LEIAM AS NOTAS INICIAIS. LEIAM AS NOTAS INICIAIS.

“ Porque quando agente ama, não amamos a cor do cabelo, dos olhos ou até mesmo a cor da pele. Agente ama porque ama. Simples assim.”

P.O.V’s Katherine.

Eu estava fula da vida.

O Harry e o Draco sumiram da festa e não apareceram mais, o que fez eu e a Luna voltarmos sozinhas para os dormitórios.

Eu estava com tanta raiva por ter sido plantada lá que nem uma idiota que eu queria pegar aqueles dois e dar de comida a Lula Gigante.

Não os tinha visto ainda, mas quando isso acontecesse eles iam se ver comigo.

Quando cheguei ao dormitório a Mione já estava lá, e quando viu minha cara de raiva levantou as sobrancelhas mais não disse nada.

Amanhã seria o dia de ir para casa para as ferias de Natal, e eu veria meus pais e no dia seguinte iria para a Toca. Já tinha acertado tudo com os Wesleys e com meus pais na França.

Iria por pó de flúor.

Pensando nisso troquei de roupa e me joguei na cama pensando em modos de me vingar de um certo loiro que me deixou sozinha na festa.

~*~

- Acorda Kath. – a Mione falou me tacando um travesseiro.

- Já acordei merda. – resmunguei enquanto me levantava da cama. A castanha já estava arrumando a mala e a minha também já estava quase pronta.

Me caminhei para o banheiro e tomei banho, penteei os cabelos e já saí de lá pronta.

- Você vai para a França por pó de flúor não é? – a castanha me perguntou assim que pisei meus pés novamente no dormitório.

- Sim. Vou ver meus pais e amanhã irei para a Toca. – falei pra ela. – Você vai pra lá também não é? – questionei.

- Não, eu não preciso passar mais tempo com o Rony para ele falar sobre a Lilá. – a castanha falou para mim. Olhei pelo dormitório e vi que nossas companheiras de quarto já tinham descido.

- Qual é Mione, vai ser divertido. – falei pra ela. – Vou ver meus pais hoje, porque é o certo e também estou com saudades deles, mas os meninos ficaram enchendo meu saco para ir a Toca. Dizem que lá é super divertido. – completei.

- E é. –a  castanha falou sorrindo. – mas eu dispenso. Vou passar o natal com meus pais, ano passado eu passei com os meninos, esse ano eu passo com eles. – ela afirmou e eu suspirei derrotada.

- Ok então. Que horas o trem sai? – perguntei a ela enquanto eu jogava o resto das minhas coisas dentro do malão e o fechava.

- Depois do café da manhã. – ela me respondeu. – Vamos? – perguntou e eu assenti.

Sai do dormitório a caminho do salão comunal e vi que o Harry estava ao lado dos gêmeos. Meus olhos se estreitaram malignamente. Ótimo. Depois dele eu tinha que “conversar” com o loiro.

Com certeza ele vai ouvir mais do que vai falar.

- Harry James Potter. – falei o olhando malignamente. Ele engoliu em seco.

- Sim Kath. – respondeu sorrindo amarelo.

- Você deixou a Luna plantada na festa de ontem e o mentecapto do Malfoy me deixou. Porque eu tenho a sensação que esta tudo ligado? – perguntei cruzando os braços.

- Se ferrou. – o Fred falou rindo.

- Eu descobri umas coisas. – ele falou para mim e seu tom me chamou a atenção.

- Sobre? – perguntei franzindo as sobrancelhas.

Ele olhou ao redor, os gêmeos nos olhava com curiosidade, mas ele ignorou isso e pousou seus olhos em mim e na Mione.

- Sabe aqueles desconfianças que eu tenho sobre certa pessoa? – ele perguntou para mim. Fiz uma careta assentindo. Draco. – Sobre isso. – ele concluiu.

- Não é tão ruim, é? – a Mione perguntou ao moreno.

- Sinceramente? – ele perguntou e nós assentimos. – Não sei. Mas vou descobrir. – ele completou.

- Você vai me contar isso direitinho Harry. – falei para ele.

- Amanhã na Toca. – ele falou para mim. Assenti concordando e me esquecendo que eu estava com raiva dele.

- Vamos tomar café? – o George perguntou se levantando.

- Vamos. – a Mione concordou e nós seguimos para o salão comunal.

Assim que chegamos lá, eu resisti ao impulso de olhar para a mesa da sonserina onde eu sabia que o loiro estava. Eu também sabia que ele ia passar o Natal no colégio.

E antes de eu ir embora eu precisava ter uma conversinha com ele.

Tomei meu café calmamente e vi que os alunos já estavam se despedindo dos amigos que só iriam ver depois do feriado.

- Você vai que horas para a França? – o Fred me perguntou.

- Daqui a pouco. – falei dando de ombros. Eles assentiram.

- Bom, eu já vou indo. – a Mione falou se levantando. Me abraçou e ao Harry e gêmeos, ignorando completamente o Rony que tinha chegado. – Mando o presente de vocês por coruja. – falou para a gente e saiu do salão.

Logo os gêmeos, Harry e Rony também se despediram de mim e foram para o trem a caminho da Toca. Resolvi pegar minhas coisas e ir para casa.

Me levantei calmamente da mesa dos leões e comecei meu caminho até a torre da Grifinória.

- Kath. – ouvi a voz do loiro me chamar. Me virei lentamente com um expressão que daria medo até no próprio Hades.

- Malfoy. – o cumprimentei entre dentes e voltei a andar. Pelo menos era isso que eu queria já que o loiro segurou meu braço. – Me solta. – ordenei.

Ele soltou meu braço suspirando e passou a mão pelos cabelos.

- Porque você esta assim? – perguntou a mim. Eu o olhei incrédula. Ele só podia ta de brincadeira com a minha cara.

- Sabe que eu não sei. – comecei irônica. – Deve ser porque o meu par na festa me largou plantada lá e simplesmente sumiu sem falar nada. – completei. Ele arregalou os olhos.

- Oh Merlin... – ele começou. – eu realmente tive motivos para sair da festa Kath. Me desculpa. – ele pediu.

- Guarde suas desculpas para alguém que as queira. – falei rispidamente e me virei para andar novamente para ele me segurou ali.

- Olha, eu não posso te contar muito mais... – ele hesitou me olhando. – eu realmente precisei sair. Eu tinha assuntos para tratar com uma pessoa e era importante. Eu sei que eu errei, não deveria ter te deixado lá, mas era necessário.- completou.

- Malfoy... – comecei, mas ele me cortou.

- Olha Kath, você pode não acreditar no que eu vou te dizer agora, - ele começou olhando nos meus olhos. – mas eu não quero te decepcionar. Não vou fazer isso. Tudo o que estou fazendo nesse momento é porque eu sou obrigado e estou tentando achar uma saída para isso acabar. Eu jamais faria algo que pudesse te magoar Kath. E quando a hora que eu tiver que cumprir minha missão chegar eu vou fazer de tudo para não ter que realiza-la. Mas se eu realmente tiver que fazê-la, eu vou pensar em você Kath. Pensar em te proteger. Se eu puder fazer algo para impedir eu farei, não tenha duvidas disso. – ele falou cada palavra me olhando intensamente e eu vi sinceridade no fundo dos seus olhos.

Eu fechei os olhos e respirei fundo. – Tudo bem. – falei calmamente. – Mas não faça isso novamente, eu tive vontade de arrancar seus lindos cabelos loiros um por um com uma pinça. – completei e ele riu me abraçando.

- Pode deixar. – ele falou ainda me abraçando.

- Você vai passar o natal aqui em Hogwarts? – perguntei ao loiro.

- Sim. Tenho que ficar aqui, e além do mais, minha casa não esta muito agradável ultimamente. – ele falou fazendo uma careta e seu tom era sombrio. Estremeci só de imaginar o que não era “agradável.”. – E você? – perguntou a mim agora sorrindo.

- Vou para a França ainda hoje e amanhã para a Toca. – falei calmamente. Ele sorriu.

De repente ele ficou com uma cara pensativa e depois sorriu torto. Estreitei meus olhos para sua expressão suspeita.

Num gesto habilidoso, e completamente inesperado, ele me agarrou pela cintura e me prensou na parede. Eu arfei com o toque inesperado.

- O que você esta fazendo? – perguntei meio ofegante.

- Algo que eu quero a algum tempo. – falou com uma voz rouca e eu senti um arrepio correr meu corpo.

Uma das suas mãos que estavam na minha cintura subiu e retirou uma mecha do meu cabelo que estava sobre o meu rosto. Ele colocou a mão na minha nuca olhando no fundo dos meus olhos.

A outra mão fez o caminho por toda a minha coluna sendo apoiada na base das minhas costas em seguida chocando seu corpo com o meu.

Seu rosto se aproximou do meu e eu senti o seu halito e o seu perfume me embriagando. Então ele selou nossos lábios.

Seus lábios eram como eu imaginei. Gelados e com sabor de menta. Tão gostosos como sempre aparentava.

Fazia um contraste perfeito com os meus.

Gelado e Quente.

Inverno e Verão.

Duas pessoas completamente opostas, mas que se completam de um jeito estranhamente bom.

Sua língua pediu passagem e eu cedi, dando inicio a uma batalha por espaço completamente sensual. Nos movíamos juntos como se fossemos sincronizados e a única coisa que eu pensava era em seus lábios nos meus.

Ele me prensou ainda mais na parede acabando com qualquer distancia que ainda podia existir entre nós, e nesse momento eu não desejei mais nada.

Incrivelmente, eu senti algo com ele que não tinha sentido por nenhum outro garoto em toda a minha vida. E isso era muito bom. Estranho, mas bom.

E com um baque de realidade, eu percebi que eu estava me apaixonando por Draco Malfoy, um comensal da morte. Um garoto que ia lutar em um lado diferente do meu na guerra, mas que nesse momento eu sabia que eu podia morrer tentando, mas eu traria ele para o nosso lado.

Porque ele, nessa hora, se tornou definitivamente parte da minha vida.

Nos separamos ofegantes e eu apenas olhei para o seu rosto. Seus lábios cor de cereja estavam inchados e eu sabia que o meu não estava diferente. Seus olhos cinza, que nesse momento estava azul, tinha um brilho diferente no olhar.

- Eu tenho que ir. – falei num sussurro ao lembrar que eu ainda tinha que pegar minhas coisas no dormitório e que a tia Minnie provavelmente estaria me esperando para eu ir para casa.

Ele se aproximou novamente de mim e dessa vez me deu um selinho casto.

- Tchau minha linda. – falou no meu ouvido e eu sorri saindo dali.

Não estávamos namorando. Definitivamente não. Eu estava confusa em relação ao loiro.

Éramos amigos? Ficantes? Peguetes?

Sinceramente eu não me importava desde que estivesse com ele.

O beijo foi algo que queríamos a algum tempo e nós dois sabíamos disso. Sabíamos também que depois das férias de natal, com o pensamento novamente em ordem, teríamos muito o que conversar e resolver.

Cheguei ao dormitório, peguei meu malão e segui para a sala da Tia Minnie. No castelo só estava quem iria passar o natal lá, o que não era o meu caso.

Entrei na sala dela sorrindo e a encontrei com um mínimo sorriso nos lábios.

- Oi Tia Minnie. –a  cumprimentei alegremente.

- Oi Kath. – ela me olhava como se soubesse o motivo da minha animação. – Pronta? – perguntou. Assenti sorrindo.

Fui até a lareira peguei o pó de flúor e falei alto e claro. - Ma maison.. – falei o nome em francês que levaria direto para a minha casa.

Respirei fundo e deixei as chamas verde esmeraldas me engolirem.