Além Das Estrelas escrita por Lady


Capítulo 13
Capítulo 12 – Penúltimo dia


Notas iniciais do capítulo

yoo, eu estou meio q deprimida por isso nao postei caps cm mais frequencia...
realmente recebo bem poucos comentarios por aki, diferente de la no AS
vamos gente comenta ai, os dedos nao caem por causa disso --'
boa leitura



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Capitulo 12 – Penúltimo dia.

“A vida nos prega diversas peças. E a maior delas é o mistério do dia de amanha.”

Continuei a observar a batalha ao longe. Esta se seguiu por horas, mas no fim Erza Scarlet ganhou.

Ela estava cansada, eu podia ver daqui os diversos ferimentos que se espalhavam em seu corpo. Enquanto isso a leste ocorria uma intensa batalha entre magos de trovão.

Orga versus Laxus.

Não prestei muita atenção na luta, mas talvez tenha sido Laxus o vencedor já que um grande trovão dourado iluminou toda a cidade antes de não se ouvir mais nada.

Mais ao sul eu podia sentir a presença de Sting-san lutando contra um mago de gelo – não pude identificar se era Gray ou Lyon.

A oeste estava Rogue-san, minutos atrás eu ainda podia sentir seu olhar em mim. Mas algo deve ter acontecido, talvez ele esteja em batalha.

Mais nas redondezas da cidade podia-se notar grandes correntes de ar negro. Aquele era o local onde uma possível batalha acontecia. Talvez Chelia contra Juvia já que não vi a maga de água há um bom tempo.

Centrei minha atenção onde a possível batalha entre Juvia e Chelia acontecia, mas logo uma explosão a nordeste chamou minha atenção.

Pude ver grandes movimentos de terra assim como também pude ver uma figura de cabelos longos e negros ser jogada no ar. Logo após isso investiu com um ataque que aparentava mais ser um redemoinho de cor metálica.

Jura contra Gajeel.

Isso pode ser interessante...

Recuei um pouco sentando-me sobre o telhado ao lado de Jellal.

- Eu sei que quer perguntar algo – murmurei mantendo o olhar fixo onde a possível luta entre Jura e Gajeel ocorria.

- Hm... – sussurrou-o. Era possível sentir o olhar dele em mim. – Quando tudo isso acabar, pretende contar a eles o que acontecerá?

Sorri. Essa pergunta eu não precisaria responder.

- Mesmo que ela quisesse, não poderia – afirmou a voz de meu doce cavaleiro.

Virei um pouco à cabeça apenas para, de canto de olho, vê-lo em pé segurando o mastro da bandeira enquanto mantinha o olhar na batalha.

Seu capuz balançava com o vento, e sua presença podia dar medo – claro que ela só poderia ser sentida por quem estivesse bem próximo.

- Você... – voltei-me para o de cabelos azul a tempo apenas de vê-lo recuar e, se eu não houvesse o segurado pela capa, ele teria caído.

- Moleque descuidado – afirmei puxando-o para mais próximo. – Nada de fazer escândalo!

Ele pareceu engolir em seco.

- P-Por que e-ele... – suspirei.

- Ele esta do nosso lado, não se preocupe. Existem coisas mais perigosas para se preocupar no momento – murmurei.

– Por exemplo: aquela mulher da Sabertooth, Minerva – disse meu doce cavaleiro. – Ela não é quem diz ser.

Acenei em confirmação.

- Não posso ir verificar a fundo isso agora. Só iria atrapalhar o andamento dos jogos e é necessário que esse maldito jogo de sobrevivência termine logo – afirmei. – Quanto mais rápido acabar, mais rápido poderei reorganizar o plano.

- Eu, ao menos, faço parte desse plano? – indagou o azulado.

Neguei.

E ficamos em silencio apenas observando a luta, ou melhor, a destruição que se espalhava ao longe.

Erza, apesar dos ferimentos, acabou por juntar-se a Gajeel contra Jura.

Aos poucos a Fairy Tail estava alcançando a vitoria.

Abaixei a cabeça e sorri pequeno ao ver a Lucy do futuro sair do castelo.

Provavelmente esta tentando fugir.

- Fernandez – ele me olhou curioso por tê-lo chamado pelo sobrenome. Apontei para a encapuzada quase cruzando a saída da muralha. – Impeça-a. - Vi-o erguer a sobrancelha. – Seja útil homem! – e empurrei-o de onde estava.

Realmente ele é lerdo. Não entendo como a Erza pode gostar dele, mas enfim...

No momento em que eu o joguei de cima da torre eu realmente pensei que ele morreria na queda, mas segundos depois ele apareceu frente à figura encapuzada que parou bruscamente.

Fiquei de pé e logo vi a mão estendida para mim, aceitei-a e em um piscar de olhos fomos do topo da torre para o solo.

Notei que ‘Lucy’ havia se virado para mim.

Sorri.

- O-O que esta fazendo Lu-chan? – murmurou com a voz de Levy.

- Eu sei que você não é a Levy – afirmei. – Não precisa mais se dar ao trabalho de mentir.

Senti a hesitação dela, mas logo cedeu abaixando o capuz e se revelando para mim.

- Desde quando? – indagou.

- Quando você concordou com o meu plano eu já desconfiei, mas tive plena certeza quando resolveu revelar-se para a Fairy Tail – afirmei.

Notei-a recuar um passo.

- Então você sabe por que fiz isso... – disse-a. – Eu sou você... então você sabe meus motivos...

Confirmei.

- Mas se preciso mudar o futuro... – encarei-a seria. – Preciso mudar minhas escolhas também.

Ela arregalou os olhos.

- Se as coisas que aconteceram amanha tem de que ser diferentes... eu não devo voltar no tempo... – afirmei.

- N-Não... não faça isso... – pediu. – Não se sabe o que pode acontecer se mudar uma escolha... pode piorar tudo...

Ergui a sobrancelha.

- Desde quando eu tenho medo de mudar algo? – murmurei indignada dando um passo a frente. – Você quer mudar o futuro por isso veio ao passado, mais precisamente voltou a poucos dias antes do Festival do Rei dos Dragões, você quer impedir calamidades... quer impedir mortes... quer ser forte... mas para isso precisamos fazer sacrifícios... – fui até ela ficando de frente para a mesma que acabou tropeçando nos próprios pés e indo ao chão. – Para mudar algo, deve-se sacrificar algo. Foi isso que aprendemos durante todos os anos em que vivemos longe da Terra! E agora... – ela me olhava assustada. – Para mudar tudo, eu farei uma promessa. – ajoelhei-me para encará-la nos olhos. – Eu prometo que não voltarei no tempo enquanto esta vida durar – sussurrei apenas para vê-la arregalar os olhos.

Assim que me coloquei de pé pude ver a figura a minha frente desaparecer aos poucos se transformando em minúsculas partículas de luz que eram arrastadas para longe.

- Você acha que fez o certo? – escutei o murmúrio.

- Não sei... – afirmei erguendo o olhar para o céu sem nuvens. – Mas sei que, com certeza, eu mudei o futuro agora...

...

Encarei o teto. Estava entediada, o sol já estava se pondo, o jogo de hoje acabou com ninguém menos que a Fairy Tail como campeã e, nesse exato momento, eu estava deitada na cama de alguém no alojamento da Saber. De que é o quarto? Bom...

Há uma estante com diversos livros, a cama estava perfeitamente arrumada quando cheguei, no guarda roupa há roupas que podem competir com as da realeza e... só.

Talvez seja o quarto do Rufus-san.

Cruzei as penas e coloquei os braços atrás da cabeça para melhor apoio.

Agora vamos ver o que preciso fazer por hoje.

Primeiro: receber devidas informações sobre as batalhas de hoje e curar Rufus-san, Sting-san e Rogue-san.

Segundo: verificar se Jellal deu as pílulas de cura para aqueles que lutaram hoje.

Terceiro: achar um bom livro para matar o tédio até que o dia de amanha chegue.

Quarto: confirmar a verdade sobre Rogue-san e Sting-san, mas isso pode esperar um pouco.

Quinto: conscientizar alguns de que aquela ‘Minerva’ não é de verdade.

Por enquanto é apenas isso mesmo.

Bocejei.

Que tédio...

Estiquei-me na cama, mas sentei-me rapidamente assim que ouvi passos do lado de fora do cômodo.

Sorri internamente ao perceber as vozes de Sting-san e Rufus-san.

Abafei o riso e voltei a me deitar. Fiquei de lado apoiando a cabeça nas mãos e fechei os olhos.

- ...foi humilhante. – ouvi a voz do loiro, Rufus. Seus passos ecoaram, mas pararam rapidamente. Acho que ele me viu. – Mas o que...?

Reprimi um sorriso.

- O que ela faz aqui? – agora foi Sting.

- Quem? – Rogue.

Em poucos segundos ouvi o som da porta se fechando e a presença deles se aproximando.

- O que pensa que esta fazendo? – indaguei assim que senti a presença de Sting bem próxima a mim.

- Maldita Blonde – praguejou-o.

Sorri.

- Eu posso sentir sua presença do outro lado do continente Sting – afirmei. – E você não é nada silencioso...

Ele bufou e murmurou algo sobre eu ser um demônio.

- Então Lucy-san o que faz aqui? – indagou Rufus-san.

- Oh, eu vim aqui por que lá no quarto do Rogue-san esta um tédio e também não tem nenhum livro – fiz careta. – Além do que o quarto do Sting é meio que... muito desarrumado. E devo acrescentar você tem um gosto para leitura esplêndido Rufus-san.

Assim que o vi notei as diversas faixas em torno dos braços dele e, presumo eu, que há mais pelo tórax.

- Devia parar de mentir Lucy-san, qual a sua verdadeira intençao ao vir aqui? – indagou Rogue.

Fiz bico.

- Ok então. – suspirei ficando seria. – As coisas estão ficando definitivamente serias é provável que amanha tudo fique definitivamente pior e quero que os três mantenham os olhos abertos, principalmente sobre Minerva.

Vi o moreno franzir o cenho.

- O que quer dizer sobre a jovem senhora? – indagou Rufus.

- Ela não é a verdadeira Minerva – afirmei. – E também não é uma copia mágica. É um tipo de takeover.

Sting e Rogue assentiram.

- Já passaram a situação para o Rufus-san? – perguntei a Rogue. Ele negou.

Suspirei.

- As coisas estão ficando complicadas... – cantei.

Sentei-me na cama e acenei para o mago memory make sentar também. E ele o fez, mas claro que mantendo o olhar atento em mim.

Expliquei tudo a Rufus. Inclusive sobre a falsa Levy.

- Não imaginava que Lu-san fosse tão... poderosa, ainda mais depois de perder para Minerva-sama – disse-o.

Respirei fundo.

- Existem varias lacunas na minha vida Rufus-san. Um delas é que eu não estou com meu poder completo – informei.

- E quando terá seu poder completo? – indagou Sting.

- Provavelmente... nunca mais – disse com um sorriso curto, e na verdade deve ter soado um pouco triste.

Suspirei logo pondo-me de pé.

- Vocês precisam se alimentar e descansar – informei rapidamente colocando quatro pílulas brancas sobre a cama. – Tomem essas pílulas, uma para cada um, e dêem uma a Orga. São pílulas de cura iram acelerar a cura dos ferimentos e melhorar o poder mágico de vocês. – disse seguindo para a sacada.

- Não vai descansar para a luta de amanha Lucy? – indagou Sting parecendo ansioso.

- Não tenho a liberdade para tal – murmurei. – Além do mais... – vir-me-ei para encarar os três. – Estou cheia de ter pesadelos sobre tudo o que fiz em minhas vidas anteriores – afirmei. – Bom, boa noite para os três... – dito isso pulei da varanda do segundo andar.

Antes mesmo de chegar ao chão senti-me ser pega por alguém.

- Bem que eu havia sentido uma presença obscura nas proximidades – disse com um curto sorriso.

- Não precisa usar suas mascaras quando esta comigo Lucy – disse-o. Abaixei o olhar para minhas mãos postas juntas sobre a barriga.

Ficamos em silencio e logo pude sentir o vento forte contra meus cabelos.

Quando ergui o olhar foi apenas para ver-me sobre uma das torres do Mercurius.

Suspirei.

- Por que me trouxe aqui? – indaguei sentando-me.

- Se vai ficar de guarda, não há lugar melhor do que a mais alta torre de um castelo – murmurou-o sentando ao meu lado.

Fiquei quieta.

Ergui a cabeça para observar o céu.

Havia poucas estrelas.

Uma... duas... três... talvez até quatro. Mas só isso.

Alarguei um sorriso.

- Aquelas estrelas me lembram de nós... – apontei para as formas brilhantes que se mostravam no céu. – Eu, você, Weisslogia e Skiadrum.

Ele apenas ergueu o olhar e nesse momento permiti-me encará-lo.

Fora então que notei a falta do capuz.

Seus cabelos eram negros, como eu me lembrava. Seus olhos eram vermelho-sangue. Sua expressão sempre se mantinha a mesma, fria e imparcial. Suas roupas eram negras tendo apenas uma túnica cobrindo seu peitoral e pendendo sobre o ombro.

Ele virou-se para mim rapidamente quando notou meu olhar sobre si.

Ergueu a sobrancelha, mas logo deu de ombros.

Sorri.

Às vezes ele era muito chato. Mas era um chato bom...

- Você precisa ser mais sociável Zeref... - murmurei logo vendo-o fazer uma careta.

Sorri e logo voltei a olhar para o céu.

xXx

Aquela noite passou-se em uma calmaria surpreendente. E eu podia notar que o tempo todo aquelas quatro estrelas permaneceram no céu observando a mim e ao mago negro.

O incrível é que aquela noite foi à única vez em que eu as vi. Como se elas estivessem se despedindo de mim...

O dia seguinte seria 7 de Julho de X791...

Na noite do dia anterior eu ainda não suspeitava, mas o dia seguinte... seria o ultimo dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

comentem plix x.x
bjoss