“É engraçado como alguém pode partir o seu coração e você ainda amá-lo com todos os pedaços partidos.”

P.O.V’s Katherine.

Bom, acredite se quiser mais eu estava tendo uma conversa civilizada com Draco Malfoy que a propósito é um comensal da morte. O mundo realmente da voltas.

- Essa missão que você tem que cumprir, afetará a mim e aos meus amigos não é? – perguntei meio aflita.

Ele suspirou. – De certo modo sim. Mas é uma missão quase suicida. Eu não vou consegui cumprir e serei morto. Eu tenho a sensação que Você-sabe-quem, sabe que eu não vou coseguir cumpri-la e ele vai me matar sendo uma punição ao meu pai e minha mãe pelo o que ocorreu ano passado. O problema é que se eu não fizer ele mata minha mãe. – ele concluiu suspirando.

- Eu odeio o cara de cobra. – falei com raiva e o Draco esboçou um pequeno sorriso.

- Só quero te pedir uma coisa... – ele começou hesitante e eu fiz um gesto para que ele prosseguisse. – Não me odeie quando se eu conseguir cumprir a missão, ok? Eu não tenho escolha. – falou olhando nos meus olhos.

- Olha Draco, agora nós estamos ligados e você é meu amigo. Não posso prometer algo que não possa cumprir sendo que nem sei a sua missão. Eu sou muito impulsiva Draco. – falei olhando nos seus olhos que me fitavam. – Prometi não te julgar e não julgarei. Mas eu não vou desistir de te trazer para o nosso lado. – acrescentei com um sorriso.

Ele riu levemente. – Cabeça dura. – resmungou rindo.

- Sempre. – falei com um sorriso torto.

Ele hesitou um momento e decidiu falar algo. – O que o testa rachada, a cenoura e a sabe-tudo irritante vão fazer quando descobrirem que somos amigos? – perguntou e eu olhei reprovadora para ele por causa dos apelidos. Ele levantou as mãos em forma de rendição. – Força do habito. – falou e eu rolei os olhos.

- Eu não sei. – falei sorrindo despreocupada. Ele me olhou curioso mas não falou nada. – E os sonserinos? – perguntei debochada, ele fez uma cara pensativa.

- Eu acho melhor agente deixar essa amizade em segredo por enquanto. Acho que se as pessoas descobrirem o choque colocaria Hogwarts abaixo. – falou rindo e eu concordei.

Fiquei calada um minuto pensando em como isso ia afetar minha vida. – Pensando em que? – ele perguntou me olhando.

- Em tudo. – falei suspirando. – Eu prometi que não contaria a nenhum dos meus amigos sobre sua missão e não vou contar. Mas, de certa forma, eu me sinto com a consciência pesada por esconder algo assim deles. – fiz uma pausa e depois me virei para ele. – Eu estou confiando em você Draco. Não me decepcione. –falei e ele assentiu minimamente apesar de parecer meio para baixo.

- Acho melhor agente ir. – ele falou se levantando do chão onde nós dois estávamos sentados e estendei a mão para mim.

Concordei com a cabeça enquanto aceitava a mão e ele me puxava. O problema é que ele puxou um pouco forte de mais me fazendo chocar com seu corpo, meu rosto ficando a centímetros do seu.

Nossos olhares estavam conectados e as respirações embaralhadas. Eu sentia seu halito de menta no meu rosto e também seus braços fortes me envolvendo. Olhando naqueles olhos cinzas eu perdi a noção do tempo por alguns segundos.

Limpei a garganta e me afastei dele que ainda me olhava intensamente assim como eu o olhava. – Até mais Draco. – falei dando um beijo na sua bochecha e saindo do banheiro.

Caminhando lentamente até o salão comunal dos leões aproveitei para pensar um pouco.

Eu nunca fiz o tipo de garotinha apaixonada. Nunca me envolvi com alguém a ponto de morrer de amores por ele. Nunca.

Mas a alguns minutos quando eu estava no banheiro com um certo loiro eu senti algo que eu nunca senti antes. Eu me senti completa de certa forma, e quando nossos olhares se conectaram tão perto um do outro eu queria beija-lo, mas não o fiz. Ele era meu amigo, nada mais que isso.

Não queria me envolver emocionalmente, nunca quis. Principalmente nesses tempos sombrios. Se uma coisa eu aprendi todos esses anos é que se você é alvo de algo, a pessoa que você ama também estará em perigo e isso é um risco que eu não quero correr.

Eu não posso ter o luxo de me apaixonar, nem por ele, nem por ninguém.

Quando dobrei no corredor vi um barulho de discussão. Affz, nessa escola só tem barraco. Peraí... essas são as vozes do Rony, Gina e Harry? Mas que merda? Corri em direção as vozes.

Meu Merlin. A discussão não tava nada boa.

- Certo — disse Gina, jogando os longos cabelos ruivos para trás e encarando Rony, aborrecida —, vamos entender de uma vez por todas. Não é da sua conta com quem eu saio e o que faço, Rony...

A Gina parecia furiosa, o rosto do Rony estava vermelho enquanto encarava a irmã. O Harry estava olhando os dois mais sua expressão também não era uma das melhores. Mas que porra ta acontecendo aqui?

- O que esta acontecendo aqui? – perguntei entrando no corredor e me postando ao lado do Harry olhando para os dois ruivos a minha frente.

- Eu estava com o Dino... – ela começou e eu estreitei meus olhos para a ruiva já entendendo tudo. Peraí, ela não gosta do Harry? Pelo visto o Harry vai ter que correr atrás. Ela continuou. – E o Rony entra aqui já falando alto, como se fosse da conta dele. – ela jogou aborrecida para o Rony.

- É, sim! — retrucou Rony no mesmo tom zangado. — Você acha que eu quero que as pessoas digam que minha irmã é uma... – eu arregalei os olhos. Ele não ia dizer isso!

- Uma o quê? — gritou a garota, puxando a varinha. — Uma o quê, exatamente? – a porra tava ficando seria.

- Vamos nos acalmar pessoal. – falei me postando ao lado da ruiva e o Harry fez o mesmo com o Rony. Lancei um olhar de repreensão para o ruivo.

- Ele não quis dizer nada Gina. – o Harry falou mas eu vi que ele tava controlando a si mesmo. Ciúmes talvez?

- Ah, quis, sim! — explodiu ela com Harry. — Só porque ele ainda não se agarrou com ninguém na vida, só porque o melhor beijo que ele já ganhou foi da tia Muriel... – eu arregalei os olhos olhando para o ruivo incrédula. Isso era verdade? Eu teria brincado com isso se a situação não fosse tão tensa.

- Cala essa boca! — berrou Rony, o rosto passando de rosado direto para o castanho-avermelhado.

- Não calo, não! — gritou Gina, fora de si. — Vejo você com a Fleuma, esperando que ela lhe dê um beijo na bochecha toda vez que a vê, é patético! Se você saísse por aí dando uns amassos, não iria se importar tanto que os outros fizessem isso!

Oh meu Merlin, isso não ia dar certo. Os dois estavam descontrolados. O Rony também puxou sua varinha e eu e o Harry nos metemos entre os dois.

- Você não sabe o que esta dizendo. – o Rony falou furiosamente para a Gina. – Só porque eu não faço isso em publico...

A Gina gargalhou debochadamente tentando me afastar do caminho mais eu não sai e continuei olhando para os dois.

- Andou beijando o Pichitinho, foi? Ou tem uma foto da tia Muriel guardada embaixo do travesseiro? – ela falou.

- Sua... – o Rony rugiu e um feitiço passou a centímetros de distancia de mim e da Gina. O Harry empurrou o Rony contra a parede tentando acalma-lo. Mas eu perdi totalmente a minha calma.

- PAREM COM ISSO AGORA. – berrei furiosamente. Os dois continuaram se encarando. – Isso não tem o menor cabimento. Vocês são irmãos. Rony, pare de achar que a Gina ainda é uma criança. Ela pode ser mais nova que agente mais de pequena e inocente ela não tem nada. – falei para o ruivo. Me virei para a Gina. – Ginevra Wesley, - falei e ela fez uma careta com seu nome. – Não interessa se o Rony é ou não BV, apesar de ser um pouco estranho, ninguém tem que se sentir pressionado a nada. Não é uma vergonha uma pessoa ser assim. – falei mas ela continuou encarando o ruivo. Eles estavam fora de controle.

- Harry deu uns amassos na Cho Chang! — berrou Gina, que parecia à beira das lágrimas agora. — E, Hermione, no Vítor Krum; só você se comporta como se isso fosse feio, Rony, porque você tem a experiência de um garotinho de doze anos! – dizendo isso ela se foi.

Me virei para o ruivo com um olhar que faria o próprio capeta tremer.  Ele se encolheu. – Parabéns Ronald Wesley. Sou obrigada a concordar com a Gina. Não tem problema nenhum dar uns amassos por aí. A vida foi feita para aproveitar enquanto durar! Pare de se comportar como um menininho de 11 anos e experimente viver um pouco desse jeito. – falei. – Porque você não fala para a Hermione o que sente? Mas não. Prefere ficar pegando pirracinhas com a Gina, quando nem coragem para isso tem. – falei jogando os braços para o alto. Eu tava pegando pesado, as ele tinha realmente deixado a Gina mal e ninguém meche com uma amiga minha. – Você pegou pesado com ela e realmente eu esperava mais de você, mas a Mione se provou certa. Você é mesmo um legume insensível.

Me virei para o Harry que me olhava atentamente. – Converse com o Rony, acho que ele precisa aprender algumas coisas. Vou atrás da Gina. – me virei para o ruivo novamente que ainda me olhava. – Posso ter sido dura com você Rony. Mas na vida as vezes você tem que levar um tranco para cair na real. – completei dando as costas em seguida.

Fui em direção ao dormitório onde eu sabia que uma ruiva chorava.