Diário De Thalia Grace escrita por Drama Queen


Capítulo 12
(Don't) Wake me up when September Ends


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei muito, ms eu sei que pareceu uma eternidade. Pra quem achou o capítulo anterior meio confuso, era pra soar assim. Foi a primeira vez de Thalia, e ela se deixou levar pelo momento... Tudo tão cheio de sentimentos que os detalhes se perderam no mommento que ela olhou nos olhos azuis dele (estou poética hoje). CONFIRAM AS NOTAS FINAIS.



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Não é como se eu tivesse esperado a vida inteira para o que aconteceu. Mas eu me conformei. Eu simplesmente aceitei o fato. Coisa que muitos não o fazem. Eu estava pronta pra seguir em frente, sem olhar para trás, sem me prender ao passado. Porque a única parte do meu passado que eu não era capaz de deixar para a trás caminhava bem ao meu lado. E ninguém poderia tirá-lo de mim. Não agora. Nem nunca.

Acordei e sorri mesmo antes de abris os olhos. Sob minha cabeça eu sentia o peito de Luke se mover, devido à respiração calma e tranquila do loiro. Se ainda estava confusa sobre o que havia acontecido no dia anterior, minhas dúvidas rapidamente foram respondidas ao perceber as roupas jogadas pelo quarto. Sentei-me, admirando como o sono do filho de Hermes era pesado. Tão sereno que parecia um anjo. Passei a mão por seu rosto e debrucei-me sobre ele, tomando seus lábios nos meus.

- Bom dia – sussurrei, quando seus olhos azuis de abriram, calmamente – Dormiu bem? – sorri, deitando-me novamente.

- Melhor que nunca. – ele se virou, ficando por cima de mim – E se não me engano, temos uma guerra pra lutar. – seus lábios se fecharam num sorriso e logo depois, tocaram os meus num selinho.

- Eu não quero ir – respondi como uma criança mimada - Aqui está muito bom.

- Ah, é? – seus lábios trilhavam beijos em meu pescoço e eu me sentia arrepiar – Thalia Grace recusando uma batalha pra ficar enfurnada dentro do chalé?

- Cale a boca – eu ri, beijando-o por um milésimo de segundo antes de me levantar.

Entrei no banheiro e encostei a porta, sem trancar. Abri o registro do chuveiro e olhei-me no espelho por um segundo. Eu estava péssima. Mas sorria. Meu corpo doía, apesar de ter dormido horas e mais horas. Entrei no box, sentindo a água morna cair em meus ombros. Fechei os olhos por alguns segundos, apenas tempo o suficiente pra sentir um par de braços fortes me abraçando por trás.

- Economize água e tome banho comigo. – o filho de Hermes cochichou em meu ouvido, beijando minha nuca.

Seria um logo banho.

Vesti o uniforme e minha armadura de batalha. Quando se está na caçada, dificilmente usa-se a proteção de metal, ainda que possa morrer em batalhas. Mas nada mais era como antes, agora. Luke vestia sua armadura antiga, o que trouxe algumas lembranças à mente. Saímos para o café-da-manhã, e não me espantei ao ver todos os campistas fortemente armados.

“CAMP HALF-BLOOD, CAMP HALF-BLOOD, CAMP HALF-BLOOD”, eles gritavam e eu e Luke entramos na brincadeira. Todos estavam animados, até mesmo os que diziam ser pacatos. Desde a grande batalha, o acampamento havia se tornado entediante, eu não os culpava.

Rachel então caiu no chão. Seus olhos começaram a brilhar. Corremos até ela.

- Eles estão chegando – ela sussurrou – Agora.

Drew estava ao meu lado, em choque.

- Leve-a para o chalé de vocês. Rezem por Apolo, dê alguma comida quando ela se recuperar. – ordenei, e ela assentiu – Nós vamos pra batalha.

O sol nascia atrás de nós. Luke segurou minha mão. Estávamos à frente de toda a guarda. Os romanos se aproximavam pela frente em grande quantidade. Eles tinham quase o dobro de campistas que possuíamos.

- Chame os campistas do fundo. – o filho de Hermes sussurrou – Eles são muitos.

- Eles podem estar planejando um ataque por mar, Luke. Querem nos desfalcar e tirar nossas defesas. Não podemos ceder. É melhor tentar resolver isso pacificamente.

- Os romanos não querem ser pacíficos. Eles sabem que estão em vantagem, pequena.

- Não é o que eles estão vendo – sorri, maquiavelicamente – Estou manipulando a névoa.

- Já te disse que você é perfeita? – seus dedos tocaram meu rosto, puxando-me para um último beijo.

- Amigos romanos – anunciei, do topo da colina. – Nós não queremos brigar, mas não somos tolos. Estamos preparados para enfrentá-los, se necessário. Não sei que ganhará a batalha, mas não será fácil. Haverá muitas perdas, de ambos os lados. Então peço que pensem. Pensem nas famílias destruídas, nas lágrimas das mães que lhes tomarão a face. A morte dói. Não para nós. Nós simplesmente nos esquecemos, ou vamos para o paraíso. Mas dói para todos aqueles que amamos, e que nos amam. A maioria de vocês já conhece a dor de perder alguém querido, imagino. E aqui, lutando, é como pedir essa dor para todos que se importam conosco.

- Devemos ouvir vocês? – um garoto loiro, aparentemente o líder, gritou – Vocês nos traíram! Atacaram-nos! São indignos de confiança. E agora pedem paz? O que lhes dá o direito da tão merecida paz?

- Vocês serão destruídos pelos atos de seus amigos. Por que eles foram covardes. E não nos enfrentaram. – uma garota morena exclamou. Eu sabia, de certa maneira, quem era ela. Reyna. – Eles feriram nosso orgulho! E agora, terão a coisa mais importante para eles simplesmente retirada de suas vidas. Assim como foi conosco.

- Vocês transformaram um de nós em um monstro. Fizeram Jason Grace se virar contra aqueles que o acolheram. Aqueles que foram sua única família. – o loiro retomou a fala.

- Não diga isso de meu irmão. – desci a colina, em direção a eles. Seus rostos estavam em choque. – Eu tive que o deixar para a própria proteção. Dois filhos de Zeus atraíam muitos monstros. – meu olho se enchia de lágrimas e eu já empunhava minha lança – E ainda sim, nenhum de vocês o conhece tão bem quanto eu. Eu nunca apontaria minhas armas para as pessoas que eles se importa, e essa é a razão pela qual ainda não ataquei nenhum de vocês. Mas você – apontei para o loiro arrogante – Não parece ser alguém que faria falta.

E então tudo ficou escuro. Flashes de luz. Vermelho sangue. Era sangue, muito sangue. Foquei os olhos, e vi o rosto de Luke. Ele era lindo, mas por que parecia tão... Desesperado? Foi quando notei que o sangue era meu. Uma dor aguda em minha clavícula. Uma flecha. Mal percebi que minha mão estava no local, tentando estancar o sangramento. Mas era em vão. Com os dedos trêmulos, toquei o rosto do filho de Hermes.

- Não chore – sussurrei, sentindo a dor em minhas palavras. – Nós vamos nos voltar a ver. Eu sei. Thalia e Luke é pra sempre. E sempre. – meus olhos se viraram para Reyna, que tinha os olhos marejados – Cuide... De Jason... Por mim.

- Eu vou estar com você, em breve.  – as lágrimas de Luke escorriam por sua face. – Eu te amo.

“Eu te amo mais”, tentei responder. Mas a escuridão me dominou. E eu finalmente estava em paz.

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Notas finais do capítulo

Pois é, gente, falta só o epílogo. Eu nunca cologo "Deth Fic" nas categorias porque é o pior spoiler que pode existir. Eu tive que escrever o final três vezes, porque sempre chorava muito e perdia o fio do pensamento. Estou com os olhos inchados e com o nó na garganta que não se desfaz, e creio que alguns de vocês também estão assim. Se gostaram da fic, custa deixar uma recomendação, ou até um simples comentário? Seria muito lindo da parte de vocês. Ainda falta o epílogo, com o POV do narrador que explicará algumas coisas. Talvez eu escreva uma fic Jeyna (Jason+Reyna) como uma continuação desta, mas levará tempo. Muito tempo. Justamente, porque é esse tempo que me falta. Espero que me perdoem pelo fim trágico, aqueles que esperavam algo diferente. Mas a vida é trágica. Eu realmente chorei escrevendo muitos capítulos desta fanfiction. E, sem dúvidas, ela mexeu comigo de um jeito diferente, pois tentei tranformar toda a poesia que é Thaluke nessa mera prosa. Até o fim. Como Thaluke.