Diário De Thalia Grace escrita por Drama Queen


Capítulo 6
Falling From the Stars


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado pra AliKlein e pra Eliza di Ângelo, que me deixaram recomendações lindas. A verdade? Eu provavelmente só iria postar lá pela quarta ou quinta-feira, mas quando vi que tinham duas recomendações malravilhosas, me vi obrigada a escrever. Não sei se o capítulo ficou muito bom, mas o que vale é a intenção. Se não gostarem, compenso no próximo. Enjoy (:



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Eu corria atrás de Luke. Ele parecia cada vez mais longe. Meu peito doía, e eu não conseguia mais respirar. Eu tentava gritar, mas nenhum som saía. Meus joelhos estavam ralados, minhas roupas rasgadas em diversas partes. A floresta escura estava coberta pela neblina e não me permitia ver nem um palmo sequer à minha frente. Fechei os olhos, numa tentativa de aguçar os outros sentidos. Onde estaria o filho de Hermes?

Uma claridade iluminou por trás das pálpebras e eu abri os olhos, cegada por uma fração de segundo. Foi tempo suficiente pra escorregar e caí. Agarrei-me ao que eu pisava anteriormente e notei que era um tronco. Ele servia como ponte sobre um abismo o qual eu não podia nem ao menos ver o fim. Apenas trevas.

Mais um grito ficou preso em minha garganta. Meu peito ardia a cada vez que eu tentava falar, gritar ou respirar. E nenhum som saía. Eu estava apavorada. Altura, meu maior medo. E talvez fosse esse medo que me impedia de flutuar como Jason era capaz.

Agarrei-me ao resto de minhas forças e levantei-me, sentando no tronco. Olhar para baixo me deixara nauseada. O esforço físico me fez gritar, e por mais que eu não conseguisse ouvir nada, algo mudou. Luke apareceu no outro lado do abismo, fitando-me e movendo os lábios. Ele falava algo, mas porque eu não conseguia compreender? Lágrimas ensoparam meu rosto. Por que eu chorava?

Olhei meu peito, atraída pela dor latejante. Havia uma perfuração entre duas costelas, na caixa toráxica. Sangue escorria, e a adaga ainda se prendia lá. Retirei-a e rastejei-me na direção do loiro, que dava passos para trás. Levantei-me ao chegar do outro lado e arrumei força para correr atrás dele.

Quando me aproximei, porém, ele parecia diferente. Seus olhos tinham assumido um tom de dourado. Eu definitivamente conhecia aquilo, mas não conseguia me lembrar. Apenas sabia que aquilo era ruim. Muito ruim. Seus olhos lampejaram no azul apenas tempo o suficiente pra ele sussurrar.

“Eu te amo”

Estendi minha mão para tocá-lo, mas ele se dissolveu em areia e pó. Gritei mais, porém como antes, não pude ouvir.

As palavras do loiro ecoaram em minha mente e senti meu corpo sem peso. Eu estava caindo no abismo. As trevas me tocaram, e eu sabia que eu ia morrer.


Acordei assustada, sufocando um grito. Eu estava sozinha em meu quarto. Onde estava Luke? Ele havia passado a noite aqui, eu tinha certeza. As imagens dele se dissolvendo em areia agitavam minha mente. Dei um pulo da cama, e desci as escadas correndo, sem notar que ainda usava apenas uma camiseta e roupas íntimas. O encontrei na cozinha, guardando alguma coisa na geladeira. Ele virou com a minha aproximação, apenas tempo o suficiente pra eu pular em seu colo e o beijar.

Luke parecia surpreso a princípio, mas logo se deixou levar, sentando-me no balcão e aproveitando o beijo. Não era tão delicado quanto os de ontem, era mais urgente. Então eu tive de parar para conseguir algum fôlego. Eu praticamente prendia a respiração desde a hora que havia acordado.

– Nunca mais me deixe. – falei, feliz por poder ouvir novamente minha voz – Eu te proíbo.

Luke riu, enchendo-me de selinhos e brincando com meu cabelo.

– Se você me disser que vai aparecer toda sexy se atirando em mim toda vez que fizer isso, eu com certeza farei mais vezes.

– Luke. Nunca mais. – olhei-o ameaçadoramente, mas ele apenas riu, beijando-me mais uma vez.

– Eu estava pensando... Sabe, de passarmos um tempo no acampamento. Eu gostaria de ver o pessoal novamente – ele pigarreou. Eu sabia que com isso ele queria dizer algo como “Ao menos, os que restaram.”.

– Tudo bem. Só aviso que Annabeth foi atrás de Percy junto com uns novatos, e bem, é. Tem poucos dos antigos lá.

– Sem problemas – ele sorriu com o canto dos lábios – Connor e Travis ainda estão lá, né?

– Honrando o pai. Sem dúvidas. – sorri. Tentei me levantar, mas as mãos dele eram firmes em minha cintura. Ele ainda tinha aquele sorriso de elfo perverso estampado nos olhos.

– Aonde pensa que vai, han? Quer dizer que você pode me deixar, mas eu não posso deixar você? Nem pensar. – seus lábios tocaram meu pescoço e eu arrepiei. Di immortales! A sensação era tão boa, quase perdi o fio do pensamento.

– Eu preciso me arrumar. Qual é, nem escovei os dentes ainda. E preciso me trocar. – revirei os olhos, enquanto ele me olhava, mordendo o lábio.

– Deveria ter pensado nisso antes de se jogar em mim seminua. – ele sussurrou as últimas palavras em meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha. Meu corpo inteiro se arrepiou.

– Não estou seminua – comecei a rir, arranhando duas costas nuas e beijando sua clavícula – Caso não tenha percebido.

– Oh, não se preocupe. Isso eu posso resolver.

– Você é um idiota – disse, ainda rindo, e aproveite-me do momento de distração pra livrar-me da prisão de seus braços. – Caso não saiba, quando se tem mais de 21 anos você vai preso se fizer sexo com alguém com menos de 16, nesse país. – sorri, andando em direção ao meu quarto.

– Você faz dezesseis hoje, morena. – ele me deu um selinho, deixando-me livre para ir. – Eu pensei em tudo. Feliz aniversário.

– Normalmente eles dizem que o aniversário de dezesseis anos é o mais importante de uma mulher. Dessa vez, acho que concordo. Não é todo dia que se encontra algo para lutar, Luke. Mas sempre foi você, né? Sempre foi esse motivo. – meus olhos marejavam, eu sabia que ia chorar, então apenas o abracei. Minha cabeça tombou em seu peito e eu podia ouvir seus batimentos fortes e sua respiração lenta.

– Thalia... – seus braços envolveram meu corpo – Eu... Eu te amo. Como nunca amei ninguém. Sabe, você não precisa me pedir pra prometer nunca mais te deixar, porque eu nunca seria tão tolo a esse ponto.

Seus olhos me fitaram, azul no azul, e eu senti uma paz me invadir. Eu sabia, por um segundo, que estaria disposta a fazer tudo por ele. Brinquei com seu cabelo, segurando depois seu rosto entre minhas mãos e beijando sua cicatriz.

– Bom, acho que está na hora de te apresentar à alguns campistas.


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Notas finais do capítulo

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