Diário De Uma Virgem escrita por Annie Meddina


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura! ;)



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—Capítulo Três—

Quando Edward afirmara que gostaria de conhecer a famosa e querida enfermeira  que todos os pacientes comentavam que sentiam saudades não era daquela forma. A figura imóvel e pálida que jazia no leito de hospital tocara seu coração. Fazia dois dias que ela estava inconsciente, ele estava agora estudando o seu caso com seu pai. Como os exames mostrava o impacto afetara a área frontal do seu cérebro, no mesmo local que opera as memórias e que talvez ela acordasse confusa e no mais grave sem memória.

Eles ainda estavam analisando umas radiografias quando finalmente ela abriu os olhos.

Bella abriu os olhos lentamente, a iluminação da sala a incomodou por um momento. Ela olhava ao redor confusa, estava em uma sala totalmente branca, presa a vários fios. De repente o esforço a deixou sem fôlego, caiu pra trás fraca e meio tonta. Virou o rosto e encontrou dois olhos verdes a observando. Ela não podia desviar, ele era tão lindo que a deixou sem fôlego.

Depois ela percebeu que havia mais alguém no quarto, o outro homem se aproximou com um sorriso doce nos lábios.

—Bella querida como se senti? Perguntou ele com doçura. –você teve muita sorte.

Ela pareceu confusa e olhou para o outro e um branco passou por sua mente. Ela não sabia o que estava fazendo ali e nem quem era aquele homem.

—o que aconteceu? Eu não consigo lembrar de nada, minha cabeça estar em branco.

E o médico começou a lhe explicou-lhe que era possível que

Levasse algumas horas a recordar o que se tinha pas­sado porque o golpe que fizera na cabeça ao ser atro­pelada em frente à igreja poderia ter afetado o local onde funcionavam suas memórias. Ela Respondia ao nome de Bella porque o médico lhe dis­sera que era o seu, mas fora isso nada ficara na alma de Bella. Nem seus medos, nem as mágoas, E nem sentimentos. Estava tudo em branco como uma folha de papel.

De vez em quando uma mulher a visitava e dizia tratar-se de sua tia e que era como se fosse sua mãe, ela tentava se esforça, mais não vinha nada. E a mulher começava a chorar desconsolada. E o estranho é que Bella se via indiferente ao sofrimento daquela mulher.

Seu medico agora não era mais o senhor que tinha um rosto bondoso e sim o que parecia um anjo caído do céu. Ele a visitava três ou mais vezes ao dia, e sempre lhe fazia a mesma pergunta. E nada.

Edward como ele gostava de ser chamado lhe disse que ela era enfermeira e que todos os pacientes desejavam sua recuperação e ansiava pela sua volta. Ele era alto, tinha ombros largos e a sua tez bronzeada contrastava com a bata branca, dando-lhe um ar exótico. Bela já se sentia a vontade com ele, ele era gentil  e carinhoso e cada hora que passava ela se sentia ansiosa pela sua visita.

Quase três semanas ela per­maneceu no hospital. Mas ela não se importava contanto que seu medico predileto a visitasse e a distraísse.

Em uma tarde durante sua visita periódica ela a avisara que sua alta seria na manha seguinte e isso a deixou temerosa.

Ele lhe explicara que continuariam fazer as sessões e que ele seria seu medico e isso a deixou mais relaxada.

Edward não queria admitir mais acabara se acostumando com sua paciente e quando lhe contara que ela teria alta. Ele o fizera com um aperto no peito. Só de imaginar ela longe dele, ele sabia que estava fazendo a pior coisa em relação a sua ética profissional. Ele não deveria se envolver nos casos dos seus pacientes. Mais com ela era diferente, ele sentia uma espécie de instinto de proteção em relação à Bella. E tinha medo de ao recuperar a memória eles perdessem aquele vinculo. Que era errado por sinal. Ele não podia alimentar esperanças a si mesmo e principalmente a ela que estava confusa e vulnerável. Mais quando ele via aquele sorriso estampado naquela face adorável, ele não tinha forças de se afastar. Ate seu pai havia percebido e com certeza todos os outros.

Ele pegou sua mão e lhe disse:

—sei que não consegue lembrar-se de nada, Bella, vamos juntos fazer um esforço. Você fala perfeitamente. Isso quer dizer que  na sua mente estão às palavras e con­ceitos que fazem parte da tua concepção do mundo, da tua educação e personalidade. Vamos fazer um tipo de jogo, eu direi uma palavra e você me dirá o que vem na sua cabeça e o que significa pra você, ok?

—ok.

—“amor” diga-me o que vem a sua cabeça.

Ela parou tentando processar as palavras, ela fechou os olhos para melhor se concentrar. E algo mudou dentro dela, foi invadida por um impulso e desatou a falar da mesma forma que ela escrevia no diário.

—o amor é o sentimento mais forte do mundo, enche o coração e transborda entre nossos poros, mais ele fere também, quando não se é correspondido. Bella não sabia por que e nem porque achava isso, só veio de supetão a sua mente.

—muito bem, parece que tens se desiludido ultimamente.

Bella deu de ombros, não saberia dizer. Talvez ele estivesse certo, talvez amasse alguém e não fosse correspondida. Será por isso esse pessimismo. — se perguntou ela.

Edward continuou o jogo e descobriu fascinado o quanto ela era inteligente e sensível.

—o que pensa da vida, em termos gerais.

- Acho que a vida é algo em que não se pensa. Não devemos pensar demasiado e sim vivê-la — eu não sei... Desculpe.

- E do passado, Bella? - continuou Edward.

—o passado é algo que devemos deixar pra trás e se for doloroso e se fizermos algo ruim e irreparável. Temos que tentar aprender com nossos erros, para não mais cometê-los.

—interessante. Por hoje chega.

Na manha da sua alta, Bella se aproximou e segurou nas mãos incrivelmente grandes do Edward e lhe dirigiu seu lindo sorriso.

—de certa forma, meu acidente o fez o conhecer  e nem que tenha  mil acidentes vou esquecer-me do quanto gentil e paciente você foi comigo... Espero te encontrar em breve.

—assim será Bella, cuide-se. —disse Edward com um aperto no peito ao vê-la sair do hospital em companhia da sua tia.

A primeira coisa que Bella fez ao entrar na casa que ela cresceu conforme sua tia havia dito, ela correu todas as dependências da casa a fim de recordar algo. Mais nada veio.

Ao entrar em seu quarto, tentou se conectar com algo, mais aquele quarto era muito frio, impessoal. Ela não acreditava que dormia ali. Era um quarto austero, seria a definição do quarto da sua tia. Ele era pintado com cores escuras e não tinha nenhum brilho. Pareciam as roupas que sua tia havia insistido em vesti nela. Mesmo quando ela disse que não podia vestir suas roupas, sua tia na hora lhe dirigiu um olhar espantado. Mais ela sorriu de orelha a orelha logo mais mandaria pinta-lo com cores vibrantes e da um toque pessoal. Mudaria muita coisa.

Ela sentou na sua cama e testou o colchão, pelo menos era macio. Ao passar a mão na colcha bordada sentiu uma protuberância.

Ao levanta o colchão encontrou um caderno grosso, ao abri-lo descobriu que se tratava de um diário. Seu diário. E se estava escondido era por que guardava segredos.

Ela o teria aberto e começado a ler se uma batida não a tivesse assustado, ela rapidamente o guardou no mesmo lugar prometendo vir em seguida.

—sim.

—almoço querida.

Bella teria dispensado mais sua tia estava muito deprimida e não queria lhe adicionar mais preocupação. Ela saiu do quarto com a promessa de voltar o mais rápido possível.

Ao termino da refeição que as duas fizeram em silencio, Bella pediu licença e disse que iria tirar um cochilo e mentiu dizendo que se sentia tonta.

Ela teria subido as escadas correndo se sua tia não estivesse a olhando. Ao chegar ao quarto trancou-se e pulou sobre a cama já com o diário em mãos.

Ela estava ansiosa por descobrir quem era ela afinal.

Chamo-me Isabella... Mas gosto que me chamem de Bella.

Aquelas letras eram tão bonitas que nem pareciam dela.

Fez um esforço e continuou.

O estilo era o de uma adolescente, foi quando olhou a data.

Ela contava com seus quinze anos, há seis anos atrás.

Naquelas linhas batia um coração jovem e cheio de vida que tinha muito a ver com aquela voz que a invadira quando respondera às perguntas que Edward havia feito dias antes.

“Chamo-me Bella, tenho quinze anos, vivo em Forks, Washington”. Do meu quarto avista-se a praça central, embora minha cidade seja pequena do tamanho de um ovo. É tranquilo viver aqui. Sou muito extrovertida e amo fazer novas amizades.

Amo ficar no rochedo do mar de La Push, costumo dizer que é meu esconderijo secreto. Gosto do burburinho das gotas da chuva no telhado, do som das ondas batendo nas rochas, do vento esvoaçando meus cabelos, de ler ao ar livre. Gosto de rapazes que saibam beijar. Gosto de tomar banho nua no rio, de dor­mir ao sol e sofro de uma forte bulimia em relação a frutos do mar.

Amo meu corpo e são raros os dias em que não me admiro ao espelho. Sou vaidosa ate as raízes dos cabelos.

—A essa menção Bella ficou confusa, porque sua tia insistia em dizer que aquelas roupas eram suas.

...Mas não posso me vestir do jeito que gosto, não quando minha tia esta junto. Para não lhe ferir, uso as roupas que ela compra. Não tenho coragem de dizer que são feias, pois ela sempre às me dar com aquele sorriso triste e fico com pena de machuca-la. Mais na primeira esquina tiro as roupas horrendas e visto as mais elegantes e sensuais peças. Peças que se aderem as minhas curvas e faz suspirar os homens. Ando sempre com elas na mochila.

—Bella sorriu a essa menção, pelo menos isso explica muita coisa. —ela continuou a leitura.

Amo dormir nua, de sentia brisa entrar pela minha janela enquanto penso nos  garotos que me assedia no colégio... E fico a sonhar acordada com meu príncipe encantado. E planejando como perderei minha virgindade...

Odeio regras, gosto de viver no limite, o anormal me atrai. Amo a adrenalina, me sinto livre quando ela corre pela minha corrente sanguínea.

Vivo com minha tia Judith, é como uma mãe pra mim, mais não me compreende. Protege-me dos homens, diz que todos são maus. Mais o que ela não sabe é que eles que deveria ter medo de mim... E que eu gosto de homens maus e safados.

Meu primo principalmente, ele nos visita de vez em quando. Não perde uma oportunidade de dizer coisas ousadas ao meu pé do ouvido e fico a fantasiar aquelas loucuras.

—Bella parou de ler, ela se sentia estranha com aquelas coisas que ia descobrindo, algo estava errado. Ela não se sentia bem com ela própria aos quinze anos, aquelas palavras não se conectavam, parecia ser outra pessoa. Ela não podia ser aquela inconsequente, que flertava a tordo e a direito. Que parecia não se importar com nada, ela não era aquela egoísta. Lagrimas inundaram seus olhos, ela não queria ser aquela pessoa.

Continua...



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Notas finais do capítulo

confusão em, já ñ basta perder a memoria e agora viver duplamente, eu fiquei me imaginando no lugar dela e putz..muita loucura...
e ai pessoas gostaram? comentem e sejam felizes!
bjbj



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