A Herdeira Dos Black - Hiatus. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 42
Despair.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *
Heeeey, Cupcakes,
Bom, acho que devo um pedido de desculpas pela demora a postar aqui, mas eu meio que tava sem inspiração {e paciência} para escrever sabe?
Mas, enfim, eu estou de volta e com um cap novo *-*
Espero que gostem dele, e antes que eu me esqueça, obrigada pelos reviews do cap passado ^.^
Beijinhos sabor chocolate ♥
* Malfeito, feito.*



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"Adoro usar a ironia. Torna tudo tão, simpático."

P.O.V’s Katherine.

Eu achava que nesses tempos nada poderia me deixar mais desesperada, mas me provei errada, quando vi que poderia perder um amigo.

O mês de fevereiro foi se aproximando de março sem alteração no tempo, exceto que passou a ventar mais além de chover, e com ele trouxe muitas surpresas, entre elas que o passeio a Hogsmead havia sido cancelado e o mesmo era no dia do aniversario do Rony. Ele ficou furioso.

Mas com certeza esse não era o nosso pior problema. Todos nós estávamos na enfermaria olhando para o ruivo extremamente pálido e desacordado na cama. Muitas coisas haviam acontecido.

Hoje era o dia do aniversario dele, do Rony, e ele ingeriu, sem querer, uma poção do amor que era para o Harry. A que a vaca da Romilda havia lhe dado. O Harry procurou o professor de poções para pegar o antidoto e até aí tudo bem.

Mas foi aí que o Rony foi envenenado. O veneno estava na garrafa de bebida do professor Slughorn.

Era noite; a ala hospitalar estava silenciosa, as cortinas fechadas, as luzes acesas. A cama de Rony era a única ocupada. Eu estava abraçada com o George enquanto olhava preocupada para o ruivo, Harry abraçava uma Gina extremamente pálida e o Fred tinha os braços em volta de uma Hermione chorosa. Eles estavam nos apoiando.

Eu queria desmoronar. Quantas coisas ruins ainda eram capazes de acontecer por causa dessa maldita guerra que ainda estava por vir? Mas no fundo eu sabia que essas tragédias nem estavam no começo.

Eu tinha melhorado bastante da depressão. Ia as aulas, saia do dormitório e estava sempre na companhia de um dos meus amigos. Tinha medo que se saísse de perto de alguns deles pudesse acontecer algo de ruim.

O George estava sempre comigo. No intervalo para as aulas, e em qualquer momento. Ele e o Harry eram meus pilares principais. O moreno estava cada vez mais próximo da Gina e eu estava feliz por ele. Ele gostava daquela ruiva.

O George, bom, eu costumo chama-lo de meu anestésico. É incrível o modo como quando ele esta por perto, me abraçando e dizendo que no final vai ficar tudo bem toda vez que eu penso em apenas abandonar tudo. Ele estava sempre tentando me fazer sorrir e tirar da cabeça metade das minhas preocupações.

O Draco havia me procurado. Varias vezes. O evitei o máximo que eu podia e o ruivo me ajudava nisso, entendendo exatamente o que eu sentia. Não sabia como agir perto do loiro, até porque eu não sabia como estava o conflito de sentimentos em relação a ele. O loiro pareceu entender e me deixou em paz, pelo menos por enquanto. Eu o amava, mas não podia esquecer de que lado ele estava. Não podia.

E o que tinha acontecido com o Rony era só mais uma amostra do que estava por vir.

- Esse com certeza não foi o melhor aniversario do Rony. – o Fred falou serio e olhando para o ruivo desacordado.

Eu olhei realmente preocupada para o ruivo. Quando será que ele vai acordar? O George sentindo a minha preocupação, me abraçou mais apertado e murmurou um “Vai dar tudo certo no final”. Eu adorava o modo como o ruivo sabia exatamente o que me dizer.

Ele não falou um “Vai ficar tudo bem”, porque isso ninguém no mundo poderia prometer. Ele falou um “Vai dar tudo certo no final.”, porque não importava o que acontecesse estávamos lutando por uma causa. Estávamos lutando para criar um mundo melhor.

- Como foi exatamente que isso aconteceu, Harry? – a Mione questionou novamente. Sempre perguntávamos a mesma coisa ao moreno na esperança de fazer algum sentido o que tinha acontecido.

Harry suspirou e tornou a contar a história que passava a sensação de já ter sido contada umas cem vezes.

- ... então enfiei o bezoar  na boca de Rony e a respiração dele melhorou um pouco, Slughorn correu para buscar ajuda, McGonagall  e Madame Pomfrey apareceram e o trouxeram aqui para cima. Acham que vai se curar. Madame Pomfrey diz que terá de ficar aqui mais ou menos uma semana... tomando Essência de Arruda. – o moreno completou.

- Meu Merlin, foi sorte ter lembrado do bezoar. – o George exclamou baixinho.

- Sorte foi ter um na sala. – o moreno falou tenso. Eu estremeci automaticamente ao imaginar o que teria acontecido se não tivesse. O George me apertou um pouco mais forte.

- Mamãe e Papai já sabem? – Gina perguntou, afinal ela, de todos nós, foi a ultima a chegar a ala hospitalar.

- Eles já viram o Rony, chegaram há uma hora; estão no escritório de Dumbledore, agora, mas vão voltar logo... – o Harry respondeu.

Eu estava calada. Não havia pronunciado uma só palavra desde o momento que recebi a noticia. A única coisa que eu conseguia fazer era olhar para o corpo imóvel do ruivo.

- Slughorn poderia ter posto alguma coisa na taça de Rony sem você ver? – perguntei pela primeira vez ao moreno. Ele me olhou imediatamente.

- Provavelmente, mas por que Slughorn iria querer envenenar Rony? – me questionou. Dei de ombros. Se tem uma coisa que eu aprendi nos últimos meses foi a desconfiar até da sombra.

- Você acha que ele poderia ter trocado as taças por engano? Querendo envenenar você? – o Fred perguntou ao moreno.

- Por que Slughorn iria querer envenenar Harry? – a Mione questionou.

- Não sei — replicou Fred — mas deve haver muita gente que gostaria de envenenar Harry, não?  "O Eleito" e tudo o mais?

- Então você acha que Slughorn é um Comensal da Morte? — perguntou Gina.

- Sinceramente? – perguntei me metendo na conversa e eles me olharam. – Não, na minha opinião ele não é. O leão marinho pode ser ganancioso e arrogante, mas não acho que isso seja no estilo dele. Mas acontece que ultimamente agente tem que aprender a desconfiar até da própria sombra. – completei em tom tenso.

- Ele poderia estar sobre a maldição Imperius. – o George opinou.

- Ou poderia ser inocente — tornou Gina. — O veneno poderia estar na garrafa, caso em que provavelmente era destinado ao próprio Slughorn. 

— Quem iria querer matar Slughorn? – o Fred perguntou erguendo as sobrancelhas. Eu, Mione e Harry rocamos olhares, já com uma sugestão.

- Dumbledore acha que Voldemort queria o apoio de Slughorn — disse Harry. — O professor esteve escondido durante um ano antes de vir para Hogwarts. E... — ele pausou e eu sabia que ele estava se referindo a lembrança.— ... e talvez  Voldemort queira tirar Slughorn do caminho, talvez ache que ele pode ser valioso para Dumbledore.

- Mas você disse que Slughorn tinha pensado em dar a garrafa a Dumbledore no Natal — lembrei ao Harry. — Então o envenenador poderia muito bem estar atrás do Dumbledore.

- Então o envenenador não conhecia Slughorn muito bem — falou Hermione. — Qualquer um que conhecesse Slughorn saberia que havia grande probabilidade do professor guardar uma coisa gostosa daquela para si mesmo.

- Her-mi-o-ne — crocitou Rony inesperadamente.

Todo mundo ficou quieto apenas o observando, mas ele apenas voltou a dormir. Eu sorri minimamente para a Mione. Ele também gostava dela.

As portas da enfermaria se escancararam, sobressaltando a todos: Hagrid entrou e se encaminhou para o grupo, sua cabeleira salpicada de chuva, o casaco de pelo de urso ondulando aos seus passos, um arco na mão, deixando no chão um rastro de pegadas lamacentas do tamanho de boias. 

- Passei o dia todo na Floresta! — ofegou. — Aragogue piorou, estive lendo para ele... só me levantei para jantar agora há pouco, e a professora Sprout me contou o que aconteceu ao Rony. Como é que ele está?

- Nada mal — respondeu Harry. — Dizem que vai ficar bom.

- Somente sete visitas de cada vez! — avisou Madame Pomfrey, saindo depressa de sua sala. 

- Com o Hagrid são sete — falei meio confusa. 

- Ah... é...  — concordou Madame Pomfrey, que, pelo jeito, contara Hagrid como várias pessoas, diante de sua corpulência. Para disfarçar seu embaraço, ela correu a limpar as pegadas com a varinha. 

- Não acredito — disse Hagrid rouco, sacudindo a cabeça peluda enquanto olhava para Rony. — Simplesmente não acredito... olha só ele deitado aí... quem iria querer fazer mal a ele, eh?

- É justamente o que estamos discutindo — disse Harry. — Não sabemos.

- Será que alguém poderia estar com raiva da equipe de quadribol da Grifinória? — perguntou Hagrid ansioso. — Primeiro a Cátia, agora o Rony...

- Não consigo ver ninguém tentando liquidar uma equipe de quadribol — comentou George.

- Wood teria acabado com os jogadores da Sonserina se não tivesse de pagar pelo crime — respondeu Fred, querendo ser justo.

- Bem, acho que o motivo não é o quadribol, mas acho que há uma ligação entre os ataques. – falei baixinho e todos me olharam fixamente.

- Como é que você chegou a essa conclusão? — perguntou Gina.

- Bem, primeiro, os dois casos deviam ter sido fatais, mas não foram, embora tenha sido por pura sorte. Por outro lado, nem o veneno nem o colar parecem ter atingido a pessoa que deviam matar. É claro — falei— que de certa forma isto torna o mandante dos atentados ainda mais perigoso, porque parece que não se importa com o número de pessoas que liquida até realmente chegar à sua vítima. – completei sombria e com um peso no coração, me questionando se o Draco... Não. Eu não iria pensar nisso. Não agora.

Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, as portas da enfermaria se abriram novamente entrando por ela o senhor e a senhora Wesley. Assim que viu o Harry, Molly o esmagou em um abraço.

- Dumbledore nos contou como você salvou Rony com o bezoar — soluçou a bruxa. — Ah, Harry, que podemos dizer? Você salvou Gina...  salvou  Arthur... agora salvou  Rony...

- Não precisa... eu não... — murmurou Harry sem jeito.

- Parece que metade da nossa família lhe deve a vida, agora que paro para pensar — falou o Sr. Wesley com a voz embargada. — Bem, só o que posso dizer é que foi um dia de sorte para os Wesley quando Rony resolveu sentar no seu compartimento no Expresso de Hogwarts, Harry.

Então a senhora Wesley se separou dele sorrindo e me viu. Ela ofegou e correu contra mim me esmagando em um abraço e me separando do George. Eu estava meio surpresa mais correspondi. Eu sentia falta de um abraço assim. Uma braço materno. Isso vez meus olhos encherem de agua.

- Eu sinto muito pelo que aconteceu com seus pais querida. Sinto mesmo. Nós já estamos sabendo há algum tempo, mas não podemos entrar em contato com você. Ninguém da ordem pode. O Remus estava morrendo de preocupação assim como todos nós. – ela falou se separando levemente de mim e acariciando meu cabelo enquanto uma pequena lagrima descia pelo meu rosto.

- Dumbledore nos informou do que você passou aqui. – o senhor Wesley falou chegando perto de mim serio. – Não faça mais isso ok? Não se isole. Ficamos realmente preocupados e desesperados por não poder entrar em contato com você. O Remus queria invadir Hogwarts para poder te arrastar daquele dormitório. – acrescentou com um pequeno sorriso. Eu sorri também.

Sabia que o Remus considerava a mim e ao Harry, a sua ultima conexão com seus melhores amigos. Sabia que ele faria tudo por agente.

- Não se preocupe senhor Wesley não vou fazer novamente. – falei enquanto abraçava o George novamente. Ele sorriu para mim.

Então a enfermeira apareceu falando que só podia ficar sete pessoas, então eu, Harry, Hermione e Hagrid saímos, deixando a família sozinha e reunida. Eles precisavam disso.

Eu abracei o Harry de lado, assim como a Hermione enquanto andávamos pelos corredores vazios e escuros. Eu sorria minimamente só pro saber que ainda tinha pessoas que se importavam comigo.

Isso me fez infinitamente feliz.


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