A Herdeira Dos Black - Hiatus. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 41
The worst birthday of all. {maybe no}


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenmente que não preendo fazer nada de bom. *
Heeeeeeeey diiivas,
Bom não tenho nada a comentar hoje e tou meio que postando as pressas aqui porque já era para eu ter ido na casa de uma amiga, mas enfim...
Obrigada pelos reviews do cap anterior, eu amei cada um deles ♥
Eu adoorei escrever esse capitulo então espero que gostem ;D
Beijinhos sabor morango ;3
*Malfeito, feito.*



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"Existem dois motivos pra eu concordar com gente idiota: ou eu estou com sono, ou quero que ela pare de falar."

P.O.V’s Katherine.

Eu era, oficialmente, um zumbi.

Eu não comia, não estudava, não falava com ninguém. Nem sair do dormitório eu saia.

Os primeiros dias foram com certeza os mais difíceis. A única coisa que eu sabia fazer era chorar e rezar para tudo o que estava acontecendo não passar de um pesadelo. Um pesadelo assustador.

Mas não era. Era dolorosamente real.

Os dias se passaram na mesma depressão mórbida. Eu não falava com ninguém nem com os meus amigos. Nem lagrimas para chorar eu tinha mais.

Meus amigos ficavam o máximo de tempo comigo que podiam, mas eu simplesmente não dirigia a palavra a nenhum deles. Eu simplesmente não conseguia. Eles tentavam me animar, ou pelo menos me fazer esquecer tudo que estava acontecendo na minha vida, mas eu não dava espaço para isso.

Eu não queria melhorar. Eu queria morrer. Era essa a verdade.

Pela primeira vez na vida eu desejei estar morta. Não poder sentir mais.

Os professores estavam imensamente preocupados comigo. Cheguei a essa conclusão quando até o ranhoso veio ao meu dormitório ver como eu estava. Sim, eu também entrei em choque.

Logo quando a bomba estourou, eles me deram um tempo. Não era obrigada a ir nas aulas e mesmo se fosse não teria forças para ir. Mas os dias foram passando e eu simplesmente não melhorava.

A professora Minerva vinha todos os dias no meu dormitório, me dando broncas e sermões ou simplesmente me consolando e tentando fazer com que eu saia do estado que eu estava. Ela não era a única. Os professores pareciam que tinham tomado como missão pessoal me fazer sentir melhor.

Até Dumbledore tinha vindo me ver. Mas simplesmente ignorei cada um deles e continuei jogada na minha cama, enterrada nos cobertores, desejando que quando eu abrisse os olhos pudesse notar que tudo não tinha passado de um sonho ruim.

Os gêmeos, Rony e principalmente o Harry estavam enlouquecendo. Eles não podiam entrar no dormitório feminino, e eu não saia do mesmo, ou seja, eles só podiam me ver a noite quando entravam escondidos e ainda assim eu não falava com ninguém. Era horrível olhar para o rosto preocupado deles e observar a dor nos olhos dos mesmos enquanto me olhavam sem saber o que fazer ou falar.

Hermione e Gina passaram uma semana sem ir as aulas. Sempre estavam comigo no dormitório, quando os meninos não podiam, e conversavam comigo, ou pelo menos tentavam já que eu não respondia. Elas pareciam desesperadas para me fazer melhorar. Elas continuaram faltando e os professores me visitando até que o diretor pediu a eles que me desse um tempo. Um tempo para pensar e refletir. Sozinha.

Não precisava os meus amigos me contarem para eu saber que era o assunto do colégio no momento. Afinal eu não aparecia nem para comer. Quando eu comia era uns dos meus amigos que traziam no quarto e praticamente enfiavam goela abaixo.

Até o Draco me procurou. Segundo a Mione (que me contou enquanto eu ouvia calada), ele parecia desesperado e que nunca tinha o visto assim. Ele tentou falar comigo de todos os modos possíveis mais não conseguiu, afinal ele não podia simplesmente entrar na torre dos leões.

Eu ainda sentia cada uma de suas emoções graças ao feitiço de ligamento que tínhamos. Eu sentia o que ele sentia, as emoções que ele compartilhava comigo, e eu via sua preocupação. Mas não demonstrava nada.

Eu ainda não sabia como me sentir em relação ao loiro.

Eu o amava, mas ele fazia parte do lado que matou os meus pais e todos os que eu amo. Eu estava amargurada em relação a isso e não podia evitar. Tentava, mas não podia.

Havia chegado a data do meu aniversario e isso me fez me afogar ainda mais na depressão. Cada lembrança de cada aniversario meu voltou como um flash. Memorias deles.

Memoria de seus sorrisos que eu nunca mais veria nos seus rostos.

Memoria do brilho dos olhos deles que haviam se apagado.

 - Kath. – ouvi uma voz me chamar delicadamente. Eu travei os olhos com força. Eu queria ficar sozinha hoje, no dia do meu aniversario.

- Kath, por favor olha para agente. – outra voz máscula implorou, parecendo quebrado. Abri meus olhos lentamente e retirei meu rosto do travesseiro olhando para os meus amigos ainda calada.

Lá estava a Hermione e a Gina, as duas tentando expor poses fortes, e eu sabia que era por mim. Elas me olhavam carinhosamente, mas eu via compaixão no fundo dos seus olhos.

O Fred me observava com um pequeno sorriso no rosto. O George me olhava implorativo, como se pedisse para eu sair dessa. O Harry me observava com um lindo sorriso no rosto, e eu olhar transmitia força. Eu agradeci imensamente por isso, afinal ele sabia exatamente como eu me sentia. Ser vitima de compaixão não ajudava em nada.

O Rony, assim como o Fred me olhava com um pequeno sorriso. Apesar de ele não sofrer o que eu sofro, eu acho que ele tinha um pouco de noção, para saber como eu pensava.

- Feliz aniversario. – falaram juntos. Eu senti uma enorme vontade de responder, e agradecer mas eu não conseguia. Apenas lhes lancei um olhar e puxei minhas pernas para mais perto de mim, respirando fundo e me lembrando de cada vez que meus pais disseram a mesma frase.

- Trouxemos presentes para você. – a Mione falou para mim. Eu apenas a olhei e ela suspirou me olhando atentamente.

- Por favor Kath... – o George implorou se sentando ao meu lado e pegando minha mão entre as suas e me olhando nos olhos. – Fala alguma coisa. Há semanas que você não fala com ninguém. E há semanas que eu não consigo sorrir só por te ver assim. Faz isso por você, por nós... por mim. – completou com seus olhos castanhos esverdeados me olhando profundamente.

Lhe olhei e nesse momento pensei o quanto eu estava sendo egoísta. Eu estava fazendo meus amigos sofrerem só por me verem nesse estado. Eu não gostava disso.

- Desculpe. – falei num sussurro com um voz rouca devido a falta de uso. Nesse momento todos soltaram suspiros felizes e o George me esmagou num abraço sendo seguido por todos os outros. Eu apenas correspondia calmamente.

- Vamos abrir os presentes. – o Fred falou extremamente animado. Eles me ajudaram a desembrulhar cada um deles.

Dos gêmeos eu havia ganhado um lindo vestido azul com detalhes dourados e um sapato combinando. E um cartão eu dizia apenas “ Sorria sempre pequena.”

Do Harry eu havia ganhado um colar comunicador. Não havia entendido direito no inicio, mas ao que parecia se que quisesse falar algo extremamente curto e importante com ele, que estava longe, era só eu apontar a varinha para o colar que uma frase igual vai aparecer no dele.

Da Hermione eu ganhei um livro. Só para não perder a pratica sabe? Era um livro de azarações e maldições. Do Rony eu ganhei um perfume e da Gina uma blusa. Agradeci a cada um deles.

Então uma coruja negra entrou pela janela do quarto. Ela tinha os olhos cor de âmbar. Ela deixou uma pequena embalagem no meu colo e em seguida levantou voo. Olhei para os meus amigos que me encaravam em busca de respostas. Abri lentamente a caixa e meus olhos se arregalaram. Era um anel. Mas precisamente o anel que o Draco me deu de namoro na época que estávamos juntos. Tinha um pequeno bilhete amassado dentro e escrito: “Isso pertence a você. Parabéns.”

Respirei fundo e fechei a caixinha tentando pensar. A coloquei dentro da gaveta que tinha ao lado da minha cama. Não resolveria nada disso agora. Não precisava de mais problemas. Meus amigos perceberam isso porque não tocaram no assunto.

- Kath... – a Mione começou cautelosa e eu a olhei. – Você lembra aquele presente que eu te dei no Natal? Acho que esta na hora de usa-lo. – completou. O resto do pessoal nos olhou curiosos enquanto uma pontada de realidade me atingiu.

O diário do meu pai. Ele havia dito para eu usar somente quando eu realmente precisar. Quando eu realmente precisar conhecer ele melhor. E isso era o que eu precisava no momento.

Me levantei cambaleante e me dirigi até onde o meu malão estava jogando tudo para cima atrás de um caderno, com uma capa dura e preta, e com o Símbolo da Grifinória bem em cima, ao lado do símbolo da família Black.

Olhei para o objeto em minhas mãos e voltei caminhando em direção a cama me sentando em seguida, sem desgrudar o olhar do objeto. Parecia que eu tinha medo que se deixa-se de olha-lo ele desaparecesse.

- O que é isso? – o Harry perguntou curioso e se aproximando mais de mim.

- O diário do meu pai. –falei num sussurro.

- O Sirius teve um diário?! – todos os meninos falaram juntos e com uma cara muito engraçada. A Mione soltou um riso baixo.

- É. Eu também achei profundamente gay. – falei calmamente.

- Depois eu explico direito para vocês. – a Mione falou quando eles abriram a boca para falar algo. – Vamos deixar a Kath ler sozinha ok? – completou se levantando.

- Por favor fiquem. – implorei. E eles me olharam.

- Tudo bem. – o George concordou e se sentou ao meu lado. Logo todos se acomodaram e me olharam fixamente enquanto eu abria lentamente o objeto em minhas mãos.

As paginas eram delicadas e amarelas, então eu foleei calmamente até achar o local da sua primeira inscrição. Sua letra era elegante e ao mesmo tempo despojada. Tomando o folego, comecei a ler em voz alta.

“15 de Novembro de 1976, dormitório do 5º ano da Grifinória.

A coisa mais gay que eu já fiz na minha vida.

Pois é, eu Sirius gostoso Black estou escrevendo um diário. UM DIARIO! Se os outros marotos sonharem com uma coisa dessas, eu vou ser marcado pela zoação pelo resto da minha vida!

O motivo de eu ter me submetido a essa trágica atitude? Marlene Mackinon.

Cara, sinceramente quando a Marlene me sugeriu isso eu realmente cogitei a hipótese de ela ta fumando muito pó de flúor. Mas não... Ela estava falando serio!

Segundo ela: “Eu estou muito violento e sou um perigo para Hogwarts, e que eu deveria descontar as minhas frustrações de um jeito produtivo.”

Preciso comentar o quanto essas palavras foram ridículas?!

Ela só falava isso porque eu dei uma liçãozinha em um maldito Corvinal que ela estava louca para ficar, mas que vivia me irritando.

Eu lá tenho culpa se aquele maldito passarinho foi se meter com o que não era da sua conta?!

A Marlene surtou e ficou meia hora gritando comigo e dizendo que eu tinha acabado com todas as chances que ela tinha de sair com ele (sinceramente, o que ela vê nele?), que eu fui irresponsável, inconsequente e que o rabo de burro não tinha combinado com o coitado e que definitivamente o cabelo rosa dele não combinou com o uniforme azul dos Corvinais.

Enquanto ela gritava em plenos pulmões comigo, os desgraçados que eu chamo de melhores amigos, apenas riam da minha cara.

E quando eu achava que não podia piorar, Eis que surge Marlene Mackinon com essa ideia patética.

A principio eu questionei sua sanidade mental. Depois eu conversei com ela para ela parar com o vicio em pó de flúor, que ela parecia estar fumando sempre e por ultimo a recomendei um bom psiquiatra trouxa para a loucura que ela parecia estar sofrendo.

Era obvio que eu não ia aceitar fazer isso! Mas olha só... Eu acabei aceitando!

PORQUE EM NOME DAS COECAS DE BOLINHAS DE MERLIN EU ACEITEI FAZER ESSE DIARIO?!

A resposta? Ela me fez chantagem emocional.

Ela veio com aqueles olhinhos azuis pidões e disse que se eu fizesse isso ela seria a menina mais feliz do mundo. E o que eu respondi? NÃO.

Só que aí ela partiu para as ameaças de morte que ela sabe fazer muito bem. Ela ameaçou me castrar! E isso seria um pecado para todas as garotas de Hogwarts.

Então eu cedi e comecei a fazer essa droga de diário.

Cara, eu não gosto nem de imaginar se os marotos descobrem uma porra dessas.

Mas, enfim... hoje o meu dia foi um saco.

Na verdade eu passei o dia todo xingando mentalmente a Mackinon. E claro, dei uns pegas numa garota da Lufa-Lufa chamada Lavander Brown.

Ela era bonita, mas chata para caralho!

Enfim, acho que vou encerrar hoje por aqui.

Daqui a pouco o Pontas sobe, com certeza depois de um fora fenomenal da ruiva, Lilly Evans (ou foguetinho), cara... meu amigo ta virando um veado. Mas isso é historia para outra hora.

O Aluado deve estar com a Medowes. Acho que a Dorcas conseguiu amansar o lobo. Esses dois ainda vão se pegar, se um dia o Remus deixar de ser lerdo.

Enfim, é melhor eu acabar por aqui antes que esses dois apareçam e me vejam escrevendo em um diário e eu seja marcado pela zoação até depois da minha morte.

Marlene Mackinon você ainda me paga!

Sirius gostoso Black.”

Pela primeira vez em muitas semanas eu estava rindo. E não era a única. Meu pai era o poço do ego. Uma sensação de familiaridade se espalhou pelo meu corpo como se eu estivesse próxima a uma lareira. Me aquecendo.

Imediatamente me senti melhor. Meu pai sabia exatamente o que fazia quando me deixou isso.

- Nossa. – o Fred exclamou ainda rindo.

- Quem foi Dorcas? – a Mione perguntou curiosamente. Demos de ombros.

- Pelo visto vamos aprender muitas coisas com isso. Vou conhecer melhor as pessoas que eu amava, mas que não tive a chance de conhecer. – falei apertando o diário contra o peito. Meus amigos sorriram.

- Vamos fazer tudo isso e muito mais... – o Rony começou e olhou para o Harry.

- ... Juntos. – o moreno completou me dando um mega abraço, que eu prontamente retribui.

Ele era minha família agora. Na verdade agora meus amigos eram a minha família.

Olhei para eles e sorri, com a inigualável sensação de que eu estaria com eles até o fim.


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