arrumando sua mochila. Havia prometido a sua mãe que não sairia mais no meio da noite pra fazer atividades perigosas, mas sentia que aquela era a hora certa pra fazer aquilo.

Saiu cuidadosamente de casa sem fazer barulho, andou alguns quarteirões e chegou ao muro ao lado da sorveteria. Ficou parado por um tempo admirando os dois marionetes que havia grafitado pra Lia.

E ali olhando para o grafite, sentia como se houvesse passado uma eternidade desde o dia que havia o feito. Tanta coisa tinha acontecido e mudado em tão pouco tempo. Havia sido um período intenso.

Colocou a sua mochila no chão e de dentro dela tirou uma lata de tinta e um pincel. E aos poucos começou a pintar o muro, e de pincelada em pincelada apagou o grafite, até que não restassem vestígios do mesmo.

“Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.”

Vinícius de Moraes


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Notas finais do capítulo

;)
E ai gostaram do capítulo? E da capa nova?