Além Das Estrelas escrita por Lady


Capítulo 10
Capitulo 9 - Surpresas e Duvidas


Notas iniciais do capítulo

yooo.... sooonooo @_@'
boa leitura



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Capitulo 9 – Surpresas e Duvidas

“Nunca nos devemos agarrar a possibilidade e que uma realidade pode ser mudada. Mas o que é nossa realidade quando o passado anseia por uma mudança?”

Era impossível de acreditar... não, não impossível... afinal, já presenciei o impossível... era... surpreendente.

- O q-que... – tentei falar, mas não havia palavras.

Eram tantas perguntas que não sabia como iniciar.

Nossos olhares se encontraram, mas ela logo desviou fixando seus olhos cor de avelã no chão.

A tensão no ar era notável.

- Eu sinto muito aparecer assim repentinamente – disse-a. Sua voz soou diferente, mais madura, mas também carregada de tristeza. – Eu, realmente, não teria aparecido se a situação não fosse critica... – murmurou erguendo a cabeça.

- O-O q-que quer d-dizer? – indaguei minha voz vacilando entre as palavras.

E permiti-me continuar a encará-la.

Ela estava mais velha. Apesar de que seu cabelo ainda se mantinha curto – claro que continuava com uma mexa grande descendo pela lateral do rosto -, mas estava em um tom mais obscurecido. Sua pele estava mais pálida e em sua testa uma cicatriz se destacava, assim como uma em sua bochecha direita... aquilo era algo realmente pavoroso de se ver.

Imagino pelo que ela passou...

Suspeito sobre o que a fez ganhar aquela cicatriz.

Engoli em seco.

- L-Lu-chan – ouvi-a enquanto lágrimas tomavam seus olhos. – Eles... Nós falhamos... nós vamos falhar, todos nós... você precisa fugir daqui o mais rápido possível – disse-a caindo de joelhos. – E-Eu... eu estou implorando... por favor, por favor fuja... fuja antes que eles te peguem...

- F-Falhar? Quem falhou? Quem ira me pegar? – aproximei-me dela, claro que ignorando a dor que se estendia por meu corpo. – Quem?

Ela me olhou.

- Arcadius... – chorou-a. – Ele alterou tudo... e você... tentamos salvar você... mas chegamos tarde... aconteceu uma guerra e... – senti-a agarrar-se a minhas vestes. – Mestre, Laxus, Mira, Natsu, Gajeel, Lilly, Wendy, Lyon, Jura, Gray, Erza, Sting, Rogue, Yukino, Rufus, Kagura, Minerva... todos... todos morreram... foi horrível... – eu senti-a tremer perante as mãos ainda agarradas a minha roupa.

Arregalei os olhos. Foi então que me dei conta.

Não estávamos sozinhas...

- P-Por favor, fuja – chorou-a.

Fechei os olhos enquanto abraçava-a. E, pela primeira vez fiquei feliz por estar em silencio. Mas ainda havia pelo que me preocupar.... essa garota... ela não pertence a esse tempo... ela pertence ao futuro...

Então por que? Por que ela esta aqui? Por que agora? Por que me levou a Saberthoot naquele momento?

Franzi a testa. Ela sabia o que aconteceria... ela sabia que se eu salvasse Lector algo poderia mudar no futuro...

Mas... o que seria tão grave a ponto de ela vir aqui? O que seria tão grave a ponto de ela mandar-me fugir? Quem seria poderoso o suficiente para deter todos os quais ela citou? QUEM?

Abrancei-a com mais força ignorando a dor em meus músculos.

Mas isso tudo... eu não poderia permitir, não podia permitir que eles morressem...

Mas havia algo errado...

- Levy, olha para mim – mandei e ela assim o fez. – Quando? Quando eles me seqüestrariam?

Ela fungou.

- A-Amanha... durante os jogos – murmurou. – Eles precisaram manter-te presa próxima as doze chaves do zodíaco para poder vocês se ligarem – disse-a.

- Mas... eu não tenho as doze chaves e.... – arregalei os olhos. Logo vir-me-ei para o loiro e o moreno que se quer havia se mexido desde que Levy aparecera. – Onde esta Yukino? – eles permaneceram quietos. - Onde!?

Diante dos dois, apenas o moreno pareceu cair na realidade.

- Não sabemos... – informou.

- Ela foi embora. – completou o loiro.

- Então eles já possuem duas chaves... – murmurei.

Duas... e eu estou com as dez... eles farão o possível para me pagar.

- Maldito momento para ficar sem magia... – praguejei erguendo-me junto à azulada. – Levy consegue fazer uma copia mágica minha?

Ela assentiu.

Respirei fundo logo me virando para os Dragon Slayers Gêmeos. Precisávamos de um plano... e já que eles ouviram tudo, fariam parte disso também, afinal.... quem iria querer morrer?

- Amanha será a final dos jogos certo? – eles apenas acenaram. – Então vocês dois procurem não usar tanto poder mágico, não sabemos se haverá mesmo essa guerra amanha, e presumo que nenhum dos dois queira morrer.

Viu-se o loiro engolir em seco enquanto Lector apenas aproximava-se de Sting.

- Fro não quer que Rogue-kun morra – chorou o gato.

Respirei fundo.

- Não se preocupe Frosch – sorri para ele. – Cuidarei para que ninguém morra, muito menos o Rogue-san e o Sting-san – confirmei. Vir-me-ei para Levy que secava suas lágrimas. – Prepare uma replica minha e deixe-a no meu lugar na Guilda. Irei verificar o que acontecerá amanha... – afirmei sentando-me de pernas cruzadas.

- V-Verificar... o futuro...? – gaguejou-a. Assenti fechando os olhos.

Franzi a testa, não era perceptível um miligrama de poder mágico em meu corpo.

Suspirei.

Eu teria de converter energia vital em magia.

Respirei fundo novamente e juntei as mãos com punhos fechados.

- Fiquem em silencio extremo – mandei.

E então senti a força esvair-se de cada misera parte do meu corpo.

Mais uma vez respirei e inspirei.

Logo começou. O fluxo da magia correndo por meu corpo espalhando-se como um vírus, um vírus deliciosamente viciante... um vírus que corroia minha sanidade e vida.

Trinquei o maxilar.

Não podia negar que esta sensação é realmente deliciosa, mas eu tinha de me concentrar e também ignorar a dor que se alastrava mais e mais.

Rapidamente o primeiro flash surgiu. Era eu e Yukino presas em um tipo de cela com uma grade velha de barras desiguais.

E novamente outro flash. Eu, Yukino, Happy e Loki enfrentando um careca esquisito.

Senti-me fraca, mas não desisti.

Outro flash. Eu sorrindo para uma figura encapuzada que abriu uma grande porta.

Gemi baixo rapidamente recuperando a respiração enquanto meus batimentos cardíacos se aceleravam.

Outro flash. Natsu caído enquanto mais ao lado Gajeel mantinha o corpo imóvel de Levy nos braços. A esquerda podia-se ver Sting sentado cheio de machucados encostado-se a um muro, ou o que restou de um muro. Alguns metros a frente do loiro estava Rogue caído com uma poça de sangue abaixo de si.

Agora podia sentir algo quente escorrer por meu rosto assim como uma queimação se arrastava por baixo da minha pele.

Outro. Era eu no centro do Mercurius. Estava ajoelhada frente há um grande portal de pedra cantando algo enquanto as doze chaves zodiacais brilhavam me cercando.

Doía... meu corpo doía como nunca.

Outro flash. Era apenas uma luz ofuscante, mas se olhasse melhor podia-se ver assas albinas longas e perfeitas. E havia também um choro...

Abri os olhos repentinamente logo deparando-me com o loiro a minha frente, próximo demais, e Rogue mais atrás de si enquanto Levy espiava por sobre o ombro de ambos.

Ofeguei. E logo vi o mundo ao meu redor girar.

Minha cabeça voltou a doer.

- ...ucy? – pisquei senti-me cansada.

- A-Alguem m-me chamou? – gaguejei.

Vi-os se entreolhar.

- Eu não quero ser chata, mas... Lu-chan apareceu um troço esquisito no seu pescoço... – afirmou a azulada.

- Hm... – vir-me-ei com dificuldade e logo me vi de frente para o grande espelho que estava embutido no guarda-roupa. – Ah, sim... – murmurei passando a mão sobre a perfeita marca de um Dragão branco na lateral direita de meu pescoço cuja cauda longa passava pela clavícula e unia-se a ponta da cauda do Dragão negro que tomava o lado esquerdo. – Isso é a-apenas a prova de q-que meus Dragões ainda est-tao vivos – sussurrei apoiando-me no chão.

Pisquei... marcas? Por que agora? Por que...?

- Que Dragões...? – ouvi uma voz distante.

Pisquei repetidas vezes tentando manter-me consciente.

- Weisslogia... e Skiadrum – disse. O mundo ao meu redor girava. – Eles disseram que ficaríamos juntos para sempre... – murmurei rindo seco logo em seguida. – Uma p-pena terem morrid-do... – senti lágrimas voltarem a escorrer por meu rosto. – Ainda m-me lembro de q-quand-do bebíamos como loucos... – abri um largo sorriso entre lágrimas enquanto percebia que os três se calaram apenas para me escutar. Fechei os olhos e um soluço escapou de mim. – Lembro d-de quando destruímos três cidades... de quando eles ficaram com ciúmes de... – bocejei. – Lembro de quando eles disseram que um dia se tornariam humanos apenas para mim... Lembro de... eles... dizendo... q-que...

- Que...?? – foi à voz do loiro estava distante novamente.

- Ela dormiu, curioso – murmurou Levy. Sorri internamente.

 Ouvi uma movimentação, mas não dei-me ao trabalho de verificar.

- Weisslogia... – murmurei baixo. – Skiadrum... – completei. – Amo vocês...

xXx

Estávamos em 5 de Julho de X791, no dia seguinte um visitante, e velho amigo, viria até mim.

Sempre o admirei muito, mas sempre soube também que a presença dele indica mal pressagio... apesar e que ele não possui nenhum mal em si, exceto pelos próprios poderes.

Ele é meu cavaleiro de armadura reluzente, como o mesmo gosta de se auto-proclamar, sei que Ele fará qualquer coisa que eu mandar...

E eu pensei que poderia salvar todos, pensei que poderia escapar com um sorriso e no final dizer a todos que tudo ficaria bem no final... que não havia o que temer... que Ele esteve sempre do nosso lado...

Mas estávamos em uma batalha de vida ou morte. A vitoria é algo que devemos alcançar com a força... mas no percurso sempre sofremos perdas que podem ser insubstituíveis...

Por que é a lei da vida.

Para se ganhar algo. Tem que perder algo.


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Notas finais do capítulo

comentem >W
bjos