Além Das Estrelas escrita por Lady


Capítulo 17
Capítulo 16 - Ophiuchus e As Doze Divindades


Notas iniciais do capítulo

Yosh o/
cá esta aki um cap bem complicado =w=
adorei escreve-lo *-*
apesar de q esta sendo extremamente mais emocionante escrever o cap 17... e o 18 tera milhares de melodramas auheauheuhaeueh
boa leitura ;)



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Capitulo 16 – Ophiuchus e As Doze Divindades

“Definir penas ou castigos para pecadores e criminosos pode até fazer-te se sentir melhor, mas não é como se isso fosse diminuir seu odio ou sua dor.”

Tomei a espada em mãos notando que a mesma ainda mantinha o fio impecável.

Sorri cravando-a no chão enquanto cuidadosamente retirava as chaves – minhas dez e as duas de Yukino, que de alguma forma eles conseguiram pegar dela – de dentro do bolso em meu cinto.

- Eu as convoco. – gritei lançando-as para o alto e vendo-as responder a pouca magia que eu havia conseguido reunir.

Em poucos segundos vi-me cercada pelos doze espíritos zodiacais.

- Lucy o que pensa que está fazendo? – indagou Loki tentando vir até mim, mas notei que algo o segurava.

- Me desculpe, mas é necessário isso – murmurei erguendo uma mão aos céus enquanto a outra repousava sobre o cabo da arma cravada firmemente no chão de terra. – Ó 88 estrelas do céu eu humildemente peço a vocês que tragam-me a Verdade, a Justiça e as Trevas... – segurei o cabo da espada e a ergui para os céus. – Através do sangue eles foram banidos, e através do sangue voltaram...

- Lucy não faça isso! É perigoso demais... Eles são incontroláveis! – afirmou meu leão com desespero.

Dei um curto sorriso.

Baixei a espada e apertei a palma da minha mão sobre a lâmina afiada fazendo assim com que meu sangue escorresse pelo fio sujando-o.

Ergui novamente a espada aos céus.

- Com o meu sangue eu convoco As Doze Divindades! – gritei e logo senti a espada em minha mão diminuir de tamanho.

Sorri. Eles me reconheceram. Assim como a décima terceira chave do zodíaco me reconheceu. Ophiuchus respondeu ao meu chamado... ele sabia que eu era sua mestra, assim como também era das chaves que ele guardava.

- Portal para o Serpentário eu te abro! Ophiuchus traga-me as Divindades perdidas entre os mundos! – ordenei.

A minha frente pude ver Loki... ou melhor, Leo arregalar os olhos. Talvez estivesse se perguntando como eu sabia, ou por que o Serpentário obedeceu-me. Mal sabe ele que eu sou muito mais do que uma humana...

Assim que minhas palavras foram pronunciadas um grande circulo de magia apareceu no céu. Este em si era vermelho sangue e brilhava de forma extravagante.

A partir deste imenso circulo mágico outros doze pequenos de cores diferenciadas mostraram-se nas bordas do maior.

E então começou...

O vento havia cessado, não havia som algum. O tempo ao meu redor havia parado. Nenhum movimento... nada. Era apenas eu e meus espíritos espantados.

Tudo o que eu podia ouvir era minha respiração rápida assim como as incessantes batidas de meu coração e o som suave das gotas de meu sangue encontrando-se com a terra abaixo de mim.

Logo as chaves escaparam cada uma de um circulo mágico, e todas desceram dos céus unindo-se a minha volta.

- Há quanto tempo messsssstra – ouvi a voz da Serpente, a gêmea de Ophiuchus.

As chaves brilharam e logo os espíritos mostraram-se a minha frente.

De frente para mim estava Idrinna, a Serpente. Ela era uma mulher linda, devo dizer. Sua pele era bronzeada e seus olhos brilhavam em um verde esmeralda vivo - apesar de ela ser cega. Seus cabelos nada mais eram do que um grupo de cobras negras que dançavam olhando atentamente em minha direção. Sua vestimenta era apenas um vestido, frente única com um grande decote em V, verde. O mesmo chegava até o chão contendo em sua saia um corte que se iniciava no quadril. Ela estava descalça e mantinha luvas brancas em suas mãos.

Quanto tempo eu não a via...

E seguindo o sentido do relógio podia-se encontrar. Octus, a Coruja. Outra bela mulher. Vestia-se como uma gueixa. Seu quimono era brando com roxo contendo na barra detalhes de flores de Sakura – inclusive calçava sandálias de madeira - e carregava em sua mão um leque arroxeado com o símbolo de uma Lotus. Sua pele era pálida como leite o que contrastava seus radiantes olhos cor de noite e seus cabelos também negros arrumados em um coque frouxo preso por um pente enfeitado com pétalas de Sakuras.

Depois de tanto tempo... ela não mudou nada. Nada MESMO!

Melany, a Lontra. Uma menina simples. Aparentava doze ou treze anos. Veste um vestido frouxo marrom de gola alta e calça um par de botas grandes demais para ela. Carrega consigo sempre uma lontra de pelúcia chamada Lut. A mesma era morena e possuía madeixas carameladas com poucas mexas douradas. Por fim seus olhos eram lilases, mas entre tudo o que mais chamava a atenção na jovem eram as marcas negras – como bigodes de um gato – que destacavam-se em suas bochechas.

Uma garota doce e meiga. Sinto falta de brincar com ela...

Em seguida vinha Victor, o Lobo. Como o nome da nos mostra era um homem... bem quente devo acrescentar. Victor possuía cabelos negros arrepiados em varias direções. Seus olhos eram de um azul escuro profundo e destacava-se em sua pele bronzeada. Ele possui um porte bem atlético e faz questão de deixar parte de seu sobretudo desabotoado para que os músculos fiquem visíveis. Suas roupas eram apenas um sobretudo negro – já antes mencionado -, uma calça negra com varias correntes e detalhes de metal, e por fim calçava coturnos negros com – também – detalhes metálicos. Mas de tudo o que mais chama a atenção nele não era nem mesmo as orelhas de lobo sobre sua cabeça, mas sim a calda que balançava da direita para a esquerda atrás de si.

Sexy... é isso que o define melhor.

Enfim Trinrar, o Falcão. Este nada mais é do que um Elfo loiro de olhos cor de esmeralda. Seus cabelos são lisos e retos cortados na altura do queixo. É encontrado na maioria das vezes trajando apenas uma calça verde lodo e botas de couro amarronzado. Este mantém preso há um cinto de couro uma pequena faca de mão, enquanto segura na mão direita um arco e flecha negro com detalhes em ouro.

Um homem admirável e gentiu. Não deixo de rir das diversas vezes em que Skiadrum e Weisslogia sentiram ciúmes por causa dele. Até mesmo Zeref sentia-se intimidade em sua presença...

Quimyn, o Castor. Primo mais novo de Melany. Este sim podia-se considerar uma criança já que aparentava ter cinco ou seis anos. Seu vestuário nada mais era do que uma roupa de castor, com direito a orelhas e calda, e até mesmo os dentes. Seus cabelos eram castanho claro, assim como seus olhos. Sua pele era clara e ele estampava um largo sorriso.

Qualquer um que o visse diria que era um ser inofensivo, assim como Melany, mas este pequeno tem mais poder que dois magos santos juntos.

Lohan, o Cervo. Um rapaz jovem e atraente, e incrivelmente sensível. Seus cabelos são estranhamente bagunçados e possuem a cor dourada, sendo que em raras ocasiões o mesmo podia adquirir o tom de cobre. Vestia uma regata branca com um colete negro por cima e uma calça marrom clara com botas negras nos pés. Um jovem comum exceto pelos chifres desuniformes que se erguiam em sua cabeça.

Eu realmente sinto saudades dele. É alguém sincero e bom para se conversar.

Rulian, o Pica-pau. Ru-kun era o tipo de rapaz em a primeira impressão é a errada. Seu cabelo era ralo e este possuía um moicano alto vermelho chamativo com pontas douradas – como se pegasse fogo. Seus olhos eram uma mistura incrível de dourado com verde musgo tendo pequenos detalhes em vermelho e ele ainda possuía uma pequena tatuagem de coração, com pequenas asinhas brancas, ao lado esquerdo da face. Vestia uma camiseta negra com uma capa – também negra – sobre os ombros e uma calça jeans cheia de rasgões e correntes. Por fim calçava botas de batalha e vestia em suas mãos luvas sem dedos.

Este sim era alguém inesquecível...

Witnney, o Salmão. Wit não era nada mais do que uma garota mimada. Seus cabelos eram loiros como os meus e possuíam leves ondulações nas pontas. Sua pele era levemente corada dando destaque para as orbes cor de safira que exibia com orgulho. Vestia uma camisa de alça preta, uma saia rosa pink extremamente curta com uma meia calça xadrez vermelho com branco, e calçava sandálias de bico fino e salto quinze centímetros, na cor vermelha. Possuía uma maquiagem leve – ao menos isso – e usava diversos acessórios dourados e prateados.

Sinceramente... acho que os salmões as vezes se envergonham de tê-la na família...

Hecttor, o Urso. O segundo mais forte dentre os doze. Hecttor é um homem de estatura mediana. Um dos mais sérios - devo acrescentar -, assim como também um dos mais educados. Seu cabelo possuía uma tonalidade prateada que em poucas ocasiões pode ser comparada a loiro branco. Seus olhos refletem seus cabelos tendo o tom também prateado. Sua pele cor de leite fazia-o facilmente ser comparado com um fantasma, ou até mesmo com a neve. Seu traje nada mais era do que um terno negro bem passado sem uma ondulação ou qualquer amassado.

Os bons modos dele me assustam às vezes, mas ele é um cara legal...

E por fim Raven, como seu nome já diz “Corvo”. Ela é a líder do zodíaco. Rav é uma mulher misteriosa, vestida quase sempre com longos vestidos negros com espartilhos trançados como teias de aranha. Seus cabelos são incrivelmente longos e negros. Já seus olhos brilham em um roxo assustador e misterioso. Seu tom de pele é pálido meio acinzentado... terrivelmente apática ela. Sempre é possível notar olheiras profundas abaixo de seus olhos cujos são marcados por uma maquiagem incrivelmente pesada. Raven mantém uma personalidade única sendo a mais sombria dentre todos.

A verdade é que... ela é incrivelmente gentil, mas pode transformar-se em um monstro quando o assunto é salvar quem ela ama e/ou aprecia.

- Tsc, por que sempre nos chama em momentos críticos? Não podia ser para tomar chá, não? – afirmou Witnney emburrada.

Suspirei.

- Lembrar-me-ei disso na próxima vez Wit – murmurei. – Agora meio que precisamos acabar com um dragão, sabe...

Idrinna rodou os olhos.

- Nem para uma boa luta você nos chama? – afirmou-a indignada. – Você sempre fica usando aqueles frangotes de ouro, qual é one-san, somos mil milhões de vezes mais fortes que eles, além da sermos mais educados, experientes, bonitos... já falei que somos educados? – suspirei. – Serio mesmo, nenhum dos rapazes fica te cantando ou dando em cima de você... – indireta para Loki e Taurus. – Não ficamos dizendo “me desculpe” por qualquer besteira – coitada da Áries... – nem ficamos reclamando sobre você ter ou não um namorado, sem contar que não saímos das batalhas só por que temos encontros amorosos, fala sério isso é um total desrespeito... um espírito como esse não merece uma dona como você, sinceramente, eu já teria me livrado daquele peixe... Sem querer de ofender Wit. – essa foi uma BEM direta para a Aquarius. - E acima de tudo, nós a admiramos e fazemos o possível e o impossível por você, e só você, e também...

E assim ela continuou enquanto os meus espíritos de ouro apenas se encolhiam perante todos seus defeitos expostos, afinal não havia como confrontá-los já que eles não eram simples espíritos, eram Divindades antigas e muito poderosas, tai o motivo de serem considerados incontroláveis. Tão incontroláveis que teve de ser criado um mundo alternativo ao mundo espiritual apenas para eles...

Suspirei novamente.

Eu não queria admitir, mas muitas das coisas que ela esta dizendo são verdade. Devo agradecer que o tempo não retornou ainda...

- Já chega Idrinna – pedi. – Todos possuem seus defeitos, é verdade... eles são assim, eu não me importo, ainda os amo... assim como amo vocês... Apesar de que às vezes a Aquarius é realmente chata... – murmuro a ultima parte. Mais um suspiro. – Olha, eu manterei vocês comigo, ok? Mas isso só ocorrerá se eu conseguir a chave para o serpentário... que esta com Yukino. – eles todos acenaram.

- Tenho certeza que a one-chan conseguira! One-chan é a melhor do mundo! – afirmou Quimyn infantilmente.

Acenei. Era apenas uma criança no fim das contas...

- Farei o possível para manter-vos sempre comigo – afirmei. – Agora é melhor irmos colocar o Dragão velho em uma prisão.

Todos confirmaram e logo voltaram a ser chaves – até mesmo as de ouro. Todos exceto por Trinrar e Victor. Eles sempre cuidaram de mim. Eu podia sentir a preocupação deles.

- Tome cuidado Mestra – pediu Victor sorrindo para mim mostrando seus caninos.

- Sim, quando começar o ritual não poderemos vir lhe salvar. Por favor, se cuide minha deusa – murmurou Trinrar de forma doce acariciando minha bochecha antes de voltar a ser uma chave negra e juntar-se a seus irmãos.

Caminhei devagar enquanto as vinte e cinco chaves dançavam ao meu redor – Ophiuchus estava entre elas.

Abri minhas asas e tomei rumo aos céus. Por alguns segundos as chaves permaneceram abaixo de mim, mas logo me seguiram tomando seus lugares.

As negras giravam na vertical e as douradas na horizontal. Elas dançavam invertendo as posições.

- Esta na hora de seu julgamento Acnologia! – proclamei sentindo que a magia de minhas chaves fazia minha voz ecoar pelos céus e pela terra chamando a atenção de todos – ao menos daqueles que ainda estavam vivos...

A luta entre os Dragões cessou, e Sting e Rogue recuaram. Mas o Dragão Negro investiu contra eles com ferocidade.

Ele derrubou Rogue longe, ferindo-o gravemente sobre o coração. Assim que notou que meu Dragão das Sombras não poderia mais mover-se partiu para Sting mordendo uma das patas frontais e o arremessando na mesma direção em que Rogue se encontrava.

- Chega! – gritei e minhas chaves pararam bruscamente juntando-se ao meu redor na horizontal e formando um circulo de energia Negra e Branca.

Acnologia me encarou e pude ouvir o rosnado que escapava por entre seus dentes.

- Acnologia! Acusado de trazer o caos e a discórdia. De desobedecer a ordens superiores e retirar vidas. – pronunciei. – Qual o Veredicto? – indaguei.

As chaves pararam e afastaram-se de mim todas formando um imenso circulo ao redor do Dragão assustado.

E então novamente elas dançaram formando um circulo de magia ao redor da temida criatura.

O Dragão rosnava assustado tentando, inutilmente, acertar minhas preciosas chaves. Estas logo pararam e voltaram-se para mim murmurando diversas coisas.

- Ele é um pecador! – proclamou Witnney.

- Pecadores merecem morrer! – Hecttot.

- Masss devemosss relevar... – Idrinna salvou-me de intervir.

Dei um breve aceno.

- Qual o pior cassstigo para um Dragão que um dia foi humano? – indagou-a sarcasticamente.

Ela sabia meus planos.

Sorri.

- Então que se inicie a transição! – proclamou Raven, a líder das chaves negras.

- Acnologia, sua sentença foi definida!

xXx

7 de Julho de X791... já estava anoitecendo...

Meu fim encontrava-se mais próximo do que eu podia imaginar.

Acredito que quando eu realizei o “Juízo Final” nada disso me passava pela mente... eu acreditava que toda aquela batalha que travei contra o perigoso Dragão fosse a ultima, mas o destino tem um senso de humor um tanto macabro.

Mas deixemos o destino para lá... ele é assim mesmo, indeciso.

O dia seguinte seria 8 de Julho de X791... apenas uma data comum... mas 397 dias após aquela data algo surpreendente faria com que a luta contra Acnologia não passasse de mera obra do passado!


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Notas finais do capítulo

hohoho gostaram das Doze Divindades? eu pelo menos me apaixonei pelo Rulian e pelo Trinrar >w
etto... pra kem estiver se perguntando q tipo de zodiaco 'bizarro' é esse deles... tipo... é o zodiaco xamanico u.u
eu sou de serpente *-*
Idrinna sua diva somos parceiras xD
etto... comentem o/
bjoss



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