Um Sonho De Alice escrita por Lola Cahill


Capítulo 1
Contextos do ballet.


Notas iniciais do capítulo

eu sempre adimirei alice e sua forma de pensar e acreditar.
por mais em que se pareça melosa, demorada etc.
pretendo que seja legal e boa.
acompanhem.
ps: como os cap sao mais longos sao mais demorados a postagem.
bjs lola cahill - janus.



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Ballet odeio. Mas mamãe disse que a postura tem que ser exemplar principalmente para se casar. Por que em pleno sec. xix mulheres necessitam casar cedo, eu ainda nem aprendi tudo que tinha para aprender. Ainda penso seriamente em sair de casa, no caso fugir, e estudar os buracos de minhocas, quilômetros que poderiam nos levar a dimensões paralelas, ou os espelhos, ninguém acredita, mas já atravessei um espelho, foi fantástico. Papai me entenderia. Mas logo em pleno meus 15 anos mamãe arrumará um pretendente, não quero de maneira alguma, mas se houver cerimônia procurarei um buraco de minhoca e atravessa...

- Alice! – gritou Senhora Lagosta, eu a chamo assim porque ela é francesa e suas feições são de uma lagosta. – já mudamos de seqüência a mais de 10 min. Exijo concentração. – ela me bateu com sua varinha, diz ela para a postura, mas para mim é para atrapalhar mesmo.

- Alice, psiu. - ouvi o cochicho de minha amigam, flora.

- que é? – hesitei

-sabe aonde você vai amanhã?

- não, por acaso vou ir naqueles bailes chatos de minha mamãe?

-não Alice, você vai ao chá comemorativo na nova casa de primavera dos Non jaleys.

- não gosto deles, como ficou sabendo disso?

- as noticias correm, os non Jaleys são os mais cobiçados da capital, eu adoraria ir. Eles são tão bonitos.

- e metidos.

- detalhes, aliás, com toda aquela beleza tem de haver um excesso de ego.

- principalmente do Gelib.

- mas esse é o mais lindo de todos... Ele tem sua idade. Alice você deve ter problemas.

- não tenho, só não gosto de gente que valorizam mais a beleza.

-Alice! – gritou a lagosta. – o que tanto a senhorita conversa?

- se me permite dizer, bom...

- Alice! Foi uma pergunta retórica!

- desculpe Sra. Lagos... Ops.

- senhora o que?! – o horário de aula acabou e sai mais depressa possível.

- Alice, por pouco você não escapa. Se sua mãe souber... – flora avisou – me.

- se ela souber. – hesitei.

- Alice você não tem jeito mesmo. – ela soltou uma risada.

* * *

Cheguei em casa mais do que cansada, só queria é dormir mas mamãe iria querer ter alguma conversa longa no jantar.

- Alice adivinha quem veio nos visitar? – mamãe respirou fundo, e nesse momento minha irmã mais velha apareceu sugerindo um abraço.

- Cler! – Hesitei. – o que veio fazer aqui?

Bom... – ela me pareceu incomodada e olhou para nossa mãe – vim para o chá dos non jaleys. – eu suspirei.

- estava com saudade da Inglaterra cler? – disse minha mãe.

- morrendo, Veneza é tudo de bom, mas... É gratificante voltar para casa.

- tomem cuidado Alice, por mais distraída que seja não é desculpa para não haver um noivado cedo, rostinho bonito não é para sempre. – a fala preferida de Cler, que, no entanto por mais que eu a ame muito me irritar saber que o casamento se baseia na mulher apresentar um rostinho bonito. – não vão querer acabar como a tia Tudver.

- Alice minha querida filha, se arrume para repousar, por favor, eu e sua irmã vamos ter uma conversa particular.

- Mas mãe eu...

- deixe a menina ouvir Margaret, aliás, é a respeito dela. – disse uma visita inesperada.

- tia Jerry e Mary, como vão e que surpresa! – abracei-as.

- não sabiam que viam assim tão de repente. – mamãe as cumprimentou junto com cler. - e Alice suba, por favor!

- esta bem, boa noite.

* * *

Deitei minha cabeça no travesseiro e preparei meus pensamentos mais loucos e impossíveis, mas havia um intruso, Gelib, não negaria que sua beleza era incrível, mas afirmo com todas as forças sua esnobe forma de agir... Boba eu não sou, Cler e mamãe acham que eu não percebi o olhar estranho e preocupado entre as duas, que escondem de mim algo, e qual é esse tipo de conversa?

Acabei pegando no sono, e junto veio os sonhos, esse era estranho, mas é significativo de alguma forma. Eu estava de volta no que chamo de país das maravilhas, os cogumelos gigantes, bolinho que cresce xarope que diminui chá eternamente e maluco, rosas sendo pintadas e jogos com a rainha e animais, um gato sorridente etc., mas no final cheguei ao castelo da rainha branca e enquanto subia as escadas eu acabei caindo, enfim fui salva por não sei quem, a não ser pelos olhos azuis muito claros que me lembrava de algo ou alguém que não sei definir. Acordei assustada e corri para a sala de estar onde a luz estava acesa para falar com minhas tias, uma época rodeavam boatos pela família de que as irmãs Jerry e Mary liam sonhos por isso tinham viúvos, ainda penso em como uma pessoa tem esse dom, mamãe disse que é asneiras, Cler diz que é perigoso, mas para mim... Ainda não pensei em minha opinião sobre isso.

- oi tia. – direcionei – me há Mary um pouco tímida, e desconfortável pelo jeito de como minha mãe me olhava, ela adorava fazer isso, parecer brava para os outros, mas tinha um coração de mel.

- ora Alice não devia estar dormindo? – Mary sorriu.

- eu tive um sonho, e achei que você podia... – gaguejei.

- Alice, eu já te falei com você sobre este assunto delicado. – minha mãe bateu as pernas.

- mas é que achei muito estranho e se tornou um tanto especial. – disse baixo.

- vamos Margaret, é só um sonho não? – Jerry insistiu.

- está bem. – bufou mamãe.

- Alice sente – se e me conte.

- tudo bem, bom, eu estava naquele lugar incrível no qual chamo de país das maravilhas, até que entrei no castelo da rainha branca, era um lugar lindo só que eu acabei caindo da escada quando fui salva, por alguém que eu sabia quem era, mas não o reconhecia, a não ser pelos olhos azuis no qual fiquei encantada.

- um, na sua idade devo pensar em uma paixão. –Mary disse maliciosamente.

- ou! Não, não. Isso está fora de questão. – disse eu.

- ora Alice, eu dizia o mesmo quando tia sua idade e me casei pela primeira vez, seu pai na época restringia esse casamento, ele era bem ciumento principalmente com Mary. – tia Jerry piscou.

- é melhor a senhora continuar sem muitos detalhes.  – falei.

- está bem, pelo encantamento julgo o romance no ar, mas talvez para encontra-lo o caminho são as maravilhas de sua imaginação. – tia Jerry continuou sorrindo disfarçadamente.

- é melhor eu voltar a dormir, teremos um dia cheio amanhã. – ignorei e fui atravessar o corredor, mas minha curiosidade falou mais alto, escondi – me nas sombras dos moveis e tentei escutar a conversa.

- ainda bem que Alice se foi, nem terminamos o assunto sobre a festa. – Cler disse delicadamente.

- ela percebeu que a conversa das tias paternas não passam de ilusões. – minha mãe insinuou severa.

 - querida cunhada, você sabe muito bem que é mais importante do que imagina. – disse tia Jerry.

- vamos voltar ao principal! – mamãe continuou – o que não podemos deixar de lado é a estratégia de aproximar Gelib de Alice.

- não sei se Alice gosta de Gelib. – Cler se preocupou.

- o que importa é que Gelib gosta de Alice. – mamãe retrucou no que fez minha respiração acelerar, não pelo fato de... Esquece.

- mas é claro que Alice gosta de certo tanto de Gelib, acabei de lermos o sonho dela é leva a ele. – tia Jerry, a que tanto admirava em questões casamenteiras fez isso. – que m tem olhos mais azuis e incríveis de admiração? Gelib é claro.

- nesses 10 dias que pousaremos na casa de primavera de non Jaleys é crucial a Alice se aproximar muito de Gelib, e verse-versa. – Mary continuou.

Sai correndo para meu quarto, pensei em fugir naquele mesmo momento, mas papai sempre pensava em estratégia, se eu der uma de rebelde eles descobririam e fariam tudo a força, mas se eu encenar o que querem talvez no final... Eu fuja do casamento proposto.


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Notas finais do capítulo

gostaram???
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