Além Das Estrelas escrita por Lady


Capítulo 18
Capítulo 17 - Um Sonho do Passado.


Notas iniciais do capítulo

yoo... estou decepcionada.
novamente eu nao recebo um comentario =.=
tsc.
boa leitura



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Capitulo 17 – Um Sonho do Passado.

“A parte mais triste da realidade, é perceber que, não importa o quanto se lute, não são todos que terão seus sonhos realizados.”

Quando ouvi minha voz ecoar pelos céus pude notar o pavor que atingiu o Dragão. Enfim ele reconhecera que eu era mais forte, mas não havia mais volta para o que faríamos.

Respirei fundo estendendo uma das mãos para a criatura enquanto a outra erguia para os céus.

- Pagará por seus crimes transformando-se na criatura que mais repudia – proclamei e logo pude ver uma aura negra envolve-lo. – Será imortal, mas esta sentenciado a viver eternamente no sofrimento e na dor de todos que você matou!

Rosnados... gritos... choros e apelos... todos eram ouvidos vindos daquele que um dia foi humano. E que logo voltaria a sua humanidade.

E logo senti sua magia sendo canalizada para mim e de mim mandei-a para os céus.

Fechei os olhos apreciando a maravilhosa sensação nostálgica.

Abri um sorriso pequeno logo reabrindo meus olhos para deparar-me com o céu tingido com raias de diversas cores.

Era a magia negra do Dragão sendo purificada. Eu podia sentir... ela... a magia, estava feliz... e por estar assim mostrou para todas as estrelas seu brilho e junto a elas uma bela aurora boreal envolveu o céu em uma camada de pura felicidade.

Baixei o olhar apenas para ver a uma figura ajoelhada trajando apenas uma calça negra. Suas mãos estavam postas nas laterais da cabeça enquanto este arfava e grunhia coisas ininteligíveis. Eu o havia avisado há muito tempo... um dia ele pagaria o preço por tudo.

Abaixei os braços terminando o que havia começado.

- Ele ainda é perigoso... – murmurou Raven.

- Acha que isso foi o certo a se fazer? – indagou Hecttor.

Respirei fundo.

- Eu não posso matá-lo... – murmurei.

- Mas nós podemos, assim como Weisslogia e Skiadrum – afirmou a líder negra.

- Mesmo assim não devemos matá-lo. Se ele mostrar-se uma ameaça novamente... se tentar ferir todos mais uma vez... não terei piedade em degolar-lhe a cabeça – confirmei.

Pude senti-los assentir.

Suspirei sentindo meu corpo pesar mais uma vez...

Respirei fundo e devagar.

- One-san? – foi à voz infantil de Quimyn que me atingiu.

Tudo o que consegui dar em resposta foi um muxoxo desconexo.

- Esta tudo bem anjo? – Victor parecia preocupado...

- Droga, ela vai desmaiar! – desta vez foi o grito de Rulian.

Minha cabeça girava. O pior é que eu ainda não sabia de onde estava tirando tanta magia...

Mantive minha respiração devagar a fim de tentar manter-me consciente. Em poucos segundos – sem que eu me desse conta do que estava acontecendo – eu já me encontrava ajoelhada no chão com todas as chaves caídas próximas a mim.

Eu não possuía mais magia para nenhum contato telepático com meus espíritos, assim como eles ficariam impossibilitados de atravessarem os portais por algum tempo.

Um gemido baixo escapou de meus lábios enquanto eu forçava minha visão para onde Sting e Rogue – agora em suas formas humanas – estavam caídos.

Fora então que descobri a fonte de toda a magia que eu estava usando.

Eram eles!

Inconscientemente eu baixei minhas barreiras... inconscientemente eu permiti a mim mesma enfraquecê-los.

Eu tinha de fazer algo por eles! E tinha de ser rápido.

Os ferimentos deles – assim como todos que ainda estavam vivos – eram críticos.

Tentei erguer-me, mas tudo que consegui foi um arfar antes de ir mais uma vez ao chão.

E lá estava eu sendo fraca mais uma vez. Desistindo quando precisam de mim.

Talvez... fosse melhor assim... certo?

Fechar os olhos e desistir em meio às lágrimas.

Se for certo ou errado eu não sabia, mas fora tudo o que consegui fazer naquele momento...

...

Abri os olhos logo me deparando com o céu escuro.

Sorri para as estrelas enquanto mostrava a grande constelação de escorpião para meu companheiro.

Vir-me-ei para encará-lo, ele estava sorrindo assim como eu e seu olhar brilhava como jamais havia visto.

Voltei-me para o céu.

- Sabia que existem estrelas que realmente realizam desejos? – murmurei a pergunta.

- Isso é mentira – afirmou-o e mesmo que sem olhá-lo podia dizer que ele estava fazendo caretas para mim.

Soltei um riso baixo. E apesar de tudo neguei a afirmação dele.

- Não completamente mentira... – murmurei novamente. – Existem realmente estrelas que realizam pedidos, mas não são estrelas que brilham no céu... – e assim voltei a encará-lo cujo devolvia-me o olhar.

- Então onde elas brilham? – indagou-o.

Fixei meu olhar em seus olhos rubros e levei a mão ao coração.

- São as nossas estrelas... elas brilham dentro de nós, elas representam o brilho de cada pessoa, o sonho de cada ser – afirmei e vi rapidamente sua expressão mudar.

- Mas minha magia é sombria... – murmurou-o. – Então eu não tenho uma estrela que pode realizar desejos...

Abracei-o de súbito.

- Eh? Então quer dizer que eu também não tenho né? – ouvi a voz rouca perto de mim.

Afastei-me de meu amado passando a mão por seus curtos cabelos negros e balançando-os.

- Não digam isso meninos – afirmei. – Cada um possui sua estrela, não importa onde ou como ela seja, ela sempre protegera vocês!

E então os vi erguer o olhar para os céus antes de soltarem muxoxos baixos.

- Somos monstros Lu, não acho que algo delicado e belo como uma Estrela iria querer nos proteger...

- Por mais que odeie admitir, Skiadrum tem razão Luce – afirmou o loiro. – Nós somos monstros, algo como uma Estrela jamais iria nos querer – e assim continuou. – Pois se realmente quisesse nossos desejos já teriam se tornados reais...

Baixei o olhar para a grama sob meus pés.

- Não fique assim Lu... – murmurou Skiadrum. – Esta tudo bem para nós. Weisslogia e eu já nos conformamos em sermos aquelas coisas monstruosas... não precisa ficar triste.

Logo soltei um curto sorriso.

- Não é isso... é que... – reprimi qualquer vontade de chorar que me invadia. – Eu queria ser a estrela de vocês... mas não sou capaz de realizar vossos sonhos...

- Hey, não fica assim – murmurou Weisslogia para mim. E logo senti-o segurar minha mão direita. – Você não precisa se preocupar com isso, ok?

- Sim Lu. Se estivermos com você, estaremos felizes – afirmou, agora Skiadrum. Pude senti-lo segurar minha mão esquerda.

- V-Verdade...? – indaguei com um soluço.

Era realmente triste... eu sempre fiz o impossível para que eles fossem mais felizes o possível... em todos os anos que ficamos juntos eu sempre realizei os sonhos deles, e vice-versa... mas... eu não consigo... não consigo realizar o sonho de nós três... o maior sonho que temos...

- Não se preocupe, ok? – pediu Skiadrum, sempre muito gentil.

- Vamos ficar com você não importa o que loirinha – e assim Weisslogia.

Abri um curto sorriso, olhando de um para outro.

Tão diferentes, mas ainda sim os amo com toda minha vida.

E por mias uma vez ergui meu olhar para as estrelas. O sorriso em meus lábios não morrera nem por um segundo, pelo contrario, fizera foi alargar-se quando senti um toque – um sobre a bochecha esquerda e outro sobre a direita. Um era frio e o outro quente.

Eles eram opostos. Como Luz e Trevas...

Eram eles...

Weisslogia e Skiadrum.

Meus irmãos...

Meus amigos...

Meus Dragões...

Meus eternos amantes.

...

Abri os olhos devagar fitando as estrelas no céu.

Estava escuro... mais que o normal... como uma camada de trevas.

E logo a brisa leve bateu trazendo a mim o odor fétido de sangue e cadáveres. E então eu me lembrei...

Lilith se passando por Minerva... a batalha... a destruição do portal... as chaves das Doze Divindades... o Juizo Final... e Acnologia.

Sentei-me devagar e logo senti minhas asas estremecerem de frio.

Coloquei-me de pé com certa dificuldade, mas consegui manter-me firme... por alguns segundos antes de meu corpo pender mais uma vez.

Para minha felicidade, antes mesmo de tocar o chão uma mão quente enlaçou-me pela cintura e colocou meu braço sobre seus ombros.

- Vejo que vim na hora certa – afirmou-o.

Dei-lhe um curto sorriso em resposta.

- Quer ir até eles? – indagou Zeref mantendo o olhar em algo a frente.

Inclinei a cabeça seguindo seu olhar e me arrependi assim que meus olhos decaíram perante tal cena.

- S-Sim... – murmurei sentindo a voz falhar.

E assim ele começou a caminhar devagar me carregando próximo a si.

Eu podia sentir lágrimas brotarem de meus olhos e escorrerem por minha face – que certamente estaria com alguns ferimentos assim como o restante de meu corpo.

Aproximamo-nos devagar de Sting e Rogue. O primeiro apenas estava ajoelhado apesar de manter uma mão sobre o ombro esquerdo enquanto algumas poucas lágrimas brilhavam escorrendo por seu rosto.

Engoli em seco desviando meu olhar para o Cheney deitado de olhos fechados. Havia uma poça de sangue se formando, sua roupa estava rasgada em diversas partes. Havia inúmeros ferimentos por todo o seu corpo, mas o pior era o ultimo que Acnologia fizera em seu abdômen.

Deixei-me cair de joelhos ao lado de Rogue – e frente ao loiro.

Minhas lágrimas apenas haviam se intensificado e notei de canto de olho que Zeref desviou o olhar entendendo a dor que eu sentia. Ele já perdera quem amava. Ele compreendia bem isso.

- Sting... por favor, me diga... ele... e-eles esta... – não tive forças para continuar, mas apenas o assentimento do loiro foi o suficiente para me deixar desesperada.

NÃO!

Ele não podia... não agora...

Solucei...

- Não... – murmurei e mais um soluço escapou de mim. – Não, não, não, não... – e novamente... e mais lágrimas. – Por favor... n-não... – chorei.

- Eu sinto muito Lucy...

xXx

8 de Julho de X791, meia noite.

Não há como por em palavras a dor que eu senti quando o vi caído. Quando vi que não veria mais aqueles sorrisos curtos, raros e singelos... quando não mais poderia olhar em seus olhos avermelhados, ou apenas bagunçar o cabelo negro dele...

Doloroso não era nada comparado a aquilo. Meu mundo havia desabado... eu havia fracassado comigo... com eles... com todos aqueles que morreram...

Mas o pior de tudo era que qualquer coisa me fazia lembrar-se dele. E também, minhas lembranças mais preciosas eu as cultivei com ele. Ele e Weisslogia.

Talvez... só talvez... isso fosse algo realmente necessário de se acontecer. Talvez fosse apenas o destino brincando comigo...

Eu ainda não sei ao certo, e na verdade tento não pensar nisso.

Mas eu sei que naquele momento eu só pensava em uma coisa. Eu o salvaria...

Eu o traria de volta... nem que tivesse que dar minha vida por isso!


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Notas finais do capítulo

gente eu postei uma outra fic tbm
http://fanfiction.com.br/historia/316463/Running_Out_The_Clock/
pf caso deem uma olhada e gostarem, comentem
e comentem aki tbm
bjoss



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